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TCC PATOLOGIAS

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REDE DE ENSINO DOCTUM
UNIDADE JOÃO MONLEVADE
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
ESTUDO DE CASO: ANÁLISE E RECUPERAÇÃO DE PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO DE UM EDIFICIO COMERCIAL E RESIDENCIAL DE RIO PIRACICABA/MG.
JOÃO MONLEVADE
2019
REDE DE ENSINO DOCTUM
UNIDADE JOÃO MONLEVADE
GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA CIVIL
ESTUDO DE CASO: ANÁLISE E RECUPERAÇÃO DE PATOLOGIAS EM ESTRUTURAS DE CONCRETO ARMADO DE UM EDIFICIO COMERCIAL E RESIDENCIAL DE RIO PIRACICABA/MG.
JOÃO MONLEVADE
2019
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 - Fissuras e trincas	15
Figura 2 - Infiltração	16
Figura 3 - Desagragação	16
Figura 4 - Eflorescência	17
Figura 5 - Corrosão	17
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
CDC- Código de Defesa do Consumidor
ISO- InternationalOrganization for Standardization
NBR- Norma Brasileira Regulamentadora
PROCON- Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor
SUMÁRIO
1	INTRODUÇÃO	5
1.1	objetivos	6
1.1.1 Objetivos Específicos	6
1.2	Justificativa	6
2	REFERENCIAL TEÓRICO	8
2.1	CONCRETO ARMADO	8
2.1.1	Componentes do concreto armado	9
2.1.1.1	Cimento	9
2.1.1.2	- Agregados	9
2.1.1.3	- Água	10
2.1.1.4	Aço	10
2.1.1.5	Aditivos	10
2.1.2	Durabilidade do concreto armado	11
2.2	patologias do concreto	12
2.2.1	Manifestações patológicas e suas causas	12
2.2.1.1	Manifestações patológicas abordadas	14
2.2.1.1.1	Fissuras e trincas	14
2.2.1.1.2	Infiltração	14
2.2.1.1.3	Desagregação	15
2.2.1.1.4	Eflorescência	15
2.2.1.1.5	Corrosão	16
2.3	PATOLOGIAS E SUA INFLUÊNCIA NA DURABILIDADE DAS estruturas........	17
2.4	DIAGNÓSTICOS	17
2.5	RECUPERAÇÃO	18
2.5.1	Recuperação no concreto	19
2.5.2	Tratamento das armaduras	20
2.5.2.1	Armaduras corrigidas	20
2.5.2.2	Reforço das armaduras	20
2.5.2.3	Emenda das ferragens	20
2.5.2.4	Emenda por transpasse	21
2.5.2.5	Emendas com luvas	21
2.5.2.6	Emendas com solda	21
2.5.2.7	Adição de chapas e perfis metálicos	21
2.5.3	Tratamento de fissuras	22
2.5.3.1	Fissuras devido à flexão	22
2.5.3.2	Fissuras devido à compressão	22
2.5.3.3	Fissuras devido à punção	22
2.5.3.4	Técnica de injeção fissuras	23
2.5.3.5	Costura de fissuras (método do grampeamento)	23
3	Metodologia	23
3.1	Delineamento da pesquisa	23
3.2	Plano de coleta e interpretação dos dados	24
4	CRONOGRAMA	25
5 REFERÊNCIAS	26
22
INTRODUÇÃO
O conceito de engenharia nasce a partir do momento em que o ser humano começa a desenvolver idéias em novas criações. Na engenharia, a construção é a execução do projeto anteriormente elaborado e programado, que é destinada à infraestrutura,podendo ser obras de grande e pequeno porte.
Desde as primeiras civilizações o homem se preocupa com a construção de edificações que atendam suas necessidades, desenvolvendo, com o passar dos anos, a tecnologia da construção. Apesar disso, ainda existem várias falhas mecânicas e também falhas causadas por inexperiência e incapacidade em diferentes fases de uma construção, o que faz com que as estruturas não apresentem um desempenho bom e satisfatório ao longo do tempo.
 As estruturas de concreto armado não são eternas, tornando necessário o estudo de suas patologias, bem como ações de intervenção e manutenção. 
As construções de qualquer natureza podem apresentar fissuras e defeitos gerados ao longo de sua vida útil. A maioria delas está relacionada a problemas executivos e de concepção de projeto. Não seria possível prever a ocorrências destes problemas com o intuito de evitá-los? Estudar as causas patológicas e preveni-las torna-se então fundamental para realizar projetos de maior qualidade.
O trabalho apresenta um estudo de caso relativo a uma edificação construída localizada no município de Rio Piracicaba, cidade do interior de Minas Gerais, buscando evidenciar manifestações patológicas contidas nessa obra.Vale ressaltar que poucas manutenções foram realizadas no referido imóvel, sendo, portanto, possível observar inúmeros problemas estruturais em suas paredes externas e internas, laje, alicerce e em outras áreas.
Com as falhas descritas, têm-se como hipótese que os problemas mencionados sejam provenientes de causas diversas:ausência de um planejamento para a estruturação da obra, uso inadequado de materiais ou o uso de materiais com qualidade duvidosa, falta de qualificação da mão-de-obra quando da execução do projeto construtor. Além disso, verifica-se a falta de manutenção ao longo dos anos, agravando ainda mais as falhas no
Diversas são as causas que levam uma estrutura a sofrer danos, por isso é de extrema importância o estudo desse ramo da engenharia, para que sejam evitadas manifestações patológicas que venham a diminuir a durabilidade das estruturas, assim como é necessário um conhecimento de como solucionar e recuperar aquelas que apresentam o problema, e impedir que o agente causador volte à causar o mesmo problema.
objetivos
Analisar as patologias identificadas em estruturas de concreto armado bem como indicar as possíveis intervenções a serem aplicadas para sua recuperação em uma edificação situada no Município de Rio Piracicaba/MG.
1.1.1 Objetivos Específicos
Identificaras manifestações patológicas encontradas na estrutura de concreto armado;
Classificar as patologias de acordo com seu tipo e ocorrência;
Avaliar as possíveis causas para as patologias identificadas;
Analisar os tipos de intervenção a serem aplicados para recuperação da edificação.
Justificativa
Com a publicação do Código de Defesa do Consumidor (CDC) em 11 de março de 1991 pode-se observar um grande aumento no número de reclamações dos consumidores após a compra de seu imóvel. Essa lei resguardou alguns direitos e garantias aos consumidores, que foram ampliados em 2003 com o novo Código Civil. Assim, os consumidores foram munidos com mais informações e tiveram maior garantia acerca de seus direitos, surgindo, portanto, órgãos de defesa do consumidor como o PROCON e outros. Dessa forma, os consumidores passaram a exigir mais com relação à qualidade dos serviços prestados e dos produtos oferecidos pelas empresas. Por outro lado, as empresas tiveram maiores custos para colocar seus produtos e serviços no mercado. Foi a partir daí que empresas de diferentes ramos, assim como as da construção civil, passaram a sentir a necessidade de manter um maior controle de qualidade nos processos de execução de obras.
Na construção civil as falhas construtivas significam gastos em pós-ocupação, aumentando os custos previstos do empreendimento. Nesse sentido, é necessário que as empresas desenvolvam projetos que diminuam esses custos, tanto de maneira preventiva como de maneira corretiva. A compra de um imóvel é, na maioria das vezes, não só um investimento do consumidor, mas, também, a concretização de um sonho e por isso é importante que as construtoras lidem com a satisfação do cliente no pós-venda, estudando assim a melhor forma de realizar a sua manutenção ao longo do tempo. Desta maneira,é necessário que as empresas construtoras visem tender dois quesitos principais: a realização do cliente e a diminuição dos custos do projeto construtor. E para isso, no setor da construção civil, é importante o conhecimento acerca das patologias mais frequentes, bem como o entendimento das suas causas e de sua prevenção.
Com base nessas considerações, optamos por estudar as principais patologias existentes em construções de concreto armado, uma vez que não é difícil localizar várias dessas ocorrências em diferentes contextos. A escolha por este tema se justifica por haver diversas falhas relatadas na Engenharia Civil, que podem ser explicadas por fatores diversos como: deficiência de formação e preparo de profissionais nos diferentes níveis que atuam na área de construção civil; uso de materiais inadequados; falhas de planejamento, de execução em ações de manutenção da obra após a conclusão.
Para tanto, escolhemos como objeto de estudo um prédio comercial e residencial existenteem Rio Piracicaba. O imóvel foi construído há aproximadamente 20 anos, o que evidencia se tratar de um imóvel relativamente novo.Em diferentes pontos do imóvel são visíveis patologias como rachaduras nas paredes e no piso, infiltrações e tantas outras que merecem um levantamento mais detalhado, seguido de diagnóstico e prognóstico para a recuperação da estrutura.
Por se tratar de um imóvel com uma quantidade diversificada de intervenções a serem feitas, acreditamos que o nosso trabalho poderá contribuir para os estudos de patologias em concreto armado desenvolvidos no campo da Engenharia Civil.
REFERENCIAL TEÓRICO
A estrutura utilizada para a construção do prédio comercial e residencial de Rio Piracicaba, nosso objeto de estudo, é um modelo estrutural que pode sofrer com diversas patologias. Todavia, pode-se observar que para cada situação patológica tem-se um modelo de solução que pode ser trabalhado e ter o dano reparado, devolvendo de maneira segura a estrutura do edifício. Diante dessas afirmações, é importante apresentar as principais características do modelo estrutural bem como identificar as patologias comuns e as possíveis intervenções para esse tipo de edificação relatado na literatura da Engenharia Civil.
CONCRETO ARMADO
O concreto é uma mistura feita de agregados miúdos e graúdos, cimento, areia e água, que por si só, é um material que resiste às tensões de compressão de uma estrutura (GONÇALVES, 2015, p. 21). Por sua vez, chamamos de concreto armado a estrutura de concreto que possui em seu interior armaduras de aço. De acordo com a NBR 6118 (2014) os elementos de concreto armado são aqueles cujo comportamento estrutural depende da aderência entre concreto e armadura e nos quais não se aplicam alongamentos iniciais das armaduras antes da materialização dessa aderência. 
Bastos (2006) define concreto armado como sendo “a união do concreto simples e de um material resistente à tração (envolvido pelo concreto) de tal modo que ambos resistam solidariamente aos esforços solicitantes”, assim:
Concreto armado = concreto simples + armadura + aderência.
O Concreto Armado alia as qualidades do concreto (baixo custo, durabilidade, boa resistência à compressão, ao fogo e à água) com as do aço (ductilidade e excelente resistência à tração e à compressão), o que permite construir elementos com as mais variadas formas e volumes, com relativa rapidez e facilidade, para os mais variados tipos de obra (BASTOS, 2014). A seguir, iremos nos dedicar à descrição de cada um dos elementos que compõem a estrutura de concreto armado, bem como às suas características físicas e químicas (quando possível).
Componentes do concreto armado
O concreto é um material composto, constituído por cimento, água, agregado miúdo (areia) e agregado graúdo (pedra ou brita) e ar. Pode também conter adições (cinza volante, pozolanas, sílica ativa, etc.) e aditivos químicos com a finalidade de melhorar ou modificar suas propriedades básicas (BASTOS, 2006).
Cimento
De acordo com Gonçalves (2015),
O Cimento Portland é um pó fino com propriedades aglomerantes, aglutinantes ou ligantes, que endurece sob ação da água. Depois de endurecido, mesmo que seja novamente submetido à ação da água, o Cimento Portland não se decompõe mais. O cimento é o principal elemento dos concretos e é o responsável pela transformação da mistura de materiais que compõem o concreto no produto final desejado. (GONÇALVES, 2015, p. 21)
O cimento é composto de clínquer e de adições como sulfato de cálcio, calcário e escória siderúrgica, sendo o clínquer seu principal componente presente em todos os tipos de cimento. A propriedade básica do clínquer é ser um ligante hidráulico, que endurece em contato com a água (MEHTA e MONTEIRO, 1994).
- Agregados
A NBR 9935 (2011) identifica-o como sendo um “material granular pétreo, sem forma ou volume definido, a maioria das vezes quimicamente inerte, obtido por fragmentação natural ou artificial, com dimensões e propriedades adequadas a serem empregados em obras de engenharia”. 
A NBR 7211 (2009) fixa as características exigíveis na recepção de agregados: faixas recomendáveis de composição granulométrica, teor máximo de substâncias nocivas e impurezas orgânicas e outros dados de importância prática.
Os agregados são muito importantes no concreto porque cerca de 70 % da sua composição é constituída pelos agregados. A principal aplicação dos agregados, seja a areia ou a pedra, na fabricação do concreto é de natureza econômica, tendo em vista tratarem-se materiais de baixo custo unitário, inferior ao do cimento. (GONÇALVES, 2015, p. 21)
- Água
A água é necessária no concreto para possibilitar as reações químicas do cimento, chamada reações de hidratação, que irão garantir as propriedades de resistência e durabilidade do concreto (BASTOS, 2006).
O item 8.1.3 da NBR 6118especifica os teores máximos toleráveis de substâncias nocivas para a água. A água do mar não é recomendada. Pode levar a resistências iniciais mais elevadas que os concretos normais, mas as resistências finais são sempre menores, além da possibilidade de corrosão da armadura. As águas minerais também não são recomendadas (GONÇALVES, 2015).
“A água de mistura do concreto é, possivelmente, o seu componente menos dispendioso, mas também é, seguramente, um dos mais importantes” (SOUZA e RIPPER, 1998).
Aço
Os aços estruturais para concreto armado, de fabricação nacional podem ser classificados em dois grupos principais (FREITAS, 2007): 
a) Aços de dureza natural laminados a quente: são os mais utilizados no concreto armado, como o CA-25 e CA-50, antigamente denominados aços tipo A. Os aços CA-50 apresentam mossas (saliências) que aumentam a aderência. Como eles são laminados a quente, não perdem suas propriedades de resistência quando aquecidos ao rubro e resfriados em seguida (condicionalmente até 1100ºC a 1200ºC). Com isso, podem ser soldados com eletrodos consumíveis comerciais, e não sofrem demasiadamente a ação de chamas moderadas, como no caso de incêndios.
b) Aços encruados a frio: aços obtidos por tratamentos a frio dos aços comuns, como os atuais CA-60, antigamente denominados aços tipo B. O aço é encruado a frio por torção combinada com tração. Havendo defeitos no material, ele rompe por ocasião do encruamento, o que torna o processo de fabricação um verdadeiro ensaio de detecção de defeitos. (FREITAS, 2007, p.65)
Aditivos
Aditivas são substâncias adicionadas ao concreto, com a finalidade de reforçar ou melhorar certas características, inclusive seu preparo e utilização. De acordo com Cánovas (1984),
Os aditivos são produtos que, acrescentados aos aglomerantes no momento de sua elaboração, e em condições adequadas, nas formas convenientes e nas doses precisas, têm por finalidade modificar ou implementar, em sentido positivo e em caráter permanente, certas propriedades do conglomerado, para seu melhor comportamento em todos ou em algum aspecto, tanto no estado fresco como endurecido(CÁNOVAS, 1984, p.29)
Durabilidade do concreto armado
Segundo Flauzino (1988), “durabilidade é a capacidade que um elemento tem de perpetuar suas propriedades químicas e físicas durante um determinado período”. Com o tempo, a tecnologia de fabricação do concreto foi avançando, com a melhoria das propriedades dos aditivos, adições e ligantes, possibilitando uma redução significativa nas seções das peças de concreto armado em função do aumento das resistências mecânicas (FERREIRA, 2000).
Por fim, Helene (2001) define durabilidade como sendo o resultado da interação entre a estrutura de concreto, o ambiente e as condições de uso, de operação e de manutenção.
Segundo a NBR6118 (2014), as estruturas de concreto armado devem ser projetadas e construídas de modo que, sob as condições ambientais previstas e quando utilizadas conforme preconizado em projeto, conservem sua segurança, sua estabilidade e sua aptidão em serviço durante o período correspondente à sua vida útil, estabelecida pelo contratante.
Segundo a ISO 13823 entende-se por durabilidade“o período efetivo de tempo durante o qual uma estrutura ou qualquer de seus componentes satisfazem os requisitos de desempenho do projeto, sem ações imprevistas de manutenção ou reparo” (POSSAN, DEMOLINER, 2013).
A preocupação com a qualidade do concreto, do projeto e das técnicas é observada para que se tenha uma alta durabilidade, sendo este fator imprescindível para a redução/aniquilação de danos em uma determinada construção. 
As manifestações patológicas em edificações são os principais problemas que comprometem a vida útil das construções. Segundo Arivabene (2015), entre os tipos de patologias, destacam-se as estruturais, sendo que as mesmas são objetos de estudo da presente pesquisa.
patologias do concreto
Patologia na construção civil, o objeto de pesquisa deste trabalho, significa o estudo das doenças que acometem as construções civis. Essa correspondência de termos da Engenharia com a Medicina é devido à similaridade do conteúdo estudado, sendo uma construção análoga ao corpo humano. Dentro dessa temática são abordados causas, sintomas, consequências e tratamentos para recuperação das edificações (GONÇALVES, 2015)
Degussa (2008), 
Entende patologia como parte da engenharia que estuda os sintomas, os mecanismos, as causas e as origens dos defeitos das construções civis e à terapia cabe estudar a correção e a solução desses problemas patológicos, inclusive aqueles devidos ao envelhecimento natural (DEGUSSA, 2008, p.133)
Segundo Souza e Ripper (1998), os problemas patológicos podem ser classificados em simples ou complexos, de acordo com análise do diagnóstico e profilaxia.
Para identificar as causas das patologias do concreto é preciso observar suas manifestações que ocorrem normalmente nas partes externas das estruturas. No entanto, existem partes externas que não são normalmente visualizadas, como ao total ou parcialmente enterradas (fundações, arrimos, piscinas); as faces internas das juntas de dilatação; e as do interior de galerias e reservatórios (PIANCASTELLI, 2019).
Manifestações patológicas e suas causas
É sabido que, 
Em uma obra de construção civil, quanto antes for diagnosticado um problema, melhor. Estudos apresentam que um elevado percentual dos problemas patológicos nas edificações é originado nas fases de planejamento e projetos. Isso ocorre devido à falta de investimento dos proprietários, públicos ou privados, em projetos mais elaborados, havendo, muitas vezes, necessidade de adaptações durante a fase de execução e futuramente problemas de ordens funcional e estrutural (VITÓRIO, 2002, p.14)
Para Gonçalves (2015), as causas mais comuns de patologias em obras de edificações são por consequência de falhas na concepção do projeto; má qualidade dos materiais; erros na execução; utilização para fins diferentes dos calculados em projeto; falta de manutenção no decorrer do tempo.
Couto (2007) lista alguns exemplos de problemas originados na etapa de elaboração do projeto: 
a) Má definição das ações atuantes ou combinação mais desfavorável para a estrutura; 
b) Deficiência na avaliação de resistências do solo, podendo levar, por exemplo, a recalques inesperados ao longo da construção e nos primeiros anos de vida da edificação; 
c) Adoção de peças com espessura de cobrimento e relação água/cimento incompatíveis com tempo e as condições de exposição da estrutura; 
d) Especificação inadequada de materiais; 
e) Dimensionamento que leva a grandes deformações na estrutura, levando ao surgimento de fissuras (peças esbeltas e utilização de grandes vãos); 
f) Utilização de juntas estruturais sujeitas à infiltração de água, próximas aos elementos estruturais; 
g) Falta de compatibilização entre os projetos (arquitetônico, estrutural, hidrossanitário, elétrico, entre outros); 
h) Detalhes construtivos impossíveis de serem executados. (COUTO, 2007, p.22)
Além desses fatores, importa considerar que diversos agentes naturais atuam sob o concreto armado provocando o seu envelhecimento, ou seja, a perda gradual de seu desempenho estético, funcional e estrutural. As causas de deterioração originam-se de diversas ações: mecânicas, físicas, químicas e biológicas, podendo estas ocorrer isoladamente ou simultaneamente, dependendo da velocidade de propagação principalmente do meio que a estrutura está inserida (ANDRADE e SILVA, 2005).
Por sua vez, Helene (2001) indica que os mecanismos mais importantes de deterioração da estrutura de concreto são: 
a) Mecanismos de deterioração relativos ao concreto: lixiviação (águas puras e ácidas), expansão por sulfatos ou magnésio, expansão por reação álcali-agregado, reações superficiais deletérias. 
b) Mecanismos de deterioração relativos à armadura: corrosão devida à carbonatação e corrosão por elevado teor de íon cloro (cloreto). 
c) Mecanismos de deterioração da estrutura propriamente dita: ações mecânicas, movimentações de origem térmica, impactos, ações cíclicas (fadiga), deformação lenta (fluência), relaxação, e outros 33 considerados em qualquer norma ou código regional, nacional ou internacional, mas que não fazem parte de uma análise de vida útil e durabilidade tradicional (HELENE, 2001, p.102)
Manifestações patológicas abordadas
Fissuras e trincas
As fissuras são os sintomas mais frequentes nas estruturas, sendo suas causas muito variadas. Para um correto tratamento de uma fissura é necessário conhecer o agente causador, pois se ele não mais atua, a fissura pode ser considerada estável (passiva), caso contrário, instável (ativa). As fissuras estáveis não apresentam variação em suas aberturas, ao contrário das instáveis. De acordo com a NBR 9575:2003 fissuras têm abertura entre 0,05mm e 0,5mm e trincas entre 0,5 mm e 1mm (HOLANDA, 2015).
Figura 1 - Fissuras e trincas
Fonte: MAPA DA OBRA (2019).
ParaHelene (2013) fissuras são, na verdade, sintomas e não manifestações patológicas e nenhuma obra, por melhor construída que seja, está livre de, ao longo de sua vida útil apresentar fissuras. As fissuras, na maioria das vezes são como consequência de um problema estrutural, e por isso, antes de receberem reparos deve ser investigada sua causa.
Infiltração
Infiltração é um processo de vazamento da água proveniente de meios externos ou encanamentos para a superfície revestida através de fissuras, má impermeabilização ou pela própria capacidade de absorção do material (HOLANDA, 2015).
Figura 2 - Infiltração
Fonte:SmartSolution (2019)
Desagregação
A desagregação do material é uma falha na construção muito comum nas estruturas de concreto, em virtude das suas variadas causas. O processo de desagregação é definido pela eliminação de fragmentos ou placas de concreto com a perda de monolitismo e da fixação do cimento, deixando os agregados soltos. Souza e Ripper (1998) afirmam que a consequência da desagregação é uma peça com perda da capacidade de resistir aos esforços que a solicitam.
Figura 3 - Desagragação
Fonte: EBERICK (2011)
Eflorescência
A eflorescência é tida como uma consequência do processo de infiltração, sendo ocasionada após o mesmo. Durante o vazamento da água para a superfície (concreto, tijolos, pedras ou outros materiais porosos) os sais presentes no cimento e na cal são trazidos juntamente com a água. Após o processo natural de evaporação do fluído, resta na extensão da infiltração um depósito branco formado por esses sais (HOLANDA, 2015).
Figura 4 - Eflorescência
Fonte: CIMENTO ITAMBÉ (2011)
Corrosão
A corrosão é uma manifestação patológica bastante comum que ocorre nas estruturas de concreto armado e ocorre quando o aço entra em contato com a umidade ou algum tipo de gás nocivo que altera as suas propriedades, fazendo com que ele perca sua resistência e suas características, necessitando de uma recuperação imediata para a utilização do mesmo (HOLANDA, 2015).
Figura 5 - Corrosão
Fonte: SA SOLUÇÕES DE ENGENHARIA (2018)
Patologias e sua influência na durabilidade das estruturas
A durabilidade de uma obra em concreto armado é fruto de um trabalho coordenado entre váriasetapas, sendo elas: concepção e projeto da estrutura; escolha dos materiais que serão utilizados; execução das estruturas; utilização e manutenções preventivas (LIMA E BRITO, 2016).
Segundo Palermo (1993), em levantamentos feitos em edificações brasileiras que apresentavam algum tipo de patologia, cada uma das etapas acima citadas seria responsável por um grau de incidência de anomalias, sendo: 
• 52% devido à má execução; 
• 24% devido à má utilização; 
• 18% devido à deficiência de projeto;
 • 6% devido à deficiência das propriedades dos materiais. 
Essas proporções variam no tempo e nas regiões. Isso pode ser confirmado na avaliação feita por Cunha (1994), na década de 90, sobre a ocorrência de manifestações patológicas de 709 casos analisados no Brasil, sendo: 
• 27% devido à má execução; 
• 14% devido à má utilização; 
• 49% devido à deficiência de projeto; 
• 10% devido à deficiência das propriedades dos materiais.
DIAGNÓSTICOS
O conhecimento das diferentes manifestações patológicas é um ponto fundamental para o diagnóstico correto, como também para a adoção das terapias adequadas.
Para se ter uma definição clara e o tipo de intervenção mais adequada e urgente para a eliminação das causas que dão origem aos danos da obra, é necessário um bom diagnóstico dos problemas, através de uma inspeção detalhada, feita por um profissional habilitado, que atualmente conta com vários testes simples para procura obter o maior número de informações possíveis. (HOLANDA, 2015, p .16)
Segundo Helene (1993), “diagnóstico é a identificação e descrição do mecanismo, das origens e das causas responsáveis pela patologia encontrada em uma estrutura ou elemento estrutural”.
É importante investigar cuidadosamente a patologia e suas possíveis causas, pois ao se falhar no seu diagnóstico, a correção não será eficiente. Uma patologia pode se apresentar como consequência de mais de uma deficiência. Assim, para que a medida corretiva seja eficiente devem-se sanar todas as suas causas (ANDRADE & SILVA, 2005).
RECUPERAÇÃO
Após definido o diagnóstico e os objetivos da intervenção serão escolhidas as interferências possíveis com base em uma média de parâmetros como: grau de incerteza sobre os efeitos que produzirão; relação custo/benefício; disponibilidade de tecnologia para a execução dos serviços. (HOLANDA, 2015, p. 23).
A sistemática empregada na execução de serviços de recuperação do concreto deteriorado por patologias pode ser agrupada em duas categorias: patologias de ordem física ou de ordem química (LAPA, 2008).
As causas físicas da deterioração do concreto podem ser agrupadas em duas categorias:
desgaste superficial, ou perda de massa devido à abrasão, à erosão e à cavitação;
fissuração, devido a gradientes normais de temperatura e umidade, a pressões de cristalização de sais nos poros, a carregamento estrutural e à exposição a extremos de temperaturas, tais como congelamento ou fogo.
As causas químicas da deterioração do concreto podem ser agrupadas em três categorias:
hidrólise dos componentes da pasta de cimento por água pura;
trocas iônicas entre fluidos agressivos e a pasta de cimento;
reações causadoras de produtos expansíveis, tais como expansão por sulfatos, reação álcali-agregado e corrosão da armadura no concreto (LAPA, 2008).
Já reações envolvendo hidrólise e lixiviação dos componentes da pasta de cimento endurecido (eflorescência), devem ser removidas com soluções diluídas de ácido, desde que adotados os cuidados e procedimentos adequados. As soluções, a seguir, devem ser testadas em pequenas áreas não contaminadas:
traço 1:9 a 1:19 de ácido muriático diluído em água;
traço 1:9 de ácido fosfórico diluído em água;
traço 1:1:19 parte de ácido fosfórico mais ácido acético diluídos em água.
E obedecer às seguintes etapas:
saturar a superfície de concreto com água pura, para evitar a absorção da solução ácida;
aplicar a solução ácida em pequenas áreas, não maior que 0,5 m²;
aguardar cinco minutos e remover a eflorescência com uma escova dura;
lavar a superfície tratada com água pura, imediatamente após a remoção da eflorescência (LAPA, 2008).
Recuperação no concreto
Os danos no concreto podem ser classificados entre danos superficiais, danos semiprofundos e danos profundos. Danos superficiais são aqueles de até 2,0cm de profundidade, danos profundos são aqueles de até 5,0 cm de profundidade, e a partir deste valor são os danos considerados profundos (SOUZA e RIPPER, 1998). Já Marcelli (2007), cita que os danos superficiais são aqueles que compreendem um valor de até 2,5cm de profundidade.
Para todos os casos de danos citados, pode-se contar hoje em dia com uma grande variedade de produtos industrializados com características diversificadas para atender a cada situação específica.
Tratamento das armaduras
Armaduras corrigidas
Após a limpeza da armadura, deve ser avaliada a necessidade de substituição de alguma parte da ferragem afetada ou ainda a complementação de armadura na área afetada, devido à possível redução na seção da mesma. Um engenheiro estrutural deve ser consultado (MARCELLI, 2002).
A solução apresentada por Thomaz (2003) seria delimitar a área danificada e escarificar manualmente a região, retirando materiais soltos até atingir o concreto sadio. A partir daí, remover a corrosão das armaduras existentes, e limpar a superfície através do jateamento com água sob pressão. Aplicar um adesivo à base mineral para criar a “ponte de aderência” que posteriormente receberá a argamassa de restauração à base de cimento.
Reforço das armaduras
A necessidade de reforço das armaduras se dá quando se quer retomar a estrutura à sua capacidade de carga inicial. Também quando há algum erro de projeto ou de execução da estrutura, se faz necessário o reforço.
Segundo Souza e Ripper (1998 apud Gonçalves 2015), deve-se considerar a complementação de armadura quando a parte que estiver corroída atingir 15% do total da seção original. Helene (1992) reforça o fato de que, caso haja necessidade de emendas por solda, que esta seja à base de eletrodos, e que se controle o tempo e a temperatura com a finalidade de não haja alteração na estrutura do aço.
Emenda das ferragens
Segundo Souza e Ripper (1998 apud Gonçalves 2015), as emendas entre uma barra de recuperação e uma barra existente assumem maior importância até do que nos casos de uma construção nova. Isso se deve ao fato de que há a necessidade de a emenda ocupar o menor espaço longitudinal possível, para evitar remoção adicional de concreto, e ainda um mínimo espaço transversal, para se ter o mínimo de obstrução para o material cimentício de complementação.
Emenda por transpasse
A NBR 6118 estabelece que a emenda por transpasse só é permitida para barras de diâmetro até 32 mm. As barras a serem emendadas devem ficar próximas entre si, numa distância não superior a 4. A resistência da emenda depende do comprimento de transpasse, do diâmetro e espaçamento das barras e da resistência do concreto. O aumento do comprimento de transpasse não aumenta a resistência da emenda na mesma proporção (BASTOS, 2014).
Emendas com luvas
Outro sistema utilizado para emendar barras é o emprego de luvas de pressão, em que as extremidades das barras são unidas através de luvas prensadas de tal forma que garantem a ligação das barras (MARCELLI, 2007). 
As principais vantagens dessa solução são a redução do congestionamento da armadura e das interferências na seção, além de menor desperdício de aço. Não é necessário qualquer equipamento de solda. As luvas devem ter resistência maior que as barras (NBR 14931).
Emendas com solda
A NBR 14931 diz que “apenas podem ser emendadas por solda barras de aço com características de soldabilidade. Para que um aço seja considerado soldável, sua composição deve obedecer aos limites estabelecidos na ABNT NBR 8965” (GONÇALVES, 2015).
Adição de chapas e perfis metálicos
Esta técnica é utilizada em casos emergenciais, quando precisa-se aumentar a capacidade resistente de uma peça, sem que se alterea sua geometria. Sua execução é relativamente rápida e eficiente. Pode ser feita através de colagem ou chumbamento (GONÇALVES, 2015).
Relvas (2004) sintetiza as etapas de execução de adição de reforço por chapas metálicas: 
a) Verificação da necessidade de se escorar a peça a ser reforçada; 
b) Promover rugosidade leve no concreto, com lixa e posterior lavagem do local para remoção de poeira; 
c) Furação prévia, marcando os pontos para a posterior fixação dos chumbadores; 
d) Quando necessário regularizar a superfície, pela aplicação manual de uma argamassa fina, não retrátil, pouco espessa e muito resistente; 
e) As chapas deverão ser metalizadas, galvanizadas ou pintadas para proteção contra a corrosão; 
f) Limpeza da chapa para a remoção de poeira, a fim de garantir a aderência da resina à chapa; 
g) Injeção com resina de viscosidade e tempo de manuseio da resina controlados; 
h) O aperto dos chumbadores deverá ser dado antes e confirmado depois da injeção da resina; 
i) Garantir a proteção contra o fogo, por pintura ou por aplicação de um revestimento em argamassa compacta (RELVAS, 2004, p.5).
Tratamento de fissuras
Fissuras devido à flexão
Para tratamento destas fissuras tem-se dois caminhos. No caso de redução da sobrecarga, deve-se proceder para o preenchimento das fissuras em função da agressividade do meio ambiente. Marcelli (2007) propõe o seguinte roteiro: 
a) Em ambiente interno não-agressivo: aberturas menores que 0,3mm, dispensar tratamento. Para aberturas maiores, no caso de fissuras ativas, tratar com selante, e fissuras passivas, tratar com resina epóxi; 
b) Em ambiente agressivo e úmido: aberturas menores que 0,1mm, não é necessário tratamento. Para aberturas maiores, no caso de fissuras ativas, tratar com selante, e fissuras passivas, tratar com resina epóxi;(MARCELLI, 2007, p.71)
Fissuras devido à compressão
Pode-se recorrer ao reforço do elemento estrutural de várias maneiras: utilizando-se a colagem de chapas de aço, ou a colocação de armadura suplementar e posterior enchimento com graute ou microconcreto (SILVA, 2017).
Fissuras devido à punção
Dependendo do tipo e das condições da estrutura, o reforço para corrigir elevadas tensões de punção pode ser feito com concreto normal, microconcreto, graute,chapas metálicas coladas com epóxi ou perfis metálicos protendidos (MARCELLI, 2007).
Técnica de injeção fissuras
A NBR 6118 explica que “que as aberturas de fissuras fiquem dentro de limites que não comprometam as condições de serviço e durabilidade da estrutura”
Souza e Ripper (1998) definem injeção como:
A técnica que garante o perfeito enchimento do espaço formado entre as bordas de uma fenda, independentemente de se estar injetando para restabelecer o monolitismo de lendas passivas, casos em que são usados materiais rígidos, como epóxi ou grautes, ou para a vedação de fendas ativas, que são situações mais raras, em que se estarão a injetar resinas acrílicas ou poliuretânicas. (SOUZA E RIPPER,1998, p.10)
Costura de fissuras (método do grampeamento)
Segundo Souza e Ripper (1998), “a técnica é de discutível aplicação... pois aumenta a rigidez da peça localizadamente, e se o esforço gerador da fenda continuar, com certeza produzirá uma nova fissura em região adjacente”.(SOUZA E RIPPER,1998, p.10)
Metodologia
Ao tomar como objeto de pesquisa as patologias em construções de concreto armado diante de um mercado consumidor cada vez mais exigente quanto à qualidade dos serviços prestados pelas empresas de construção civil, espera-se que as avaliações e as intervenções possíveis para um imóvel que apresenta diferentes tipos de patologias permitam demonstrar o quanto um projeto mal executado pode aumentar os custos da obra, causando prejuízos às construtoras e também ao cliente.
Delineamento da pesquisa
Ao considerar que a construção a ser analisada neste estudo apresenta diferentes tipos de patologias, procuraremos desenvolver uma pesquisa aplicada, por meio da qual se pretende apresentar algumas soluções possíveis para os problemas identificados. Para tanto, a abordagem a ser adotada será do tipo qualitativo, uma vez que não serão utilizados recursos estatísticos para a análise e interpretação dos dados, mas sim serão identificadas e analisadas as patologias existentes na construção escolhida como objeto deste estudo. Nesse tipo de estudo são importantes o ambiente selecionado e a ação do pesquisador, como também a definição de categorias baseadas nos referenciais teórico-metodológicos como recurso para trazer maior entendimento sobre o tema estudado (GIL,2002).
 A partir da identificação das características da construção e mais especificamente das patologias procuraremos descrevê-las de forma bastante detalhada, de forma que se possa elaborar um projeto de recuperação. Conforme afirma Gil (2002) esse tipo de pesquisa tem como objetivo a descrição das características de um fenômeno, estabelecendo também, relação entre as variáveis.
Consideramos também que além da descrição será necessário compreender os fatores que contribuíram para a ocorrência das patologias, o que fará com que nossa pesquisa tenha, além da característica descritiva, uma característica explicativa. Nesse sentido, a pesquisa irá aprofundar o entendimento sobre as causas das patologias, para que se possa fazer um diagnóstico e consequentemente um prognóstico das intervenções a serem feitas na construção. 
Consideramos ainda o fato de este trabalho se tratar de um estudo de caso, no qual tomamos como ponto de partida a análise de uma única construção, ou seja, em que é possível observar fenômenos ou características bastante específicos. Apesar disso, pretendemos verificar a ocorrência de problemas semelhantes em outras obras bem como os fatores que são particulares de nosso estudo, podendo dessa maneira contribuir para os estudos nessa área.
 Plano de coleta e interpretação dos dados
Durante a realização deste trabalho serão adotados alguns procedimentos como visitas à obra, nas quais será feita a coleta de dados sobre a construção. Inicialmente, procuraremos obter com os proprietários do imóvel o projeto de construção do imóvel e a planta de forma que se possa conhecer as características do terreno, bem como saber se elas foram consideradas na etapa de projeto. Em seguida, faremos a identificação de todas as patologias existentes, buscando classificá-las de acordo com o seu tipo (fissuras e trincas, corrosão, infiltração, etc). Além disso, pretendemos relacioná-las com suas possíveis causas e também propor as intervenções mais adequadas para cada uma delas. Esses dados serão, portanto, organizados em umaplanilha, o que facilitará a observação dos fenômenos em estudo. Na etapa seguinte à coleta dos dados será feita uma revisão de literatura em que se tenha tomado como objeto casos semelhantes ao nosso. Esse procedimento é de fundamental importância para que seja possível avaliar quais são as ocorrências comuns em construções de concreto armado, bem como identificar as que são bastante peculiares em nosso estudo. Com base nesse cruzamento de informações será possível chegar a conclusões em torno de nossas contribuições para o campo.
CRONOGRAMA
	
MÊS
ATIVIDADE
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	MAR
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	AGO
	SET
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	Escolha do tema e definição do objeto de pesquisa
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	Revisão de literatura
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	Estruturação do Projeto de Pesquisa
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	Adequação do Projeto de acordo com a banca
	
	
	
	
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	Aplicação dos instrumentos de coleta de dados
	
	
	
	
	
	
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	Análise dos dados coletados
	
	
	
	
	
	
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	Escrita doTrabalho Final
	
	
	
	
	
	
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	Entrega do Trabalho Final
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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	Bancade Defesa TCCII
	
	
	
	
	
	
	
	
	
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5 REFERÊNCIAS
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