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UNIVERSIDADE ANHEMBI MORUMBI 
TEORIA E HISTÓRIA DA ARQ. E URB.: SÉCULOS XIX E XX - 4º SEMESTRE 
ALUNA: RAFAELLA DA SILVA ALENCAR RA: 20755937 
 
Questionário “Arquitetura Moderna desde 1900”, William Curtis 
 
1- O modernismo rejeitou toda a arquitetura anterio à ele, veio como um movimento 
inovador. O modernismo não compactuava com a ideia do ornamento, muito utilizado 
nos movimento anteriores. 
 O movimento modernista criticava o ornamento pois acreditava pertencer à uma 
arquitetura supericial e supérflua, se tratando de elementos puramente decorativos. 
 O que melhor caracteriza a arquitetura moderna é a utilização de formas simples, 
geométricas, e desprovida de ornamentação, valoriza-se o emprego dos materiais em 
sua essência como o concreto aparente, em detrimento do reboco e da pintura. 
 Havia um caráter internacional do modernismo mesmo com as preocupações locais 
que cada região necessitava, por exemplo, é característica genérica do movimento a 
estrutura de aço, a utilização de formas simples, geométricas, e desprovida de 
ornamentação, a estrutura independente de concreto, as fachadas livres, os planos 
horizontais flutuantes e a parede plana,além disso, valoriza-se o emprego dos materiais 
em sua essência como o concreto aparente. Comm todas as suas possíveis variáveis, 
são características encontradas no mundo inteiro em construções da época. 
 Um obra que transparece essas características é o Edifício Prudencia, de 1944, 
projetado por Rino Levi. Trata-se de um edifíco horizontal, onde as amplas varandas 
abertas, com as laterais fechadas mas em vidro torna a fachada livre, que traz uma 
sensação de leveza e fluidez. A fachada reta e vazada, traz uma relação de cheios e 
vazios que ajuda a transparecer essas sensações, dando a impessão de que o edifíco, 
sustentado por pilotis, está flutuando. Esse edifício deixa claro o rompimento com o 
passado, até porque, a elite local de São Paulo queria quebrar a imagem antiga da Vila 
de Piratininga, com a junção dos fatos, vem a época da metropolização da cidade de 
São Paulo, com a verticalização dos edifícios. Nessa época, o modernismo no Brasil 
rompeu um pocuo com a matriz européia de construções mais baixas e começa a seguir 
um modelo americanizado de verticalização. 
 Outra obra moderna é a Casa da cascata, 1935, do arquiteto Frank Lloyd Wright. Uma 
das obras mais famosas do arquiteto, a Casa da Cascata é uma obra mais orgânica, 
fugindo dos ideais funcionais de Le Corbusier. A sensação de leveza e fluidez é muito 
presente na obra, que parece perntecer a natureza. A obra traz traços de horizontalidade 
na área exterior. Os materiais aparentes, caracte´ristica do movimento, também estão 
presentes, inclusive, a obra desafia a natureza, pois parte da rocha na qual a casa está 
construída, se eleva no interior da sala de estar. 
 Percebemos então, que mesmo com várias vertentes e regionalizações, o conceito 
modernista fica claro nas suas obras, sejam elas de quaisquer região, o genérico sempre 
estará presente. 
 
2- A Suíça é a prova de que a arquitetura moderna, mesmo com um paradozxo de 
universalidade, trazia diferenças territoriais dentro de países individuais, ou seja, a 
regionalização se dava pela população local e seus nuances culturais e não pela 
demarcação de terras, até porque, ela é dividida em 26 cantões que são como se fossem 
estados, com diferentes idiomas, leis e tradições. Um país onde se falam 4 idiomas 
diferentes não poderia deixar de ser caracterizado pela independência regional e a 
variedade de suas obras. 
 A arquitetura da região de Ticino, a parte de influência italiana da Suíça, é marcada 
pelas casas de pedra, com paredes grossas e janelas pequenas. O material pesado e 
aparente transpassa um ar rústico ao local. Os traços são fortes, os telhados por 
exemplo, com o formato mais triangular, está presente na maior parte das construções 
da região. 
 Zurique, juntamente com as zonas industriais do norte, estavam sob influência da 
arquitetura alemã. Por se tratar de uma cidade industrial, Zurique sofreu um processo de 
degradação no fim da década de 80, com o fechamento de muitas fábricas, o aumento 
da população de rua e o surgimento de pontos de venda de droga. Hoje, a cidade se 
restaurou mas sem deixar os traços do passado de lado. Por exemplo, o Theater 11, 
1950, foi transformado em um teatro musical pelo grupo de arquitetos Mathias Muller e 
Daniel Niggli, porém os traços modernos continuam: a fachada foi feita em aço e no 
interior do teatro, as paredes de concreto à mostra evidenciam o material. 
 O Hallen-Stadion, 1938-1939, é uma obra onde o arquiteto, Karl Egender,conseguiu 
com a estrutura de conreto nua, os pilares internos de aço, esquadrias horizontais de 
vidro industrial e grandes beirais, abordar o problema de amplos espaços e luz natural 
de forma clara e despretenciosa. 
 O fato de Sigfried Giedion, historiador que era também secratário do CIAM, lecionar 
em Zurique, trouxe ainda uma gama de contatos internacionais para a comunidade 
arquitetônica da região, o que evidencia as variáveis do movimento moderno no local. 
 A Igreja de São João Batista, na Basileia, anos 1930, é um grande exemplo da 
arquitetura modernista também. A estrutura é de aço, alvenaria e vidro, com um traço 
mais abstrato. 
 Em Genebra, podemos citar a Maison Clarté, 1930-1932, de Le Corbusier e Pierre 
Jeanneret. O edifício foi construpído em aço e traz traços horizontais também. Há 
varandas que saltam para fora do prédio e traz a mesma sensação de leveza já vista em 
outras obras modernas, com o uso de vidro e térreos mais livres. 
 Em resumo, esses são alguns poucos dos muitos exemplos das variáveis da arquitetura 
moderna na Suíça. 
 
3- A arquitetura moderna na França ficou muita mais no campo dos projetos do que das 
construções,e ficou na maior parte nas mão da tradição Beaux-Arts. 
 A arquitetura moderna na França, segundo o próprio autor, seguiu várioa caminhos 
diferentes, desde chiques blocos de apartamentos e lojas, até construções com 
intenções sociais. "A arquitetura moderna se transformou em um brinquedo de ricos em 
várias vilas à beira mar e em projetos de jardins, mas também estimulou invenlções 
comerciais interessantes, como o projeto não executado para a Casa da Publicidade, 
com uma estrutura de aço na fachada, portando anúncios brilhantes e imagens 
projetadas", como já citado antes, isso exemplifica mais uma vez o fato dos projetos não 
serem executados. 
 A Escola Karl Marx, 1931-1933, em Villejuif, é uma obra onde o arquiteto, André Lurçat, 
conseguiu adaptar a construção à um lugar urbano com acesso crítico à luz e à natureza. 
 Ele introduziu novos padrões de iluminação, aquecimento, ventilção e uso do espaço 
ao abrir a planta baixa. 
 Um corredor localizado no lado voltado para a rua em cada um dos três andares do 
bloco permite uma exposição completa ao sul de todas as salas de aula. Janelas 
horizontais contínuas nas salas de aula permitem a luz solar e a vista das áreas de lazer 
e jardins adjacentes. O bloco de salas de aula é subdividido em dois lados, cada um com 
suas próprias entradas da rua no nível do térreo. 
 O edifício transmite uma sensção de abertura que minimiza a separação entre o interior 
e o exterior do edifício, que se dá pela estrutura aberta de aço e concreto, paredes sem 
carga e as janelas de vidros, causando uma sensação de transparência. 
 A Casa do Povo, 1937-1939, de Jean Prouvé, com a colaboração de outros 3 
arquietetos, foi construída para uma classe trabalhadora de Paris, por isso, combinou 
funções de mercado, auditório e salão de baile dentro daconstrução. 
 O arquiteto usou os componentes móveis para poder ajustar o interior do edifício ao 
uso, sendo possível transformá-lo e adaptá-lo com pouco trabalho. 
 A construção contou com vigas de aço e muito vidro, trazendo a mesma sensção de 
transparência, mas trazendo ainda o vaor da emancipação social. Traz ainda uma 
estética conexa, adaptando o uso do aço tentando transparecer um elemento iguálitário, 
sem perder o brutalismo das fábricas. 
 
4- Segundo o autor do livro, "O clima era um dos grandes modificadores da linguagem 
da arquitetura moderna internacional nos anos 1930". 
 Várias propostas foram feitas para colônias e áreas francesas que precisavam lidar 
com a questão de estarem em zonas de condições tropicais ou subtropicais. Um 
exemplo citado é um hospital não executado no Egito, de Paul Nelson, que traria lajes 
e pilares esbeltos com interiores ilumnados e arejados, protegendo a cornstrução dos 
raios diretos do sol e o ofuscamento que ele traz na iluminação com grelhas, palhetas e 
brises reguláveis. Ou seja, as necessidades de solucionar os problemas que o clima 
traz para o local que dão o conceito e o partido do projeto, se fossem lugares com o 
clima de temperaturas frias e pouca incidencia do sol, o projeto do edifício seria 
totalmente diferente pois as necessidades do mesmo seriam diferentes. 
 A questão do clima está ligada diretamente à questão do regionalismo, pois em cada 
região há um clima diferente e consequentemenete uma solução diferente para os 
problemas. 
 O mediterranismofoi uma fusão dos projetos com a natureza para localidades 
mediterrâneas, tinha um conceito de retorno à terra. Uma fala de Le Corbusier que 
exemplifica isso foi quando ele disse que o seu projeto teria criado uma interação sutil 
entre sólidos, vazios, luz e sombra que era moderna, mas baseadas nas formas mais 
fundamentais da tradição mediterrânea. 
 O mediterranismo foi difundido nos anos 1930 e assumiu naturezas políticas e formas 
arquitetônicas diferentes. Um exemplo de construção famosa por incorporar memórias 
marítimas foi a Casa Malaparte, construída em um pormontório rochoso sobre o mar 
Tirreno. 
 A casa era castanho avermelhada, cor da terra, de forma afunilada e tinha uma escada 
cuneiforme que levava ao topo. "Embora não exista referências diretas ao classissismo, 
sua planta-baixa era como a de uma pequena casa de Pompéia, enquanto as cores 
avermelhadas e o terraço a céu aberto wevocavam uma ruína antiga suspensa sobre o 
mar", diz o autor. Ou seja, mesmo que indiretamente, o clássico e o mediterrâneo 
estavam ligados. 
 Já no caso de Barcelona, o mediterranismo se dava à necessidade "de se encontrar 
um equilíbrio entre as forças da rápida urbanização e os requisitos de uma paisagem, 
um clima e uma cultura particulares." 
 Podemos concluir que todas as questões citadas andam juntas, umas mais que outras, 
mas em suas particularidades, estão sempre relacionadas. 
 
5- Hassan Fathy tinha uma visão de crítica à situação da arquitetura moderna, pois ele 
considerava o estilo internacional desse movimento não como uma liberação universal 
mas sim como uma mesmice vazia. Por morar em um país em que a cultura já estava 
fragmentada e muito ifluenciada por outros locais, ele não aprovava a ideia de tornar 
tudo um só. Ele achava que cada lugar tinha que ter a sua particularidade, pois cada 
lugar tinha um clima e uma tradição diferente. Para ele, não fazia sentido as janelas 
amplas, as construções de concreto e caixas soltas da arquitetura moderna em uma 
sociedade onde tinha calor extremo e uma tradição de pátios internos e controle de 
insolação e privacidade. 
 Erich Mendelson tentou juntar o ideal novo ao tradicional, porém ele enxergavauma 
influência do Oriente Médio e do ocidental moderno. Ele levava em conta ainda o a 
natureza (clima, geografia, paisagem , materiais, etc.) e com isso ele se deu conta que 
precisavam de construções voltada para dentro, áreas externas sombreadas, pequenas 
aberturas com exteriores protegidos, o que iria contar os ideais modernos. Ele travou 
uma luta para tentar fundir os dois ideais, ou seja, uma fusão do velho e do novo, regional 
e universal. 
 Sedad Hakki Elsem tinha o mesmo pensamento mesmo que em outra circunstância e 
localidade. Ele lutava para modernidade e identidade nacional não se perderem uma da 
outra. A Turquis sofria uma grande influência oriental de cúpulas e arcos sobrepostos e 
ele rejeitou totalmente essa influência. Do mesmo modo que Hassan Fathy queria voltar 
à base da cultura egípcia, resgatando a arquitetura à partir do solo (barro), incentivando 
os camponeses à construir por si mesmo, usando técnicas e formas baratas e que 
resistiram ao tempo, Sedad queria dar uma vida nova à traços turcos básico, porém a 
diferença é que Sedad tantava conciliar a tradição com o modernismo, aceitando e 
incluindo nos ideais uso amplo do espaço e usando concreto armado. Ele ficou famoso 
na década de 40, sintetizansdo a estrutura de concreto, o que ele aprendeu em estudos 
da madeira e constantes de tradição local, ou seja, as obras eram edifícios modernos 
mas com caráter e sobriedade claramente turcos. 
 O movimento o movimento moderno é inseparável de uma modernização técnológica. 
Arquitetos japoneses tinham o mesmo objetivo: a criação de um estilo moderno 
específico japonês. 
O Pavilhão Japonês na exposição internacional de Paris, uma estrutura de aço leve, que 
remetia à modulação, às proporções e à delicada carpintaria da tradicional construção 
japonesa foi apresentada. Sakakura e Mayekawa ajudaram a estabelecer o suporte para 
uma arquitetura moderna distinta japonesa. 
 No Brasil, o modernismo surgiu com a as implicações culturais mais amplas de um 
modernismo tropical. O movimento buscava o progesso nacional com uma busca nas 
origens mas sem copiar o passado, adequando os ideais ao clima quente e à paisagem 
suntuosa. A principal obra que exemplifica o movimento no Brasil é o Ministério da 
Educação, que foi designada à Lucio Costa, Oscar Niemeyer, Jorge Machado Moreira e 
Affonso Eduardo Reidy, que por sua vez, convidaram Le Corbusier para ser o arquiteto 
consultor. 
 A obra foi um arranha-céu prismático evidraçado, protegido pro brises-soleil. Foi uma 
exemplificação de como uma estrutura de concreto pode ser transformada em uma 
grelha com ventilação natural. As janelas podiam ser reguladas à mão e as divisórias do 
ambiente não alcançavam o teto. Mesmo com esse ideal modernista internacional forte, 
houve uma grande pegada nacional: As paredes e o chão foram revestidos de granito 
nacional ou azulejo faianca no estilo português. Os pilotis de 10m de altura permitia uma 
boa ventilaçao e uma bela vista do paisagismo. 
 Na Cidade do México, Barragán foi pioneiro no modernismo, ultrapassando o estilo 
internacional, em busca de uma arquitetura com maior peso visual, textura e presença 
emocional, como exemplificado erm El Pefregal, na décade de 40. 
 Foi uma construção de planos retangulares, paredes de rocha vulcânica (materias 
fortes à mostra) e espelhos de água sucessivos (sensação de leveza). 
 
Questionário “Por uma Arquitetura”, Le Corbusier 
 
1- As necessidades às quais Le Corbusier se refere condiz muito com a realidade atual. 
Ele diz à respeito da arquitetura e do urbsnismo, das plantas da cidade, da organização... 
Tudo isso nunca vai ser 100% solucionado, pois ´aria de época em época, mas as 
superfícies não podem sr simplesmnte formas geométricas, tem uqe haver um sentido, 
uma inspiração. Além disso, há toda uma questão de necessidades. Não basta 
simplesmente ser bonito, ter uma forma legal, tudo isso tem que estar ligado com a 
funcionalidade,em atender às necessidades da população. Brasília, por exemplo, foi 
totalmente planejada e mesmo sendo estudade e pensada, ainda houve falhas. 
 Por se tratar de áreas exclusivamente residenciais e áreas exclusivamente comerciais, 
no papel ficou bonito, mas na prática vieram mais problemas com o que seria a solução. 
O trânsito de mover a cidade inteira pra rwgião comercial na manhã e pra região 
residencial no fim da tarde. A questão da cidade para pessoas, que não foi alcançada, 
visto que demanda a locomoção por automóveis, entre outros fatores que comprovam a 
necessidade ligar o belo ao funcional. 
 
2- Le Corbusier acusa que a arquitetura não é somente responder à uma necessidade, 
que isso não à torna bela! Arquitetura é mais que isso, há toda uma matemática 
envolvida, uma cultura, um estudo, uma tradição. Não é simplesmente chegr e construir, 
que é o que acontece hoje em dia. 
 Precisa sim atender à uma necessidade mas precisa ser mais do que isso, precisa 
trazer harmonia, conforto e sensação de pertencimento. 
 
3- A planta é o principal do edifício, é ela quem determina toda a questão do volume e 
da superfície que é a arquitetura. É o princípio básico da construção. Por exemplo em 
Ville Savoye, onde a planta determina a forma do edifício, mesmo tendo o interior livre, 
a questão da superfície com os desenhos e formas que quando construídas 
tridimensionalmete, tem um efeito sobre o espectador que vizualiza a obra. A escada 
que faz o formato do que ficaria elevado à construção e etc. 
 
 4- Concordo com a frase, pois como já mencionado acima, os volumes são dados pelas 
plantas (superfície) e a superfície acaba sendo a base de todo o restante. Segundo Le 
Corbusier, as superfícies devem supri as necessidades do ambiente em questão e dar 
condições de uma boa forma ao local. 
 
 5- Há pontos negativos e positivos em relação à industrialização da arquitetura 
(produção em série). Por um lado, há uma padronização do jeito de morar e resultados 
satisfatórios em um primeiro momento, porém, se analisarmos bem, cada ser possui uma 
necessidade e por isso as moradias deveriam ter um estilo pessoal de cada indivíduo e 
não uma padronização da mesma. A solução encontrada para tentar amenizar esse 
problema atualmente, foi o design de interiores, que tenta fazer uma realidade particular 
dentro de um contexto igual para todos, criar essa personalização e pertencimento.

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