Trabalho grafismo infantil - versao 1

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UNIVERSIDADE PAULISTA PSICOLOGIA
CAMPUS NORTE – MANHÃ 
Bruna Diniz Guerreiro RA D835173 
Clara Nunes Garcias RA D804JA2 
Nicolle de Medeiros Marcondes RA D8289G4 
Stefani Lima de oliveira RA T7688J0 
Grafismo infantil
SÃO PAULO
2019
Bruna Diniz Guerreiro RA D835173 TURMA PS2A20
Clara Nunes Garcias RA D804JA2 TURMA PS1A20
Nicolle de Medeiros Marcondes RA D8289G4 TURMA PS1A20 
Stefani Lima de Oliveira RA T7688J0 TURMA PS2A20
Grafismo Infantil
Trabalho apresentado ao Curso de Psicologia, como parte dos requisitos necessários à obtenção de nota na NP1.
Professor: Mário Monteiro.
Disciplina: Psicologia Construtivista.
São Paulo
2019
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................. 1
2. MÉTODO...................................................................................................................................... 12
3. RESULTADO............................................................................................................................... 14
4. DISCUSSÃO.............................................................................................................................. 15
5. REFERÊNCIAS ...........................................................................................................................19
ANEXOS ............................................................................................................................... 16
Anexo A ................................................................................................................................... 16
Anexo B.................................................................................................................................... 17
Anexo C..................................................................................................................................... 18
INTRODUÇÃO
Desde os primórdios da sociedade, os seres humanos tentam se comunicar através de desenhos, transmitindo seus pensamentos e desejos. Por conta disso o grafismo é tão importante nos dias de hoje. Neste trabalho iremos dar foco nos desenhos infantis.
A criança como forma de se expressar geralmente utiliza o rabisco, tornando possível que ela deixe sua marca. Podemos observar o seu desenvolvimento e entender sua subjetividade através da interpretação de seus grafismos.
Neste trabalho, faremos a análise com crianças de diferentes idades a partir das teorias de Piaget, Lowenfeld e Luquet, mostraremos também como o grafismo infantil acompanha seu desenvolvimento.
Desenvolvimento teórico 
Viktor Lowenfeld nasceu em Linz, na Áustria. Foi professor de educação artística e teve grande influencia na definição e desenvolvimento do grafismo infantile. Sempre defendeu o desenho espontâneo da criança, então criou fases para estudar o desenvolvimento a partir desses desenhos: Garatuja, pré-esquemática, esquemática e realista. 
A fase das Garatujas ocorre geralmente de 2 a 4 anos e são divididas em 3 etapas: 
Garatuja desordenada, onde o indivíduo desenha pelo prazer do gesto, o que ocorre com rapidez, não importa nem mesmo com qual das mãos segura o lápis e até mesmo o espaço do papel é insuficiente, passando o rabisco para a mesa. Nesta etapa são observados os traços.
Garatuja ordenada a criança passa a dominar um pouco mais seus gestos. Os desenhos ganham formas arredondadas, surgindo caracóis e espirais. 
 Garatujas nomeadas e a etapa em que a criança passa a nomear seus desenhos, o adulto não compreende o que é e por isso ele não deve interferir neste processo.
Fase Pré - Esquemática: 4 a 6 anos. 
A criança consegue chegar a um conceito de forma, começam a fazer figuras humanas e de objetos de acordo com o que vivenciam, sempre desenham o que está em seu entorno. Usam diversos traços (linhas, círculos, formas ovais) que podem ser caracterizados como membros de suas figuras, como: braços, pernas, olhos, cabeça, que na próxima fase será enriquecido com outros detalhes. Porém, ainda não sabem pintar, e acabam rabiscando, mas escolhem as cores relacionadas com seu emocional ou que apenas lhe agradam. Os seus desenhos ainda não são alinhados e as crianças não têm uma visão geral do que são os desenhos. 
Fase Esquemática: 7 a 9 anos. 
A criança já desenha casa, pessoas, animais. Há sentido em seus desenhos, ela sempre coloca uma linha de base para sustentar como chão, grama. Como já desenvolveram a representação simbólica, a criança não procura desenhar elementos do seu dia-a-dia, ela já consegue relacionar cores e formas de acordo com sua realidade. O que antes era transmitido através de suas imaginações e fantasias, agora já consegue expressar seus significados afetivos. Ficam mais críticos e começam a ter vergonha de mostrar seus desenhos para os adultos. 
Fase Realista: 9 a 11 anos 
Nesta última fase, a criança é mais detalhista, desenhando tudo o que vê e também percebe como ser integrante de uma sociedade, inicia a exploração de seus pensamentos a respeito do mundo. Nesse estágio ela distingue o tamanho dos objetos, compreendendo que o que está na frente é maior e esconde o que está atrás, e ainda vai além, utiliza sombras para dar acabamento, mas principalmente para dar noção de perspectiva (claro e escuro) e a figura humana consegue ser diferenciada pelos sexos.
Luquet foi um dos pioneiros no estudo do grafismo infantil. Com seus estudos percebeu o desenhar como um ato de representação da realidade e portanto afirmava que o desenho é realista na intenção. Para Luquet, o desenvolvimento do grafismo infantil pode ser dividido em quatro etapas, mostrando sempre um realismo que acompanha o desenvolvimento da criança. Essas quatro etapas são: 
Realismo Fortuito: É a primeira fase do grafismo infantil, se inicia por volta dos dois anos de idade, o ponto principal que faz a criança desenhar é o prazer. Pode ser caracterizado em desenho involuntário e desenho voluntário. No involuntário a criança utiliza traços, rabiscos, desenhos abstratos, normalmente sem formas, é um processo natural. No voluntário, a criança ainda desenha sem intenção porém percebe que seus desenhos se assemelham com com algum objeto da vida real e assim passa a nomeá-los.
Realismo Falhado ou Fracassado: Este estágio se inicia entre os três e quatro anos. A criança tenta desenhar algo que já conhece, porém a falta de coordenação e de conhecimento sobre figuras impede que fique realmente parecido com o que desejava. Pode ocorrer, por exemplo, a representação da figura humana com braços e pernas saindo da cabeça ou do corpo, nesse estágio, a criança também desenha objetos independentes, sem relações entre eles. Os pensamentos e ações ainda se encontram descoordenados.
Realismo Intelectual: Este estágio é um avanço para as crianças, pois elas conseguem alcançar o desenho realista, que é “superada por sua incapacidade sintética.” (IAVELBERG, 2013). Acontece por volta dos cinco aos doze anos. A criança por adquirir uma maior coordenação motora começa a desenhar o objeto pelo que sabe e pelo que vê, assim, ele fica mais parecido com a realidade. 
Realismo Visual: Neste último estágio se consolida todos os outros. Ocorre normalmente aos doze anos porém muitas crianças e adultos não passam por ele e permanecem no realismo intelectual. O desenho assume características de um desenho adulto, onde a criança já possui noção de forma e espaço, deixando os desenhos mais reais, além disso é desenhado o que ela vê. Nessa fase, o desenho perde espontaneidade. 
3. MÉTODO
A entrevista foi realizada com duascrianças, a criança de numero 1 do sexo feminino, com a idade de 4 anos e a criança numero 2, do sexo masculino, com a idade de 13 anos. Como instrumentos foram utilizados folhas sufite, canetas hidrocor e o termo de consentimento livre esclarecido. 
A Criança de numero 1, de quatro anos de idade, após ser pedido para que realizasse o desenho, inicialmente não entendeu a proposta e queria saber o por que, a entrevistadora disse que seria para ajuda-la em um trabalho da faculdade e que ela poderia desenhar o que quisesse. A menina prontamente se pos a disposição de “ajudar”, Foi lhe dado então o papel e as canetas. No inicio ela se distraiu com as canetas e ficou as observando, depois começou seu desenho e em poucos minutos o finalizou. O desenho esta disponível no anexo 1 e contem 3 figuras principais dentro de uma forma, ao ser questionada do que se tratava o desenho a mesma disse ser a entrevistadora e sua família. 
A criança de numero 2 com a idade de 13 anos ao ser convidada a fazer um desenho se mostrou resistente, pois disse não estar mais acostumada a fazer isso, depois de explicarmos que se tratava de um desenho livre, sem avaliações, nem grandes exposições, disse que precisava de uma direção para o desenho, foi dito que era o que ele quisesse sem nenhuma restrição. Aceitou fazer o desenho e o realizou em poucos minutos, após set questionado do que se tratava o desenho o mesmo disse ter representado um terço e o mundo segundo consta no nexo 2. 
Antes da realização de ambos os desenhos foi explicado a propostas aos responsáveis e solicitado que os mesmos assinassem o termo de consentimento livre esclarecido presentes nos anexos 3 e 4.
RESULTADO
O desenho da criança de numero 1 de 4 anos segundo as fases de Lowenfelt está na fase pré-esquemático, pois ela saiu da fase do rabisco e já está mais próxima da realidade. As pessoas estão com membros confusos, não há tronco, apenas cabeça, pernas e braços. Usa diversos traços e desenha o que está próximo de seu entorno, no caso ela representou a entrevistadora e sua familia.
Segundo a fase de piajet ela se encontra na fase pré operatório, pois Notamos que todas as suas características estão relacionadas a uma fase mais refinada que a Sensório motor que não está totalmente esquecida mas a uma melhoria na sua aprendizagem, permitindo que a criança explore melhor o ambiente fazendo mais o uso de suas percepções intuitivas. Quanto ao egocentrismo é muito fácil de notar, principalmente nas formas do desenho na qual ele tem formas reconhecíveis mais suas características e distinções podem ser apenas detalhadas pela criança. 
Em relação a teoria de Luquet a criança de numero 1 se encontra na fase de realismo falhado ou fracassado pois ela tenta representar a realidade, porem não encontra sucesso, podemos observar que as pessoas representadas se encontram com as pernas saindo da cabeça e sem braços pois ocorre uma falta de conhecimento sobre figuras e coordenação por parte da criança.
Desenho do Rafael, 11 anos: Fase realista, ele já tem noção de representatividade, pois desenha o Globo Terrestre e um terço, objetos que não estão ao lado dele. Seleciona as cores de acordo com sua preferencia, é um desenho com boa perspectiva e bem detalhista. 
Piaget 
Gi: 
Pedro: 
Nesse desenho representado o estágio operatório completo é representado por meio de significados compreensíveis, vemos a partir do desenho detalhes e de uma ilustração que uma pessoa de qualquer idade poderia compreender. Nessa fase o pensamento deixa de ser dominado pelas percepções e a criança torna-se capaz de resolver problemas que existem ou existiram (concretos) em sua experiência. Seu pensamento se torna menos egocêntrico. Agora a criança é capaz de construir um conhecimento mais compatível com o mundo que a rodeia.
Segundo luquet se encontra na fase realismo Visual pois em seu desenho tenta representar a realidade o mais fiel possovel e observamos um empobrecimento do grafismo ou seja ele representa o mínimo possível pois julga já ser o necessário sem alegorias demasiasdas. Atravez de seu desenho podemos ver posições diversas e perpectivas corretas apesar tem os tamanhos dos objetos estarem desproporcionais entendemos que para ele havia algum significado logico. 
Conclusão 
Diante da atividade realizada pudemos concluir que o desenho infantil pode representar muito mais do que apenas um algo artístico, através da representação que a criança passa para o papel podemos identificar situações que estão ocorrendo na vida dela, mesmo que por vezes a mesma não consiga expressar em palavras. 
O desenho acompanha todo o desenvolvimento infantil e está diretamente ligado com a aquisição de novos esquemas, ou seja, a partir do momento que a criança evolui cognitivamente seu desenho acompanha essa transição. O trabalho nos permitiu agregar novos conhecimentos em relação a construção conhecimento infantil, possibilitando-nos de aplicá-los posteriormente.
5. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS