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relatorio estagio ensino fundamental 2019

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SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..........................................................................................................3
2 IDENTIFICAÇÃO DA ESCOLA ...............................................................................4
3 ESTÁGIO SUPERVISIONADO.................................................................................6
4 A BASE NACIONAL COMUM CURRUCULAR ......................................................8
5 O PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO ...............................................................11
6 ENTREVISTA COM O SUPERVISOR DE CAMPO ...............................................13
7 DIÁRIOS DE OBSERVAÇÃO ................................................................................15
8 ELABORAÇÃO DO PLANO DE AULA .................................................................20
9 APRESENTAÇÃO DO PLANO DE AULA AO SUPERVISOR .............................25
10 REFLEXÕES SOBRE O ESTÁGIO .....................................................................26
11 ANÁLISE DA PRODUÇÃO ESCRITA PELOS ESTUDANTES ..........................28
12 ENTREVISTA A RESPEITO DO LABORATÓRIO DE INFORMÁTICA ..............30
13 ELABORAÇÃO DE PROPOSTA ENVOLVENDO SOFTWARE .........................31
14 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................................35
REFERÊNCIAS .........................................................................................................36
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INTRODUÇÃO
O estágio supervisionado tem como objetivo oportunizar experiências profissionais ao acadêmico, onde este pode praticar técnicas de ensino no ambiente escolar.
Neste relatório de estágio estão descritas as atividades que foram realizadas na Escola Técnica Municipal Farroupilha durante o período de 12 de fevereiro a 28 de março de 2019, visando construir um perfil qualificado de um futuro docente. 
identificação da escola
A Escola Técnica Municipal Farroupilha foi criada com o nome de Escola Municipal de 2º Grau Farroupilha, pelo ex-prefeito Bento Gonçalves dos Santos, pelo decreto municipal nº 399, de 6 de outubro de 1987. Começou suas atividades em 14 de março de 1989, oferecendo o Curso Técnico em Química. Adotando como filosofia o trabalho, liberdade e responsabilidade, buscou, desde o princípio, formar profissionais competentes, críticos e participativos.
Em 1993, passou a oferecer estudos de Supletivo de Ensino Médio no turno da noite. Em 1995, nos turnos diurnos, criou o Curso de Educação Geral de 2º Grau que em 1998, passou a Ensino Médio. Em 26 de abril de 2000, teve sua denominação alterada para Escola Técnica Municipal Farroupilha. 
Hoje, oferece Ensino Fundamental (1º ao 9ºano), Ensino Médio, Ensino Médio Integrado, EJA, Curso Técnico em Química e Curso Técnico em Segurança do Trabalho.
Situa-se na Rua dos Bombeiros, 219 no centro de Triunfo/RS, com a equipe diretiva a seguir:
Direção: Jaqueline Mendonça da Silva
Vice: Josélia Padilha e Silva; Rita Marlene da Silva Souza e Rita Machado da Silva
Supervisão: Roseli Diehl Wrasse
Orientação: Andréia da Silva Barbieri; Cristiane Daniel Vieira e Cristiane Ramos Bregolin
Supervisor de Campo: Denise Ruiz Schreinert
A professora Denise Ruiz Schreinert é responsável pelas turmas 61, 71, 72, 81 e 82, trabalha nesta escola há 25 anos, com graduação em Matemática Licenciatura e pós-graduação em Metodologia em Matemática e Física.
A escola não possui laboratório de informática. Conta com 18 salas de aula em um prédio de 2 andares; possui acesso e sanitários acessíveis a portadores de deficiência; contam com monitores dentro das salas de aula para acompanhar alunos com alguma deficiência física, sensorial, intelectual ou múltipla.
As reuniões pedagógicas norteiam suas temáticas baseadas nas BNCC (Base Nacional Comum Curricular) como competências e habilidades; realizam a regionalização dos conteúdos ( atividades como Semana Farroupilha, por exemplo, que é um evento festivo da cultura gaúcha); realizam periodicamente palestras sobre a inclusão (a escola atende muitos alunos com diversas necessidades especiais), temos no link a seguir a realização de um sonho do aluno Lucas Martins Bauer de 15 ano, tetraplégico, recebendo um computador adaptado:
http://www.triunfo.rs.gov.br/site/noticia/visualizar/id/4324/?Administracao-Municipal-ajuda-na-realizacao-de-sonho-de-um-aluno-da-Escola-Farroupilha.html
A escola trabalha seus currículos para atender estes alunos; para o ano de 2019 deu-se início ao Projeto Farroupilha educando para um Mundo Melhor, que objetiva resgatar os valores humanos como solidariedade, o respeito, o amor, a honestidade, entres outros. O projeto será desenvolvido visando o resgate e a conscientização de valores. 
o estágio supervisionado
O estágio supervisionado, além de ser um componente curricular obrigatório importante para a formação do docente, é um espaço para produzir conhecimento sobre a prática do futuro professor. Esta etapa do curso em licenciatura, contribui para o desenvolvimento de uma epistemologia da práxis profissional, enriquecendo a dinâmica e as facetas do universo desta profissão que o acadêmico está se propondo a integrar.
O artigo intitulado “O estágio supervisionado em matemática como espaço de desenvolvimento da epistemologia da prática docente” tem como objetivos analisar e discutir o estágio supervisionado como espaço de aprendizagem, que é relevante na formação inicial de professores e possibilitador da construção de caminhos para o exercício da docência em matemática 
É de suma importância a realização do estágio supervisionado para a formação inicial pois ao observar a prática do professor em sala de aula o estagiário tem a oportunidade de adquirir experiência, de desenvolver seus conhecimentos obtidos através da teoria, tem a chance também de construir diferentes olhares sobre esta profissão e assim tecer novos saberes no campo educacional. O estágio pode ser visto como fonte de elementos da realidade, onde o estudante em licenciatura pode refletir, produzir e selecionar novas maneiras de atuar posteriormente. Logo, o estágio propicia a interação entre a teoria obtida através dos cursos e o contexto social onde a escola se situa.
Por intermédio da observação é possível “ler” o que é vivenciado no dia a dia em sala de aula, o funcionamento administrativo da escola, o comportamento dos alunos do Ensino Fundamental, complementando o que é aprendido no curso de formação inicial em matemática. As teorias, sozinhas, não são suficientes. É preciso o exercício em atividades práticas, ou seja, é no estágio durante o acompanhamento das rotinas onde ocorres o processo de aperfeiçoamento e formação profissional. É lá onde há a integração das situações e experiências vividas neste contexto com o “fazer” pedagógico do professor. A teoria em conjunto com a prática permite ao futuro docente, mais preparo para atuar no ensino da matemática e como agir com a complexidade da realidade escolar.
Com a realização do estágio, espero aprender a ensinar, aprender a aplicar as práticas pedagógicas em sala de aula, aprender a conduzir situações que surgirem na relação professor-aluno, conhecer a sociedade escolar sob um olhar docente e absorver ao máximo o que o professor regente, escola, alunos e todos demais funcionários, têm a me ensinar.
a base nacional comum curricular 
A matemática é um conhecimento necessário aos alunos da Educação Básica pois é de grande aplicação na sociedade por trazer compreensão das grandezas, construção de representações significativas nos mais variados contextos.
Através da Base Nacional Comum Curricular (BNCC), identificamos as competências que esta ciência humana contem: a matemática contribuipara solucionar problemas científicos e tecnológicos; desenvolve o raciocínio lógico; o espírito de investigação; a capacidade de produzir argumentos convincentes; contribui para a compressão das relações entre conceitos e procedimentos em diferentes campos (aritmética, álgebra, geometria, estatística e probabilidade); faz observações sistemáticas de aspectos quantitativos e qualitativos presentes nas sociais e culturais; utiliza processor e ferramentas, inclusive tecnologias digitais para modelar e resolver problemas cotidianos, sociais e outras áreas de conhecimento; enfrenta situações-problema em múltiplos contextos, expressando suas respostas e sintetizando conclusões através de diferentes registros e linguagem; desenvolve e/ou discute projetos que aborde questões de urgência social, com base em princípios éticos, democráticos, sustentáveis e solidários, valorizando a diversidade de opiniões de indivíduos e de grupos sociais; interage de forma cooperativa na busca de soluções para problemas, de modo a identificar aspectos consensuais ou não na discussão de uma determinada questão.
A BNCC propôs cinco unidades temáticas correlacionadas que orientam a formulação de habilidades ao longo do Ensino Fundamental.
A unidade temática NÚMEROS é onde o aluno desenvolve o pensamento numérico; noções de aproximação, proporcionalidade, equivalência e ordem; problemas com números naturais e números racionais; desenvolvem estratégias para obtenção dos resultados; aprendem a dominar o cálculo da porcentagem, juros, descontos e acréscimos; conhecem os conceitos básicos de economia e finanças.
A unidade temática ÁLGEBRA tem por finalidade desenvolver o pensamento algébrico onde é usado letras e outros símbolos. As ideias matemáticas fundamentais nesta temática são: equivalência, variação, interdependência e proporcionalidade. Nesta fase, se trabalha sequencias, seja na ação de completar ou na construção de sequencias com elementos ausentes; aprendem a estabelecer conexões entre variável e função, entre incógnita e equação; desenvolvem a capacidade de transformar situações-problemas apresentadas em língua materna, em fórmulas, tabelas e gráficos e vice-versa; toam conhecimento da linguagem algorítmica que tem pontos em comum com a linguagem algébrica, sobretudo em relação ao conceito variável.
A unidade temática GEOMETRIA traz o desenvolvimento do pensamento geométrico ao estudar posição, deslocamento no espaço, formas e relações entre elementos de figuras planas e espaciais. Nesta temática espera-se que o aluno aprenda a identificar formas geométricas tridimensionais e bidimensionais, que associem figuras espaciais e suas planificações, e vice-versa; que identifiquem e comparem polígonos por meio de propriedades relativas aos lados, vértices e ângulos; analisem e reproduzem ampliações e reduções de figuras geométricas planas, desenvolvendo os conceitos de congruência e semelhança; estudo da representação no plano cartesiano; representação de sistemas de equação do 1º grau.
A unidade temática GRANDEZAS E MEDIDAS propõe o estudo das medidas e das relações entre elas, favorecendo assim a integração da matemática e outras áreas de conhecimento. Esta temática contribui para a consolidação e ampliação da noção de número, a aplicação de noções geométricas e a construção do pensamento algébrico. O aluno enato pode compreender que medir é comparar um a grandeza com uma unidade e expressar o resultado por meio de um número; aprende a resolver problemas e situações do cotidiano que envolvam grandezas como comprimento, massa, tempo, temperatura, área, capacidade e volume; desenvolvem a transformação entre unidades de medidas padronizadas mais usuais; estabelecem relação entre estas grandezas e entre grandezas não geométricas como densidade, velocidade, energia, potência entre outras.
A temática PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA propõe desenvolver a habilidade de coletar, organizar, representar, interpretar e analisar dados em vários contextos, de modo a obter índices estatísticos para descrever, explicar e produzir fenômenos. O aluno desenvolve a noção de aleatoriedade, compreendendo que há eventos certos, eventos impossíveis e eventos prováveis. Aqui, a leitura, a interpretação e a construção de tabelas e graficos tem papel fundamental na comunicação de dados para que seja possível sintetizar e justificar as conclusões.
As articulações e habilidades de cada temática se inter-relacionam, entre si e com outras áreas do conhecimento. Esta divisão serve para melhor compreensão de cada uma delas, facilitando a elaboração dos currículos e das propostas pedagógicas. 
o projeto político pedagógico
O Projeto Político Pedagógico (PPP) define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O PPP precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos.
A Escola Técnica Municipal Farroupilha traz em seu PPP objetivos de promover o desenvolvimento da educação democrática, promover parceria entre alunos, pais e professores para realização de um trabalho responsável e compartilhado no processo educacional; de levar os alunos a respeitar sua cultura e meio ambiente; oferecer ensino de qualidade proporcionando ao aluno sucesso em sua vida escolar e social; promover os valores morais e humanos – paz, amor, respeito, solidariedade – para auxiliar a comunidade estudantil na construção de um convívio mais humano mais justo e sem preconceitos.
A educação inclusiva busca atender à diversidade de alunos, às necessidades educativas especiais em sala de aula no sistema regular de ensino. Pensando nisso, a Escola Farroupilha, adotou algumas iniciativas como formação dos professores para inserir adaptações de metodologias de ensino; mudança da mentalidade de toda equipe escolar no sentido de conseguir dar suporte no atendimento destes alunos; conta também com duas psicopedagogas que trabalham em conjunto com os professores para melhor atender esta demanda; possui dois projetos de apoio em andamento AEE – Atendimento Educacional Especializado – e o SOE – Serviço de Orientação Educacional – que juntamente com a supervisão constroem uma linha pedagógica na escola.
A avaliação da aprendizagem é um processo contínuo onde é constatado os progressos ou as dificuldades para que se possa realizar correções necessárias. Através da análise das provas, exercícios e tarefas realizadas é possível tomar decisões do que deve ser feito em seguida. Só assim pode-se construir um planejamento que promova a aprendizagem dos conteúdos e que não se limite a uma nota.
E isso não é diferente o ensino da matemática que busca o desenvolvimento intelectual dos alunos, trabalhando a leitura e interpretação de textos matemáticos, ensinando expressar-se através da matemática, incentivando estratégias variadas de resolução de problemas estimulando a argumentação. Tudo isto baseados em conteúdos estruturantes que permeiam esta fase do ensino fundamental: números, operações e álgebra, medidas, geometria, probabilidade e estatísticas.
 entrevista com o supervisor de campo
Nome completo do professor entrevistado:
R: Professora Denise Ruiz Schreinert;
Ano em que concluiu a graduação:
R:Conclui a graduação em 1993;
Possui curso de pós-graduação (especialização, mestrado ou doutorado)? Em caso afirmativo, área (s) do (s) curso (s) de pós-graduação:
R:Possui pós-graduação em Metodologia em Matemática e Física;
Tempo de magistério e locais de atuação:
R:Tenho 25 anos de magistério na Escola Estadual de Ensino Médio Luiz Barreto e Escola Técnica Municipal Farroupilha;
Participa de cursos de capacitação ou formação continuada? Em caso afirmativo, citar os últimos cursos realizados:
R:Realiza curso de capacitação nas escolas onde atua como GESTAR e jornadas pedagógicas;
Visão sobre o ensinoda Matemática nos anos finais do Ensino Fundamental (6º ao 9º):
R:A matemática tem um papel fundamental na vida dos alunos, para o desenvolvimento das atividades humanas, nas relações sociais e para a inserção do cidadão no mundo do trabalho. Permite resolver problemas práticos e fornece ferramentas importantes para a construção do saber científico;
Rotina de trabalho nas aulas de Matemática:
R:Interação com os alunos (realização da chamada e preenchimento do diário de classe); revisão rápida sobre conteúdos vistos na aula anterior; desenvolvimento da atividade proposta; correção de exercícios ou atividade proposta.
Quais as principais estratégias metodológicas adotadas na organização do trabalho pedagógico? Por que a opção por estas estratégias?
R:Planejar atividades a serem desenvolvidas; resolução de problemas que retratem a realidade do aluno; identificar e escrever dados; avaliar utilizando diferentes estratégias; utilização de jogos e brincadeiras.
Como relaciona a Matemática com os seguintes temas: história e cultura afro-brasileira e africana; história e cultura indígena; sustentabilidade e meio ambiente.
R:Os aspectos históricos podem ser tratados em Matemática na utilização de graficos e tabelas envolvendo assuntos como escolaridade afro-brasileira ou indígena, ou trabalhar culinária e receitas. Sobre a sustentabilidade e meio ambiente é possível desenvolver atividades como economia de “água” ou “energia”, através de tabelas e gráficos. 
diários de observação
Diário 1
Nome da Escola: Escola Técnica Municipal Farroupilha
Ano e turma: 6º ano, turma 61T
Datas das aulas observadas: 07/03; 11/03 e 12/03
Turno: tarde
Supervisor de campo: Denise Ruiz Schreinert
Conteúdos abordados: números romanos; números naturais e números decimais
No dia 7 de março deste ano, no turno da tarde, comecei meu estágio supervisionado na Escola Técnica Municipal Farroupilha na turma do 6º ano. Fui bem recebida por professores, funcionários, supervisores e pela diretora da escola. Isto me acalmou, pois estava muitíssimo nervosa com esta nova etapa.
A professora regente, Denise, é uma pessoa muito serena e doce. Com mais de 20 anos na docência em matemática, se mantém segura sobre a arte de ensinar. Gosta de usar os métodos tradicionais de ensino por não se sentir segura com a “tecnologia moderna” – diz ela. Sempre que possível, gosta de fazer uso de jogos e atividades lúdicas em suas aulas para fixação de conceitos e melhor compreensão dos conteúdos pelos alunos.
A turma do 6º ano, 61T, possui 20 alunos com faixa etária entre 11 e 14 anos. Esta turma caracteriza-se por ser agitada, com muita energia e com um número maior de meninos. Gostam de conversar e pedem para fazer os exercícios em grupo ou em dupla. Porém são participativos durante a aplicação dos conteúdos. Solicitam para lerem os enunciados dos exercícios em voz alta, antes de a professora fazer a correção destes no quadro.
Cada aluno utiliza um livro didático – Praticando Matemática, Editora Brasil. Este livro é recolhido ao final da aula para ser usado em outra turma de 6º ano. Os conceitos dos conteúdos são copiados no caderno, assim como alguns exercícios selecionados pela professora. Ela traz, xerocados em folha de ofício, exercícios complementares contendo jogos, tabelas ou gráficos para serem feitos em aula ou como tema.
Enquanto realizam as atividades propostas, a professora revisa cada caderno, verificando se copiaram os conceitos, se fizeram os temas solicitados, se faltaram e não tem os conteúdos estudados, etc. Esta revisão tem um peso na nota final de cada trimestre. Por isso, em todas as aulas, são feitas estas observações individualmente.
Eu acredito que esta prática da professora, estimula o “copiar” a matéria no caderno. Notei que os alunos fazem questão de copiar ao tomarem conhecimento que vale pontos e no somatório final do trimestre cada “pontinho” é muito importante para alcançar a média e não ficar em recuperação.
Durante as aulas, dependendo o assunto e de não estão de muita conversa, a professora permitia que formassem duplas para resolução dos exercícios. Percebi que isto os motiva a querer saber tanto quanto o colega que compreendeu o conteúdo de primeira. Também vi o entusiasmo, do colega que entendeu, ao ensinar/ajudar o outro a compreender também. Esta interação entre eles, além de auxiliar na fixação do conteúdo, desenvolve o espírito solidário que é um dos temas do projeto da escola neste ano.
Nesta turma em nenhum momento escutei algum aluno dizer que não gosta de matemática. Isto me encantou. Realmente eles simpatizam com esta matéria. Gostam muito da professora, mesmo que por vezes tenha que agir com firmeza pedindo silencio, para ser ouvida por todos. Mesmo assim há um clima de respeito e amizade entre professor e aluno.
Achei interessante a forma contínua de avaliação, empregada pela professora desde o primeiro dia de aula. São avaliados caderno, participação em aula, realização de atividades, temas, trabalhos e as provas, tudo com seu grau de pontuação. Ou seja, há várias chances de o aluno atingir uma boa nota.
O livro didático é divertido, com ilustrações coloridas e do cotidiano, onde eles se identificam ao realizar as atividades. Foi interessante notar que todos zelam pelo patrimônio de uso comum (livro), porque este é utilizado ao mesmo tempo por vários colegas. Esta conscientização que estão aprendendo, será levada para outros âmbitos sociais e culturais: zelar pelo bem público ou por algo que é comum de todos.
Diário 2
Nome da Escola: Escola Técnica Municipal Farroupilha
Ano e turma: 7º ano, turma 71M
Datas das aulas observadas: 07/03; 08/03 e 14/03
Turno: manhã
Supervisor de campo: Denise Ruiz Schreinert
Conteúdos abordados: frações decimais e operações com números decimais 
No dia 7 de março deste ano, no turno da manhã, iniciei o estágio supervisionado na Escola Técnica Municipal Farroupilha na turma do 7º ano.
A professora regente, Denise, com sua calma e serenidade se mostra segura ao lidar com uma turma de adolescente. Faz valer regras internas da escola, como por exemplo não usar boné dentro da sala de aula, pois diariamente alguns insistam em usar.
A turma 71M conta com 18 alunos, na faixa etária entre 12 e 15 anos. São comportados, até ficam em suas mesas, porem muito falantes. Se distraem facilmente com conversas e demoram para se concentrar novamente. Dentre estes 18 alunos, há 3 classificados como PCD (pessoa com deficiência), que são auxiliados por uma monitora. Estes 3 alunos conseguem ler e escrever sozinhos, mais lentamente que a outra parte de seus colegas. Fazem as tarefas num ritmo mais lento que os demais, porem são muito inteligentes. A professora regente apresenta o conteúdo, pausa a explicação quantas vezes for necessária pra que todos tenham compreendido. Durante a realização de exercícios, a monitora auxilia (não realiza por eles) estes 3 alunos na resolução.
Nesta turma somente a professora faz uso do livro didático. O conteúdo é escrito no quadro ou é dado em folhas de ofício para cada aluno, bem como os exercícios. O sistema de avaliação começa desde a revisão dos cadernos, resolução dos exercícios propostos, participação em aula, realização dos temas, trabalhos e provas, trimestralmente.
As aulas da professora Denise são ministradas com amplo conhecimento sobre o assunto que está sendo tratado, passando a impressão que tem um livro na cabeça. De forma muito tranquila ela auxilia os alunos com dúvidas, dirigindo-se à classe para uma explicação melhor. Tem muito carinho ao tratar cada aluno, seja PCD ou não, e isto é encantador.
Por outro lado, mesmo que esta faixa etária seja de “moleques” inquietos, é uma turma interessada em aprender matemática. Ouvi em algum momento um aluno dizer que “matemática é chata”, porém nada relacionado a professora. São moleques falantes, mas são queridos, são “gente pequena” que precisam de alguns ajustes que a maturidade vai trazer. Foi nestaturminha de agitados onde encontrei mais afeto. Fiquei amando quando me chamaram pela primeira vez de “ssora”. Sensacional!
Outro ponto a ser destacado é o relacionamento dos 3 alunos com o restante da turma. Não vi nenhuma forma de descriminação ou indiferença. Ao contrário, ouvi várias vezes: “profe, espera que o colega ainda não copiou”. Acredito que esta inclusão ajuda de forma concreta na construção de um bom caráter, de um bom cidadão, sem preconceitos.
Diário 3
Nome da Escola: Escola Técnica Municipal Farroupilha
Ano e turma: 8º ano, turma 81M
Datas das aulas observadas: 08/03; 13/03 e 15/03
Turno: manhã
Supervisor de campo: Denise Ruiz Schreinert
Conteúdos abordados: classificação dos ângulos, ângulos complementares e ângulos suplementares
No dia 8 de março deste ano, no turno da manhã, foi meu primeiro dia de estágio supervisionado na turma de 8º ano, na Escola Técnica Municipal Farroupilha.
A professora regente, Denise, atende também esta turma de 8º ano, onde em sua maioria já são adolescentes. Com um olhar tranquilo, conduz com segurança a turma sem deixar a sua amabilidade e respeito com todos eles.
A turma 81M possui 23 alunos na faixa etária entre 13 e 15 anos. As conversas são poucas, a concentração é boa como também o nível de participação em aula. Dentre estes, há na turma um aluno autista, acompanhado de uma monitora. Muito inteligente, consegue acompanhar as aulas, resolvendo os exercícios com entusiasmo. Mesmo com a monitora ao lado dele, gosta de chamar a professora Denise até sua classe para que olhe seu caderno.
Observei que durante as aulas sobre ângulos, a professora fez uso do transferidor de madeira para desenhá-los no quadro. Somente ela faz uso do livro didático nas aulas, escrevendo os conceitos na lousa para que sejam copiados no caderno bem como alguns exercícios. Os temas, geralmente, são entregues em folha de ofício. Eu penso que seria importante o uso do livro didático por todos os alunos, pois sempre há exemplos do emprego dos conceitos para melhor interpretação dos conteúdos e uma visão mais ampla do contexto que está sendo estudado.
Por serem maiores, a professor prefere que sentem individualmente durante suas aulas na tentativa de evitar possíveis distrações e conversas. Utiliza o sistema de avaliação desde o primeiro dia de aula, fazendo registros sobre a participação do aluno em aula, realização de temas, trabalhos e provas bem como a revisão dos cadernos. 
Observei que alguns alunos questionam como estão se saindo, a respeito da avaliação. Achei interessante esta preocupação ser desde o início do ano letivo, pois demonstra que estão aprendendo a se autocriticar para melhorar seu desempenho e notas antes do fim do ano letivo.
elaboração do plano de aula
Tema: números inteiros
Conteúdos específicos: números inteiros e sua representação; números positivos e negativos; números opostos e simétricos; sucessores e antecessores dos números inteiros; ordem crescente e decrescente de número positivos e negativos
Objetivos: levar os alunos a compreensão da característica dos números inteiros e da sua importância no seu cotidiano; identificar a localização de números inteiros na reta numérica para compreensão do maior e menor número
Metodologia: apresentação do conceito sobre números inteiros, aplicação de exercícios
Atividades propostas: as atividades propostas trabalhadas se dão inicialmente com exercícios orais
Por que dizemos que a temperatura na serra gaúcha está negativa?
Por que ouvimos dizer que a conta no banco está negativada?
Como podemos representar, em um jogo, a perda ou o ganho de pontos?
A partir daí poderemos conceituar os números inteiros e sua aplicabilidade no cotidiano; como introduzir o uso de números negativos e negativos e a importância de conhecer os antecessores e antecessores na representação da reta numérica.
Para apresentar a reta numérica, perguntamos qual é o maior número de coisas que possuem ou fizeram e escrevemos aleatoriamente no quadro. Depois, com uma reta traçada com giz, começamos a colocar esses números na ordem crescente da reta numérica (só é citado números positivos, como maior número de pontos feito em jogos, maior número de corte de cabelo, maior número de acertos em uma prova, etc.). Por meio desta atividade eles conhecem a representação da reta numérica aprendendo a ordem crescente dos números.
Com a questão da conta negativada e da temperatura abaixo de zero é possível introduzir a representação de números negativos, tomando como referência o número zero na reta numérica. É importante frisar que os números positivos podem ou não vir acompanhado pelo sinal de mais (+), porém os negativos sempre devem ser antecedidos pelo sinal de menos (-). Esta representação gráfica é necessária para que os alunos tenham a percepção da infinidade dos números, tanto negativos como positivos.
O entendimento de ordem crescente de número positivos é facilmente absorvido. As dúvidas surgem quanto à representação de ordem crescente ou decrescente de números negativos. Nos dois casos podemos usar o desenho de uma escada, para melhor entendimento: quando subimos é ordem crescente e quando descemos é decrescente.
Nota-se que nos números negativos, à medida que se aproxima do a número zero, na reta imaginária, o número cresce. Por isso o número nove negativo está na base da escada e o número cinco negativo está no topo.
Com os números positivos acontece o oposto: à medida que o número se distancia a direita do zero, na reta numérica, o número cresce, por esta razão o número um positivo encontra-se na base da escada e o número cinco positivo está no topo.
Exemplo de uma reta numérica ou reta imaginaria.
Outro quesito importante a ser ressaltado é a simbologia para comparar os números entre si. Usamos os sinais < e >. Uma dica para memorizar é a seguinte: o número maior é aquele que possui a “boca de pato” (>) aberta pra si.
Exemplo: 
4>1 – quatro é maior que um ou um é menor que quatro
A “boca do pato” está aberta para o número quatro.
5<15
Cinco é menor que quinze ou quinze é maior que cinco
A “boca do pato” está aberta para o número quinze.
Esta é uma dica que poderá ser usada para memorizar a simbologia usada para comparar números entre si, como maiores e menores, dos números inteiros positivos.
Para desenvolvimento dos exercícios que seguem, é necessário saber sobre números sucessores e antecessores. Quando se trata apenas de números positivos, não existe muita dificuldade. O problema aparece quando se trata de números negativos, para saber que número antecede ou qual sucede ao número em questão.
Exemplo:
Qual o sucessor de -4?
De imediato se responde ...-5. Mas não é.
O sucessor de -4 é -3. Por quê?
Porque sucessor é o que vem depois, e como aprendemos, na reta numérica os números crescem da esquerda pra direita. Logo esta ordem vale tanto para números inteiros positivos quanto para números inteiros negativos, sendo assim o sucesso de -4 é -3.
Deduz-se que o antecessor de -4 seja -5. Certo?
Podemos dizer que:
5>2, cinco é maior que dois, pois na reta numérica 5 está à direita de 2;
-1<0, um negativo é menor que zero, pois na reta numérica -1 está à esquerda de 0.
-4<-2, quatro negativo é menor que dois negativo, pois na reta numérica -4 está à esquerda de -2.
Para medirmos a temperatura usamos o termômetro. A seguir temos duas figuras que representam a temperatura através de um termômetro:
Na figura 1, o termômetro marca -5 graus, ou seja, 5 graus abaixo de zero. Isto quer dizer que, se colocássemos este termômetro na horizontal, o número -5 estaria à esquerda do número zero. Logo, quando os termômetros marcam esta temperatura negativa, abaixo de zero, tem-se muito frio.
Na figura 2, o termômetro marca me torno de 35 graus, ou seja, 35 graus acima de zero. Se colocássemos este termômetro na horizontal, teríamos o número 35 a direita do número zero. Logo,trata-se de um calor escaldante, quando os termômetros atingem essa temperatura. 
Com estes exemplos fica bem mais fácil a interpretação do saldo de uma conta bancária, por exemplo. Quando negativada, quer dizer que está faltando na conta o valor negativo para que o saldo volte a ser positivo. Exemplo: se o saldo for -30,00 reais, quer dizer que está 30 negativos. Para tornar o saldo desta conta positivo, é necessário um depósito de no mínimo 30,00 reais.
Com relação a altitude, por exemplo de uma montanha, considera-se como estaca zero o nível do mar. Por isso diz-se que o Monte Everest está a 8 850 metros acima do nível do mar. E também pode-se afirmar que um navio que afundou, está a 5100 metros abaixo do nível do mar.
Recursos usados: textos, gravuras, caderno do aluno, régua, lápis e borracha.
Avaliação: a avaliação dos alunos se dará durante o processo de aprendizagem, através da observação da participação em sala de aula, realização das tarefas e exercícios propostos.
A seguir alguns dos exercícios aplicados:
1 – Escreva os números inteiros:
Compreendidos entre 1 e 7: __________________________________________
Compreendidos entre -3 e 3:
Compreendidos entre -4 e 2:__________________________________________
Compreendidos entre -2 e 4:
Compreendidos entre -5 e -1:_________________________________________
Compreendidos entre -6 e 0:
2 – Responda:
Qual é o sucessor de +8? 
Qual é o sucessor de –6? _________________________________________
Qual é o sucessor de 0? 
Qual é o antecessor de +8? _______________________________________
Qual é o antecessor de –6?
Qual é o antecessor de 0? ________________________________________
2 – Seja o conjunto A = {-20, -5, 0, 5, 12, -1, 8, 15}
Qual é o menor número do conjunto A? 
Qual é o maior número do conjunto A? _________
4 – Coloque os números em ordem crescente:
-9, -3, -7, +1, 0
-2, -6, -5, -3, -8 ____________________________________________________
5, -3, 1, 0, -1, 20 
+25, -3, -18, +15, +8, -9 ____________________________________________
+60, -21, -31, -105, -90 
-400, +620, -840, +1000, -100 ________________________________________
5 – Coloque os números em ordem decrescente:
+3,-1,-6, +5, 0 ____________________________________________________
-4, 0, +4, +6,-2 
-5, 1, -3, 4, 8______________________________________________________
10, +6, -3, -4, -9, +1 
-18, +83, 0,-172,-64 _______________________________________________
-286, -740, +827, 0, +904 
apresentação do plano de aula ao supervisor
Após apresentar o plano de aula a professora regente, Denise, ela analisou e achou bem explicativo o conteúdo abordado. Gostou da metodologia, pois se apresenta de forma clara e descomplicada.
Também aprovou o método de avaliação, que foram os exercícios.
Depois de analisar e aprovar meu plano de aula, a professora Denise sugeriu que eu fizesse alguma representação palpável da reta numérica, além da escrita no quadro.
Seguindo esta orientação realizei a seguinte tarefa: 
Materiais usados: barbante, tesoura, prendedores de roupa, folha de ofício, fita adesiva e cola;
Desenvolvimento: imprimi na folha de ofício alguns números inteiros positivos na cor preta e alguns números negativos na cor vermelha. Recortei estes números de forma quadrada e colei nos prendedores de roupa. Na sala de aula, prendi o barbante na horizontal, a mais ou menos 1,6 do chão, para que todos os alunos dentro da sala pudessem visualizar. Dentro de uma caixa de sapato, estavam misturados os números inteiros positivos e negativos. Eu coloquei o número zero, na posição central do barbante. Após convidei um aluno por vez, para pescar um número, aleatório, na caixa de sapato e colocá-lo na reta numérica.
Esta atividade foi muito útil para extinguir dúvidas com relação a posição dos números negativos na reta numérica. Os alunos com dificuldade, forma gentilmente auxiliados pelos colegas. Realmente, foi de grande valia esta sugestão da professora Denise.
reflexões sobre o estágio
As aulas observadas nestas três turmas – 6º,7º e 8º ano – me trouxeram outra dimensão da vivência de um docente em sala de aula. Mostrou-me aspectos vistos na teoria estudada até aqui, em matemática licenciatura, o qual foi de grande valia para minha bagagem acadêmica.
Os alunos possuíam conhecimentos prévios sobre números inteiros, embora ainda não haviam estudado este conteúdo. Apresentaram interesse em aprender e compreender a aplicação de números inteiros negativos no cotidiano e a correta sequência na reta numérica. Estes foram pontos chaves das aulas por mim ministradas. A maioria dos estudantes, participou com atenção das aulas, ouvindo e questionando suas dúvidas.
Além da folha que entreguei a eles com conceitos sobre o tema, fiz uso do quadro e da representação da reta com barbante. Esta metodologia permitiu de forma satisfatória o desenvolvimento dos conteúdos, pois permitiu que a maioria dos alunos alcançassem os objetivos: compreender as características dos números inteiros; o uso no cotidiano; identificar e localizar os números inteiros na reta numérica.
Em outro momento utilizaria, sem problemas outra metodologia, para desenvolver o mesmo tema, porque para se alcançar os objetivos no processo de ensino aprendizagem tem que ser levado em conta que cada turma reage de formas diferentes. Ou seja: exige adequação de conteúdo dentro de contextos escolares, pois há casos que precisam de metodologia adequadas as necessidades dos alunos; é necessário também a atualização do material utilizado, para que a qualidade seja mantida; é preciso sistematização das atividades, pois nem sempre o que conseguimos ensinar e passar o conteúdo e atividades no mesmo período de tempo em turmas diferentes, umas em mais outras em menos tempo; elaborar a aula de acordo com a realidade sociocultural - exemplo aqui no sul é anualmente trabalhado a Semana Farroupilha que é um evento festivo em homenagem aos líderes da Revolução Farroupilha – em outros estados certamente existem outras atividades culturais a serem trabalhadas. 
Os recursos utilizados, nas aulas supervisionadas, contribuíram positivamente neste processo de ensino. O ato de um aluno ir até a frente e “pescar” um número na caixa e tentar acertar a posição na reta numérica, prendeu a atenção de todos na sala. Pude perceber que estas atividades são bem aceitas e despertam interesse em participar e acertar. Houve muito “coleguismo” com aqueles que apresentaram dificuldade em colocar corretamente os números negativos na reta numérica, e através desta ajuda mútua entre os colegas foi sendo fixado ainda mais o tema que estava sendo trabalhado.
Nesta turma de 7º ano, a indisciplina se restringiu nas conversas desnecessárias. Diversas vezes, por mínimas coisas eles conversavam e se distraíam da aula. Em todas as interrupções que fiz pedindo silêncio, tive o total apoio da professora Denise, que reiterava meu pedido quando necessário.
Os objetivos previstos no plano de aula foram alcançados pela maioria da turma, isto se verificou pelas atividades resolvidas por eles, onde a maioria conseguiu resolver sem maiores dificuldades. Sugiram sim, dúvidas, porém durante a correção dos exercícios fizemos uma recapitulação do conteúdo abordado para esclarecê-las.
Não houve modificação do plano de aula, apenas a inserção de uma forma de representação da reta numérica, que foi uma sugestão dada pela professora regente e por mi atendida.
análise da produção escrita dos estudantes
As aulas de regência foram ministradas na turma do 7º ano, onde tem 18 alunos. Na aula de exercícios de avaliação compareceram 16 alunos. No primeiro exercício, que escolhi para análise, constatei que 9 acertaram as cincos questões, 2 alunos erraram uma questão e 5 alunos erraram mais que uma questão.
Mesmo acreditando que a metodologia usada foi adequada, eu faria sim ajustes para que os objetivos fossem alcançados 100%; paramelhor engajamento dos alunos; para tornar a aula mais atrativas com aplicações de jogos por exemplo; retomar o conteúdo para esclarecer as dúvidas que ficaram; se necessário faria adequações necessárias. Tudo isto e o que fosse preciso para obter um excelente aproveitamento, não uma nota boa apenas, mas total compreensão do tema.
Com relação aos erros cometidos pelos alunos, nas atividades, verifiquei que alguns cometeram por desatenção e outros por falta de assimilação do que foi estudado. Os erros, em sua maioria estão associados a ordem decrescente dos algarismos com sinal negativo na reta numérica. O que poderia ser feito para melhorar? Talvez mais tempo de abordagem e aplicação de exemplos; uso de outras representações para fixar melhor o raciocínio da ordem dos números na reta e outros exemplos com aplicações do cotidiano, seriam relevantes para alcançar os objetivos.
Temos abaixo, registros de exercícios realizados por alguns alunos:
entrevista a respeito do laboratório de informática
A escola possui laboratório de informática?
R: Não possui.
Você utiliza esse laboratório nas aulas de Matemática? De que forma?
R: Não utilizo.
Quais softwares estão disponíveis nos computadores do laboratório?
R: Não há softwares disponíveis.
Como você utiliza esses softwares nas aulas de Matemática?
R: Não utilizo.
Você gostaria de utilizar um laboratório de informática nas aulas de Matemática? Por quê?
R: Neste momento não, pois não possui habilidades com programas de informática, os chamados softwares.
Você gostaria de trabalhar com softwares matemáticos nas aulas? Se sim, quais você utilizaria? Por quê?
R: Sim, gostaria de trabalhar com softwares matemáticos. Mas antes, precisaria de uma capacitação na área de informática e também com relação aos softwares disponíveis para trabalhar com a matemática.
Como você utilizaria esses softwares nas aulas de matemática?
R: Utilizaria em atividades como jogos e brincadeiras onde eu pudesse complementar o desenvolvimento dos conteúdos propostos em sala de aula.
elaboração de proposta envolvendo software
O uso de softwares em aulas de Matemática
Tema: Este projeto propõe a construção de um triângulo isósceles, usando o software Geogebra, bem como a identificação da mediana, dos lados, e ângulos do triângulo.
Turma: Esta atividade será trabalhada com os alunos do 8º ano.
Duração: tempo estimado 50 min
Justificativa: Os softwares matemáticos vêm sendo utilizados no ensino da matemática como um facilitador principalmente em relação a geometria plana, que é o conteúdo onde surgem muitas dificuldades por parte dos alunos. A partir dos conceitos em sala de aula, é possível construir e visualizar as propriedades estudadas.
Objetivos: construir um triângulo isósceles; identificar a mediana; renomear os 3 vértices e preencher o triângulo na cor azul.
Atividades: para realizar esta atividade é preciso fazer o download, que é gratuito, do software Geogebra. A figura abaixo resume os comandos e áreas de trabalho deste programa.
Depois de abrir o programa e clique no terceiro botão, da esquerda para direita, e selecione a opção segmento de reta.
Na zona gráfica, arraste o mouse da esquerda para direita, aparecerá o segmento de reta AB. Após, clique no segundo botão, da esquerda para direita, selecione a opção ponto médio ou centro. Clique em cima do segmento AB, e aparecerá o ponto C que é o ponto médio deste segmento.
Clique no quarto botão, da esquerda para direita, na opção reta perpendicular, e clique novamente no ponto C que está sobre o segmento AB.
Aparecerá a reta perpendicular ao segmento AB. 
Clique no segundo botão, da esquerda para a direita, na opção ponto, clique novamente em cima da reta perpendicular, acima do segmento AB. Aparecerá um ponto D.
Clique no quinto botão, da esquerda para direita, na opção polígono e clique sobre os três pontos A, B e D. Aparecerá um triângulo Isósceles.
Pronto! Está construído o nosso triângulo Isósceles.
A próxima atividade é identificar a mediana do triângulo isósceles. Na zona algébrica procure o segmento DC, neste caso está descrito como “h = Segmento (D,C). Clique nos três pontinhos a direita e selecione a opção configuração. Abrirá a direita da tela, várias opções de recursos de configuração deste segmento DC como: básico, cor, estilo, avançado e programação. A critério de cada aluno, é possível configurar modelo de linha e cor, por exemplo, deste segmento. Sendo assim, está identificado o segmento de reta DC que corresponde a mediana do triângulo isósceles.
Para renomear os vértices do triângulo, clique sobre os vértices A, B ou D, com o botão direito do mouse, e abrirá uma caixa com as opções como mostra a figura abaixo. Selecione a opção renomear. Abrirá uma janela no meio da tela com o nome do vértice, apague o nome/letra atual e renomeie a seu critério.
A próxima atividade é preencher o triângulo construído com a cor azul. Para isso, basta clicar no botão direito do mouse sobre o triângulo e aparecerá uma caixa com várias opções. Selecione a opção configurações. Abrirá no canto direito da tela uma janela onde a segunda aba, da esquerda para direita, é cor. Clique nela e selecione a cor azul, desta forma o triângulo ficará como na figura a seguir.
Dica para ativar/desativar objetos da figura construída: uma das diversas formas disponíveis, é clicar sobre o ícone “ ” que aparece na zona algébrica, isto irá alterar o estado de visibilidade do objeto. Quando o círculo estiver em cor solida, estará visível e quando o círculo estiver sem preenchimento o objeto estará invisível.
Recursos: laboratório d informática com o software Geogebra instalado nos computadores, caderno, lápis e borracha para anotações.
Avaliação: a avaliação destas atividades será durante a realização, conferindo se cada aluno utilizou os procedimentos sugeridos ou outras estratégias para concluir este projeto de forma satisfatória.
 
considerações finais
O estágio supervisionado foi muito importante pra mim. Dentro da sala de aula pude relacionar alguns conhecimentos trabalhados em disciplinas do curso de licenciatura em matemática com a realidade escolar. 
As aulas de regência foram satisfatórias, pois a maioria dos alunos conseguiram absorver o conteúdo trabalhado e realizarem as atividades propostas. Acredito que a metodologia usada foi clara e objetiva, podendo sempre ser readaptada e melhorada. Tive a participação de todos durante as aulas, o que me deixou extremamente agradecida
Através desta experiência, tive certeza que é este caminho que quero seguir: ser professora de matemática. Sei que para alcançar tal objetivo é necessário dedicação e estudo permanente, mas estou disposta a enfrentar este desafio que é a docência.
REFERÊNCIAS
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Blogger, Tecnologia do. Lista de exercícios com números inteiros, naturais e a reta numérica – Parte 1. Disponível em: < https://matem4tica.blogspot.com/> Acesso em: 13 março 2019.
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Costa, Cláudia. Triângulo Isósceles. Disponível em: < https://www.youtube.com/watch?v=8hmkhkG82E8> Acesso em: 01 abril 2019.
Educação, Ministério da. Base Nacional Comum Curricular. Educação é a base. Disponível em: < https://kroton-my.sharepoint.com/personal/daiany_ramos_kroton_com_br/_layouts/15/onedrive.aspx?id=%2Fpersonal%2Fdaiany_ramos_kroton_com_br%2FDocuments%2Fbncc%2Epdf&parent=%2Fpersonal%2Fdaiany_ramos_kroton_com_br%2FDocuments&cid=2ff74663-cabe-480e-a4ea-cea8b54c8e14> Acesso em: 21 fevereiro 2019.
Gouveia, Rosimar. Números inteiros. Disponível em: < https://www.todamateria.com.br/numeros-inteiros/> Acesso em: 12 março 2019.
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Lima, Alesson Silva de; Silva, Danilo Alves da; Duarte, Ronaldo César; Souza, Giselle Costa de. Atividades usando o software Geogebra. Disponível em: < https://docplayer.com.br/6271539-Atividades-usando-o-software-geogebra.html> Acesso em 02 abril 2019.
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Oliveira, Naysa Crystine Nogueira. Reta numérica dos números inteiros. Disponível em: < https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/matematica/reta-numerica-dos-numeros-inteiros.htm> Acesso em> 11 março 2019.
Oliveira, Naysa Crystine Nogueira. Números inteiros. Disponível em: < https://www.infoescola.com/matematica/numeros-inteiros/> Acesso em 12 março 2019.
matemática licenciatura
geisa maciel caron
relatório de estágio
Triunfo
2019
geisa maciel caron
relatório de estágio
Trabalho de Relatório de Estágio apresentado à Universidade Pitágoras Unopar, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral na disciplina de Matemática Licenciatura
Orientador: Prof.  Fabricia Cristina Garcia Redmershi
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