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INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO DACC – TECNOLOGIA EM CONTROLE DE OBRAS RELATÓRIO: ENSAIOS COM MATERIAIS BETUMINOSOS CUIABÁ 2019 DEYZIANE A. DA SILVA FÁTIMA SILVA SIQUEIRA LUIZ ALBERTO THAISA BRUNA NIELAND BORGES RELATÓRIO: ENSAIOS COM MATERIAIS BETUMINOSOS Relatório dos ensaios de asfalto realizados em laboratório, apresentado como requisito parcial para obtenção de aprovação na disciplina Asfalto, no curso de Tecnologia em Controle de Obras do Instituto Federal de Mato Grosso. Docente: Silvana Fava Marchezini CUIABÁ 2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4 2. ENSAIOS .............................................................................................................. 4 2.1. Densidade de Materiais Betuminosos ........................................................ 4 2.1.1. Objetivo................................................................................................. 4 2.1.2. Procedimento em laboratório ............................................................ 5 2.2. Determinação do Ponto de Amolecimento ................................................. 5 2.2.1. Objetivo................................................................................................. 5 2.2.2. Procedimento em laboratório ............................................................ 6 2.3. Determinação da Penetração ...................................................................... 7 2.3.1. Objetivo................................................................................................. 8 2.3.2. Procedimento em laboratório ............................................................ 8 2.4. Determinação da Viscosidade .................................................................... 9 2.4.1. Objetivo................................................................................................. 9 2.4.2. Procedimento em laboratório ............................................................ 9 2.4. Ponto de Fulgor .......................................................................................... 10 2.4.1. Objetivo................................................................................................10 2.4.1. Procedimento em Laboratório.......................................................... 11 3. RESULTADOS ......................................................................................................................... 11 3.1. Densidade ................................................................................................... 11 3.2. Método Anel e Bola .................................................................................... 12 3.3. Penetração .................................................................................................. 12 3.4. Viscosidade de Brookifield ....................................................................... 12 3.5. Ponto de Fulgor .......................................................................................... 12 4. CONCLUSÃO ........................................................................................................................... 12 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................................. 13 4 1. INTRODUÇÃO O presente relatório tem por finalidade descrever os procedimentos necessários para a realização dos ensaios de materiais betuminosos, que foram realizados no laboratório de asfalto do IFMT – campus Cuiabá. O mesmo é constituído pelos ensaios de Densidade dos Materiais Betuminosos, Determinação do Ponto de Amolecimento, Penetração, Viscosidade – Viscosímetro Brookifield e Ponto de Fulgor. O cimento asfáltico de petróleo ganha o nome de CAP, sendo semi-sólidos a temperatura ambiente, mas para ter a consistência adequada necessitam de aquecimento, possuindo características de flexibilidade, durabilidade e elevada resistência a ação de ácidos, sais e álcalis. No ensaio de penetração e viscosidade irá demonstrar seu grau de dureza. 2. ENSAIOS 2.1. Densidades de Materiais Betuminosos 2.1.1. Objetivo Os procedimentos a seguir são baseados nas normas da prefeitura de Recife – ME 33. O objetivo deste ensaio é a determinação da densidade do material betuminoso em estado fluido e semi-solido. 2.1.2. Procedimento em laboratório Equipamentos Utilizados: Picnômetro de vidro; Banho d’agua; Água destilada; Termômetro; Estufa; Balança; Béquer; Fogareiro; Amostra de CAP. Primeiramente, pesou-se o picnômetro seco, vazio e com rolha e chamamos de peso “a”, em seguida, ferveu-se água destilada e encheu-se o 5 picnômetro com a água. Com a água destilada recentemente fervida a 25ºC imergiu o picnômetro dentro, mantendo-o por 30 minutos. Após os 30 minutos, enxugou-se o picnômetro e pesou-se o picnômetro apenas com a água destilada, chamando este peso de “b”. Retirou-se a água de dentro do picnômetro e colocou-o dentro da estufa. Com o picnômetro já seco e aquecido, encheu-o com 30ml de CAP em estado fluido. Já com o material em temperatura ambiente, pesou-se novamente, chamando-o de peso “c”. Dispôs o restante do picnômetro com água destilada recentemente fervida e deixa-lo imerso durante 30 minutos em água destilada a 25ºC. Limpou-se o excesso de água e pesou-se o picnômetro com CAP + água destila, chamando-o de peso “c”. Preparação da amostra - Fonte: Própria Picnômetro + amostra – Fonte: Própria 2.2. Determinação do Ponto de Amolecimento – Método Anel e Bola 2.2.1. Objetivo Os procedimentos deste ensaio são baseados nas normas do DNIT – 131/2010 - ME. 6 Este ensaio tem o objetivo de determinar a temperatura na qual o material é submetido ao um aquecimento em condições padronizadas, sendo o ponto de amolecimento a mais baixa temperatura na qual a bola metálica atravessa um anel cheio de amostra do material betuminoso. 2.2.2. Procedimento em laboratório Equipamentos Utilizados: Dois anéis; Guia das bolas; Duas bolas metálicas; Béquer de vidro; Termômetro; Bico de Bunsen Banho d’água; Placa de vidro para montagem do material nos anéis; Água destilada; Parafina; Amostra de CAP. Primeiro passo foi a preparação da amostra e dos anéis. Com a amostra totalmente fluida e isentas de bolhas e os anéis com o auxílio de um pincel aplicou-se parafina. Sobre uma placa de vidro posicionou- se os anéis de molde e despejou-se amostra no interior de cada molde e deixou resfriando por 30 minutos a temperatura ambiente. Não foi necessário o rasar a amostra, pois o mesmo já estava em bom nivelamento. Após o tempo de resfriamento e já com a água destilada a 5±1ºC conforme tabela do uso de fluidos, retirou-se cuidadosamente o anel da placa posicionando-os no suporte do conjunto do anel. Este suporte foi submerso em um banho d’agua contido no béquer. Com o auxilio de uma pinça, pegamos a esfera e colocou-se sob a amostra. Registrou-se para cada anel e bola a temperatura indicada pelo termômetro no momento em que a bola tocou a placa inferior do suporte. A diferença entre os dois valores obtido foi de 1ºC. 7 Enchimento da amostra no molde – Fonte: Própria Fonte: Própria 2.3. Determinação da Penetração 2.3.1. Objetivo Determinar o índice de penetração,em décimos de milímetros que uma agulha penetra verticalmente, durante 5 segundos em uma amostra de CAP em temperatura e uma carga de 100g. Este ensaio classifica o grau de dureza do material, e principalmente, caracterizar o comportamento do mesmo recuperado de um revestimento já existente. Para os materiais já envelhecidos e quebradiços os valores são de abaixo de 15, ou seja, 0,1mm. 2.3.2. Procedimento em laboratório Equipamentos Utilizados: Cuba de Penetração; 8 Penetrômetro; Agulha; Banho d’água; Termômetro; Cronômetro; CAP 30 – 45. Primeiramente, preparou-se a amostra aquecendo-a em estufa até torna- la em estado totalmente fluida, agitou-se a amostra tornando-a homogênea e garantindo a fluidez da mesma, evitando também as bolhas de ar. Transferiu a amostra para o recipiente de penetração e deixou resfriando o material, onde durou em torno de 60 minutos, conforme norma. Em seguida colocou a amostra e a cuba em banho d’agua, mantendo a temperatura ambiente de 25ºC para o resfriamento. Já com a agulha limpa e seca, colocou-a no penetrômetro, ajustou-se o peso do conjunto e zerou-se o penetrômetro para o tempo de 5 segundos. Retirou-se a amostra do banho e colocou em uma cuba de transferência, inserindo água nesta cuba, de forma que a amostra ficasse submersa. Posicionou-se a cuba de transferência, ajustou a agulha até que a ponta encostasse a superfície da amostra. Com o equipamento já zerado, liberou-se a agulha e esperou 5s para o ensaio. Em seguida, fez-se a leitura e o resultado da primeira leitura foi 34, já a segunda leitura foi 33 e a terceira 34. Fonte: Própria Picnômetro. Fonte: Própria 9 2.4. Determinação da Viscosidade – Método do Viscosímetro Brookfield 2.4.1. Objetivo O viscosímetro é utilizado para caracterização da rigidez do material através de velocidade. O objetivo deste ensaio é calcular a viscosidade dos fluidos através da medição direta pela rotação constante. 2.4.2. Procedimento em laboratório Equipamentos Utilizados: Viscosímetro de Brookfield; Amostra de CAP. Com a amostra totalmente fluida, colocou-se até a marca de nível indicado. Com a ajuda do técnico do laboratório manuseou-se a amostra no viscosímetro e deixou-se descansar por 15 minutos para que o material estabilizasse com a temperatura do aparelho. Em seguida, começou o ensaio com a primeira leitura 267,5cP. Logo após, da primeira leitura esperou-se 30 minutos para que retomássemos para a segunda leitura, que chegou aos 61,05cP, já a terceira leitura, após mais 30 minutos foi 31cP. Fonte: Própria. 10 Fonte: Própria 2.5. Ponto de Fulgor – Vaso Aberto Cleveland 2.5.1. Objetivo Este ensaio é regido pela norma NBR 11341/1990, sendo que adotamos ME-26. O ponto de fulgor compõe em determinar a temperatura a partir da amostra (CAP) que produz gazes inflamáveis na presença de uma pequena chama piloto, sendo o objetivo dele determinar o ponto de combustão, sendo ela a menor temperatura que a amostra após esbrasear pela passagem da chama piloto, também é possível observar qual a melhor temperatura a se trabalhar com o produto, assim evitando acidentes e detectar qual CAP é ideal para cada tipo de clima, além de identificar contaminação de solventes. 2.5.2. Procedimento em laboratório Equipamentos Utilizados: Vaso aberto de Cleveland; Chama piloto; Termômetro; Tripé com fogareiro. Foi utilizado o CAP 50-70. A princípio encheu-se a cuba até que a superfície ficasse livre da amostra, estando exatamente na marca do nível da cuba, sempre tomando cuidados para não derrubar no exterior da cuba e deixando a amostra livre de bolhas. Logo em seguida acendeu-se a chama piloto e regulou-se o diâmetro. Quando 11 a temperatura da amostra chegou em 156ºC movemos a chama em plano horizontal a dois milímetros acima da borda superior da cuba. Observou-se que o material chegou aos 235ºC, porém não houve combustão causada pela chama-piloto. Fonte: Própria 3. RESULTADOS 3.1. Densidade Para calcular a densidade de materiais semi-sólidos, utiliza-se: 𝐷𝑠 = 𝑐 − 𝑎 / (𝑏 − 𝑎) – (𝑑 − 𝑐) Onde: a: Peso do picnômetro vazio. b: Peso do picnômetro c/ água 12 c: Peso do picnômetro + amostra d: Peso do picnômetro c/ água + amostra. 𝐷𝑠 = 84,06𝑔 – 54,35𝑔/ (112,42𝑔 − 54,35𝑔) – (113,80𝑔 − 84,06𝑔) 𝐷𝑠 = 29.71𝑔/ 28.33𝑔 𝐷𝑠 = 1.05𝑔 3.2. Método Anel e Bola 1º esfera tocou a placa a 47ºC e a 2º esfera tocou a placa a 48ºC. 3.3. Penetração A média foi de 33,66. Sendo a primeira penetração 34, a segunda 33 e 34 novamente. Logo, ele está dentro das especificações da norma. 3.4. Viscosidade de Brookfield O resultado do ensaio não foi satisfatório, pode ter havido fatores para que o resultado não tenha atingido o desejado. O material por ter sido aquecido outras vezes, podemos dizer que o material perdeu algumas propriedades físicas e também o equipamento poderia estar descalibrado. 3.5. Ponto de Fulgor O ensaio foi satisfatório, na sua realização foi possível a constatação do ponto de fulgor, porém não houve o ponto de combustão, pois na realização do ensaio a temperatura da amostra chegou aos 235ºC. 4. CONCLUSÃO Conclui-se que as propriedades das amostras de CAP estão ligadas a temperatura. Em temperaturas elevadas o material baixa a viscosidade, tornando-o liquido e em temperaturas baixas a viscosidade aumenta e o material porta-se como um solido. Percebeu-se que as principais características do material são a dureza e a resistência medida através do ensaio de penetração. 13 5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS DNIT, NORMA – Método de ensaio 155/2010 – Determinação da Penetração. DNIT, NORMA – Método de ensaio 121/2010 – Determinação do Ponto de Amolecimento – Método Anel e Bola. RECIFE, PREFEITURA – Método de ensaio – 33 – Densidade de Materiais Betuminosos. RECIFE, PREFEITURA – Método de ensaio – 26 – Ponto de Fulgor – Vaso aberto Cleveland.
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