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Doenças Características dos parasitas Locais dos parasitas Tipo de ciclo Transmissão Sintomas Amebíase Trofozoíta - forma reprodutiva (reprodução assexuada), no intestino grosso, e cisto (forma infectante - resistência), ingerido e sofre desencistamento no intestino delgado Desencistamento: intestino delgado; Ciclo: luz do intestino grosso. Monoxêmico (1 hospedeiro); Fig.1 e 2 Ingestão de cistos (Ciclo oral-fecal): água e alimentos contaminados, mão contaminada, vetores mecânicos, DST Maioria das vezes assintomática; Sintomática: dor abdominal, febre, leucocitose, diarréia líquida com muco e sangue. Complicações: perfuração, ameboma, hemorragia, abscesso hepático. Giardíase Trofozoíta - forma reprodutiva (reprodução assexuada), no duodeno e 1ª porção jejunal e cisto (forma infectante - resistência), ingerido. Encistamento: passagem para o cólon; Desencistamento: intestino delgado. Monoxêmico (1 hospedeiro); Fig 3 Ingestão de cistos (Ciclo oral-fecal): água e alimentos contaminados, mão contaminada, vetores mecânicos. Maioria das vezes assintomática; Sintomática: diarréia aguda (frquentement contém muco, mas raramente sangue ou pus, mal estar, cólicas abdominais, fraqueza e perda de peso, náuseas, vômitos, perda de apetite, f latulência, distensão abdominal, febre baixa, cefaleia e nervosismo. Tricomoníase Parasitas f lagelados, com metabolismo anaeróbico e reprodução por divisão binária. Não há formação de cistos. Podem sobreviver várias horas em secreção e 2 horas na água, a 40º C. Monoxêmico (1 hospedeiro) Coito, parto (transmissão vertical), água ou fômites molhados. Leucorreia (corrimento, espumosso, bolhoso, abundante), prurido intenso, ardor e sensação de queimação. Homens: subclínica e benigna (uretrites e prótasto- vesiculites, disúria polaciúria com secreção matutina mucoide ou purulenta, prurido, escoriaçãoes no sulco bálano- prepucial.. Doença de Chagas Amastigotas: animais ou homens, no interior das células de diversos tecidos, alta multiplicação por divisão binária; Ao romper as células, vira tripomastigota. Epimastigota: tubo digestivo dos insetos. Tripomastigosta: no sangue de vertebrados (animais e homem) e no tubo digestivo dos insetos; Não se reproduzem no sangue, são altamente infectantes para os triatomíneos. Amastigotas: células de animais e homem. Epimastigota: tubo digestivo dos insetos. Tripomastigota: no sangue de vertebrados e no tubo digestivo dos insetos. Heteroxêmico (2 hospedeiros). Homem: hospedeiro definitivo. Inseto: hospedeiro intermediário. Fig. 4. Penetração de mucosas e conjutivas (local da picada, feridas ou escoriações). Transmissão materno-infantil (via transplacentária, leite materno e coito). Contaminação de alimentos (triatomíneos, secreções anais de marsupiais parasitados). Transplante de sangue e órgãos. Fase aguda: assintomática (mais frequente) e sintomática (processo inflamatório local, chagoma de inoculação (sinal de Romaña), febre, edema localizado e generalizado, sensação de fraqueza, poliadenite, linfonodomegalia, hepatomegalia, esplenomegalia, insuficiência cardíaca e pertubações neurológicas. Fase crônica: assintomática e sintomática (necreoses, granulomas, exsudatos inflamatórios) - forma cardíaca e digestiva. Doenças Características dos parasitas Locais dos parasitas Tipo de ciclo Transmissão Sintomas Malária Esporozoíta: forma do protozoário penetrante no ser humano. Esquizonte: estádio no fígado humano. Merozoítas: ciclo nas hemácias (reprodução assexuada), evolui para trofozoítos, que forma esquizontes. Esquizontes rompem- se, formando merozoítos que podem reiniciar o ciclo assexuado nas hemácias (ciclo eritrocítico) ou realizar o ciclo sexuado, fomando gametócitos. Gametócitos masculinos e femininos: consumidos pelo mosquito ao alimentar-se de sangue. Estádios no mosquito: gametas -> zigoto -> oocineto -> ovócito (último estádio no mosquito). Esporozoítos (reinício do ciclo). Esporozoíta: glândula salivar do mosquito. Esquizonte: f ígado humano. Merozoítas: hemácias. Trofozoítas: hemácias. Esquizontes: rompem hemácias. Gametócitos: percorrem o sangue até ser ingerido pelo mosquito. Heteroxêmico (2 hospedeiros). Homem: hospedeirointermediário. Inseto: hospedeiro definitivo. Fig. 5. Picada do mosquito Anopheles. Raramente: transfusões sanguíneas, compatilhamento de seringas contaminadas, acidentes em laboratório e congênita. Sintomas iniciais: cefaléia, mialgia, sensação de cansaço, mal estar e febre (rompimento das hemácias -> produção de citocinas -> febre). Acesso malárico: 1- Início súbito. Sensação de frio intenso ou calafrios, pulso rápido e f ino. 15 min a 1h. 2- Sensação de calor, cefaléia intensa, temperatura elevada (39/40- 41ºC), pulso cheio de amplo. 2h a 4h. 3- Sudorese aparece, temperatura cai, passa a dor de cabeça. Toxoplasmose Cisto: ingerido pelo gato com fase sexuada no intestino, formando merozoítos, que formam macrogametas (femininos) e microgametas (masculino). Oocisto: resultado da fusão de gametas no gato e eliminado nas fezes. Esporozoítas: resultado da esporulação de oocistos, sendo ingerido por ratos, mamíferos e humanos. Taquizoítas: formado após eclosão dos esporozoítas (=fase aguda da infecção). Taquizoítas invadem tecidos e reproduzem-se assexuadamente, por endodiogenia, e são convertidos em bradizoítos. Cisto: intestino do gato. Oocisto: intestino do gato e liberado nas fezes. Esporozoítas: meio ambiente. Taquizoítas: células humanas, principalmente leucócitos e macrófagos. Bradizoítos: tecidos humanos. Heteroxêmico: 2 hospedeiros. Homem: hospedeiro intermediário. Gato: hospedeiro definitivo. Fig. 6. Ingestão de carne crua ou mal cozida com cistos com bradizoítos de Toxoplasma gondii. "Ingestão" de fezes com presença de esporozoítos. Transmissão congênica: taquizoítas atingem a placenta e, depois, o feto. Assintomática ou sintomas inespecíficos: linfadenopatia, hepatomegalia, febre, esplenomegalia, adinamia, mialgia, cefaleia, artralgia, diarreia e exantema. Transmissão congênita ou transplacentária: alterações a depender da fase da gestação (até 6ª semana: aborto, entre 6 a 16 semanas: hepatoesplenomegalia, iceterícia, miocardite, hidrocefalia, meningoencefalite, micro ou macroencefalia, calcif icações cerebrais. Terceiro trimestre: normal ou apresentam sinais da doença meses após o nascimento). Doenças Diagnóstico Tratamento Profilaxia Observações Amebíase Parasitológico de fezes (fezes formadas - cistos, fezes líquidas - formas trofozoítas); Pesquisa de formas trofozoíticas (úlceras, secreções, etc); Imunológico: Elisa, contraimunoeletrofores, hemaglutinação indireta, imunodifusão dupla em gel de ágar e radioimunoensaio. Dicloracetamidas (agem na luz intestinal) e nitroimidazóis (agem no tecido). Tratamento da fonte de infecção; Sistema de tratamento de esgoto doméstico e resíduos sólidos; Água potável; Higienização de alimentos e mãos; Educação sanitária, cívica e ambiental. Necessidade de ferro (avidez por hemácias); Cistos nas fezes: apenas na fase assintomática; Trofozoítas nas fezes: fase de lesão. Giardíase Parasitológico de fezes (fezes formadas - cistos, fezes líquidas - formas trofozoítas); Exame a fresco: trofozoíta; Conteúdo duodenal aspirado por sonda. Nitroimidazóis, furazolidona e quinacrina. Tratamento da fonte de infecção; Sistema de tratamentode esgoto doméstico e resíduos sólidos; Água potável; Higienização de alimentos e mãos; Educação sanitária, cívica e ambiental. Tricomoníase Exame a fresco de secreções/corrimentos, microscopia com contraste de fase, Papanicolaou, colorações f luorescentes, ensaios com anticorpos monoclonais, imunoensaios enzimáticos e cultura. Detecção do DNA de Trichomonas vaginalis. Cultura portátil (sw ab de secreções). Nitroimidazóis (contra- indicados em caso de gravidez). Mulheres: uso concomitante de medicação local. Utilização de camisinhas, limitação de parceiros sexuais, não compartilhar toalhas e roupas íntimas. Alterações que favorecem o desenvolvimento: modif icação da f lora bacteriana vaginal, diminuição da acidez e do glicogênio local (diminuição dos bacilos de Doderlein) e acentuada descamação epitelial. Doença de Chagas Diagnóstico clínico: região de procedência, vivido/pernoitado casas com triatomíneos, recebido transfusão de sangue, sinal de Romaña. Diagnóstico parasitológico: fase aguda - exame parasitoscópico do sangue, punção - biópsia de linfonodo, imunofluorescência, hemaglutinação; fase crônica - provas imunológicas, xenodiagnóstico, cultura ou inoculação em animais de laboratório. Diagnóstico imunológico: imunofluorescência indireta, imunotestes enzimáticos (Elisa), hemoglutinação e hemaglutinação indireta. Fase aguda: benznidazol (contra-indicados em gestantes) e nifurtimox (como alternativa). Fase crônica: tratamento sintomático - antiarrítmicos, diuréticos, laxantes e dietas. Educação sanitária e ambiental da população. Melhoria nas habitações. Limpeza da casa. Combater ao vetor (inseticidas de efeito residual longo). Cuidado com alimentos. Controle rigoroso de transfusões. Ciclo: tripomastigota -> amastigota -> tripomastigota Doenças Diagnóstico Tratamento Profilaxia Observações Malária Clínico: sinais e sintomas inespecíf icos. Lembrar das áreas endêmicas (Brasil: Amazônia Legal, principalemente Amapá, Amazonas e Acre). Diagnóstico laboratorial: pesquisa do parasito no sangue periférico (gota espessa/esfregaço sanguíneo), testes rápidos e PCR. Objetivo: interrupção da esquizogonia sanguínea (responsável pelos sintomas). Erradicação das formas latentes. Zonas endêmicas: medicamentos que vão eliminar a forma sexuada do parasito. Quimioprofilaxia: controversa pela resistência aos anti-maláricos. Medidas individuais: mosquiteiros, inseticidas, repelentes, telas, roupas de mangas longas. Medidas coletivas: diagnóstico e tratamento preoce, inseticidas. P. falciparum: febre terçã (48h) - maligna. P. vivax e P. ovale: febre terçã (48h) - benigna. P. malariae: febre quartã (72h). P. falciparum: mais virulente, faz com que as hemácias expressem moléculas de adesão e se aderem ao endotélio capilar (sequestro de hemácias) -> lesões do capilar, formação de coágulos e ruptura dos capilares (pulmão, rins, fígado, cérebro) = Malária grave . Imunidade: resistência inata e adquirida. Vacinas não existem, ainda em desenvolvimento. Toxoplasmose Isolamento de toxoplasmas (inoculação intraperitoneal): inoculação em animais de laboratório, exames depois de 6 a 10 dias. Se negativo: nova inoculação. Se após 8 a 10 ciclos, não for observado - pode considerar o diagnóstico negativo. Diagnóstico sorológico (mais utilizado): elisa e outras técnicas. Outras técnias de diagnóstico imunológicos: Reação de Sabin- Feldman ou teste do corante (IgM e IgG), reação de imunofluorescência indireta, reação de hemaglutinação indireta, reação de aglutinação do látex e reação de f ixação do complemento. Não tratar fase crônica da doença (exceto pacientes sintomáticos/imunodeprimidos). Pirimetamina e Sulfadiazina associado ao ácido folínico. Não ingerir alimentos crus ou mal cozidos. Lavar as mãos após preparo dos alimentos. Manipulação de jardins com luvas. Cuidado com a caixa de areia. Lavar bem frutas e verduras. Água filtrada ou fervida. Controle sanitário dos animais de abate. Não oferecer alimentos crus a gatos. Fig. 2 - Ciclo patogênico - Amebíase Trofozoítos Adesão Lise de células da mucosa intestinal Penetração/ali mentação de hemácias Citotoxicidade (1º fígado, depois pulmão, cérebro, etc) Fig.3 - Ciclo Giardíase Ingestão de cistos dormentes Trofozoítos emergem do cisto, no duodeno e 1ª porção jejunal. Reprodução por divisão binária. Encistamento no cólon. Cistos e trofozoítos são expelidos nas fezes Somente os cistos podem sobreviver fora do hospedeiro. Fig.1 - Ciclo não patogênico - Amebíase Ingestão de cistos maduros Desencistamento (intestino delgado) Cisto tetranucleado -> 8 amebas (forma metacíclica) Trofozoíta (Intestino grosso) * Obs: Parede intestinal, fígado, pulmão, etc (ciclo patogênico) Encistamento: trofozoítos -> formas pré- císticas -> cistos típicos -> fezes Multiplicação de epimastigotas no intestino do inseto Epimastigotas transformados em tripomastigotas metacíclicos na ampola retal do inseto e são eliminados com as fezes. Invasão de células do sistema fagocítico mononuclear cutâneo, transformando-se em amastigotas. Ocorre multiplicação e passam para o sangue como tripomastigotas. Tripomastigotas disseminam- se pelo organismo, parasitando músculos e outros tecidos Paciente é sugado por outro triatomíneo. Tripomastigotas são transformados em epimastigotas no intestino dos insetos. Fig.5 - Ciclo Malária Mosquito injeta esporozoítos ao picar um ser humano. Esporozoítos no fígado . Reprodução assexuada: esquizonte. Rompimento do esquizonte e liberação de merozoítas. Merozoítas realizam ciclo assexuado nas hemácias ou formam gemetócitos masculinos e femininos. Mosquito consome os gametócitos ao alimenta-se de sangue. Formação de zigoto, oocineto, ovócito e esporozoítos. Fig.4 - Ciclo Doença de Chagas Gato ingere cistos. Rep. assexuada: merozoítos - > micro e macrogametas. Fusão de micro e macrogametas: oocisto eliminado nas fezes. Esporulação do oocisto, formando esporozoítas. Ingestão de esporozoítas pelos humanos. Eclosão de esporozoítas e formação de taquizoítas (fase aguda). Taquizoítas invadem tecidos humanos e convertem-se em bradizoítos, que estarão presentes nos cistos. Fig.6 - Ciclo Toxoplasmose
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