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DOENÇAS DO ESÔFAGO PROF. MSC. LUAMA ARAÚJO Prof. MSc. Luama Araújo TRATO DIGESTÓRIO Prof. MSc. Luama Araújo BOCA ❑ O processo digestório é iniciado ao colocar o alimento na boca; ❑ Boca - secreção e motilidade; ❑ O bolo alimentar é simultaneamente umedecido e lubrificado pela saliva*; ❑ Três pares de glândulas salivares (sublingual, submandibular e parótida) - 1,0 a 1,5L de saliva diariamente. Prof. MSc. Luama Araújo FARINGE ❑ Cavidade revestida por membrana mucosa posterior ao nariz e à boca; ❑ Passagem comum para alimentos sólidos, líquidos e ar; ❑ O alimento passa pela orofaringe e pela laringofaringe em direção ao esôfago. Prof. MSc. Luama Araújo ESÔFAGO ❑ O esôfago desenvolve-se a partir da porção craniana do intestino anterior. ❑ É um tubo muscular altamente distensível oco que se estende da epiglote à junção gastroesofágica, localizado logo acima do diafragma. ❑ Doenças adquiridas do esôfago variam desde cânceres letais até pirose com manifestações clínicas que variam de doença crônica e incapacitante até um mero aborrecimento (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo ESÔFAGO • Esôfago: Canal tubular que conduz o bolo alimentar da boca ao estômago • Conduto musculoso de contrações involuntárias que são controladas em parte pelo sistema nervoso central e em parte por mecanismos locais e miogênicos, que dando continuidade ao trabalho da faringe, levam o alimento até o estômago (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo ESFÍNCTERS ESOFÁGICOS ❑ Esfíncter Esofagiano Superior ▪ Limite proximal do esôfago; ▪ Age como barreira entre a faringe e o esôfago, prevenindo a entrada de ar no trato digestório; ▪ Previne o refluxo do material do esôfago para a faringe durante a deglutição. ❑ Esfíncter Esofagiano Inferior ▪ Localiza-se no hiato diafragmático; ▪ Barreira antirrefluxo; ▪ Em contração tônica 15-30mmHg; ▪ Refluxo pode ocorrer caso esta pressão seja inferior a 5mmHg Prof. MSc. Luama Araújo PERISTALTISMO ESOFÁGICO (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo DEGLUTIÇÃO ❑ Processo de transporte do bolo alimentar da boca ao estômago ❑ Massa alimentar entra em contato com a extremidade posterior da língua ❑ Extremidade anterior da língua é empurrada contra o palato, inibindo brevemente a respiração ❑ O bolo alimentar passa através da faringe para o esôfago ❑ Palato mole se eleva e fecha a região nasal superior ❑ Elevação da laringe + aproximação das cordas vocais: fechamento da glote, evitando a entrada do alimento na faringe ❑ Bolo alimentar forçado para o esôfago, quando a respiração recomeça (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo DEGLUTIÇÃO Prof. MSc. Luama Araújo DEGLUTIÇÃO FASE ORAL ❑ A língua pressiona a comida contra o palato duro, forçando-a para a faringe Prof. MSc. Luama Araújo DEGLUTIÇÃO FASE FARÍNGEA ❑ As ondas peristálticas forçam o bolo alimentar entre os pilares tonsilares; ❑ O palato mole se eleva para fechar a nasofaringe, e a respiração cessa momentaneamente; ❑ A faringe sequencialmente se contrai enquanto o esfíncter esofágico superior relaxa permitindo que o alimento passe para o esôfago; ❑ A respiração retorna no final da fase faríngea. Prof. MSc. Luama Araújo DEGLUTIÇÃO FASE ESOFÁGICA ❑ O bolo alimentar continua através do esôfago até o estômago, e é completamente involuntária. Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA ❑ Qualquer interferência na precisão e sincronia dos movimentos de músculos e estruturas associadas à deglutição, que resultam em inabilidade, seja por debilidade no controle pelo sistema nervoso central ou disfunção mecânica. Prof. MSc. Luama Araújo MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ❑ Pirose (azia) - sensação de queimação retroesternal que geralmente ocorre dentro de 30 minutos a 2 horas após as refeições; ❑ Disfagia - dificuldade de deglutição; ❑ Odinofagia - deglutição dolorosa; ❑ Regurgitação Ácida - retorno de conteúdo ácido ou alimentos para a cavidade oral. Prof. MSc. Luama Araújo DIAGNÓSTICO ❑ Endoscopia Digestiva Alta (EDA) com Biópsia Esofágica; ❑ Manometria Esofágica; ❑ Exame Radiológico Contrastado do Esôfago; ❑ Cintilografia Esofágica; ❑ pHmetria 24h. ▪ EDA com Biópsia Esofágica ✓ Método de escolha para avaliar a mucosa do esôfago e detectar anomalias estruturais; ✓ Inspeção visual: fissuras, úlceras, estenoses, lesões da mucosa (esôfago de Barrett e hérnia hiatal) Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA ❑ Bastante comum em idosos em virtude das alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento, como diminuição da secreção salivar, aumento do tempo de resposta motora preciso para formação do bolo alimentar, prejuízo na peristalse faríngea e na abertura do esfíncter esofágico. ❑ Ventilação mecânica invasiva também tem alta correlação com a disfagia ❑ Pode ser de dois tipos: Orofaríngea e Esofágica (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA ❑ Depende do tamanho do bolo alimentar, do diâmetro luminal, da contração peristáltica, da inibição da deglutição, incluindo contração e relaxamento do EES e EEI. ❑ OROFARINGIANA (OU OROFARÍNGEA) Pode representar alterações na primeira e na segunda fase da deglutição ❑ ESOFAGIANA (OU ESOFÁGICA) ▪ Obstrutiva Diminui a luz esofagiana, dificultando assim o transporte dos alimentos ▪ Motora Alteração na peristalse ou no EEI (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA ❑ Bastante comum em idosos em decorrência das alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento, como diminuição da secreção salivar, aumento do tempo de resposta motora preciso para formação do bolo alimentar, prejuízo na peristalse faríngea e na abertura do esfíncter esofágico. ❑ Ventilação mecânica invasiva também tem alta correlação com a disfagia ❑ Pode ser de dois tipos: Orofaríngea e Esofágica OROFRÍNGEA ESOFÁGICA DEFINIÇÃO Anormalidades que afetam o mecanismo neuromuscular de controle do movimento do palato, faringe e esfíncter esofágico superior Distúrbios que afetam o esôfago SINTOMAS Dificuldade em iniciar o ato de deglutição, na transferência dos alimentos da boca para o esófago Dificuldade na transferência do bolo alimentar pelo esófago CAUSAS • Relacionadas ao sistema nervoso central: derrame, doença de Parkinson, esclerose múltipla, neoplasias • Distúrbios neuromusculares: miastenia grave, poliomielite bulbar, neuropatia periférica (secundária a diabetes) • Lesões estruturais locais: abscessos, divertículo de Zenker • Distúrbios de motilidade: acalasia, escleroderma, espasmos esofágicos • Obstruções mecânicas: neoplasias, estreitamento péptico, lesões vasculares, lesões esofágicas induzidas por medicamentos Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA ❑ Principais complicações: ▪ Desidratação ▪ Desnutrição ▪ Aspiração e pneumonia (orofaríngea) ❑ Objetivos da TN ▪ Estabelecer a via de administração nutricional mais segura. ▪ Adaptar a alimentação oral ao grau de disfagia. ▪ Manter o estado nutricional ou promover a recuperação nutricional Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA OROFARÍNGEA ❑ ESCOLHA DA VIA DE ADMINISTRAÇÃO ▪ Primeiro passo: avaliação do grau de disfagia ▪ Em casos mais graves, com a finalidade de prevenir desidratação, desnutrição e aspiração, pode ser necessário fazer uso da TNE exclusiva (Fundamental EMTN, com participação ativa do fonoaudiólogo). ▪ Textura dos alimentos VO deve ser de acordo com a recomendação do fonoaudiólogo ▪ IniciarVO concomitantemente com a TNE e aumentar gradativamente. Introdução gradativa da via oral, conforme evolução de cada caso. Liberação do fonoaudiólogo 100% TNE 75% TNE 25% VO 50% TNE 50% VO 25% TNE 75% VO 100% VO (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA OROFARÍNGEA ❑ PREVENÇÃO DA DESIDRATAÇÃO ▪ Disfagia orofaríngea afeta especialmente a ingestão de líquidos, logo a atenção com a hidratação é fundamental. A depender do caso, a reposição via enteral ou endovenosa pode ser importante. (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA OROFARÍNGEA ❑ TERAPIA NUTRICIONAL VIA ORAL ▪ Em alguns casos pode ser necessário aumentar a viscosidade em casos de disfagia orofaríngea. Líquidos espessados podem ser indicados pois permitem melhor controle oral do bolo alimentar e proporcionam melhor tempo para que o reflexo da deglutição seja iniciado. ▪ Líquidos ralos: risco de aspiração Os líquidos podem ser espessados com farinhas à base de amido, que podem requerer aquecimento para o aumento da viscosidade (por exemplo, amido de milho, creme de arroz etc.), utilizados, por exemplo, em preparações à base de leite e sopas. Alguns produtos alimentícios, como gelatinas, pudins, fians, são espessados com gomas feitas com fibras solúveis (por exemplo, goma guar). Outra opção para espessamento é o ágar-ágar. Produtos industrializados elaborados exatamente com o propósito de espessar sem alterar o sabor. Estes espessantes não necessitam de aquecimento e podem ser adicionados em diferentes preparações: sucos, chá, caldo de vegetais, preparações lácteas (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA OROFARÍNGEA ❑ TERAPIA NUTRICIONAL VIA ORAL ▪ Elaboração de cardápios com alimentos de cores diferentes – estimular o consumo ▪ Atenção ao sabor dos alimentos – adição de temperos, condimentos e outros artifícios para ressaltar o sabor das preparações (suco de limão, orégano, alecrim, hortelã, manjericão, cebolinha, extrato de baunilha, erva doce etc.) ▪ Necessidade energética e proteica: de acordo com a necessidade do paciente, podendo haver necessidade de incrementar os valores energéticos e proteico ▪ Suplementos alimentares podem também ser utilizados para aumentar o valor nutricional de dietas com consistência restrita (líquidos ou em pó, podem fornecer de 1,0 a 2,0kcal/mL e diferentes concentrações proteicas, chegando a conter até 20g de proteínas na porção de 200mL Sugestões para enriquecer as preparações e aumentar a oferta nutricional Leite: acrescentar leite em pó, mel, creme de leite, sorvete Sopas: acrescentar azeite ou óleo vegetal, margarina, queijo ralado ou picado, requeijão Carnes: incluir ovos, queijo, molhos à base de leite Frutas: enriquecer com farinhas, leite condensado, mel, aveia, leite em pó, chocolate, sorvete Pães e cereais: adicionar geleia, mel, manteiga ou margarina ou queijo derretidos (Shills et al., 2003; Cuppari, 2005; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo SUGESTÃO DE DIETA CONFORME GRAU DE DISFAGIA Prof. MSc. Luama Araújo CONSISTÊNCIA CONFORME GRAU DE DISFAGIA Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA ESOFÁGICA (ACALASIA) ❑ Diversas causas podem alterar este processo: obstruções que invadam o lúmen do órgão (neoplasias, divertículos etc.), alterações manométricas, espasmos difusos, distúrbios não específicos de motilidade, ou ainda por aquelas secundárias a processos de degeneração crônica dos tecidos ❑ Distúrbios de motilidade: tendência que disfagia piore progressivamente, até que haja dificuldade na ingestão inclusive de líquidos. ❑ A avaliação nutricional subjetiva, que considera questões sobre alterações de peso, ingestão alimentar e exame físico é um excelente instrumento de triagem nutricional. A avaliação objetiva deve levar em conta parâmetros antropométricos, bioquímicos e a análise do consumo alimentar. Esôfago passa a acumular líquidos e com a pressão da gravidade, ocorre abertura do EEI. Caso não ocorra, os líquidos retornam na forma de regurgitação. (Shills et al., 2003; Cuppari, 2005; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA ESOFÁGICA ❑ TERAPIA NUTRICIONAL ▪ Diagnóstico nutricional é essencial para direcionar o plano alimentar devido às limitações na ingestão alimentar. ▪ Consistência da dieta VO depende do grau de disfagia, sendo normalmente indicada a dieta líquida ▪ Visto que a dieta líquida tem baixo valor energético (700 kcal) e é proposta para curtos períodos (1 a 2 dias), em casos de necessidade dessa dieta por tempo maior (como é o caso da disfagia), é necessário incrementar as preparações, especialmente se a dieta for hipercalórica e hiperproteica Sugestões para enriquecer as preparações e aumentar a oferta nutricional Leite: acrescentar leite em pó, mel, creme de leite, sorvete Sopas: acrescentar azeite ou óleo vegetal, margarina, queijo ralado ou picado, requeijão Carnes: incluir ovos, queijo, molhos à base de leite Frutas: enriquecer com farinhas, leite condensado, mel, aveia, leite em pó, chocolate, sorvete Pães e cereais: adicionar geleia, mel, manteiga ou margarina ou queijo derretidos (Shills et al., 2003; Cuppari, 2005; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA ESOFÁGICA ❑ TERAPIA NUTRICIONAL ▪ Diagnóstico nutricional é essencial para direcionar o plano alimentar devido às limitações na ingestão alimentar. ▪ Consistência da dieta VO depende do grau de disfagia, sendo normalmente indicada a dieta líquida ▪ Visto que a dieta líquida tem baixo valor energético (700 kcal) e é proposta para curtos períodos (1 a 2 dias), em casos de necessidade dessa dieta por tempo maior (como é o caso da disfagia), é necessário incrementar as preparações, especialmente se a dieta for hipercalórica e hiperproteica ▪ Inflamação da mucosa por atrito com alimentos não deglutidos: necessidade de evitar sucos e frutas ácidas, condimentos e especiarias picantes e irritantes e temperaturas elevadas ▪ Aceitação alimentar < 60%: suplemento VO ▪ Quando houver disfagia a alimentos líquidos: TNE ▪ Tratamento da acalasia: balões infláveis para dilatação forçada do EEI que permite alívio da disfagia, mas que pode resultar em DRGE por causar destruição do EEI. Indicação cirúrgica pode ocorrer. (Shills et al., 2003; Cuppari, 2005; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo DISFAGIA ESOFÁGICA - TRATAMENTO ❑ Deve ser de acordo com a doença de base ❑ Dieta – consistência depende do grau de tolerabilidade do paciente (oral ou enteral) ❑ Fracionamento aumentado ❑ Isenção de alimentos excitantes da mucosa ❑ Isenção de alimentos de difícil digestibilidade, flatulentos, fermentáveis ❑ Demais características devem ser ajustadas de acordo com a necessidade do paciente e os fármacos em uso Prof. MSc. Luama Araújo HÉRNIA DE HIATO ❑ Provocada pela protrusão de parte do estômago sobre o músculo diafragmático, causando alargamento da abertura diafragmática ❑ Combinação de dois fatores: Incompetência do hiato diafragmático, em que o tecido muscular fibroso fica excessivamente frouxo Aumento da pressão intra- abdominal Senilidade Obesidade, constipação, meteorismo, gravidez, vômitos persistentes (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo Prof. MSc. Luama Araújo TIPOS DE HÉRNIA DE HIATO ❑ Por deslizamento ▪ É o tipo mais comum (cerca de 95% dos casos ▪ A junção esofagogástrica fica acima do pinçamento diafragmático, o ângulo de His desaparece e surge a incompetência do EEI, gerando refluxo gastresofagiano e esofagite de refluxo. A grandemaioria dos pacientes são assintomáticos. ❑ Por rolamento ou paraesofagiana ▪ A bolsa herniária é formada pelo fundo do estômago, que se insinua entre o esôfago abdominal e a borda esquerda do hiato. Não há alteração da junção esofagogástrica, não há refluxo gastroesofagiano, há plenitude gástrica ▪ Pode ser assintomática, ou ainda sintomas como disfagia, dor epigástrica ou torácica e desconforto pós prandial. Anemia é achado freqüente e aparentemente está relacionada às erosões e a friabilidade da mucosa gástrica herniada ❑ Mista ▪ Combinação dos dois tipos anteriores (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo Prof. MSc. Luama Araújo CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS ❑ Complicações da esofagite de refluxo incluem ulceração do esôfago, hematêmese, melena, desenvolvimento de estreitamento e esôfago de Barrett. ❑ A hérnia de hiato é caracterizada pela separação da crura diafragmática e protrusão do estômago para o tórax através da abertura resultante. ❑ Hérnias de hiato congênitas são reconhecidas em lactentes e crianças, mas muitas são adquiridas mais tarde na vida. ❑ Hérnia de hiato é assintomática em mais de 90% dos casos adultos. Assim, os sintomas, que são semelhantes à DRGE, estão frequentemente associados a outras causas de incompetência EEI. (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo HÉRNIA DE HIATO ❑ De maneira geral, podem ou não apresentar sintomas, que quando ocorrem na maioria das vezes são: ▪ Dor retroesternal alta ▪ Pirose ▪ Regurgitação ▪ Odinofagia ▪ Disfagia ▪ Soluço ▪ Hematêmese ▪ Melena ▪ Tosse ▪ Vertigem ▪ Taquicardia e palpitação (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo CONDUTA DIETOTERÁPICA HÉRNIA ❑ Objetivo: ▪ diminuir a pressão intra-abdominal e o peso corporal ▪ dificultar o refluxo gastroesofagiano ▪ evitar alimentos excitantes e irritantes ▪ aumentar a PEEI ▪ facilitar o esvaziamento gástrico ▪ dieta semelhante à da esofagite, individualizada, ajustada às interações e colateralidades provocadas pelos fármacos ▪ necessidade de apoio psicológico (Shills et al., 2003; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo HÉRNIA DE HIATO - DIETOTERAPIA Valor energético total Suficiente para manter um peso saudável e deve ser programada a perda de peso, se necessário Lipídios Normo a hipolipidica (< 20% do valor energético total). Evitar alimentos e preparações gordurosas, uma vez que a CCK diminui a pressão do EEI Glicídios Normo a hipolipídica. Evitar fermentação e desconforto abdominal Proteínas Hiperproteica devido à liberação de gastrina, que auxilia no aumento da pressão do EEI e cicatrização Vitaminas Ajustadas à necessidade do paciente, com atenção às interações com fármacos Minerais Idem Líquidos Normo a hiper-hídricos par evitar a hipohidratação (Cuppari, 2005) Prof. MSc. Luama Araújo ESOFAGITE - Lacerações ❑ As lacerações esofágicas mais comuns são as lacerações de Mallory-Weiss, que são frequentemente associadas a náuseas ou vômitos severos, como pode ocorrer com intoxicação alcoólica aguda. ❑ Normalmente, um relaxamento reflexo da musculatura gastroesofágica precede a onda contrátil antiperistáltica associada aos vômitos. ❑ Esse relaxamento é considerado falho durante vômitos prolongados, com o resultado de que o conteúdo gástrico de refluxo sobrecarrega a entrada gástrica e faz com que a parede esofágica distenda-se e rasgue. ❑ Os pacientes frequentemente apresentam hematêmese (Shills et al., 2003; Cuppari, 2005; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo ESOFAGITE ESOFAGITEQUÍMICA DE REFLUXO Prof. MSc. Luama Araújo ESOFAGITE DE REFLUXO ❑ Acomete de 10 a 20% dos indivíduos adultos ❑ Consequências principais ocorrem em decorrência da diminuição da eficácia dos mecanismos anti-refluxo, do volume alimentar, de alterações no tempo de esvaziamento gástrico, da agressividade do material (pH) refluído → diminuição da resistência do tecido esofagiano ❑ Fatores etiológicos: hérnia de hiato, hormônios da gravidez (progesterona), obesidade, úlcera péptica com presença de H. pylori, esclerose sistêmica progressiva, AINEs, anticoncepcionais orais (aumento de progesterona) ❑ Quadro clínico: pirose, disfagia, regurgitações, dor retroesternal baixa com irritação e sialorreia ❑ Se não tratada, pode gerar complicações como hemorragia, perfuração, estenose, esôfago de Barret e complicação pulmonar (Shills et al., 2003; Cuppari, 2005; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo Prof. MSc. Luama Araújo Prof. MSc. Luama Araújo Prof. MSc. Luama Araújo REFLUXO/ESOFAGITE - DIETOTERAPIA ❑ Prevenir a irritação da mucosa esofágica na fase aguda. ❑ Auxiliar na prevenção do refluxo gastroesofágico. ❑ Contribuir para o aumento da pressão do EEI. ❑ Corrigir e manter o peso ideal em adultos. (Shills et al., 2003; Cuppari, 2005; Mahan; Escott-Stump;Raymond, 2015) Prof. MSc. Luama Araújo REFLUXO/ESOFAGITE - DIETOTERAPIA Valor energético total Suficiente para manter um peso saudável e deve ser programada a perda de peso, se necessário Lipídios Normo a hipolipidica (< 20% do valor energético total). Evitar alimentos e preparações gordurosas, uma vez que a CCK diminui a pressão do EEI Glicídios Normo a hipoglicídica. Evitar fermentação e desconforto abdominal Proteínas Hiperproteica devido à liberação de gastrina, que auxilia no aumento da pressão do EEI e cicatrização Vitaminas Ajustadas à necessidade do paciente, com atenção às interações com fármacos Minerais Idem Líquidos Normo a hiper-hídricos par evitar a hipohidratação (Cuppari, 2005) Prof. MSc. Luama Araújo REFLUXO/ESOFAGITE - DIETOTERAPIA Fibras Ajustadas às necessidades dos pacientes Consistência Ajustada às necessidades do paciente. Fase aguda: liquida ou semiliquida com evolução até geral (conforme houver melhora da disfagia) Fracionamento 6 a 8 refeições de pequenos volumes para evitar o refluxo Líquidos Preferencialmente entre as refeições- evitar nas refeições principais (almoço e jantar) para diminuir o volume ingerido Excluir Alimentos que diminuem a pressão do EEI: café, mate, chá preto, bebidas alcoólicas, chocolate Alimentos que irritam a mucosa inflamada: sucos e frutas ácidas, tomate, temperos e especiarias picantes e irritantes (pimenta, vinagre etc.) Alimentos que estimulam a secreção ácida: com alto teor de purinas (por exemplo, consomê) Recomendações gerais Não comer antes de dormir (espaço de pelo menos 2h) Comer em posição ereta Não se recostar ou deitar após a refeição Manter horários regulares para evitar aumento do volume das refeições. Não usar roupas e acessórios apertados Manter a cabeceira da cama elevada (Cuppari, 2005) Prof. MSc. Luama Araújo CÂNCER DE ESÔFAGO ❑ 6º mais frequente entre os homens e 13º entre as mulheres ❑ TIPOS HISTOLÓGICOS ❑ Carcinoma epidermoide escamoso (96% dos casos) - terços médio e inferior do esôfago; ❑ Adenocarcinoma - parte distal do esôfago. ❑ ETIOLOGIA ❑ Alcoolismo, tabagismo, acalasia, esôfago de Barret, chá quente, alimentos defumados Prof. MSc. Luama Araújo CÂNCER DE ESÔFAGO ❑ SINTOMAS ▪ Disfagia, odinofagia, dor retroesternal, náuseas, vômitos e perda do apetite ❑ DIAGNÓSTICO ▪ Esofagoscopia com biópsia e citologia. ❑ Tratamento Clínico-Cirúrgico ▪ Cirurgia, radioterapia e quimioterapia, de forma isolada ou combinada; ▪ Cirurgia - esofagectomia total ou distal + remoção do nervo vago + gastrectomia proximal; ▪ Complicações mais comuns - deiscência de sutura e vazamento pela anastomose; estenose da anastomose; fístula esofágica;▪ Cuidados paliativos - dilatações com endoscopia, colocação de próteses autoexpansivas e braquiterapia*; GTT ou JTT para hidratação e alimentação. Prof. MSc. Luama Araújo CÂNCER DE ESÔFAGO ❑ Tratamento Nutricional ▪ Pós-operatório: repouso da região da anastomose por 5 a 12 dias. ❑ Esofagectomia ▪ 1º ao 8º DPO - nutrição enteral via JTT ou SNE; ▪ 8º ao 10º DPO - esofagografia. Iniciar via oral líquida; ▪ 10º DPO em diante (sem complicações) - evoluir dieta para semilíquida, pastosa, branda. ▪ Suspensão da dieta enteral - 75% das necessidades por via oral (VO); ▪ Atentar para o restabelecimento da VO - problemas adaptativos cirúrgicos, ansiedade. Prof. MSc. Luama Araújo ❑ Torres, ACM. Nutrição e Deglutição no Paciente com Megaesôfago Chagásico. 2011. Dissertação. Universidade Federal da Bahia ❑ Shills, M.E.; Olson, J.A.; Shike, M.; Ross, A.C. Tratado de nutrição moderna na saúde e na doença. Última edição, São Paulo: Editora Manole. ❑ Mahan LK, Escott-Stump S, Raymond JL. Krause Alimento Nutrição e Dietoterapia. Última edição, Editora Elsevier; ❑ Cuppari, L. Nutrição clínica no adulto. 2.ed. Barueri: Editora Manole, 2005. 474p. ❑ Silva, S.M.C.S., MURA, J.D.P. (org). Tratado de alimentação, nutrição e dietoterapia. 1.ed. São Paulo: Roca, v.1, 2012. ❑ Waitzberg, D. L. Nutrição oral, enteral e parenteral na prática clínica. 3. ed. São Paulo: Atheneu, 2004. 2 v. ❑ REIS, N. T. Nutrição clínica: sistema digestório. Rio de Janeiro, RJ: Rubio, 2003. DOENÇAS DO ESÔFAGO TRATO DIGESTÓRIO BOCA FARINGE ESÔFAGO ESÔFAGO ESFÍNCTERS ESOFÁGICOS PERISTALTISMO ESOFÁGICO DEGLUTIÇÃO DEGLUTIÇÃO DEGLUTIÇÃO DEGLUTIÇÃO DEGLUTIÇÃO DISFAGIA MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DIAGNÓSTICO DISFAGIA DISFAGIA DISFAGIA DISFAGIA DISFAGIA OROFARÍNGEA DISFAGIA OROFARÍNGEA DISFAGIA OROFARÍNGEA DISFAGIA OROFARÍNGEA SUGESTÃO DE DIETA CONFORME GRAU DE DISFAGIA CONSISTÊNCIA CONFORME GRAU DE DISFAGIA DISFAGIA ESOFÁGICA (ACALASIA) DISFAGIA ESOFÁGICA DISFAGIA ESOFÁGICA DISFAGIA ESOFÁGICA - TRATAMENTO HÉRNIA DE HIATO Slide 32 TIPOS DE HÉRNIA DE HIATO Slide 34 CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS HÉRNIA DE HIATO CONDUTA DIETOTERÁPICA HÉRNIA HÉRNIA DE HIATO - DIETOTERAPIA ESOFAGITE - Lacerações ESOFAGITE ESOFAGITE DE REFLUXO Slide 42 Slide 43 Slide 44 REFLUXO/ESOFAGITE - DIETOTERAPIA REFLUXO/ESOFAGITE - DIETOTERAPIA REFLUXO/ESOFAGITE - DIETOTERAPIA CÂNCER DE ESÔFAGO CÂNCER DE ESÔFAGO CÂNCER DE ESÔFAGO Slide 51
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