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resumo penal

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RESUMO DE DIREITO PENAL PARA AV2 
O conteúdo aqui disposto embasado nas aulas da professora Sandra Joyce – Dir. Penal 2 (Campus Dq. Caxias) 
 
 DIFERENÇAS ENTRE REGIMES ABERTO / SEMI ABERTO / FECHADO 
 
 Antes de entendermos as diferenças destes regimes mais profundamente, temos que 
ter em mente dois quadros muito importantes para assimilação 
 
Sistema ATÉ 04 ANOS + de 04 ATÉ 08 ANOS MAIS DE 08 ANOS 
RECLUSÃO ABERTO SEMI ABERTO FECHADO 
DETENÇÃO ABERTO SEMI ABERTO SEMI ABERTO 
 
 FECHADO SEMI ABERTO ABERTO 
ESTABELECIMENTO 
PENAL 
Penitenciária Colônia Penal 
agrícola ou industrial 
Casa de Albergado 
TRABALHO INTERNO Sim Sim Não 
TRABALHO EXTERNO Excepcionalmente 
art. 37- LEP 
Sim Sim (obrigatório) 
PERMISSÃO DE 
SAÍDA (120/121-LEP) 
Sim Sim Prejudicada 
SAÍDA TEMPORÁRIA 
(art. 122 a 125 - LEP) 
Não Sim Prejudicada 
 
 Tendo os quadros acima em mente, podemos começar pela diferenciação entre 
Reclusão, Detenção e Prisão Simples. 
Reclusão é a pena aplicada aos crimes dolosos, de médio e alto potencial ofensivo ao bem 
jurídico tutelado e crimes hediondos ou equiparados a estes. Pode ser iniciado nos Regimes F, S 
e A. 
Detenção é a pena destinada aos crimes de pequeno e médio porte (potencial ofensivo) e aos 
culposos. Seu regime inicial pode ser no S e A. 
Prisão Simples são todas as contravenções penais descritas na LEI DAS CONTRAVENÇÕES 
PENAIS. Seu regime inicial pode ser no S ou A. 
 Toda essa loucura que estou citando é pra entender melhor as formas de regimes 
prisionais e torna-las mais claras, não só aqui nesse tópico como também quando falarmos sobre 
DOSIMETRIA DA PENA e PENAS RESTRITIVAS DE DIREITO. Mas voltando ao objetivo: 
 Regime Fechado: 
 O artigo 33, §1º do CP considera Regime Fechado a execução da pena feita em 
estabelecimento de segurança máxima ou média (a famosa penitenciária). Complementando o 
CP, do art. 87 até o 90 da LEP detalha como devem ser as características da execução da pena 
em penitenciárias, determinando o recolhimento do condenado com requisitos específicos. (a 
LEP é a lei 7.210. Se quiser saber detalhadamente lê lá). 
 Nesse regime o trabalho interno é obrigatório ao condenado como o artigo 31 – LEP 
estipula. O externo é possível, desde que seja em serviço ou obras públicas realizadas por órgãos 
da Administração direta ou Indireta, ou entidades privadas, desde que tomadas as devidas 
cautelas contra fuga e em favor da disciplina como é descrito no artigo 36 – LEP. 
 Outro ponto importante é que no regime fechado o preso tem direito a PERMISSÃO DE 
SAÍDA e não a SAÍDA TEMPORÁRIA. (daqui a pouco eu explico a diferença) 
 Regime Semiaberto: 
 O Semiaberto é executado em colônia agrícola, industrial ou similar (art. 33,§ 1º,b – CP 
e art. 91 - LEP), mas nesse caso os presos podem ficar em celas coletivas. O trabalho interno e 
externo são aceitáveis sem restrições e ainda possuem a possibilidade de “frequentar” cursos 
supletivos, profissionalizantes, de instrução de segundo grau ou superior como determina o 
artigo 35,§2º do CP. 
Se liga no bizú: Pra você diferenciar o Regime FECHADO do SEMIABERTO é só comparar os 
benefícios que um tem e o outro não. É simples: O camarada que está no REGIME FECHADO só 
pode sair quando há INDULTO1 (veja a nota de rodapé) ou mediante PERMISSÃO DE SAÍDA (art. 
120/121 da LEP) e ou que está no REGIME SEMIABERTO pode trabalhar externamente, ter 
direito a SAÍDA TEMPORÁRIA (já já eu explico a diferença pra permissão de saída). Aí você me 
fala “mimimi...mas ele também pode sair para trabalho externo”. Sim, é verdade. Desde que 
seja dentro dos termos do artigo 36 – LEP e que convenhamos, raramente ocorre devido à 
necessidade de um conjunto de fatores que dificilmente se aglutinam. 
 Regime Aberto: 
 Esse é o regime mais benéfico dentre os três, porque de todos eles é o que 
menos possui obstáculos físicos para impedimento de fuga, pois leva em conta a autodisciplina 
e senso de responsabilidade do condenado. Sua principal exigência é que o condenado esteja 
trabalhando, frequentando curso ou outra atividade autorizada. Essas atividades serão 
praticadas fora do estabelecimento e sem vigilância. O condenado permanecerá recolhido na 
casa de albergado apenas no período noturno e nos dias de folga, como dispõe o art. 36, §1º - 
CP. Segundo o art. 95 da LEP, caso ele ache conveniente, poderá assistir a cursos ou palestras 
nestas ocasiões. 
 Diferença entre PERMISSÃO DE SAÍDA e SAÍDA TEMPORÁRIA: 
PERMISSÃO DE SAÍDA (artigo 120 e 121 - LEP) – pode ocorrer em duas situações: Falecimento 
do cônjuge ou ascendente, descendente ou irmão e necessidade de tratamento médico. Não 
há prazo estipulado, ou seja, dura o quanto for necessário para cumprir a finalidade. 
SAÍDA TEMPORÁRIA (122 e 125 - LEP) – é concedida pelo juiz da execução e é aplicada ao 
condenado no regime SEMIABERTO com a finalidade de visitar a família, frequência a curso ou 
similares e participação em atividades que concorram para o retorno ao convívio social. Ela 
será concedida por prazo não superior a 7 dias, podendo ser renovada por mais 4 vezes durante 
o ano, com prazo mínimo de 45 dias entre uma e outra. 
 
 
1. INDULTO é um instituto previsto no artigo 107, II do CP, que consiste como ato de clemência do Poder Público, 
expedido exclusivamente pelo Presidente da República, com o objetivo de extinguir a pena, de forma parcial ou 
plena. O Direito, quando coletivo, deve cumprir determinados requisitos como ter bom comportamento, estar 
preso por um determinado tempo, dentre outros. 
 
 CONCURSO DE CRIMES 
 Concurso de crimes é quando o agente pratica dois ou mais crimes. Podem ser 
classificados entre concurso MATERIAL, FORMAL e CONTINUADO. Nosso foco nesse resumo será 
o CONCURSO MATERIAL e o FORMAL. 
O CONCURSO MATERIAL “ocorre quando o agente pratica mais de uma ação ou omissão, e tem 
por consequência a prática de dois ou mais crimes que tenham entre si uma relação de contexto 
(nexo causal).” (art. 69 – CP) 
 A aplicação das penas de reclusão e detenção no concurso material são 
cumulativas. Consequentemente, assim que fixar todas as penas, individualizando crime a crime, 
o juiz observará a parte final do artigo 69 do CP, que determina que a reclusão seja cumprida 
primeiro. 
 – Concurso material homogêneo e heterogêneo: 
 Na expressão “idênticos” ou não, contida no caput do art. 69, percebe-se que 
há a existência de dois tipos de concurso material: 
1. Quando os crimes cometidos forem idênticos, e obviamente, irá tratar-se de concurso 
material homogêneo. (Não importa se a modalidade da prática foi simples, privilegiada 
ou qualificada) 
2. Quando forem diferentes será heterogênea, no caso do agente praticar duas ou mais 
infrações penais diversas. 
 Algo interessante a se ter atenção é que, segundo Alberto Silva Franco, “é 
perfeitamente possível a ocorrência de concurso material de infrações com aplicação 
cumulativa de penas privativas de liberdade que comportem substituição por penas restritivas 
de direito, em regime também cumulativa. Se, no entanto, em relação a uma delas, a pena 
privativa de liberdade não tiver suspensa, a substituição das demais, de acordo com o art. 44 
torna-se inviável. Obsta tal procedimento do art. 69 § 1º - CP. 
 Por outro lado, no caso de aplicação cumulativa de restritivas de direitos, a 
execução dessas penas poderá ser simultânea (suspensão de habilitação para dirigir veículos, 
por um ano e prestação de serviços a comunidade por outro fato, por exemplo), se entre elas 
houver compatibilidade ou sucessiva (duas penas de limitação de fim de semana) se tal 
compatibilidade incorrer. ” 
 Já o CONCURSO FORMAL DE CRIMES é quando o agente, mediante UMA ÚNICACONDUTA pratica dois ou mais crimes, idênticos ou não. 
 CUIDADO: para não confundir CONDUTA com ATO, pois o ato é uma fração da 
conduta e a conduta é a prática da Ação em sua completude. 
 
 Suas consequências podem ser: 
 – A aplicação da pena mais grave, aumentada de 1/6 até a metade; 
 – Aplicação de somente uma das penas, se iguais aumentada de 1/6 até a metade; 
– Aplicação cumulativa das penas, se a ação ou omissão é dolosa, e os crimes resultam de 
desígnios autônomos. 
 Ele também é dividido em homogêneo e Heterogêneo, mas aqui a forma de se 
classificar é diferente do concurso material. Você deve analisar se as tipificações são idênticas 
ou divergentes. Se forem idênticas será homogêneo e se forem divergentes será heterogêneo. 
Mas aí você me pergunta “que raio de tipificação é essa ae?”. Simples: Ocorre quando a conduta 
do agente satisfaz um tipo penal (fato descrito no código penal como ilícito) ou vários ao mesmo 
tempo. O quadro abaixo vai deixar mais claro. 
 
Con. Formal Homogêneo 
 A xinga B mas C, D e E se 
ofendem (injúria – art.140 CP) 
O juiz aplicará uma das penas, 
podendo aumentá-la em 1/6 
até a metade. 
 
Con. Formal Heterogêneo 
A atropela e mata B, mas 
também provoca lesão 
corporal em C. (302 e 303 CTB) 
O juiz vai selecionar a pena 
mais grave para aplicação e 
deverá aumentá-la em 1/6 até 
a metade. 
 
 Além dessa classificação, também se divide em concurso formal perfeito e 
imperfeito. O artigo 70 do CP traz a diferenciação desses dois institutos, trazendo o perfeito na 
primeira parte e o imperfeito na parte finalidade. Disserta: 
“Artigo 70 – CP: Quando o agente, mediante uma só ação ou omissão, pratica 
dois ou mais crimes, idênticos ou não, aplica-se-lhe a mais grave das penas 
cabíveis ou, se iguais, somente uma delas, mas aumentada, em qualquer caso, 
de um sexto até a metade. As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, 
se a ação ou omissão [e dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios 
autônomos, consoante o disposto no artigo anterior. Parágrafo único – Não 
poderá a pena exceder a que seria cabível pela regra do art. 69 deste código. ” 
 
CONCURSO FORMAL 
PERFEITO (PRÓPRIO) IMPERFEITO (IMPRÓPRIO) 
01 CONDUTA + 2 ou MAIS CRIMES 1 CONDUTA + 2 ou MAIS CRIMES 
NÃO HÁ DESÍGNIOS AUTÔNOMOS2 HÁ DESÍGNIOS AUTÔNOMOS 
CULPA + CULPA DOLO (direto) + DOLO (direto) 
DOLO + CULPA DOLO (direto) + DOLO (eventual) 
 
 O concurso formal próprio ocorre quando há uma única conduta e 
multiplicidade de resultados (2 ou + crimes). Implica, em regra, na aplicação da pena mais 
gravosa dentre as cabíveis (quando estas forem distintas) ou, se iguais, em somente uma delas, 
mas aumentada de um sexto até a metade. (Em ambos os casos haverá aumento de pena de 
 
2. DESÍGNIO AUTÔNOMO é compreendido como a intenção de praticar determinado delito. Ao ser aplicado dentro 
do artigo 70 do CP, refere-se a qualquer forma de dolo, direto ou eventual 
1/6 até metade). Ou seja, o concurso formal de crimes, em regra, se vale do critério de 
EXASPERAÇÃO DA PENA3. 
Exemplo: “A” dispara arma de fogo em direção a “B”, contudo o projétil, além de atingir o A de 
“raspão” (lesões corporais), ocasiona a morte de “C”, que se encontrava logo atrás de “B”. Nesse 
caso, aplica-se a pena do crime mais grave (homicídio) aumentada de 1/6 até a 1/2. 
 Já no concurso formal impróprio, a exasperação da pena cede lugar ao critério 
da cumulação da pena. Essa situação ocorre quando, embora haja uma única conduta dolosa, 
os resultados criminosos resultam de desígnios autônomos. Este é o teor da segunda parte do 
caput do art. 70 do CP: “As penas aplicam-se, entretanto, cumulativamente, se a ação ou 
omissão é dolosa e os crimes concorrentes resultam de desígnios autônomos, consoante o 
disposto no artigo anterior”. 
 Exemplo: “A” dispara arma de fogo em direção a “B” e “C”, pretendendo, com 
um único projétil, atingir ambos os desafetos. Nesse caso, morrendo “B” e “C”, “A” será 
condenado somando-se as penas dos dois homicídios dolosos. 
Se liga no bizú: Pra diferenciar o PERFEITO do IMPERFEITO é só você lembrar da palavra 
INTENÇÃO. Tendo a INTENÇÃO de praticar a conduta com os múltiplos resultados, 
caracteriza-se concurso formal IMPERFEITO. 
 
 DOSIMETRIA DA PENA E SUAS FASES 
 Sinceramente eu faltei essa aula, então peguei emprestado esse texto de um 
conhecido que se formou no Campus Nova América. O texto está disponível no site: 
http://www.perguntedireito.com.br/157/quais-sao-as-tres-fases-da-dosimetria-da-pena. 
 Em relação a primeira fase da fixação da pena o Juiz deve dosar a pena-base: 
acrescentando a pena abstrata culminada ao tipo os critérios pessoais do agente, atendendo “à 
culpabilidade, aos antecedentes, à conduta social, à personalidade do agente, aos motivos, às 
circunstâncias e consequências do crime, bem como ao comportamento da vítima” (art. 59, CP). 
 Exemplo: no caso de um homicídio simples praticado por um agente que possui 
maus antecedentes o Magistrado deverá calcular das seguintes formas: primeiramente se inicia 
o cálculo pelo mínimo da pena culminada ao tipo, no caso de 6 anos (art. 121, CP), em seguida 
o Juiz deverá ponderar o aumento cabível no caso em questão, suponhamos então o aumento 
de 1/6 da pena, assim a pena-base do tipo, homicídio simples, será de 7 anos. 
 Na segunda fase o Juiz calculará as circunstâncias agravantes e atenuantes 
cabíveis ao caso em análise, previstas no artigo 61 a 67 do Código Penal, assim suponhamos que 
em relação ao crime abordado acima, cuja pena-base calculamos em 7 anos, o réu tenha 
cometido o crime por motivo de relevante valor social ou moral (art. 65, III, a do CP) e ainda 
confessado espontaneamente, perante a autoridade, a autoria do crime (art. 65, III, d do CP), 
assim o Juiz resolve ponderar a pena retornando-a ao limite mínimo de 6 anos. 
 No terceiro caso, o Juiz calculará a pena com relação às causas de aumento e 
diminuição da pena (art. 68 CAPUT e parágrafo único). Estas estão previstas em todo o 
 
3. EXASPERAÇÃO DA PENA é um sistema de aplicação de duas ou mais penas em que aplica-se pena a mais grave, 
acrescida de um valor entre um sexto à metade. Aplica-se apenas quando os crimes forem resultado de uma única 
ação ou omissão. 
ordenamento Jurídico Penal, podendo ser encontradas em todo o Código, como por exemplo 
no artigo 121, § 1º do CP, que prescreve o seguinte: “art. 121, §1º: Se o agente comete o crime 
impelido por motivo de relevante valor social ou moral, ou sob o domínio de violenta emoção, 
logo em seguida a injusta provocação da vítima, o juiz pode reduzir a pena de 1/6 (um sexto) a 
1/3 (um terço)” Como também no caso da tentativa, prevista no art. 14, II, parágrafo único, do 
CP, no seguinte: “Art. 14, II, parágrafo único. Salvo disposição em contrário, pune-se a tentativa 
com a pena correspondente ao crime consumado, diminuída de 1 (um) a 2/3 (dois terços).” 
 No caso em questão já dissemos que o motivo foi praticado por motivo de 
relevante valor social ou moral, sendo, portanto, cabível a diminuição prevista no artigo 121, § 
1º do CP. As causas de aumento e diminuição possuem uma característica peculiar, estas e 
somente estas, poderão reduzir o limite mínimo ou máximo culminado à pena em abstrato, 
podendo esta ser configurada em caráter menor do que o especificado no tipo no caso concreto. 
 Assim, no nosso caso o qual a pena estava calculada em 6 (seis) anos, poderá ser 
reduzida de 1/3 a 1/6 conforme o entendimento do julgador, no caso suponhamos que o Juiz 
entende por reduzi-la em 1/3, assim a pena culminada ao caso será de 4 anos, sendo cabível até 
mesmo os benefícios referentes ao artigo 44 do CP. O mais importanteem se tratando de 
dosimetria da pena é a fundamentação dada pelo Magistrado, que deverá seguir uma lógica, 
sendo que seus atos deverão concatenados e coerentes. 
 
 PENAS RESTRITIVAS DE DIREITOS 
 As penas restritivas de direito são utilizadas como possibilidade de substituição 
das penas privativas de liberdade. O artigo 44 do CP cita alguns requisitos para que haja essa 
substituição. 
 A primeira regra ta no caput do 44 - CP quando fala que elas substituem as penas 
privativas de liberdade. Apenas estas comportam a substituição. A pena de multa, por exemplo, 
não pode ser cambiada por penas restritivas. Além disso, o art. 44 no inciso I, afirma que as 
penas restritivas de direitos substituem as sanções iguais ou inferiores a 4 anos concretamente 
aplicadas (e não abstratamente cominada {to levando em conta que você sabe o que é pena em 
abstrato}), ou, qualquer que seja o tamanho da pena, quando o crime for culposo. Isso significa 
que a substituição não ocorre nos crimes dolosos mais graves, em que a pena supera esse teto 
de 4 anos. Ai lá vem a pergunta: “vini, mas e a pena que foi resultado de exasperação? ” Então... 
esse camarada aí também está incluso. O acréscimo dado pelo sistema deverá ser respeitado. 
A única coisa que você deve tomar cuidado é quando há cumulo material no curso de crimes, 
porque se uma das penas for superior a 4 anos não vão poder ser aplicadas as penas restritivas 
de direito. (No art. 69, §1º dá o entendimento legal sobre isso). Continuando no inciso I, fica 
estabelecido que nos crimes dolosos só será aplicada a P.R.D quando o delito é cometido sem 
violência ou grave ameaça. Ou seja, crimes como extorsão (art. 158) que incluem violência ou 
grave ameaça na sua execução não podem ser substituídos por pena restritiva. O mais 
engraçado (e chato) é que há um entendimento que esse texto varia sobre cada situação, porque 
no caso de crimes como lesão corporal (art. 129) e constrangimento ilegal (art. 146), que tem 
por essência a violência nos seus meios executórios, não se aplicam a aquela vedação que eu 
falei agora a pouco porque são considerados crimes de menor potencial ofensivo e o sistema 
criado pelo legislador faz de tudo pra evitar o encarceramento do criminoso. Aí você pergunta: 
“e o que fazer com esse (vagabundo) criminoso que cometeu esse tipo de delito? ”. Aí que ta 
nosso próximo tema. Nas Penas Restritivas, aplicam-se (ou não) as Penas Alternativas, que são 
aplicadas em crimes como esse que eu citei ou em outros que possuem a pena máxima que não 
ultrapassa 2 anos (“ainda que praticadas mediante violência ou grave ameaça? ” Sim...). 
 Voltando ao artigo 44, no inciso II fala sobre os reincidentes em crime doloso. O 
legislador não ta ligando para a reincidência sobre crimes apenas culposos ou dolosos + 
culposos. Ele quer ‘pegar’ o camarada que cometeu crimes absolutamente dolosos. Isso é regra? 
Não. O §3º do 44 flexibiliza essa parada toda. Leia: 
“Artigo 44, §3º: Se o condenado for reincidente, o juiz poderá aplicar a 
substituição, desde que, em face da condenação anterior, a medida seja 
socialmente recomendável e a reincidência não tenha operado em virtude da 
prática do mesmo crime. ” 
 Em outras palavras, a proibição somente é absoluta em caso de reincidência 
específica em crime doloso. Mas a regra não é razoável, pois se o sujeito é reincidente de crime 
de furto e agora cometeu um homicídio, ele poderá ser beneficiado. “Vini... e se ele é reincidente 
de furto e cometeu novamente o mesmo crime? ”. Aí vem o inciso III, que estabelece uma 
prognose 4 de suficiência da substituição. O inciso III do 44 fala assim:
“ A culpabilidade, os antecedentes, a conduta social e a personalidade do 
condenado, bem como os motivos e as circunstancias indicarem que essa 
substituição seja suficiente” 
Não se exige que esta prognose seja favorável ao condenado, mas apenas que demonstre a 
eficiência da pena restritiva a ser imposta. 
 As formas de aplicação da P.R.D podem ser prestação pecuniária, perda de bens 
e valores, prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas, interdição temporária de 
direitos (art. 47), limitação de fim de semana (art. 49), conversão para penas restritivas de 
direito (art. 44,§ 4º) 
 
 PENAS ALTERNATIVAS 
Só um adendo antes de continuarmos: As penas RESTRITIVAS DE DIREITO fazem parte das Penas 
alternativas, pois estas se dividem em dois espectros: (vide art. 43) 
a) Restrições – Perda de bens e valores, limitação de fins de semana, interdição de direitos 
b) Obrigações – prestação de serviço à comunidade ou a entidades públicas e prestação 
pecuniária 
 Também possuem como características a autonomia, a substitutividade e a 
precariedade. Autonomia porque não é uma pena acessória, que possa ser cumulada com a PPL, 
a substitutividade pois primeiro o juiz aplica o montante da PPL e, em seguida, substitui pela PRD, 
desde que preenchidos os requisitos legais já citados, e a precariedade porque as penas podem 
ser reconvertidas em PPL no juízo das exceções, caso o sentenciado cometa alguma das 
transgressões previstas em lei. 
RECORDAR é VIVER! 
Os requisitos são: 
 - Crime culposo – qualquer pena 
 
4 Prognose: Suposição que, baseada em eventos atuais, traça uma previsão estabelece uma previsão sobre o que 
deverá acontecer. Tipo uma conjectura de fatos 
 - Crime doloso – não superior a 4 anos 
 - Nos crimes dolosos que não tenha havido emprego de violência ou grave ameaça (contra a 
pessoa) 
 - Menor potencial ofensivo (para crimes até dois anos mesmo tendo violência ou grave ameaça) 
 - Que o réu não seja reincidente em crime doloso 
 - A circunstância judicial seja favorável 
 
a) Prestação Pecuniária: 
- O montante é prioritariamente pago a vítima 
- O Valor varia entre 1 e 360 salários mínimos 
- A prestação é inominada segundo o art. 45,§2º (pode ser de serviços ou bens) 
- Não é aplicada nos crimes de violência doméstica (Mª da Penha) segundo o art. 17 da lei 
11.340. 
b) Perda de bens e valores: 
- Os valores arrecadados vão para o Fundo Penitenciário Nacional 
- Não pode ser confundido com CONFISCO. 
Se liga: Confisco é o efeito de uma condenação. Recai sobre o patrimônio adquirido de forma 
ilícita (atividade criminosa) e Perdas de bens (móveis e imóveis) e valores (dinheiro, ações, títulos, 
etc) recai sobre o patrimônio lícito do acusado. 
c) Prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas: 
 
- O serviço não é remunerado 
- Deve ser feito um relatório circunstanciado 
- O tempo de cumprimento deve ter a mesma duração da pena privativa aplicada 
- Não ultrapassa 1 hora por dia 
- Deve-se ter mais de 6 meses de condenação 
 
d) Interdição Temporária de direitos (art. 47): 
 
- Mesma duração 
- Cuidado pra não confundir SUSPENSÃO de diretos com INTERDIÇÃO. Na suspensão a 
perda é por período certo, tipo a suspensão dos direitos políticos dos condenados 
criminalmente até o cumprimento da pena; já a interdição é uma restrição de direitos da 
vida civil como medida de proteção da pessoa adulta. Exemplo disso é a proibição da 
pessoa assinar contratos, administrar contas bancárias, emitir títulos de créditos, etc. 
 
e) Limitação dos fins de semana (art. 48) 
 
- Sempre é feito por 48 horas 
- O (vagabundo) condenado poderá assistir a cursos e palestras com a finalidade de 
atividades educativas 
 
 
 
 
 
 PROGESSÃO DE REGIME 
 Pois bem jovens Graduandos... Como a professora não citou nada a respeito de 
Regressão de regime... só vou citar a progressão ESPECIFICAMENTE... nada mais. Partiu! 
 O conceito é simples: o condenado pouco a pouco e de acordo com seu mérito 
vai conquistando a suavização das restrições a eleimpostas. O artigo 33, §2º cita brevemente 
sobre a progressão, mas é na LEP que vamos encontrar a sistema mais aprofundado. Lá no seu 
artigo 112 (lei 7.210/84 – LEI DE EXECUÇÕES PENAIS) fala quais são os requisitos para progressão 
de pena: 
“A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a 
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o 
preso tiver cumprido a menos um sexto da pena no regime anterior e ostentar 
bom comportamento carcerário, comprovado pelo diretor do estabelecimento, 
respeitadas as normas que vedam a progressão” 
 Observando o disposto da LEP, dá pra entender que o cumprimento de parte da 
pena privativa de liberdade no regime imediatamente anterior é um requisito mínimo para a 
progressão. A quantidade de pena a ser cumprida depende da natureza do crime, mas em regra 
se exige 1/6 do campo total de pena. Assim, se o agente foi condenado a uma pena de 12 anos de 
reclusão, deve cumprir 2 anos para passar do regime fechado para o semiaberto. 
PRESTA ATENÇÃO !!!! A exceção dessa brincadeira são os crimes hediondos e equiparados a 
hediondos, pois aqui a progressão de regime exige pelo menos 2/5 do cumprimento da pena em 
caso de réu primário ou 3/5 em caso de reincidência a base do art. 2º, §2º da lei 8.07290 (lei de 
crimes hediondos), somado a súmula vinculante 26. MAS O QUE A VOSSA PESSOA DEVE PRESTAR 
ATENÇÃO É NA DATA QUE O CRIME OCORREU, porque caso ele tenha ocorrido anteriormente a 
data de 28/03/2007 (data da vigência da publicação) será aplicada a regra geral da LEP, com 
progressão após o cumprimento de 1/6 da pena. Isso acontece porque a lei que passou a vigorar 
em 28/03/2007 é mais severa, então ela não retroage. Esse entendimento se fixou na súmula 471 
do STJ. 
Leia se quiser: anteriormente a 28/03/2007 não era prevista a progressão de regime para crimes 
hediondos e equiparados a hediondos, então se criou o entendimento que isso seria uma 
isonomia. Logo, para que haja harmonia nos textos e não violasse o princípio da a humanização 
da pena juntamente ao princípio da dignidade da pessoa humana, se fixou todo o entendimento 
dito acima (cumprimento mínimo de 1/6 para crimes praticados antes de 28/03/07 e 2/5 a 3/5 
para os cometidos posteriormente a data citada) 
 Outro requisito mínimo é a apresentação de bom comportamento carcerário, 
comprovado pelo diretor do estabelecimento. Para a progressão de regime, o cumprimento de 
parcela da pena não é suficiente. Também deve ser verificado o mérito do condenado. Ainda que 
a certificação seja duvidosa, pode-se exigir a um juiz um exame criminológico (mencionado no art. 
8º da LEP), que basicamente consiste em uma avaliação de psicólogos, psiquiatras e assistentes 
sociais. Como a professora falou em sala, não é comum ser requerido esse exame para a 
progressão de regime, porém não significa que não possa ser feito. Além da citação do exame na 
súmula 26 do STF, também há o entendimento do STJ na súmula 439 onde dispõe que a solicitação 
do exame pode ser feita, desde que fundamentado 
 Um último requisito mínimo aplica-se em caso de condenado por crime contra a 
administração pública. Nesse caso a progressão de regime fica condicionada à reparação do dano 
que causou, ou à devolução do produto do ilícito praticado, com os acréscimos legais. 
 Em nosso sistema é vedado a progressão per saltum, segundo a súmula 491 do 
STJ, ou seja, o condenado deve cumprir rigorosamente as regras do jogo para se alcançar pleno 
benefício. 
 
 
 
 
 Cumprir 1/6 Cumprir 1/6 
 
 PROGRESSÃO PER SALTUM 
 Para o STF é a última ratio
 
 
O quadro ta escroto mas dá pra entender como funciona. 
 Caso não haja vagas no regime seguinte a qual o condenado deve progredir, deve-se 
verificar quais são os condenados que estão naquele regime mais próximos de progredir para o 
próximo regime, e assim o fazer (a chamada saída antecipada). Anteriormente o entendimento 
era que caso o condenado esteja em regime semiaberto e esteja para progredir, colocavam ele 
na prisão domiciliar, mas com o novo entendimento isso só pode ser feito como a última ratio 
(recurso). O novo entendimento estipula que no caso do condenado ingressante no regime aberto 
tenha o tempo necessário para progressão, promove-o para as penas restritivas de Direito. 
 
 CONCURSO DE PESSOAS 
Nesse tópico só vou falar sobre as partes que a professora disse especificamente que iriam 
cair na prova. Caso você não entenda algum termo ou entendimento aqui colocado, dá uma 
olhada na apostila dela (CONCURSO DE PESSOAS). Caso não tenha a apostila, ela está 
disponível no google drive. Caso não tenha acesso ao google drive, me liga... 
 
Autoria 
Primeiro temos que fincar a ideia que “autor é aquele que pratica a conduta descrito no 
tipo”, ou seja, é o cara que pratica o verbo do tipo (verbo nuclear). Isso é dito de forma 
muito genérica, mas vamos esmiuçar ao longo do texto. Entendendo isso, podemos 
classificar: 
 
Autoria Direta (executor / intelectual) 
 A ideia toda se passa no preceito que “ autor é aquele que está diretamente ligado à 
realização do crime, possuindo domínio final do fato”. É comum confundir esse conceito quando 
se aplica a teoria do domínio final do fato, pois é normal que se aplique este conceito e se fuja, 
sem querer, da aplicação do critério do domínio final do fato, caindo inadvertidamente no modo 
restritivo. 
FECHADO SEMIABERTO ABERTO Penas Restritivas de Direito 
PRISÃO DOMICILIAR 
 Entenda, quando se diz que autor direto é aquele que, “tendo o domínio final do fato, 
executa o verbo” acaba se confundindo os critérios, pois ou se adota o critério restritivo, falando-
se em executar o verbo, ou se adota o domínio final do fato, para o qual é irrelevante a execução 
do verbo. Sim, são conceitos similares, porém temos que aprender a diferenciar. 
 Dessa forma, se formos adotar o critério de domínio final do fato (como a professora 
explicou e é o que vamos usar, rs), surgem duas hipóteses bem claras de autoria direta: 
 O autor direto executor: que é quem pratica o verbo detendo o domínio final do fato; 
 
 O Autor Intelectual: que é quem possui o domínio final do fato, organiza, planeja, elabora 
o crime, MAS NÃO EXECUTA O VERBO NUCLEAR PROPRIAMENTE DITO, utilizando-se de 
outro agente (um autor executor) para realizar a conduta típica. 
 
Algo importante a ser ressaltado é que a Teoria do domínio do fato (“autor é quem tem o 
domínio final do fato, isto é, quem tem o poder de decisão”) SÓ É APLICÁVEL A CRIMES DOLOSOS. 
Não se pode falar em domínio final do fato em delitos culposos porque o sepultado se produz de 
modo cego, não finalista. Já nos delitos imprudentes (também culposos) é autor todo aquele que 
contribui para a produção do resultado com uma conduta que corresponde ao cuidado 
objetivamente devido. 
AUTORIA INCERTA (COLATERAL E DESCONHECIDA) 
 Seguindo o raciocínio da professora Sandra, falaremos dos três pontos (Autoria incerta, 
colateral e desconhecida) para não só entendermos, mas sabermos diferencias. 
 Fala-se em AUTORIA COLATERAL, quando dois agentes, mesmo convergindo suas 
condutas para a prática do mesmo fato criminoso, NÃO ATUAM UNIDOS pelo liame subjetivo. 
Ocorre quando dois agentes realizam simultaneamente determinado fato, sem que haja qualquer 
vínculo entre eles, ou seja, um desconhece a existência do outro. Nesse caso, cada um responderá 
apenas por aquilo que tiver feito (Princípio da Individualização da Pena) 
 No caso da AUTORIA INCERTA, é quando se sabe quais são os possíveis autores, mas não 
se consegue concluir, com a certeza exigida pelo Direito Penal, quem foi o produtor do resultado. 
O que é completamente diferente da AUTORIADESCONHECIDA, que é entendida quando não se 
conhece a autoria, ou seja, quando não se faz ideia de quem teria causado ou ao menos tentador 
praticar a infração penal. Nessa autoria, os autores é que não são conhecidos, não se podendo 
imputar os fatos a qualquer pessoa. 
Vamos aos maravilhosos exemplos: 
1) Suponhamos que Arnaldo e Berone queiram a morte de Carlos. Por mera coincidência, os 
dois se colocam de emboscada, aguardando a vítima passar. Quando avistam a presença 
de Carlos os dois atiram, no mesmo instante, SEM QUE UM SOUBESSE DA PRESENÇA DO 
OUTRO naquele local. Carlos morre na mesma hora. Em casos como este, pelo fato de os 
agentes não atuarem unidos por qualquer vínculo psicológico não são coautores, mas sim 
AUTORES COLATERAIS 
2) Vamos utilizar o mesmo exemplo acima: Vamos dizer que a perícia não consegue 
identificar quem efetuou o disparo que veio causar a morte da vítima. Ambos serão 
responsabilizados por tentativa de homicídio, uma vez que, não conseguindo apurar o 
autor do resultado morte, não podem os agentes responderem pelo resultado mais grave, 
já que um deles estaria respondendo por fato que não cometeu (Princípio In dúbio pro 
reo). Resumindo, mesmo nessa hipótese de autoria colateral, quando não for possível 
identificar qual dos agentes produziu o resultado, invoca-se a AUTORIA INCERTA, e como 
já dito ambos respondem de forma tentada. 
3) Outra suposição: Marcos, jovem de 20 anos e com problemas emocionais, ao sair da 
faculdade sofre um ataque anafilático e morre. Ao se averiguar posteriormente, é 
constatado envenenamento, porém não há traços de digitais ou similares para 
reconhecimento. Digamos que as investigações tentem de todas as formas procurar 
vestígios e elementos para encontrar o autor, porém os esforços são totalmente em vão. 
A única certeza que se tem é que o envenenamento foi realmente produzida por terceiro 
e não pelo próprio Marcos. Logo, dá-se como AUTORIA DESCONHECIDA, pois ainda que 
de todas as formas possíveis, foi-se tentado identificar o autor, não foi possível. 
Cooperação dolosamente distinta (art. 29- CP) 
É aquele em que o partícipe desejava participar de um crime diferente do praticado pelo 
autor. Nesse caso o participante responde pelo crime que pretendia cometer e não pelo crime 
que ocorreu, desde que o resultado final seja imprevisível. Do contrário, caso o resultado pudesse 
ser previsto, a pena poderá ser aumentada até a metade. Na dúvida lembre-se do art. 29, §2º - 
CP: 
“Quem, de qualquer modo, concorre para o crime incide nas penas a este 
cominadas, na medida de sua culpabilidade. Se algum dos concorrentes quis 
participar de crime menos grave, ser-lhe-á aplicada a pena deste; essa pena será 
aumentada até a metade, na hipótese de ter sido previsível o resultado mais 
grade” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“O sucesso é a soma de pequenos esforços... 
repetidos dia após dia...” (Robert Collier)

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