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testes ortopedicos

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ÓRTESE E PRÓTESE
Professor : João Galdino
Unidade I: Órtese e Prótese
1.1 Conceitos
Órteses- Equipamentos terapêuticos de auxilio funcional, utilizados não apenas nos programas de recuperação aplicados sobre os membros superiores e inferiores,como também no tronco ,na forma de faixas contensoras e coletes.( Lianza.2002)
-Qualquer dispositivo acrescentado ao corpo,com o objetivo de estabilizar ou imobilizar uma parte ,impedir deformidades,proteger contra lesões ou ajudar no funcionamento(.Dicionário Medico Taber)
Próteses- Aparelhos ou peças que propõe substituir um orgão ou membro,na sua totalidade ou em parte,o que poderá se possível,reproduzir suas formas e prestar os mesmos serviços.
-Também utilizado para designar operações plásticas(enxertos,artroplastias,implantes,etc.)
Destinadas a remediar uma deformidade congênita,acidental ou de caráter estético.
Unidade II: Órteses
2.1 Objetivos
Imobilizar:dando repouso a tecidos com lesão ou inflamações,em articulações e espasmos muscalares.
Sustentar peso corporal: Em pacientes com déficit de força muscular ou paralisia de uma ou mais extremidades(tutor)
Dominar movimentos involuntários: em pacientes com encefalopatia.
Prevenir deformidades: Em lesões do SNC(em paralisia motora)evitando retrações.
Corrigir deformidades: Em estados precoces,em pós cirúrgicos,evitando recidivas da deformidade
Recuperar funções: Facilitando funções nas AVDs e AVPS ;auxiliando na marcha;manter posicionamento correto do segmento.
Contra indicação
Restrição de articulações funcionais
Piora da postura e da marcha
Aparecimento ou piora da dor
Desenvolvimento de escaras
Desconforto emocional
Efeitos Negativos:
-Dependência Física
- Dependência Psicológica
2.2 Classificação quanto a utilização
2.2.1 Estática ou rígida : Não possui partes moveis,não possibilita movimento 
 articular.
2.2.2 Dinâmica ou funcional: possui partes moveis (movimento realizado por elástico,polias,motores...)
Articuladas ou não rígidas
Considerações:
Prescrever rotina de uso.
Dependendo do nível de incapacidade,o ideal é que o paciente tenha acompanhamento multidisciplinar.
Um aparelho mal prescrito,desnecessário,mal confeccionado pode retardar ou inclusive malograr de definitivamente sua a capacidade de recuperação funcional.
Uma prescrição apropriada requer compreensão de anatomia,cinesiologia,biomecânica e a fisiopatologia do distúrbio;deve dar funcionalidade e conforto
Nomenclatura:
As órtese recebiam denominações relacionadas a pesquisadores ,cidades....,centros de pesquisas(Gafanhoto,Charleston).
1973-AAOS- Americam Academy Ortopedic –padronizou a terminologia
Correlação anatomia
AFO-Ancle(tornozelo)
 Foot(pé)
 Ortese
KAFO- Kenee(joelho)
HKAFO-Hip(quadril)
OTLS(Ortese toraco lombosacra)
2.3 Classificação quanto a confecção
2.3.1 Pré fabricada
Baixo custo
Praticidade
Nem sempre atende
as necessidades
-Ajustável
2.3.1 Sob medida
Alto custo
Boa adaptação
Indicação especifica
Ajustável
2.4 Material
Gesso sintético, termoplástico, alumínio e estruturas metálicas,...
2.5 Confecção
 Confeccionada pelo órtesista
2.6 Órteses de Membros inferiores
São aparelhos de sustentação ,cuja estrutura básica é de natureza metálica
2.6.1 Objetivos
Estabilizar articulações
Prevenir e ou minimizar deformidades
Prevenir e ou minimizar contraturas e retrações
Diminuir quadro algico
Auxiliar marcha
Reduzir clonus
2.6.2Cuidados Terapêuticos
Programa de exercícios(condicionamento cardiorespiratorio.
As órteses devem ser estéticas e funcionais
2.6.3 Componentes
Tem função de : sustentação.alinhamento e compensação
2.6.4 Órtese confeccionadas de plástico
Mais utilizado PVC
Obedecendo mesmo critério das órteses convencionais
Podendo ser associada a material metálico
Calçados órtesicos
Quando não há deformidades e preservação da sensibilidade pode ser fabricado sem características terapêuticas.
Quando há desvio de valgo e varo,é ideal a prescrição de bota,por conferir mais instabilidade.
Palmilhas
Indicadas para: 
pacientes com dismetria
Pacientes com esporão de calcâneo
Pacientes com desnivelamento da pelve
São colocadas internamente no sapato
AFO
Indicação da AFO
Pé torto congênito
Pós cirúrgico
Entorse
Paciente hemiplégico 
JOELHO
Quando utilizado bloqueio,este é feito por anéis
Ao sentar deve haver acessórios que destrave os anéis
Objetiva estabilização do joelho,favorecimento da marcha
KAFO
Indicação da KAFO
Pacientes com desvios de valgo e ou varo
Geno flexo e ou geno recurvato
HKAFO
Indicada :para pacientes paraplégicos
para pacientes com equilíbrio precário de tronco
Facilita posição ortostática(necessita de muito treinamento)
2.6.5 Órteses de Propulsão Recíproca 
Criada na década de 80,na universidade da lousiana.
Aperfeiçoada na Inglaterra
Denominou-se ARGO(Advance Recipeocal Gait Orthesis)
Confeccionada de Plástico e Liga metálico
Alto custo
Gasto energético baixo
Requer treinamento
especifico
2.7 Órteses para Membros Superiores
Objetiva:
Prevenir deformidades
Diminuir processos dolorosos articulares e algias musculares
Auxiliar AVDS e AVPS
Auxiliar em casos de desequilíbrio muscular provocado por paralisia
Geralmente construídas de plástico ou tecidos,com hastes plásticas ou metálicas.
Manguito 
Exercitador Tipo 
Banjo
 Tubular
 
Estabilizador de polegar e extensor de punho
2.8 Órteses para 
Tronco
Considerações:
Apesar de terem princípios biomecânicos bem estabelecidos ,poucos dados em literatura avaliam os critérios de uso e resultados comparativos entre os diversos tipos.
Para sua prescrição é indispensável se analisar de uma maneira criteriosa,a biomecânica,as funções e as indicações de cada tipo de órtese nas doenças que mais acometem a coluna vertebral,as deformidades,os traumas,as discopatias e as doenças degenerativas.
2.8.1 Órteses nas Deformidades
Colete de Milwaukee
Criado inicialmente para suporte da coluna em pós cirúrgico ,ao observar-se a auto correção passou a ser utilizado para impedir a piora das curvas escolióticas
Reduz a ação da gravidade,melhorando a postura ativamente, fortalecendo a musculatura e exercendo uma pressão antero-lateral constante,com ação de indireitamento
Em pacientes com escoliose é importante conhecer o valor angular da escoliose,a flexibilidade,a localização da curva,o potencial de crescimento do paciente.
OTLS
Também utilizada no tratamento da escoliose
Colete curto
È uma das mais estéticas
2.8.2 Órteses nos Traumas
Antes da prescrição: Caracterizar o tipo de lesão,estruturas anatômicas comprometidas e grau de instabilidade.
→ Traumatismos Cervicais: Dependendo da lesão 03 tios de órteses
# Colar Cervical- Onde a queixa principal é a dor,não há comprometimento da instabilidade,
imobiliza sem restringir o movimento.
# Colar Philadelphia- Indicado em fraturas do processo espinhosos;em lesões instáveis;mais rígida;permite maior controle de flexão e extensão
 # Órtese cervico toracica-Tipo Minerva: Indicada para alguns casos de lesões instáveis.
# Colete de Jewett- Utilizado para pós cirúrgicos e fraturas da coluna toraco lombar;onde não exista risco de colapso vertebral nem piora do quadro neurológico.
 Boa limitação dos movimentos de flexão e extensão, quase nenhuma rotação
2.8.3 Órteses nas Discopatias e Doenças da Coluna lombar
# Colete de Putti-utilizado nos casos de hérnia discal e outras dores congênitas,limita parcialmente,os movimentos de flexão e extensão.
# Colete de Knight-Indicado nas espondilolistese degenerativas e fase inicial de estenose do canal,mais rígido 
AMPUTAÇÃO
Unidade III: Amputação
3.1 Considerações:
A abordagem ideal deveser multidisciplinar
As etapas da abordagem devem ser de prescrição,adaptação,treinamento,avaliação e seguimento.
Tem sido observado que os amputados sob a assistência de uma equipe clinica torna-se muitíssimo mais bem adaptado para retornar ao seu lugar na sociedade.
Os procedimentos das clinicas habitualmente envolvem as seguintes etapas:
Exame pré clinico
Prescrição detalhada incluindo fatores cirúrgicos,físicos e protéticos
Verificação inicial de alinhamento e função mecânica ,para instituir o treinamento.
Treinamento da prótese
Verificação final da adaptação,alinhamento e aparência
Acompanhamento
3.2 Etiologia das 
Amputações
Traumas( Avulsões,esmagamentos e fraturas não reduzidas)
Lesões e patologias vasculares(Diabetes,doença de Raynaud ,arteriosclerose,aneurismas arteriovenosos)
Infecções ( Gangrena gasosa,osteomielite com fistula)
Tumor( malignos como sarcoma osteogênico,composto por tecidos ósseos)
Anomalias congênitas(fêmur curto congênito)
Lesões térmicas(quando causa danos aos tecidos)
# Considerações:
-infelizmente,apenas em algumas ocasiões tem o fisioterapeuta a oportunidade de examinar e aconselhar um paciente antes de uma amputação.
Antes da cirurgia o paciente deve ser preparado física e psicologicamente para o procedimento.
Para cada caso o tratamento e a abordagem devem diferir.
3.3 Níveis de Amputação
3.4 Complicações
Etiologia: Condições cirúrgicas inadequadas ou protética;causas conhecidas mais inevitáveis; falta de orientação
Complicações:
# Ulceração : Associada a isquemia local;aparece ao longo da cicatriz cirúrgica 
# Degeneração valeriana: Degeneração das fibras nervosas após separação de seu centro nutriente; o efeito do reparo iniciado após a amputação,deixa a fibra nervosa separada de sua célula de origem,sofrendo sua porção distal alterações
#Neuroma de amputação:Tumor composto por células nervosas.
Membro Fantasma- Sensação indolor,descrição de um membro que ainda esta preso ao corpo;pode ser constante,intermitente ou temporária.
Dor Fantasma 
-Sentida por cerca de 50% dos pacientes amputados;
-Sentida distalmente
-Descrita como picada de faca,ou forte corrente elétrica
-Pode ser persistente ou passageira
-pode diminuir com o tempo ou persistir indefinidamente
Teoria da Dor Fantasma
Comportas- Propõe que o corno posterior da medula é capaz de modificar os impulsos somato-sensitivos antes que ocorra a percepção e a resposta.
Teoria periférica- Afirma que a sensibilidade persiste nas terminações nervosas do coto(circuito tálamo/córtex cerebral)
Teoria psicológica- Acredita-se que o amputado tenha um desejo de realização,um forte sentimento de negação da parte perdida ou ainda está indo para uma síndrome de lamentação.
3.5 Avaliação e tratamento no pós operatório
Objetivos.:
Impedir no pós cirúrgico
Evitar deformidades
Controlar edema no coto
Manter força muscular nos demais segmentos
Manter mobilidade geral
Melhorar e ou melhorar equilíbrio nas transferências
Reeducar marcha
Objetivos....
Restaurar a independência funcional
Tratar a dor caso aja membro fantasma
Restaurar e ou manter a auto estima
Dar apoio emocional
Posicionamento:
Orientação no leito
Evitar travesseiro sob o coto
Evitar estar deitado ou sentado por tempo prolongado
Exercícios:
Do primeiro ao terceiro dia
Isometria
Exercícios respiratórios
Movimentação passiva
Do terceiro ao décimo dia
Exercícios ativo no coto
Cinesioterapia motora global
Treinamento de transferência
Do décimo dia em diante
Exercícios resistido(já com cicatrização)
Cinesioterapia motora global
Enfaixamento do coto(diminui a sensibilidade,previne edema ,modela o coto)

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