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Contabilidade de custos DEMONSTRAÇÃO DO FLUXO DE CAIXA 1 Sumário Introdução .................................................................................................................................... 2 Objetivo......................................................................................................................................... 2 1. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) ................................................................................... 2 1.1. O que é Demonstração do Fluxo de Caixa e para que serve ............................................. 2 1.2. Elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa .............................................................. 4 1.3. Demonstração do Fluxo de Caixa e sua relação com a Contabilidade de Custos ........... 7 Exercícios ...................................................................................................................................... 7 Gabarito ........................................................................................................................................ 8 Resumo ......................................................................................................................................... 9 2 Introdução Na apostila estudada na apostila 14 conhecemos um pouco mais sobre a Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido, vimos diversos aspectos relacionados a este demonstrativo. Como ela é elaborada, para que serve, quais os tipos de análises podem ser feitos, enfim, alguns aspectos relevantes relacionados a este demonstrativo contábil. Agora, iremos estudar outra demonstração contábil a Demonstração do Fluxo de Caixa. Podemos dizer que esta demonstração nos mostra a parte financeira das empresas, ou seja, as entradas e saídas de caixa. É um demonstrativo de extrema importância, pois é com ele que conseguiremos analisar e verificar a situação da empresa, se irá conseguir pagar seus fornecedores e se está recebendo tudo de seus clientes, índices de inadimplência, dentre outras várias informações. Objetivo • Aprender o que é a Demonstração do Fluxo de Caixa e para que serve. • Elaborar uma Demonstração do Fluxo de Caixa. • Evidenciar a relação desse demonstrativo com a Contabilidade de Custos. 1. Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) 1.1. O que é Demonstração do Fluxo de Caixa e para que serve A Demonstração do Fluxo de Caixa é mais um demonstrativo do rol em que a contabilidade atua e elabora, e que nos ajuda a avaliar a situação da empresa. A partir deste demonstrativo conseguiremos, também, realizar diversas análises, a fim de saber como está a situação financeira da entidade. A DFC tem como objetivo demonstrar a capacidade da empresa em gerar caixa e equivalentes de caixas e, assim, saber como está a sua necessidade de liquidez de outras contas do BP. Além disso, é um demonstrativo extremamente importante para entender a geração do resultado financeiro da empresa, pois o lucro líquido do exercício nem sempre coincide com o resultado financeiro da empresa ao final de um período. 3 01 Caixa e Equivalentes de Caixa Podemos elencar alguns objetivos bem claros que este demonstrativo nos fornece, como: • Avaliar como será a geração futura de caixa com base na análise das DFCs de períodos anteriores, para saber se terão saldo para pagar suas obrigações no prazo; • Identificar antecipadamente possíveis necessidades de financiamentos; • Demonstrar o efeito das transações de investimentos e financiamentos sobre a posição financeira da empresa; • Dentre outras diversas análises que podem ser feitas. Este demonstrativo será elaborado de maneira segmentada em três grandes áreas: • Atividades operacionais: são referentes as receitas e despesas e custos de produção, ou seja, tem ligação direta com a atividade fim da empresa e pertencem ao capital circulante líquido. • Atividades de Investimentos: são atividades efetuadas no realizável a longo prazo, investimentos, imobilizado, intangível, bem como a entrada de venda de ativos imobilizados. 4 • Atividades de Financiamento: são recursos do passivo não circulante como empréstimos e financiamentos, suas amortizações, bem como os dividendos e distribuição de lucros pagos aos acionistas. No próximo tópico iremos abordar de maneira mais detalhada a elaboração dos Fluxos de Caixa pelos métodos direto e indireto. IMPORTANTE! 1.2. Elaboração da Demonstração do Fluxo de Caixa Como vimos, a DFC é um demonstrativo contábil que irá nos fornecer informações referentes ao valor de caixa e equivalentes de caixa. Entretanto, existem dois métodos utilizados atualmente para sua elaboração que são os métodos direto e o indireto. Abaixo iremos explicar com mais detalhes cada um desses métodos. Com relação ao método de fluxo de caixa direto podemos dizer que é um demonstrativo mais completo e, consequentemente, mais complexo de se elaborar. Ele é feito verificando, analisando e lançando transação por transação dos caixas e equivalentes de caixas. Na tabela a seguir você consegue verificar a estrutura da DFC pelo método direto. Fluxo de Caixa da Casa do Pão de Queijo para 2018 Método Direto Atividades Operacionais: Recebimento de vendas (-) Pagamentos de compras Caixa obtido nas operações A elaboração da DFC pelo método indireto é bem similar a DRE, pois ele se utiliza das informações de lucro líquido do exercício e demais dados que podem ser retirados da DRE. Importante não confundir a DFC pelo método indireto com a DRE. 5 (-) Despesas operacionais pagas Caixa gerado no negócio (-) Despesas financeiras pagas Caixa gerado após operações financeiras Atividades de Investimento: (-) Aquisição de ativos permanentes Móveis e utensílios Terrenos Ações de outras empresas Caixa obtido nas atividades de investimento Atividades de Financiamento: Integralização de capital Empréstimos bancários (-) Dividendos pagos Caixa obtido nas atividades de investimento Resultado final de caixa (+) Saldo em 31/12/2017 Saldo em 31/12/2018 Fonte: Elaborada pela autora (2019) Já o método indireto é uma maneira mais simplificada de se elaborar o fluxo de caixa. Será utilizado a DRE como base e a partir dela você irá adicionar ou excluir informações que afetam o fluxo de caixa ou não. Basicamente será feita uma conciliação dos valores lançados na contabilidade que deverá chegar ao mesmo resultado de saldos iniciais e finais do extrato bancário. Na tabela seguinte você consegue analisar como fica a estrutura de uma DFC elaborada pelo método indireto. Tabela 2: Fluxo de Caixa – Método Indireto Fluxo de Caixa da Casa do Pão de Queijo para 6 2018 Método Indireto Atividades Operacionais: Lucro líquido do exercício (-) Aumento de estoques (+) Depreciação (-) Aumento de clientes (+) Pagamento de funcionários (+) Contas a pagar (+) Pagamentos de impostos e tributos (+) Aumento de fornecedores (=) Fluxo de caixa operacional líquido Atividades de Investimento: (+) Recebimento de venda de imobilizado (-) Aquisição de ativo permanente (+) Recebimento de dividendos (=) Fluxo de caixa obtido na atividade de investimento Atividades de Financiamento: (+) Novos empréstimos (-) Amortização de empréstimos(+) Emissão de debentures (+) Integralização de Capital (-) Pagamento de dividendos (=) Fluxo de caixa obtido na atividade de financiamento Aumento/diminuição das disponibilidades 7 Saldo em 31/12/2017 Saldo em 31/12/2018 Fonte: Elaborada pela autora, 2019 Ambos os métodos são eficazes e permitidos sua elaboração, porém a escolha deverá ser feita pelos administradores, pois dependendo da informação que eles necessitam para realizar suas análises um método será melhor do que o outro. 1.3. Demonstração do Fluxo de Caixa e sua relação com a Contabilidade de Custos Assim como os demais demonstrativos contábeis estudados até agora, a DFC também tem uma relação próxima com a Contabilidade de Custos. Aqui neste quesito podemos identificar uma forte aproximação, pois os custos de produção e venda de uma empresa tem relação direta com o fluxo de caixa gerado. Então, a DFC é um importante instrumento para análise, para a tomada de decisão se irá continuar vendendo determinado produto ou não. Também para analisar se está na hora de investir em um equipamento novo e se esta compra será feita com recursos próprios ou financiamentos, enfim, uma infinidade de análises pode ser feita com a DFC e que irá impactar diretamente nos custos da empresa. Exercícios 1) A Demonstração do Fluxo de Caixa tem como objetivo principal: a) Evidenciar o patrimônio da empresa. b) Verificar a capacidade de gerar caixa e equivalentes de caixa. c) Demonstrar o lucro líquido do exercício. d) Mostrar a riqueza gerada pela empresa. e) Demonstrar as alterações ocorridas em contas patrimoniais. 2) A elaboração do fluxo de caixa das empresas pode ser feita pelos métodos diretos ou indiretos, porém devem estar segmentados em três grandes áreas. Assinale a alternativa correta. a) Custos, Investimentos e Operacional. b) Gerencial, Financiamento e Investimentos. c) Operacional, Investimentos e Financiamentos. d) Ambiental, Operacional e Financiamentos. e) Investimentos, Financiamentos e Tributário. 8 3) A Demonstração do Fluxo de Caixa elaborada pelo método indireto é realizado por meio de uma conciliação que se inicia a partir do___________. Assinale a alternativa correta. a) Lucro líquido do exercício. b) Capital Social. c) Resultado operacional bruto. d) Saldo inicial de caixa. e) Receita de vendas. Gabarito 1) A resposta correta é a letra “b”, pois o objetivo principal da DFC é demonstrar os caixas e equivalentes de caixa gerados em determinado período. 2) A resposta correta é a letra “c”, pois as três grandes áreas que devem constar na DFC tanto no método direto como no indireto são operacionais, investimentos e financiamentos. 3) A resposta correta é a letra “a”. Para a elaboração da DFC pelo método indireto partimos do valor do lucro líquido apurado no exercício obtido pela DRE e são feitos os ajustes necessários para encontrar o saldo final de caixa daquele período. 9 Resumo Nesta apostila estudamos sobre a DFC, vimos que é um demonstrativo que nos mostra toda e qualquer movimentação dos caixas e equivalentes de caixa de uma entidade. É um demonstrativo contábil, sim, porém ele evidencia a parte financeira da entidade, que nem sempre condiz com o lucro líquido apurado, por exemplo. Também vimos como é feita sua elaboração, que existem dois métodos distintos o direto e o indireto. O método direto é um método mais completo e complexo de ser elaborado, porém demonstra todas as transações financeiras ocorridas naquele período. Já o método indireto é um demonstrativo mais simples e tem como base os valores retirados da DRE e do BP para sua elaboração. Por fim, vimos que com a DFC, independente de qual método de elaboração seja adotado, conseguimos realizar diversas análises e provisões sobre os caixas e equivalentes de caixa, se a empresa terá condições de quitar suas obrigações no futuro, dentre as mais variadas análises que podem surgir deste demonstrativo. Na apostila sobre Demonstração do Valor Adicionado continuaremos estudando sobre as demonstrações contábeis, porém iremos analisar aspectos mais detalhados deste demonstrativo. 10 Referências bibliográficas RIOS, Ricardo Pereira; MARION, José Carlos. Contabilidade Avançada. São Paulo: Atlas, 2017. Referências imagéticas FIGURA 1. DELINEA. Disponível em: <https://delinea.deduca.com.br/mediabank/5441>. Acesso em: 17 fev 2019 às 09h36.
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