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AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADES EMPRESÁRIAS E SOCIEDADES SIMPLES À LUZ DO CÓDIGO CIVIL DE 2002

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AS PRINCIPAIS DIFERENÇAS ENTRE SOCIEDADES EMPRESÁRIAS E SOCIEDADES SIMPLES À LUZ DO CÓDIGO CIVIL DE 2002
Pedro Henrique Abreu Benatto
Ana Elizabeth Lapa Wanderley Cavalcanti
Introdução
“Com a chegada da Teoria da Empresa também surgiram novas classificações acerca das sociedades, que antes, baseadas no antigo Código Comercial, dava-se entre sociedades civis e sociedades comerciais e, agora, conforme ordenamento atual, dividindo-as em simples e empresárias.” [...] “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para produção ou circulação de bens ou serviços.” [...] “pode-se inferir que sociedade empresária é aquela que exerce atividade econômica organizada e que, em oposição a estas, estão as sociedades simples, por não exercerem profissionalmente atividade econômica organizada”. (Pág. 02)
Breve evolução histórica do direito comercial
“Os primeiros traços de transações comerciais evidenciam-se na antiguidade com os fenícios, os assírios e os gregos da Ásia Menor, sendo o comércio marítimo o mais pujante.” [...] “Após a queda do Império Romano, na Idade Média é que se tem o início do período de confecção do direito comercial cujos alicerces foram pautados nos ideais do Cristianismo. Com isso, a indústria e o comércio se libertaram e se desenvolveram,” [...] “Nessas instituições havia um Poder Legislativo e um Poder Judiciário, e esses dois poderes trabalhavam assim como conhecemos nos dias atuais: formando leis e outras regras e julgando causas comerciais.” (Pág. 02 e 03)
Progresso do direito comercial brasileiro
“O ponto de partida para o desenvolvimento do direito comercial no Brasil colônia foi a vinda da família imperial” [...] “fora nomeada uma comissão de comerciantes para elaborar um projeto de Código Comercial e logo, em 1834, este foi enviado à Câmara. Após longo debate, foi sancionada a Lei 556, de 25 de junho de 1850 (LGL\1850\1), que promulgava o Código Comercial brasileiro.” [...] “ no início do século XX, houve a necessidade de revisão do Código.” [...] “Elaboraram dois anteprojetos que não obtiveram sucesso. Somente no governo de Castello Branco é que foi enviado ao Congresso Nacional um Código de Obrigações que incluía matéria do antigo Código Comercial, sendo retirado, pouco depois, e entregue ao estudo da ilustrada comissão de juristas que compôs o anteprojeto do Código Civil [...] “afinal transformado na Lei 10.406 de janeiro de 2002, o novo Código Civil” (Pág. 03)
Sociedades comerciais: visão histórica evolutiva
“Sociedade, juridicamente falando, constitui-se na união ou no agrupamento de pessoas que se organizam para desenvolver atividades, obrigando-se a unir esforços em torno de um objetivo em comum.” [...] “Serviços eram gerados a partir de agricultores que exploravam suas terras, colhendo seus frutos e realizando trocas” [...] “Muitas vezes eram empregados nessas atividades parentes e amigos que eram agrupados pelo chefe de família (paterfamilias),” [...] “Na Idade Média, as sociedades marítimas, com o intuito de explorar novos mercados ou terras, além das práticas de trocas, cresceram e desenvolveram as principais características de sociedade, como: distinção patrimonial e sociedades de capital” (Pág. 03)
Atos de comércio
“Inicialmente, podemos dizer que a diferença entre atos de comércio e atos civis se deu basicamente com a evolução histórica e a evolução do Direito Comercial.” “Na primeira fase, o Direito Comercial era interpretado como um direito da casta de comerciantes. E as corporações de ofício nasceram da associação dos mercadores a elas,”[...] “Avançando um pouco mais, na fase objetiva, iniciou-se o liberalismo econômico. Ou seja, qualquer cidadão podia exercer a atividade comercial desde que essa prática estivesse conforme a lei” [...] “Todas as corporações de ofício foram extintas, a Revolução Francesa encerrou os privilégios de nascimento e a burguesia tomou o poder político. O nosso Código Comercial de 1850 e o Regulamento 737, do mesmo ano, nasceram sob forte influência dessa fase e foi por meio deste último normativo que se estipularam quais eram atos comerciais por natureza e quais eram os atos profissionais (compra e venda, operações de câmbio etc.).”
“Contudo, a evolução temporal demonstrou que a Teoria dos Atos de Comércio era insuficiente para demarcar o campo do Direito Comercial, forçando o aparecimento de outro tipo de identificação para o objeto do Direito Comercial: a Teoria da Empresa.” (Pág. 04)
Teoria da empresa
“O conceito de empresa originou-se com a legislação italiana em 1942, com o Codice Civile, e ampliou o espectro de incidência do Direito Comercial. Conforme Machado: [...] foi com o Código Civil italiano de 1942 que se verificou uma tentativa séria de implantação dessa teoria, instituindo um regime legal amplo para a empresa, regulando os aspectos das relações de trabalho no âmbito da mesma, disciplinando o estabelecimento comercial e regulando o exercício de atividade pelo empresário.” (Pág 04)
Sociedades simples
[...] “sociedades “não personificadas”, as quais se dividem em “sociedades comuns” e “sociedades em conta de participação”; e “sociedades personificadas”, dividindo-se em “sociedades simples” e “sociedade empresária””. “A sociedade simples já existia antigamente no Código das Obrigações suíço. Especificamente em seu artigo 530 estabelecia: “A sociedade é uma sociedade simples, no sentido do presente título, quando ela não oferece características distintivas de uma das outras sociedades reguladas pela lei””.[...] “A expressão “simples” faz uma diferenciação entre o empresário e o não empresário. No direito empresarial, a diferenciação ocorre no confronto entre a atividade empresarial – cadeia de atos de natureza econômica, realizados por profissionais sob uma organização – e os atos que não o são.” “Tratando-se de sociedade simples, esta pode assumir a forma de um dos tipos societários destinados às sociedades empresárias, previstos no novo Código Civil (LGL\2002\400), quais sejam, sociedade em nome coletivo, sociedade em comandita simples e sociedade limitada.” (Pág. 05)
Objeto da sociedade simples
“Pode-se dizer que o objeto da sociedade simples é, por exemplo, a prestação de serviços intelectuais, artísticos, científicos ou literários, devendo a sociedade se limitar a tais atividades, não podendo exercer atividade estranha que pode caracterizar elemento de empresa, desvirtuando-a. Assim, a sociedade simples não pode possuir elementos constitutivos de empresa.” (Pág. 05)
Características da sociedade simples
“No contrato social deve constar se os sócios responderão ou não subsidiariamente pelas obrigações
sociais; A sociedade deve ser registrada nos trinta dias subsequentes à sua constituição; Os sócios respondem com seus bens pessoais pelas obrigações sociais não cumpridas pela sociedade; O sócio que cede suas cotas a terceiros responde solidariamente com este pelas suas obrigações como sócio por um período de dois anos; Os sócios respondem na proporção da participação das cotas, salvo se houver cláusula de responsabilidade solidária; É impossível excluir algum sócio na participação dos lucros ou perdas; O credor do sócio da sociedade pode, em não havendo outros bens, requerer a execução dos lucros da sociedade; O sócio que resolver retirar-se espontaneamente deve comunicar à sociedade com antecedência de sessenta dias se a duração da sociedade for por prazo indeterminado. Se esse prazo for determinado, o sócio deve comprovar, judicialmente, justa causa.” (Pág. 05 e 06)
4.3 Responsabilidade dos sócios nas sociedades simples
“A responsabilidade dos sócios dependerá da forma que a sociedade simples adquirir. Todavia, como regra geral, e conforme já citado anteriormente sobre a sociedade simples em sentido estrito, a responsabilidade é ilimitada, nos termos do artigo 1.023. Sendo que o contrato dela é que estabelecerá a responsabilidade dos sócios.” [...] “As cooperativas (por previsão legal do parágrafo único do art. 982 do Código Civil(LGL\2002\400)) ou qualquer outra sociedade que a lei submete a este tipo de regime” “A sociedade rural quando não faça opção por funcionar como sociedade empresária à luz da faculdade que lhe é concedida pelo disposto no art. 971 do Código Civil (LGL\2002\400).” [...] “ As sociedades fundadas para o exercício de profissão intelectual de natureza científica, literária ou artística (conforme art. 966, parágrafo único, do Código Civil (LGL\2002\400)).” “ As sociedades fundadas com determinados objetos sociais para o exercício de atividade econômica que não se enquadrem nas características de sociedades empresárias, quer seja pela falta do caráter organizativo para a produção de bens ou serviços, quer pela profissionalidade, quer, ainda, pela falta do elemento de empresa [...].” (`pág 06)
Sociedades empresárias
“Sociedade empresária é aquela destinada à atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços.” [...] “considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a produção ou a circulação de bens ou de serviços”
[...] “ o empresário é aquele que exerce profissionalmente uma atividade econômica organizada para a produção ou circulação de bens ou de serviços, podendo ser uma pessoa física, utilizando seu dinheiro e organizando a empresa individualmente ou pessoa jurídica, oriunda da união de esforços dos seus integrantes.”
“Profissionalismo. A ideia de exercer profissionalmente uma atividade está ligada a três considerações: a atividade deve ser exercida com habitualidade, [...] Porém, empregado não é considerado empresário, pois, ao produzir ou fazer circular bens ou serviços, fazem isso em nome do empregador; e é o empresário que detém o monopólio dasinformações, conhecimento e todos os outros aspectos do produto ou do serviço objeto de sua empresa.” [...] ”Atividade. A empresa é uma atividade de circulação de bens e serviços. Possui atividade negocial com fim lucrativo. Atividade negocial é a pedra de toque para sua atuação como organização, e o intuito de lucro, geralmente, é da natureza da sociedade.” “Econômica. A atividade empresarial busca gerar lucro para quem participa do se capital.” [...] “ Organizada. Há quatro fatores de produção, combinados pelo empresário, para que a sociedade seja definida como organizada. São eles: capital, mão de obra, insumos e tecnologia.” [...] “ Produção e circulação de bens ou serviços. Produção de bens é a fabricação de produtos. 
“A pessoa jurídica empresária é cotidianamente denominada “empresa”, e os seus sócios são chamados de “empresários”, Em termos técnicos, contudo, empresa é a atividade, e não a pessoa que a explora; e empresário não é o sócio da sociedade empresarial, mas a própria sociedade.” (Pág 06 e 07)
Objeto das sociedades empresárias
[...] “sociedade empresária é grupo de pessoas que mutuamente se comprometem a combinar seus esforços ou recursos para alcançar objetivos em comum.” Ou ainda, “entidade resultante de um acordo de duas ou mais pessoas, combinação de ideias, capitais e trabalho, objetivando a pratica constante dos atos, ou seja, a intermediação, a habitualidade e o lucro como resultado dessa prática.” (Pág 07)
Características das sociedades empresárias
“A personalidade jurídica da sociedade empresária é constituída pelos sócios e deve ser registrada no órgão competente – Junta Comercial do Estado em que estão sediadas –, pois só assim ela será pessoa jurídica e adquirirá personalidade jurídica [...] No Brasil, as sociedades empresárias geralmente são constituídas, em sua grande maioria, como sociedade limitada ou sociedade anônima (companhia).“ (Pág 07 e 08)
Tipos de sociedades empresárias
“São sociedades de pessoas: Sociedade em comandita simples; Sociedade em nome coletivo;
Sociedade em conta de participação. “São sociedades de capital: Sociedades em comandita por ações; Sociedade anônima.” (Pág 08)
Responsabilidades dos sócios na sociedade empresária
[...] “essa responsabilidade pode ser: limitada, ilimitada ou solidária e mista.”
“A limitação de responsabilidade do sócio em razão de obrigações sociais não é absoluta no direito brasileiro e foi relativizada em razão das várias leis que autorizam a superação da personalidade jurídica para que os atos constritivos judiciais possam atingir o patrimônio dos sócios quando caracterizadas as situações abusivas ou permissivas na lei. A responsabilidade do sócio é limitada, uma vez que o capital social é integralizado, ou seja, sua responsabilidade se encerra após a integralização do capital e diante disso não haverá nenhuma responsabilidade perante a sociedade e perante terceiros. Isso porque a sociedade tem patrimônio distinto do patrimônio dos sócios.” (Pág. 08)
Elemento empresa
[...]” elemento empresa é motivo de grande estudo pela doutrina e de bastante relevância para categorização das sociedades entre simples e empresárias, talvez, residindo, nessa questão, as maiores discussões a acerca do tipo societário que se enquadrará a sociedade, será ela simples ou empresária?” 
A primeira parte do supracitado parágrafo exclui da categoria de empresário certos tipos de atividades, portanto, também, não se constituindo como sociedades empresárias aquelas cujos sócios exerçam, por meio delas, profissão intelectual, de natureza científica, literária ou artística, mesmo com o auxílio de colaboradores. Todavia, há uma exceção a essa regra, qual seja, caso este exercício constituir-se em elemento de empresa.
“Com base na teoria da preponderância, toda vez que nos encontramos diante de qualquer atividade econômica – quer se corporifique ela em algum objeto material, quer não – deveremos verificar se, no seu exercício, prepondera o capital ou o trabalho.” (Pág 08 e 09)
Direito Empresarial
 Aluna: Dara de Almeida Eller 
Curso: Ciências Contábeis – 5º Período 
Fichamento para aula do dia 25/04/2019

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