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TEORIA DA BUROCRACIA 01

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TEORIA DA BUROCRACIA 
A Teoria da Burocracia de Max Weber teria se popularizado por volta do ano de 1940, já após a morte do autor. Max Weber, juntamente com Taylor e Fayol, está entre os principais pensadores da teoria administrativa. A teoria burocrática surgiu em clara oposição a suas antecessoras, ou seja, à Teoria Clássica e Teoria das Relações Humanas. A primeira era criticada pelo seu excesso de mecanicismos e a segunda pelo seu ingênuo romantismo. 
A teoria de Max Weber foi marcante em sua época e o é até os dias atuais, tendo em vista o seu pioneirismo. Dessa forma, várias pesquisas posteriores reportam-se à Teoria da Burocracia de Max Weber ou para apoiar-se nela, ou pela criticá-la. Importante frisar, também, que a teoria da burocracia de Max Weber tem alguns traços mais ligados à sociologia do que a administração em si. 
❖ Origem da Teoria da Burocracia de Max Weber A teoria burocrática de Max Weber é uma espécie de organização humana baseada na racionalidade, ou seja, os meios devem ser analisados e estabelecidos de maneira totalmente formal e impessoal, a fim de alcançarem os fins pretendidos. Dessa forma, na teoria burocrática há grande ênfase na eficiência. Estudos apontam que os primeiros traços de burocracia tenham surgido ainda na antiguidade, com os códigos de conduta e normatização de comportamento entre estado e população. No entanto, para Weber, a burocracia como a conhecemos tem suas origens vinculadas às alterações religiosas ocorridas após o Renascimento. Max Weber verificou que o sistema produtivo moderno, tipicamente racional e capitalista, teve como embrião o conjunto de normas morais da chamada “ética protestante”, O grande crescimento pelo qual passaram as organizações do período de Weber fez com que a Teoria Clássica e a das Relações Humanas não fossem mais capazes de suprir suas necessidades. Era imperioso que algo fornecesse mais formalidade, impessoalidade e eficiência ao processo que pregava o culto ao trabalho duro, poupança e aplicação de excedentes de produção. 
❖ Burocracia e Autoridade A relações burocráticas são tipicamente autoritárias. Os subordinados aceitam as ordens de seus superiores por admitirem a ideia de que tais ordens estão amparadas por normas e preceitos legais. Dessa maneira, a obediência não deriva de nenhuma pessoa em si, mas sim do conjunto de normas e regulamentos estabelecidos e aceitos como legítimos por todos. Em conceito mais amplo, a própria relação do povo com seus governantes baseia-se em preceitos burocráticos. O povo aceita as leis como legítimas por acreditar que as mesmas foram elaboradas em uma espécie de cooperação entre a própria população e seus representantes políticos. Com isso, toda a esfera administrativa, principalmente no serviço público, serve para replicar a vontade da ideologia política em vigor. Os funcionários, ou burocratas, devem agir de maneira estritamente prevista nas normas e regulamentos que os regem. Normas e regulamentos esses criados por quem? Políticos. Concepção essa, mais claramente ligada à sociologia do que à administração. Concluindo, toda organização administrativa de um sistema burocrata é feita de maneira a refletir a vontade política de um grupo de pessoas, nunca é totalmente impessoal. 
Para Weber, a ideia de burocracia está intrinsecamente ligada ao conceito de autoridade. Segundo ele, existem três formas de autoridade: 
Autoridade tradicional: baseada em tradições e costumes e práticas passadas de uma cultura. Pode ser encontrada nas figuras dos patriarcas e anciões, principalmente das sociedades antigas, apesar de ainda hoje existirem. Nesse caso, a legitimidade da autoridade é assegurada pelas tradições religiosas, crenças e costumes sociais. Acredita-se que ela é sagrada. • Autoridade carismática: baseada nas características físicas e/ou de personalidade do líder em questão. Os seguidores reverenciam seus feitos, sua história e qualidades pessoais. A autoridade carismática tem como desvantagens o fato de poder ser passageira, uma vez que se segura no reconhecimento por parte do grupo e por não deixar sucessores certos. • Autoridade racional-legal: é aquela garantida por regras e normas oriundas de um regulamento que é, por sua vez, reconhecido e aceito pelo grupo. Aqui, deve-se seguir os comandos da pessoa que ocupa o cargo, independente de quem seja. A autoridade está no cargo e não na pessoa que o exerce. 
Weber acreditava que a autoridade racional-legal era a mais adequada para o ambiente corporativo, uma vez que não é personalista como as outras duas formas. 
❖ Conceito comum de burocracia e o de Weber No senso comum, a burocracia é vista geralmente sob uma ótica pejorativa. Quando se fala em burocracia, normalmente associa-se a ideia de grande acumulo de papeis documentais e de procedimentos vistos quase sempre como desnecessários. Na verdade, essa é a disfunção da burocracia, ou seja, um defeito no sistema burocrático, mas não é o sistema em si. Na Teoria da burocracia de Max Weber o conceito é completamente diverso. A burocracia prima pela total eficiência da organização e, para que se alcance a eficiência, todos os detalhes formais devem ser vistos com antecedência, a fim de que não existam interferências pessoais que acabem por atrapalhar o processo. 
➢ Formalidade nas comunicações 
Na organizações burocráticas as comunicações devem ser essencialmente escritas. Todas as regras e decisões devem constar em algum documento para que possam ter validade formal. Em razão disso, quando deparamo-nos com procedimentos tidos como burocráticos são cobrados vários tipos de documentos e várias vias de papéis assinados. Se não estiver documentado, não há validade! 
➢ Burocracia e divisão do trabalho 
Uma organização burocrática é essencialmente autoritária e hierarquizada. Há divisão sistêmica do trabalho de forma que cada um possui cargos e funções específicas, de competências e responsabilidades distintas. Cada membro do processo deve saber exatamente qual posição ocupa e que trabalho realiza. Dessa maneira, as atribuições administrativas são altamente especializadas e distribuídas de acordo com os fins que se pretende alcançar. 
❖ Principais características do sistema burocrático: 
▪ Autoridade ▪ Hierarquia e divisão do trabalho ▪ Formalidade no atos e comunicações ▪ Especialização dos funcionários ▪ Impessoalidade nas relações 
❖ VANTAGENS DA TEORIA DA BUROCRACIA 
▪ Previsibilidade do funcionamento; ▪ Univocidade de interpretação; ▪ Padronização de rotinas e procedimentos; ▪ Redução de conflitos; ▪ Subordinação natural aos mais antigos; ▪ Confiabilidade nas regras do negócio; ▪ Hierarquia formalizada ▪ Precisão na definição de cargos e operações. 
❖ DESVANTAGENS E DISFUNÇÕES DA TEORIA DA BUROCRACIA 
Se para Weber a burocracia constitui a forma de organização eficiente por excelência, apresentando como principais vantagens a racionalidade, a precisão, a univocidade de interpretação, uniformidade de rotinas e procedimentos, constância e continuidade, entre outras; outros autores importantes, de outra parte, identifica consequências imprevistas ou disfunções que conduzem à ineficiência da organização burocrática. Tais anomalias de funcionamento da estrutura burocrática decorrem, segundo eles, da interação do elemento humano com o modelo burocrático preestabelecido. Sabemos que a burocracia, para Weber, é uma organização cujas consequências desejadas se resumem na previsibilidade do seu funcionamento no sentido de obter a maior eficiência da organização. Para outros autores, na burocracia existem consequências previstas e imprevistas, que recebeu o nome de Disfunções da burocracia, ou seja, anomalias e imperfeições no funcionamento da burocracia. 
❖ As disfunções da Burocracia são as seguintes: 
INTERNACIONALIZAÇÃO DAS REGRAS E EXAGERO APEGO AOS REGULAMENTOS: As normas e regulamentos passam a se transformar de meios para objetivos. O funcionário adquire "viseiras" e esquece que a flexibilidade é uma das principais características de qualquer atividade racional.EXCESSO DE FORMALISMO E DE PAPELÓRIO: A necessidade de documentar e de formalizar todas as comunicações dentro da burocracia a fim de que tudo possa ser devidamente testemunhado por escrito. O papelório constitui uma das mais gritantes disfunções da burocracia. 
RESISTÊNCIA A MUDANÇAS: O funcionário da burocracia esta acostumado em seguir regras, ou seja, conforme rotinas, com isso, sentem-se seguros e 
tranquilos. Quando apresenta mudança eles se preocupam, resistindo à mudança. 
DESPERSONALIZAÇÃO DO REGULAMENTO: As pessoas passam a possuir caráter impessoal, pois começam a olhar os colegas como membros da organização. Os colegas passam a se comunicar com os cargos ou registros ou em qualquer forma imposta pela empresa. 
CATEGORIZAÇÃO COMO BASE DO PROCESSO DECISORIAL: A burocracia se assenta em uma rígida hierarquização da autoridade, ou seja, na burocracia quem toma as decisões são as pessoas que estão no mais alto nível da hierarquia, mesmo que não saiba do assunto ele é o único com poder de decisão. 
SUPERCONFORMIDADE ÀS ROTINAS E PROCEDIMENTOS: A burocracia baseia-se em rotinas e procedimentos, na burocracia as rotinas e procedimentos se tornam absolutas e sagradas para os funcionários. Os funcionários passam a trabalhar em função das regras e procedimentos da organização e não mais para os objetivos organizacionais, com isso, perde a flexibilidade, iniciativa, criatividade e renovação. 
EXIBIÇÃO DE SINAIS DE AUTORIDADE: Como a burocracia enfatiza a hierarquia, tem como sistema identificar aos olhos quais as pessoas que possuem mais poder, como por exemplo, as mesmas salas, os uniformes. 
DIFICULDADE NO ATENDIMENTO A CLIENTES E CONFLITOS COM O PÚBLICO: Os funcionários trabalham voltados ao interior da organização e isso leva a conflitos com os clientes. Os clientes necessitam de atendimentos personalizados, mas na burocracia os funcionários atendem os clientes num padrão, fazendo com que os clientes fiquem insatisfeitos com os serviços, o que trará grandes prejuízos. 
Uma das críticas que se faz ao Modelo Burocrático é o enfoque baseado na previsibilidade e estabilidade, sem levar em consideração as alterações no cenário externo, a qualificação dos membros da organização e a tecnologia e seus avanços. A Teoria Burocrática possui uma postura altamente técnica e mecanicista. Além disso, a preocupação é apenas com a estrutura e seu conjunto de cargos e funções. O comportamento pessoal das pessoas não é levado em consideração. Sendo assim, podemos citar como vantagens do modelo, a consistência e a eficiência. Já como 
desvantagens temos o excesso de rigidez e a lentidão na execução dos processos. 
TEORIA ESTRUTURALISTA 
Ao final da década de 1950, a Teoria das Relações Humanas - experiência tipicamente democrática e americana - entrou em declínio. Foi a primeira tentativa de introdução das ciências do comportamento na teoria administrativa através de uma filosofia humanística e participativa. De um lado ela combateu a Teoria Clássica, mas, por outro, não proporcionou bases adequadas de uma nova teoria que a pudesse substituir. A oposição entre a Teoria Clássica e a Teoria das Relações Humanas criou um impasse que a Teoria da Burocracia não teve condições de ultrapassar. A Teoria Estruturalista é um desdobramento da Teoria da Burocracia e uma aproximação à Teoria das Relações Humanas. Representa uma visão crítica da organização formal. 
❖ Origens da Teoria Estruturalista 
As origens da Teoria Estruturalista na Administração foram as seguintes: 
A oposição surgida entre a Teoria Tradicional e a Teoria das Relações Humanas – incompatíveis entre si - tornou necessária uma posição mais ampla e compreensiva que integrasse os aspectos considerados por uma e omitidos pela outra e vice-versa. A Teoria Estruturalista pretende ser uma síntese delas, inspirando-se na abordagem de Max Weber. 
A necessidade de visualizar "a organização como uma unidade social complexa na qual interagem grupos sociais" que compartilham alguns dos objetivos da organização (como a viabilidade econômica da organização), mas podem se opor a outros (como a maneira de distribuir os lucros). Seu maior diálogo foi com a Teoria das Relações Humanas. 
A influência do estruturalismo nas ciências sociais e sua repercussão no estudo das organizações. O estruturalismo influenciou a Filosofia, a Psicologia (com a Gestalt), a Antropologia (com Claude LéviStrauss), a Matemática (com N. Bourbaki), a Lingüística, chegando até a teoria das organizações· com Thompson, Etzioni e Blau. Na teoria 
administrativa, o estruturalismo se concentra nas organizações sociais. 
Novo conceito de estrutura. O conceito de estrutura é antigo. Heráclito; nos primórdios da história da Filosofia, concebia o "logos" como uma unidade estrutural que domina o fluxo ininterrupto do devir e o torna inteligível. É a estrutura que permite reconhecer o mesmo rio, embora suas águas jamais sejam as mesmas devido à contínua mudança das coisas. Estrutura é o conjunto formal de dois ou mais 
Elementos e que 
permanece inalterado seja na mudança, seja na diversidade de conteúdos, isto é, a estrutura mantém-se mesmo com a alteração de um dos seus elementos ou relações. A mesma estrutura pode ser apontada em diferentes áreas, e compreensão das estruturas fundamentais em alguns campos de atividade permite o reconhecimento das mesmas estruturas em outros campos. 
O estruturalismo está voltado para o todo e com o relacionamento das partes na constituição do todo. A totalidade, a interdependência das partes e o fato de o todo ser maior do que a soma das partes são as características do estruturalismo. 
❖ São ideias centrais da teoria estruturalista: 
A sociedade de organizações: Os estruturalistas ressaltam que vivemos em uma sociedade cheia de organizações e que dependemos destas o tempo todo. A sociedade moderna e industrializada é uma sociedade de organizações, das quais o homem passa a depender. 
O homem organizacional: Enquanto a Teoria Clássica caracteriza o “homo economicus” e a Teoria das Relações Humanas "o homem social", a Teoria Estruturalista enfoca o "homem organizacional", àquele que desempenha diferentes papéis em várias organizações. As organizações modernas passaram a demandar um tipo especial de personalidade na qual estejam presentes a flexibilidade, a resistência à frustração, a capacidade de contemporizar as recompensas e o desejo constante de realização. O desejo de receber recompensas materiais e sociais faz com que o homem aceite desempenhar diversos papéis sociais em seu trabalho. 
Os conflitos inevitáveis: Os conflitos entre os interesses dos empregados e os objetivos da organização, são inevitáveis e fundamentais no processo social. Tais conflitos são gerados por tensões que se situam entre necessidades organizacionais e individuais, entre níveis hierárquicos e unidades administrativas. No entanto, quando não administrado pode levar a situação destrutiva. 
4.Incentivos mistos: estruturalistas, tanto os clássicos (incentivo material) quanto os humanistas (incentivos e recompensas psicossociais) tinham uma visão fragmentada da realidade e, portanto, entendiam que os indivíduos necessitavam de recompensas materiais e sociais 
❖ Tipologia das Organizações 
Não existem duas organizações iguais. Elas são diferentes entre si e apresentam enorme variabilidade. Contudo, existem características que permitem classificá-las em classes ou tipos. As classificações ou taxonomias - denominadas tipologias das organizações - permitem uma análise comparativa das organizações através de uma característica comum ou de uma variável relevante. 
➢ Tipologia de Etzioni 
Etzioni elabora sua tipologia de organizações, classificando as organizações com base no uso e significado da obediência. Para ele, a estrutura de obediência em uma organização é determinada pelos tipos de controles aplicados aos participantes. Assim, a tipologia das organizações, segundo Etzioni, é a seguinte: 
▪ Organizações coercitivas:o poder é imposto pela força física ou por controles baseados em prêmios ou punições. Utilizam a força - latente ou manifesta - como o significado principal de controle sobre os participantes de nível inferior. O envolvimento dos participantes tende a ser "alienativo" em relação aos objetivos da organização. As organizações coercitivas incluem exemplos como os campos de concentração, prisões, instituições penais etc. 
▪ Organizações utilitárias: poder baseia-se no controle dos incentivos econômicos. Utilizam a remuneração como base principal de controle. Os participantes de nível inferior contribuem para a organização com um envolvimento tipicamente "calculativo", baseado quase exclusivamente nos benefícios que esperam obter. O comércio e as corporações trabalhistas estão incluídos nesta classificação. 
▪ Organizações normativas: o poder baseia-se em um consenso sobre objetivos e métodos de organização. Utilizam o controle moral como a força principal de influência sobre os participantes. Os participantes têm um alto envolvimento "moral" e motivacional. As organizações normativas são também chamadas "voluntárias" e incluem a Igreja, universidades, hospitais e muitas organizações políticas e sociais. Aqui, os membros tendem a buscar seus próprios objetivos e a expressar seus próprios valores pessoais. 
A tipologia de Etzioni é muito utilizada em face da consideração que faz sobre os sistemas psicossociais das organizações. Contudo, sua desvantagem é dar pouca consideração à estrutura, à tecnologia utilizada e ao ambiente externo. Tratase de uma tipologia simples e unidimensional, baseada exclusivamente nos tipos de controle. 
➢ Tipologia de BLAU e SCOTT 
Blau e Scott apresentam uma tipologia das organizações baseada no beneficiário, ou seja, de quem se beneficia com a organização. Para BLau e Scott, há quatro categorias de participantes que podem se beneficiar com uma organização formal: 1. os próprios membros da organização; 2. os proprietários ou dirigentes da organização; 3. os clientes da organização: 4. o público em geral. 
Em função dessas quatro categorias de beneficiários principal que a organização visa atender, existem quatro tipos básicos de organizações: 
▪ Associação de benefícios mútuos: em que o beneficiário principal São os próprios membros da organização como as associações 
profissionais, as cooperativas, os sindicatos, os fundos mútuos, os consórcios etc. 
▪ Organizações de interesses comerciais: em que os proprietários ou acionistas são os principais beneficiários da organização como a maior parte das empresas privadas, sejam sociedades anônimas ou sociedades de responsabilidade limitada; 
▪ Organizações de serviços: em que um grupo de clientes é o beneficiário principal. Exemplos: hospitais, universidades, escolas, organizações religiosas e agências sociais; Organizações de Estado: em que o beneficiário é o público em geral. Exemplos: a organização militar, correios instituições jurídicas e penais, segurança pública, saneamento básico etc. 
A tipologia de BLau e Scott apresenta a vantagem de enfatizar a força de poder e 
de influencia do beneficiário sobre as organizações, a pOnto de condicionar a sua estrutura. 
❖ Ambiente Organizacional 
As organizações vivem em um mundo humano, social, político, econômico. Elas existem em um contexto que denominamos ambiente. Ambiente é tudo o que envolve externamente uma organização. Para os estruturalistas, o ambiente é constituído pelas outras organizações que formam a sociedade. Dois conceitos são fundamentais para a análise Inter organizacional: o conceito de interdependência das organizações e o conceito de conjunto organizacional. 
❖ Apreciação Crítica da Teoria Estruturalista 
Embora o estruturalismo não constitua uma teoria distinta na TGA, ganhou nesta obra um lugar especial para efeito didático. É que o estruturalismo trouxe para a teoria administrativa uma considerável contribuição. A seguir, o que é possível relevar. 
Convergência de várias abordagens divergentes o estruturalismo é uma convergência de várias abordagens - Teoria Clássica, Teoria das Relações Humanas e Teoria da Burocracia - em uma tentativa de integração e ampliação dos conceitos dessas teorias. É a chamada abordagem múltipla na análise das organizações. 
ABORDAGEM COMPORTAMENTAL 
Pode-se dizer que a Teoria Comportamental teve início em 1947, com o surgimento do livro “Teoria Comportamental na administração: O Comportamento Administrativo”, de Herbert A. Simon, o qual constituiu um ataque aos princípios da Teoria Clássica e à aceitação – com os devidos reparos e correções – das principais idéias da Teoria das Relações Humanas. 
▪ As principais características da Teoria Comportamental são: 
A grande ênfase nas pessoas; 2. A preocupação com o comportamento organizacional e os processo de trabalho); 3. O estudo do comportamento humano. 
❖ Hierarquia das necessidades de Maslow 
Abraham H. Maslow (1908-1970), um dos maiores especialistas em motivação humana, apresentou uma teoria da motivação segundo a qual as necessidades humanas estão organizadas e dispostas em níveis, em uma hierarquia de importância e de influenciação. Essa hierarquia de necessidades pode ser visualizada como uma pirâmide. Na base da pirâmide estão as necessidades mais baixas (necessidades fisiológicas) e no topo, as necessidades mais elevadas (as necessidades de autorealização). Vejamos o detalhamento destas necessidades: 
Necessidades fisiológicas. Constituem o nível mais baixo de todas as necessidades humanas, mas de vital importância. Nesse nível estão as necessidades de alimentação, de sono e repouso, de abrigo etc. Quando todas as necessidades humanas estão insatisfeitas, a maior motivação será a das necessidades fisiológicas e o comportamento do indivíduo terá a finalidade de encontrar alívio da pressão que essas necessidades produzem sobre o organismo. 
Necessidades de segurança. Constituem o segundo nível das necessidades humanas. São necessidades de segurança, estabilidade, busca de proteção contra ameaça ou privação e fuga do perigo. As necessidades de segurança têm grande importância no comportamento humano, uma vez que todo empregado está sempre em relação de dependência com a empresa, na qual ações administrativas arbitrárias ou decisões 
incoerentes podem provocar incerteza ou insegurança quanto à sua permanência no emprego. 
Necessidades sociais. Surgem no comportamento, quando as necessidades mais baixas (fisiológicas e de segurança) encontram-se relativamente satisfeitas. Dentre as necessidades sociais estão a necessidade de associação, de participação, de aceitação por parte dos companheiros, de troca de amizade, de afeto e de amor. Quando as necessidades sociais não estão suficientemente satisfeitas, o indivíduo torna-se resistente, antagônico e hostil em relação às pessoas que o cercam. 
Necessidades de estima. São as necessidades relacionadas com a maneira pela qual o indivíduo se vê e se avalia. Envolvem a auto-apreciação, a autoconfiança, a necessidade de aprovação social e de respeito. A satisfação das necessidades de estima conduz a sentimentos de autoconfiança, força, prestígio, poder, capacidade e utilidade. 
Necessidades de auto-realização. São as necessidades humanas mais elevadas e que estão no topo da hierarquia. Estão relacionadas com a realização do próprio potencial e autodesenvolvimento contínuo. Essa tendência se expressa por meio do impulso que a pessoa tem para tornar-se sempre mais do que é e de vir a ser tudo o que pode ser. 
❖ Teoria dos dois fatores de Herzberg 
Frederick Herzberg, psicólogo e professor americano de Administração da Universidade de Utah, formulou a teoria dos dois fatores para explicar o comportamento das pessoas em situação de trabalho. Para ele existem dois fatores que orientam o comportamento das pessoas: 
Fatores higiênicos – ou fatores extrínsecos pois estão localizados no ambiente que rodeia as pessoas e abrangem as condições dentro das quais elas desempenham seu trabalho. Os principais fatoreshigiênicos são: salário, benefícios sociais, tipos de chefia ou condições físicas e ambientais de trabalho. 
As pesquisas de Herzberg revelaram que quando os fatores higiênicos são ótimos,eles apenas evitam a insatisfação dos empregados; se elevam a satisfação não conseguem sustentá-la por muito tempo. Quando os 
fatores higiênicos são precários, eles provocam a insatisfação dos empregados. 
Fatores motivacionais – ou fatores intrínsecos, pois estão relacionados com o conteúdo do cargo e com a natureza das tarefas que a pessoa executa. Os fatores motivacionais estão sob o controle do indivíduo, pois estão relacionados com aquilo que ele faz e desempenha. Envolvem sentimentos de crescimento individual, reconhecimento profissional e autorealização, e dependem das tarefas que o indivíduo realiza no seu trabalho. O efeito dos fatores motivacionais sobre as pessoas é profundo e estável. Quando os fatores motivacionais são ótimos, eles provocam a satisfação nas pessoas. 
❖ Teoria X e Teoria Y 
McGregor, um dos maiores contribuintes no estudos da Teoria Comportamental, compara dois estilos opostos e antagônicos de administrar: de um lado, um estilo baseado na teoria tradicional, mecanicista e pragmática (a que deu o nome de Teoria X), e, de outro, um estilo baseado nas concepções modernas a respeito do comportamento humano (a que denominou Teoria Y). 
➢ Teoria X 
É a concepção tradicional de administração e baseia- se em convicções errôneas e incorretas sobre o comportamento humano: 
▪ As pessoas são indolentes e preguiçosas por natureza, evitam o trabalho ou trabalham o mínimo possível, em troca de recompensas salariais ou materiais. 
▪ Falta-lhes ambição, não gostam de assumir responsabilidades e preferem ser dirigidas e sentir-se seguras nessa dependência. 
▪ Sua própria natureza as leva a resistir às mudanças, pois procuram sua segurança e pretendem não assumir riscos que as ponham em perigo. 
▪ Sua dependência torna-as incapazes de autocontrole e autodisciplina, elas precisam ser dirigidas e controladas pela administração. 
➢ Teoria Y 
É a moderna concepção de administração de acordo com a Teoria Comportamental. ATeoria Y baseia-se em concepções e premissas atuais e sem preconceitos a respeito da natureza humana, a saber: 
▪ As pessoas não têm desprazer inerente em trabalhar. A aplicação do esforço físico ou mental em um trabalho é tão natural quanDo jogar ou descansar. 
▪ As pessoas não são, por sua natureza intrínseca, passivas ou resistentes às necessidades da empresa, elas podem tornar-se assim, como resultado de sua experiência negativa em outras empresas. 
▪ As pessoas têm motivação, potencial de desenvolvimento, padrões de comportamento adequados e capacidade para assumir responsabilidades. O controle externo e a ameaça de punição não são os únicos meios de obter a dedicação e esforço de alcançar os objetivos empresariais. 
▪ A capacidade de alto grau de imaginação e de criatividade na solução de problemas empresariais é amplamente – e não escassamente – distribuída entre as pessoas. Na vida moderna, as potencialidades intelectuais das pessoas são apenas parcialmente utilizadas. 
TEORIA CIBERNÉTICA 
A cibernética surgiu como uma ciência interdisciplinar destinada a estabelecer relações entre diversas ciências, preencher os espaços vazios não pesquisados por nenhuma ciência e permitir que cada ciência utilizasse os conhecimentos desenvolvidos pelas demais. 
❖ ORIGENS: A) Movimento iniciado por Norbert Wiener em 1943, buscando atender o descrito acima; 
❖ B) Os primeiros estudos sobre cálculos de variação matemática C) Os estudos sobre informação e comunicação - principalmente a partir da primeira guerra mundial onde se percebe que a falta de comunicação entre as partes conflitantes, apesar das informações copiosas, foi a causa da terrível catástrofe. Como decorrência a informação passou a ser motivo de atenção do mundo cientifico. D) Primeiras experiências com computadores para a solução de equações diferenciais. Atualmente são realizados estudos sobre Inteligência Artificial. E) A segunda guerra mundial – desenvolvimento de tecnologia para melhorar a precisão dos projecteis e a busca da sua interceptação. F) No inicio a cibernética dedicou-se a criação de máquinas de comportamento auto-regulável, semelhante ao comportamento do homem ou do animal (como o robô, o computador eletrônico, piloto automático, etc.) 
❖ PRINCIPAIS CONCEITOS DE CIBERNÉTICA 
É a ciência da comunicação e do controle, seja animal (homem, seres vivos), seja da maquina. A comunicação torna os sistemas integrados e coerentes e o controle regula seu comportamento. A cibernética compreende os processos e os sistemas de transformação da informação e sua concretização em processos físicos, fisiológicos e psicológicos. O campo de estudos da cibernética é os Sistemas que são um conjunto de elementos que estão dinamicamente relacionados entre si, formando uma atividade para atingir um fim, um objetivo, operando sobre entradas (informação, energia ou matéria) e fornecendo saídas (informação, energia ou matéria) processadas. Sistemas têm a ver com conectividade. 
A cibernética busca a representação de sistemas originais através de outros sistemas comparáveis, que são denominados modelos . 
➢ Principais conceitos de Sistemas: 
▪ Conceito de Entradas – é tudo que um sistema importas ou recebe do seu exterior. Pode ser: 
Informação – é o que permite reduzir a incerteza de alguma coisa. Proporciona orientação e conhecimento a respeito de algo. Permite planejar e programar o comportamento ou funcionamento do sistema. 
Energia – é a capacidade utilizada para movimentar e dinamizar o sistema, fazendo-o funcionar. 
Materiais – são os recursos a serem utilizados pelo sistema para produzir as saídas. Podem ser transformadores, também chamados de operacionais (máquinas, equipamentos, instalações, etc) e a serem transformados, também chamados de recursos produtivos (matéria-prima). 
➢ Conceito de Saída – é o resultado final de um sistema. São os bens ou serviços oriundos do processo de transformação. 
➢ Conceito de Caixa preta – sistema cujo interior não pode ser acessado. 
➢ Conceito de retroação – feedback retro alimentação e serve para comparar a maneira como um sistema funciona em relação ao estabelecido para ele funcionar. É uma ação pela qual o efeito (saída) reflui sobre a causa (entrada) incentivando-a ou inibindo-a. Pode ser positiva ou negativa: a) Retroação positiva é a ação estimuladora da saída que atua sobre a entrada do sistema. O sinal de saída amplifica e reforça o sinal da entrada. b) Retroação negativa – é a ação frenadora e inibidora da saída que atua na entrada no sistema inibindo o sinal da entrada. 
➢ Conceito de Homeostasia 
▪ Todos os mecanismos vitais têm como por objetivo conservar constantes as condições de vida no ambiente interno. Sempre que uma das partes do sistema sai do equilíbrio, algum mecanismo é acionado para restaurar a normalidade. 
O Homeostasia é um equilíbrio dinâmico obtido através da auto-regulação, ou seja, através do autocontrole. É a capacidade que tem um sistema de manter certas variáveis dentro de limites, mesmo quando os estímulos do meio externo forçam as variáveis a assumirem valores que ultrapassam os limites da normalidade. A homeostase é obtida através da retroação. 
▪ Conceito de Informação: 
Envolve um processo de redução da incerteza. A idéia de informação está ligada à Novidade e Utilidade, pois informação é conhecimento disponível para uso imediato e que permite orientar a ação, ao reduzir a margem de incerteza que cercam as decisões cotidianas. 
Dado – é um registro ou anotação a respeito de um evento ou ocorrência. Informação – é um conjunto de dados com um significado, ou seja, que reduz a incerteza ou que aumenta o conhecimento a respeito de algo. Comunicação – é quando uma informação é transmitida a alguém, sendo então, compartilhada também por essa pessoa. 
Um sistema de comunicação envolve: 
Fonte – pessoa, coisa ou processo queopera a mensagem por intermédio do sistema. 2. Transmissor – processo ou equipamento que opera a mensagem, transmitindo-a da fonte ao canal. O transmissor codifica a mensagem fornecida pela fonte para poder transmiti-la. 3. Canal – significa o equipamento, meio usado para transmitir a mensagem. 4. Receptor – quem recebe a mensagem, processo ou equipamento. 5. Destino – pessoa a quem é destinada a mensagem. 6. Ruído – perturbações indesejáveis que tendem a alterar a mensagem transmitida. 
▪ Conceito de Redundância 
É a repetição da mensagem para que a sua recepção correta seja mais garantida. Consiste em eliminar o ruído e prevenir distorções e enganos na recepção da mensagem. 
▪ Conceito de Entropia e Sinergia: 
Entropia (do grego entrope = transformação) segunda lei da termodinâmica que se refere à perda de energia em sistemas isolados, levando-os à degradação, à desintegração e ao desaparecimento. É um processo de desintegração dos sistemas, a sua mOrte. Tem seu contraponto na NEGENTROPIA , ou seja, a busca de energia e informação para manter o sistema vivo. Sinergia – literalmente significa trabalho conjunto. Existe sinergia quando duas ou mais causas produzem, atuando conjuntamente, um efeito maior do que a soma dos efeitos que produziriam atuando individualmente. 
▪ Conceito de informática 
Disciplina que lida com o tratamento racional e sistemático da informação por meios automáticos. 
TEORIA GERAL DOS SISTEMAS 
❖ Conceitos fundamentais da Teoria dos sistemas 
Teoria dos sistemas possui alguns conceitos importantes que ajudam a explicar outros significados fundamentais e a entender como pode ser importante nos negócios. São eles: 
Entropia: quer dizer que todo sistema sofre 
algum tipo de deterioração; • Homeostase: a capacidade de manter o equilíbrio, principalmente quando acontece algo inesperado e é preciso buscar este meio termo; • Sintropia: devem-se desenvolver forças que combatam a entropia nos negócios. 
Mas o que isto influi no dia a dia de uma organização? Dá para citar diversas partes em que a Teoria dos sistemas está presente e interfere de maneira direta e indireta: 
Comunicação: quando a comunicação dos colaboradores e dos líderes é precisa, o 
produto é produzido e entregue na data correta; • Transformações: é importante que haja transformações constantes na fabricação dos produtos e também na prestação de serviços para que haja inovação; • Desenvolvimento: desenvolvem-se habilidades e competências essenciais para o dia a dia de uma organização. 
Todas estas premissas caracterizam uma empresa como um sistema aberto. 
➢ Tipos de sistemas 
Além de sistemas fechados e abertos, ao analisar uma organização, podem-se perceber diversos sistemas que interagem entre si. Eles podem ser classificados de acordo com a constituição ou à natureza. São eles: 
Quanto à constituição: 
Sistemas físicos: equipamentos e coisas reais, como o hardware, por exemplo. 
Sistemas abstratos: Está no plano das ideias e não é físico, como no caso do software. 
Quanto à natureza: 
Sistemas abertos: nesta Teoria dos sistemas, quando a organização é classificada como um sistema aberto é porque cada sistema interage de alguma forma com outros sistemas e sofrem alterações devido ao ambiente. Isto pode ser feito de forma positiva ou negativa, desde que se saiba controlar estas ações. 
Sistemas fechados: no caso de um sistema fechado, não há influencia do meio ambiente deixando com que a característica de entropia seja constante, já que ele alimenta-se dele mesmo. 
❖ A organização e a Teoria dos sistemas 
Um sistema sempre irá envolver: entrada (insumos), processamento (transformação), saída (resultado), retroação (feedback) e ambiente.
Cada organização é composta de sistemas e subsistemas que estão interagindo constantemente. Cada subsistema é interdependente, pois age sozinho, mas influencia nos demais subsistemas. 
É por isso que a interação destes sistemas e subsistemas com o ambiente reflete em possíveis alterações a todo o momento dentro de uma organização e isso deve ser visto com atenção. 
Devido a isso, há modelos que estudados que induzem a algumas atitudes a fim de melhorar esta Teoria dos sistemas dentro das organizações. 
❖ Modelo de Katz e Kahn 
Este modelo propõe que a organização deve cuidar dos sistemas da seguinte forma: 
Importações: recebe insumos do meio ambiente e necessita de pessoas, além de outros suprimentos; • Transformação: todos os insumos serão transformados em produtos finais ou mão de obra; • Exportação: após a transformação, os insumos retornam ao meio ambiente de forma acabada, como mão de obra treinada ou produto finalizado. 
Nesta teoria, estes processos continuarão constantemente devido à organização ter um ambiente totalmente dinâmico. Para que não haja a entropia nos negócios, a renovação dos insumos deve ocorrer constantemente. 
Assim, esta teoria sugere que a organização deve encontrar o ponto de equilíbrio entre as importações e exportações que acontecem na empresa. 
❖ Modelo socio técnico de Tavistock 
Desenvolvido por pesquisadores do Instituto de Relações Humanas de Tavistck, na Inglaterra, este modelo considera que na Teoria dos sistemas, além da organização ser um sistema aberto, é um sistema socio técnico estruturado em dois subsistemas: 
Subsistema técnico: envolve tarefas, instalações físicas, equipamentos, técnicas operacionais, ambiente físico e operacionalidade das tarefas. Em resumo, envolve tecnologia, tempo e território. 
Subsistema social: engloba as pessoas e suas características emocionais e psicológicas e a relações existentes entre as mesmas. Em resumo, transforma a eficiência potencial em real. 
Desta forma, este modelo vê uma organização como sistemas que envolvem a tecnologia e as pessoas. Assim, as pessoas vão influenciar a forma como as tarefas são executadas, bem como as tecnologias influenciarão desta tarefa. 
Os sistemas são divididos da seguinte forma: 
Importação: recebe a matéria-prima; • Conversão: transforma para exportação; • Exportação: é o que resulta do processo. 
Exemplo: 
Produtos químicos > Compra e armazenamento > Fabricação de medicamentos > Mercadização de medicamentos > Armazenamento 
Para este modelo, a organização eficiente deve considerar tanto as importações feitas do subsistema técnico como do social, considerando a natureza das tarefas e também das pessoas. Assim, une-se uma organização tecnológica com uma organização de trabalho. 
Independente do modelo utilizado, a Teoria dos sistemas diz que cada organização é feita de sistemas e que deve considerá-los para que consiga o sucesso total do seu negócio.

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