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sindrome do impacto

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1 
 
Reabilitação fisioterapêutica na síndrome do impacto do ombro: uma 
revisão de literatura 
 
Dalila Fernandes Monteiro
1 
montfisio.dalila@gmail.com
 
Dayana Priscila Maia Mejia
2 
 
Pós-graduação em Fisioterapia em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapia Manual – Faculdade 
Ávila 
 
Resumo 
A síndrome do Impacto do ombro (SIO) é uma patologia que acomete muitos indivíduos 
levando à limitação funcional e impossibilidade de realizar as atividades laborais devido à 
dor. A fisioterapia é indicada como forma de tratamento para auxiliar no alívio dos sintomas 
dolorosos e na reabilitação, reintegrando o indivíduo ao seu trabalho e possibilitando que 
realize suas atividades de vida diária (AVD’S). Contudo torna-se necessário a realização de 
estudos que possibilitem ao profissional de fisioterapia conhecimento sobre a patologia e as 
formas de tratamento contribuindo assim para a recuperação da saúde das pessoas 
acometidas pela SIO. O objetivo geral do trabalho foi: conhecer o programa de reabilitação 
fisioterapêutica na SIO. Os objetivos específicos foram: identificar os fatores inerentes à 
lesão; esclarecer as alterações estruturais ocasionadas pela SIO; descrever as fases da 
reabilitação fisioterapêutica. Trata-se de uma revisão de literatura realizada em livros e 
revistas eletrônicas científicas. 
 
Palavras-chave: Síndrome do Impacto do Ombro; Fisioterapia; Reabilitação. 
1. Introdução 
A estrutura da articulação do ombro caracteriza-se pela quantidade superior de eixos, 
logo tem a maior amplitude de movimento (ADM) existente nas articulações do corpo 
humano, o que permite ao indivíduo realizar muitos deslocamentos em diversos sentidos. Essa 
liberdade de movimento desenvolveu-se à custa da estabilidade. Tortora e Grabowski (2006) 
afirmam que a falta de estabilidade devido a pouca profundidade da cavidade glenóide em 
relação à cabeça do úmero é controlada pelos ligamentos e músculos que envolvem essa 
articulação, mais especificamente os músculos do manguito rotador. 
 A articulação do ombro é primordial na realização de atividades diárias básicas, como 
alimentação independente, asseio pessoal, atividades laborais, práticas esportivas e demais 
funções, logo essa articulação é exigida constantemente nas diversas AVD’S. O uso excessivo 
e repetitivo em atividades vigorosas e traumas constantes podem levar ao surgimento da SIO, 
um dos problemas mais freqüentes relacionados ao ombro,
 
que causa dor e limitação 
funcional
3
. Neste contexto, a fisioterapia tem papel importante no programa de reabilitação 
dos pacientes que procuram atendimento devido ao comprometimento físico associado ao 
distúrbio de movimento causado pela lesão, a qual interfere diretamente no desempenho 
durante a realização de tarefas relevantes (KISNER E COLBY, 2009). 
 
___________________________________________________________________________ 
1
Pós-graduanda em Fisioterapia em Traumato-ortopedia com ênfase em Terapia Manual – Faculdade Ávila 
 
2
Orientadora: Graduado em Fisioterapia. Especialista em Metodologia do Ensino Superior. Mestrando em 
Bioética e Direito em Saúde. 
mailto:montfisio.dalila@gmail.com
2 
 
Desta feita torna-se importante a realização de estudos que possibilitem ao profissional 
de fisioterapia conhecimento sobre a patologia e as formas de tratamento contribuindo assim 
para a recuperação da saúde das pessoas acometidas pela SIO. 
O objetivo geral desta pesquisa foi conhecer o programa de reabilitação 
fisioterapêutica na SIO. Os objetivos específicos foram: identificar os fatores inerentes à 
lesão; esclarecer as alterações estruturais ocasionadas pela SIO e descrever as fases da 
reabilitação fisioterapêutica na SIO. 
A SIO é uma patologia frequente no Brasil. Hebert et al (2009) diz que isso se deve ao 
aumento da expectativa de vida, grande desenvolvimento dos esportes que utilizam os 
membros superiores, desenvolvimento de métodos diagnósticos clínicos e radiológicos 
modernos, maior entendimento da patologia e conhecimento dos métodos de reabilitação. 
Hebert et al (2009) afirma que os fatores desencadeantes para o surgimento da SIO são, 
didaticamente, dois: 
 
a) Fator extrínseco: impacto mecânico descrito por Neer. O espaço subacromial parece 
ser normal e surge em pessoas mais jovens que executam movimentos repetitivos 
acima da cabeça. O mecanismo dessa lesão parece ser a compressão sobre o manguito 
rotador contra o lábio glenoidal póstero-superior e a cabeça do úmero durante a 
elevação e rotação internas forçadas (DUTTON, 2010); 
b) Fator intrínseco: hipovascularização tendínea. Deve-se ao contato anormal entre a 
superfície inferior do manguito rotador e a borda glenoidal póstero-superior, causando 
abrasão mecânica levando à irritação, inflamação e ruptura (DUTTON, 2010). 
 
Herbert et al (2009) relata que para melhor compreensão da etiologia da SIO é necessário 
conhecer as características anatômicas do espaço subacromial, onde tecidos moles estão 
localizados entre duas estruturas rígidas e móveis, logo, qualquer condição que altere a 
relação fisiológica desses elementos pode levar ao surgimento do impacto. 
O músculo supra-espinhal é especialmente, predisposto a desgaste e rompimento em 
decorrência da circundação vigorosa da articulação por causa da sua localização entre a 
cabeça do úmero e o acrômio da escápula, que comprime o seu tendão durante os movimentos 
do ombro. Uma das causas mais comuns de perda da função do ombro, em atletas é a SIO. O 
movimento excessivo, acima da cabeça coloca esses atletas em risco para desenvolver essa 
síndrome. O pinçamento continuado do tendão do supra-espinhal faz com que ele fique 
inflamado, o que causa dor. Se a condição persiste, o tendão pode degenerar próximo à 
inserção no úmero e, por fim, pode ocorrer o seu rompimento (TORTORA e GRABOWSKI, 
2006). 
 
 
2. Desenvolvimento 
 
2.1 Revisão anatômica do complexo do ombro 
 
De acordo com Kisner e Colby (2009), a articulação do ombro não se restringe apenas ao 
úmero e a cavidade glenóide. Os músculos que estabilizam essa estrutura originam-se ou 
inserem-se na cintura escapular e envolvem as seguintes estruturas ósseas: úmero, escápula, 
acrômio, clavícula e esterno. Kapandji (2000) afirma que o ombro é composto por cinco 
articulações (considerando a subdeltóide fisiologicamente por ser composta por duas 
superfícies que deslizam uma sobre a outra), as quais dão origem ao complexo articular do 
ombro, o que possibilita a este complexo três graus de liberdade de movimento, possibilitando 
orientar os membros superiores em relação aos três planos do espaço graças aos seus eixos. 
3 
 
As demais articulações que formam o complexo do ombro são (HALL e BRODY, 2007): 
 
a) Esternoclavicular: articulação sinovial, formato de sela, triaxial, incongruente, com 
um disco que impede o deslocamento medial, atua como uma dobradiça e absorve 
choques. Articula-se com a incisura esternal e a cartilagem da primeira costela. É 
suportada pelos ligamentos esternoclaviculares anterior e posterior e os ligamentos 
interclavicular e costoclavicular; 
b) Acromioclavicular: articulação triaxia deslizante, plana que pode ou não ter um disco. 
A fraca cápsula é reforçada pelos ligamentos acromioclaviculares superior e inferior. 
Desliza na mesma direção que a escápula se move e não contém suporte dinâmico; 
c) Escapulotorácica: não se trata de uma articulação verdadeira, mas, assim como a 
sudeltóide, é uma articulação funcional. É circundada pelos ligamento coracoacromial 
e superior transverso; 
d) Glenoumeral: é sinovial, triaxial, esferóide (tipo bola-e-soquete), incongruente 
(incompatível, a se julgar pelo tamanho da fossa glenóide em relação à cabeça do 
úmero), com uma cápsula articular frouxa. É sustentada principalmente pelos tendões 
do manguito rotadore ligamentos glenoumerais (superior, médio e inferior). 
 
A principal articulação do complexo do ombro é a escápuloumeral, onde a parte côncava 
está localizada na margem superior e lateral da escápula, limitando anterior, lateral e 
superiormente. Existe também o lábio glenóide que aprofunda a cavidade para diminuir a 
incongruência e promover certo grau de estabilidade. A parte convexa é a cabeça do úmero, 
entretanto apenas uma pequena porção desta estrutura fica em contato com a cavidade 
glenóide em cada instante, o que torna esta articulação potencialmente instável, mas permite 
considerável movimento (KAPANDJI, 2000; KISNER e COLBY 2009). 
É interessante ressaltar que a parte superior do ombro é comumente chamada de área de 
compressão, onde o apoio na região superior da articulação do ombro é feito pela cápsula, 
lábio da glenóide, ligamento coracoumeral e músculos, sendo a cápsula reforçada pelo 
músculo supraespinal e cabeça longa do bíceps braquial. Acima do músculo supraespinal 
localiza-se a bolsa subacromial e o ligamento coracocromial, compondo um arco sob a 
articulação acrômio clavicular (HAMILL e KNUTZEN, 1999) 
Em relação às estruturas dinâmicas, Calais-Germain (2010) discorre sobre o manguito 
rotador, o qual é formado por quatro importantes músculos: 
a) Subescapular: origina-se na face costal da escápula, convergindo-se para o ângulo 
lateral da mesma, onde forma um tendão que se insere no tubérculo menor. Sua 
principal ação é a rotação medial do braço. Impede os deslocamentos posteriores da 
cabeça do úmero; 
b) Supraespinal: origina-se na fossa supraespinal e forma um tendão que passa sob a 
abóbora formada pelo acrômio, processo coracóide e o ligamento que os une, se 
inserindo no tubérculo maior. Sua função principal é a abdução do braço. Impede os 
deslocamentos superiores; 
c) Infraespinal: origina-se na fossa infraespinal e seu tendão passa sobre a cápsula da 
articulação escapuloumeral e se insere no tubérculo maior. Sua ação é a rotação lateral 
do úmero. Impede os deslocamentos anteriores do úmero; 
d) Redondo menor: origina-se também na fossa infraespinal, ao longo da margem lateral 
da escápula e se insere no tubérculo maior. É rotador lateral do úmero e impede os 
deslocamentos anteriores. 
 
Desta feita podemos dizer que, apesar da pouca estabilidade pela sua forma óssea e de 
suas fixações passivas, os músculos supracitados mantém a estabilização desta articulação, 
4 
 
todavia, um simples desajuste pode gerar dor (CALAIS-GERMAIN, 2010). 
Em relação à estabilidade podemos dizer que as estruturas estáticas e dinâmicas concedem 
estabilidade articular suficiente para a maioria das ações dos membros superiores de um 
indivíduo ativo, além disso, a cabeça longa do bíceps e a cabeça longa do tríceps braquial 
reforçam a cápsula com suas inserções. Todavia, desequilíbrios biomecânicos causados por 
diversas condições, podem gerar instabilidade e lesões no complexo do ombro (KISNER e 
COLBY, 2009; SOUZA, 2001). 
 
2.2 Biomecânica do movimento e fisiopatologia da SIO 
 
Hamill e Knuzen (1999), afirmam que a amplitude do movimento do braço é ampla em 
razão as estruturas já mencionadas, logo, à medida que o braço eleva-se acima da cabeça as 
estruturas - bolsa e o músculo supraespinal – são comprimidas, podendo ser irritadas se a 
compressão for de magnitude ou duração suficientes. 
 Dutton (2010) diz que articulação glenoumeral (isoladamente) possui três graus de 
liberdade: flexão/extensão, abdução/adução e rotação interna/ externa. As amplitudes de 
movimento são as seguintes: 
 
a) Flexão e abdução: 100 a 1200, sendo mais amplo em mulheres; 
b) Rotação externa: 60 a 800, maior em mulheres; 
c) Rotação interna: 80 a 900, maior em mulheres; 
d) Extensão: graus variáveis entre 10 e 900. 
 
Ainda segundo Dutton (2010), os movimentos da articulação glenoumeral são os de 
deslizamento e rolamento, com base na regra do côncavo e convexo, onde a superfície da 
articulação convexa desliza na direção oposta ao movimento do osso angular. Se a superfície 
da articulação for côncava, ocorre deslizamento na mesma direção do movimento do osso. 
Especificamente na articulação glenoumeral, a aplicação desta regra orienta a superfície 
articular a mover-se na direção oposta ao movimento do ombro. 
As estruturas da cintura escapular estão interligadas e funcionam, parcialmente, como uma 
única unidade na sustentação das cargas e na absorção de choques. A articulação glenoumaral 
concede sustento mecânico direto ao braço, sustentando cargas maiores que outras 
articulações do ombro. Quando os músculos do complexo do ombro se contraem para 
sustentar o braço estendido, a articulação glenoumeral sustenta forças compressivas que 
podem chegar a 50% do peso corporal. Por causa dessa sustentação de peso, os ergonomistas 
aconselham que os trabalhadores sentados a uma mesa devem tentar posicionar os braços com 
20
0 
ou menos de abdução e 25
0 
ou menos de flexão. Por outro lado, trabalhadores que são 
obrigados a manter os membros superiores em uma postura sustentada acima da cabeça 
correm maior risco de desenvolver tendinite degenerativa do bíceps e no músculo 
supraespinal (HALL, 2000). 
Quando o manguito rotador está íntegro, bem como a articulação, a cabeça umeral sofre 
deslocamento superior menor que 3mm durante amplitudes médias realizadas de forma ativa, 
ao passo que nas amplitudes finais ocorrem deslocamentos ântero- posteriores e súpero-
inferiores de 4 a 10 mm, todos conjugados a movimentos específicos de rotação interna e 
externa. O aumento da translação superior com elevação ativa por parte do indivíduo , podem 
levar ao aprisionamento do arco coracoacromial (DUTTON, 2010). 
O suprimento vascular do complexo do ombro é proporcionado principalmente pelos 
ramos da artéria axilar. A compressão desta artéria pode ocasionar distúrbios no ombro, 
ocorrendo mais comumente na fossa posterior ao redor do ombro e encontra o úmero durante 
sua elevação. A microvascularização do manguito rotador tem sido discutida e consiste de três 
5 
 
fontes principais: as artérias toracoacromial, supraumeral e subescabular. A artéria 
toracoacromial é a principal fornecedora de sangue ao músculo supraespinal, sendo este 
vulnerável à falta de vascularização em decorrência da compressão direta pelas estruturas 
subacromiais, ao fato de seus vasos sanguíneos serem paralelos às fibras do tendão 
(vulnerabilidade ao estiramento) e à presença de uma zona crítica na inserção do supraespinal 
(DUTTON, 2010). 
A anatomia do suprimento vascular do manguito rotador constitui um dos fatores 
etiológicos para o aparecimento de lesões nessa região. Existe uma área localizada 
ligeiramente perto da inserção do músculo supraespinal conhecida como ―área crítica de 
Codman‖, onde se inicia a degeneração do manguito rotador devido à hipovascularização em 
decorrência da compressão contínua entre o acrômio e o tubérculo maior. Quando há SIO, três 
estruturas são comprimidas: o manguito rotador, a cabeça longa do bíceps e a bolsa 
subacromial (HEBERT et al, 2009). 
A SIO é uma lesão freqüente em trabalhadores e atletas que realizam movimentos 
vigorosos acima da cabeça com deslocamentos no ombro de abdução ou flexão associado à 
rotação medial, ocasionando compressão progressiva, levando à hipermobilidade da cápsula 
anterior do ombro, hipomobilidade da cápsula posterior, rotação externa excessiva juntamente 
com rotação interna limitada do úmero e frouxidão ligamentar generalizada da articulação 
glenoumeral. Pode ocorrer inflamação dos tendões e das bolsas subjacentes, podendo chegar 
ao extremo da patologia, a ruptura total dos tendões do manguito rotador. Tal condição causa 
dor e hipersensibilidade nas regiões superior e anterior do ombro, muitas vezes associado à 
fraqueza muscular deste complexo. Os sintomas são aumentados ao se realizar movimentos 
rotatórios do úmero, principalmente elevaçãoe rotação interna (HALL, 2000). 
Souza (2001) afirma que a etiologia da SIO se deve ao impacto primário e ao impacto 
secundário, os quais têm as seguintes características: 
 
a) Impacto primário: ocasionado pela compressão mecânica do manguito rotador sob a 
porção ântero-inferior do acrômio. Dependo do tipo de acrômio, a articulação pode 
estar em risco maior de desenvolver a lesão, sendo que quanto mais curvo for o 
acrômio, maior será a compressão nas estruturas subacromiais; 
b) Impacto secundário: refere-se à redução do espaço subacromial por causa a 
instabilidade funcional glenoumeral ou escapulotorácica. Está relacionado à perda de 
força da musculatura estabilizadora ou afrouxamento dos ligamentos responsáveis 
pela coaptação do ombro. 
 
Lima et al (2007) relembra que Neer dividiu a SIO devido ao impacto primário em três 
estágios específicos: 
a) Estágio I: edema e hemorragia reversíveis. Mais frequente em pessoas abaixo de 25 
anos de idade, normalmente ligada à práticas esportivas ou laborais. O tratamento é 
conservado e tem bom prognóstico; as lesões por esforços repetitivos são incluídas 
nessa fase; 
b) Estágio II: fibrose e tendinite do manguito rotador. Menos comum que a anterior e 
costuma acometer indivíduos entre 25 e 40 anos de idade. Está mais relacionada aos 
esforços repetitivos, gerando inflamação de origem mecânica sobre as estruturas 
subacromiais de maneira crônica e intermitente. Neste estágio as funções do ombro 
podem não ser seriamente afetadas. Tem indicação de cirurgia se após dezoito meses 
de tratamento não ocorrer melhora do quadro; 
c) Estágio III: lesões do manguito rotador e sua ruptura, ruptura de bíceps e alterações 
ósseas. Ocorre com maior frequência em indivíduos acima de 40 anos de idade, 
surgindo, a princípio, com lesão do músculo supra-espinhal. No raio X é possível 
6 
 
observar redução do espaço articular entre o acrômio e a cabeça do úmero que se 
eleva. Há risco de esclerose óssea na inserção do músculo supra-espinhal e do 
acrômio. O tratamento neste estágio é cirúrgico. 
 
A SIO é lesão comum, que pode acometer em diferentes graus o manguito rotador, 
podendo estar acompanhada de bursite subacromial/subdeltóidea e lesão labrum glenoidal. A 
correção do movimento e controle dos fatores de risco previnem a ocorrência dessas lesões 
(LIANZA, 2011). 
Hall (2000) explica que os médicos sugeriram duas teorias acerca da causa biomecânica 
da maioria das disfunções que acometem o manguito rotador. A teoria do impacto sugere que 
um fator genético resulta na formação de um espaço estreito entre o acrômio e a cabeça do 
úmero, gerando a compressão estrutural. A segunda teoria sugere que o principal fator seria a 
inflamação tendínea no músculo supraespinal causada pelo estiramento excessivo e repetitivo 
desta unidade. Com a distensão do manguito rotador, ele estará enfraquecido, não 
conseguindo realizar sua função de estabilizador do ombro de forma eficaz. Como resposta, o 
músculo deltóide traciona a cabeça do úmero para cima durante a abdução, resultando em 
impacto seguido de desgaste e laceração do manguito rotador. 
Não há consenso entre os autores a respeito das causas das patologias do manguito rotador 
e, apesar de ser uma patologia relativamente freqüente, o diagnóstico da SIO costuma ser feito 
tardiamente, quando já existe anormalidade desenvolvida em toda espessura do manguito 
rotador. Isso ocorre porque os sinais e sintomas clínicos são inespecíficos. Raramente os 
achados clínicos são suficientes para diagnosticar definitivamente a SIO, observa-se mais a 
presença e o tipo de dor. No exame radiológico observa-se proliferação subacromial do osso, 
formação de esporão na face inferior do acrômio e alterações degenerativas das tuberosidades 
umerais, onde se insere o manguito rotador. O diagnóstico precoce e o tratamento são 
fundamentais para impedir a progressão deste distúrbio e manter a função do complexo do 
ombro (GREENSPAN, 2006). 
 
3. Reabilitação fisioterapêutica 
 
3.1 Avaliação fisioterapêutica 
Segundo Cyriax e Cyriax (2001), a articulação do ombro demonstra o exame físico 
mais esclarecedor ao se olhar para o diagnóstico e o achado de um movimento articular 
doloroso e limitado, pois geralmente a clínica indica de forma clara quais estruturas 
anatômicas estão lesadas. 
 Os autores supracitados ainda lembram a importância de se realizar a anamnese para 
diferenciar a dor natural do ombro e a gerada por compressão da medula espinal que irradia 
pelo trajeto da raiz acometida ao longo dos membros. Ao se estabelecer que a dor se origina 
no ombro, a anamnese não será muito elucidativa. Há de se atentar para a idade, o local da 
dor, o envolvimento de outras articulações e se há história de trauma. 
 Corrigan e Maitland (2000), dizem que a dor no ombro é muito habitual, podendo 
ocorrer pelo fato de a articulação glenoumeral ter mobilidade e instabilidade elevadas, porém 
é comum o aparecimento de alterações degenerativas nas estruturas de tecido mole que 
envolvem o ombro. A dor pode ser originada por lesões regionais do complexo do ombro, ou 
por causas extrínsecas como as lesões na coluna cervical ou em estruturas vicerais, que 
geralmente estão acompanhadas de cervicalgia associada à dor no membro superior, 
produzindo dor reflexa como resultado de uma neuropatia por compressão da raiz no nervo 
cervical no forame intervertebral. Nos casos descritos, a dor está na parte inferior do membro 
superior associada a sintomas neurológicos como a parestesia e fraqueza. 
 A correta indicação e execução da reabilitação num ombro acometido por uma 
7 
 
disfunção exigem não somente conhecimento a respeito da patologia, mas também dos 
desequilíbrios biomecânicos e funcionais. Para isso, deve-se realizar uma investigação 
criteriosa com adequada anamnese , exames físicos e complementare. Podem-se citar alguns 
itens como: História, inicio, local, tipo, frequência, irradiação da dor, tempo de evolução, 
fatores desencadeantes, dificuldades nas realizações de AVD’S, antecedentes pessoal e 
familiar (GREVE e AMATUZZI, 1999). 
 Uma boa história é fundamental para se realizar o diagnóstico visto que a dor no 
ombro tem um espectro amplo de padrões e características. Deve-se realizar uma breve 
descrição do perfil do paciente através da coleta de dados como a idade (depósitos de cálcio 
no ombro são mais comuns entre 20 e 40 anos de idade/ degenerações do manguito rotador 
ocorre entre 40 e 50 anos de idade), ocupação, dinâmica da mão, atividades recreativas, 
requisitos de trabalho e o modo que realiza as AVD’S. O paciente descreverá também o 
mecanismo da lesão como, por exemplo, a realização de esforço acima da cabeça associado a 
movimentos repetitivos que caracteriza lesão subacromial, incluindo a SIO (DUTTON, 2010). 
 De acordo com Gross et al (2000), é interessante realizar a observação do paciente. 
Isto inclui olhar o modo como ele está sentado na sala de espera, sua expressão facial (ajudará 
a entender o nível de dor), como ele posiciona a extremidade superior, se o braço está 
relaxado ao lado do corpo ou se o paciente o segura para proteção e, por fim, se ele estende o 
braço para cumprimentá-lo. Na posição ortostática observa-se a postura, atentando-se para a 
posição da cabeça, a coluna de modo geral, a altura dos ombros e sua posição relativa. Ao 
deambular, notar se há balanço de braços, pois pode haver limitação por conta da dor. Ao 
pedi para o paciente despir-se, observa-se a facilidade com que ele utiliza os membros 
superiores e o ritmo dos movimentos. Olhar atentamente para o tamanho e o contorno do 
deltóide, comparando os dois lados para atrofia e hipertrofia. 
 Na palpação usa-se um método sistemático e focalizado nas estruturas anatômicas 
específicas. Habitualmente a palpação é considerada um processo estático, contudo trata-se de 
um processo dinâmico e deve ser realizada junto com outros aspectosdo exame. Através dela, 
podemos avaliar o grau e a localização da sensibilidade, um sinal físico seguro que conduz a 
um diagnóstico correto. É importante testar a sensibilidade e a localização exata da dor, sendo 
que se ocorrer na região do acrômio anterior e do tubérculo maior, indica um possível 
diagnóstico de SIO. Aconselha-se dividir o complexo do ombro em compartimentos, já que os 
sintomas reproduzidos pela palpação em determinadas regiões estão geralmente associados 
com patologias encobertas específicas. No caso da SIO palpa-se a região do tubérculo maior, 
iniciando lateralmente ao longo da espinha da escápula até o contato ser feito com a faceta 
superior do tubérculo maior, onde se inserem os ligamentos supraespinal e coracoumeral. O 
paciente deve estar posicionado em decúbito lateral de frente para o fisioterapeuta, a parte 
superior do braço sem cerca de 60
0
 de flexão. O ligamento infraespinal está localizado na 
porção média da faceta do tubérculo maior e o redondo menor, na porção inferior (DUTTON, 
2010) 
 Para realizar a palpação do manguito rotador, posiciona-se o paciente sentado com o 
membro superior relaxado ao longo do corpo. Para ter acesso facilitado aos tendões, realiza-se 
uma extensão passiva do ombro, deixando a bainha rotatória palpável. A mão do 
fisioterapeuta deve ser posicionada próxima a articulação do cotovelo dando suporte e 
elevando posteriormente. Logo, palpa-se o contorno arredondado da bainha rotatória que está 
exposta logo abaixo do bordo anterior do acrômio. Os músculos palpáveis são o supraespinal, 
o infraespinal e o redondo menor, que são os músculos SIT. O músculo subescapular localiza-
se anteriormente e não é palpável. Os músculos da SIT não podem ser individualizados, por 
isso são palpados como uma unidade próxima às suas inserções no tubérculo maior 
(HOPPENFELD, 2008). 
 No exame físico realiza-se o teste do movimento passivo da articulação do ombro a 
8 
 
fim de determinar se os elementos inertes (quando não há contração) são os causadores da dor 
do indivíduo. Normalmente esse teste é realizado quando o paciente é incapaz de completar 
de forma satisfatória os movimentos do complexo do ombro. Através da movimentação 
passiva ocorre exclusão considerável do envolvimento muscular na disfunção visto que quem 
faz todo o esforço é o examinador, servindo para esclarecer se a limitação na ADM é 
permanece com ou sem o esforço muscular (HOPPENFELD, 2008 e GROSS et al, 2000). 
 Já ao se testar a mobilidade ativa, o paciente realiza movimentos específicos 
individuais, ou combinando funcionalmente os movimentos. É um teste rápido e funcional 
para detectar anormalidades da articulação. Se o paciente relatar dor ao realizar o movimento 
é necessário continuar a investigação para descobrir a causa da dor, que pode ser secundária 
às estruturas contráteis (neste caso) ou não contráteis (GROSS et al, 2000). 
 Hoppenfeld (2008) descreve o teste de Apley para testar a rotação externa e abdução, 
onde solicita-se ao paciente para alcançar por trás da cabeça o ângulo médio superior da 
escápula contralateral. Para testar a rotação interna e adução, pede-se para o paciente tocar o 
acrômio contralateral como braço na região anterior do tórax, ou então para tocar o ângulo 
inferior da escápula contralateral com o braço passando trás das costas. Existe um teste 
específico para diagnóstico de ruptura do manguito rotador, o teste da queda do braço, onde o 
indivíduo abduz o braço por completo, pedindo em seguida que ele leve o braço lentamente 
até o lado do corpo. Se houver ruptura do manguito rotador, o braço cairá bruscamente ao 
lado do corpo. Snider (2000) cita o teste de Neer realizado com o paciente sentado, forçando-
se o braço em flexão até chegar acima da cabeça com o objetivo de causar dor pelo contato 
compressivo entre o úmero e o arco coracoacromial. Já para testar especificamente o 
supraespinal pede-se para que o paciente realize uma abdução de 90
0
 e 30
0 
de flexão anterior, 
com os polegares apontando para baixo. O examinado empurra
 
ambos os braços para baixo e 
o paciente deve resistir ao movimento do examinador, caso contrário é possível que haja 
laceração do manguito rotador. Dutton (2010) afirma que a dor que ocorre entre 70 e 110
0
 de 
abdução é considerada arco doloroso e direciona ao diagnóstico de SIO, ruptura ou bursite 
subacromial. A dor que surge na ADM de 120 a 180
0
, possivelmente indica envolvimento da 
articulação acromioclavicular. 
 
3.2 Tratamento fisioterapêutico 
 
 Para se iniciar o programa de reabilitação fisioterapêutica é necessário conhecer os 
princípios e os resultados básicos do tratamento, realizar uma boa avaliação funcional, 
conhecer a interligação entre a anatomia e a cinesiologia da estrutura acometida, compreender 
o grau de debilidade e o potencial de recuperação do indivíduo. Na SIO, dentre os sinais e 
sintomas, podemos encontrar: dor à palpação, ao movimento contra resistência e ao 
alongamento na junção musculotendínea; tecido cicatricial irritado, aderido ou contraturado; 
alterações posturais no complexo do ombro, coluna cervical e torácica; retrações musculares; 
fraqueza e pouca resistência à fadiga muscular dos estabilizadores dinâmicos e ritmo 
escapuloumeral descoordenado. Na fase aguda a dor pode interferir no sono, nas atividades 
que exijam elevação das mãos acima da cabeça, atividades de puxar e empurrar, dor ao se 
erguer cargas, impossibilidade de realizar atividades repetitivas de ombro e dor ao vesti-se, 
principalmente a região superior (KISNER e COLBY, 2009). 
 Contudo a fisioterapia tem importante papel na reabilitação da SIO, diminuindo a dor 
e estimulando a independência e funcionalidade do indivíduo. Nas fases I e II a fisioterapia é 
indicada como tratamento conservador, onde normalmente se tem bom prognóstico. Se não 
houver melhora após dezoito meses de acompanhamento, é indicada a intervenção cirúrgica. 
A reabilitação do complexo do ombro pode ser dividida em quatro fases: I controle da 
inflamação e da dor, II restauração da amplitude articular, III fortalecimento muscular na 
9 
 
busca do equilíbrio dinâmico e IV trabalho proprioceptivo da cintura escapular e do membro 
superior. Desta feita, o fisioterapeuta há de analisar as técnicas mais adequadas à condição 
atual de seu paciente, respeitando as variáveis do processo de reabilitação e a capacidade 
criativa do profissional (SOUZA, 2001). 
 
3.2.1 Fase I da reabilitação 
 
 De acordo com Kitchen (2003), os fisioterapeutas tratam lesões inflamatórias agudas e 
crônicas que podem estar associados com os processos de regeneração como edema e 
hematomas. Desta feita, são utilizados vários agentes eletrofísicos para iniciar ou favorecer o 
processo de reparo, como o ultra-som, as diatermias, lasers, e correntes de estimulação em 
baixa frequência. 
 Na SIO, o controle do quadro inflamatório agudo representa normalmente a primeira 
meta a ser alcançada na reabilitação em decorrência de lesões traumáticas – agudas- e 
microtraumas – crônicas. O processo de reparo tecidual em si, apresenta várias fases iniciadas 
por meio da liberação de mediadores químicos da inflamação, o que provoca grandes 
mudanças na microcirculação do tecido, levando à formação de exsudato intersticial 
inflamatório e hipóxia secundária, o que pode perpetuar o ciclo lesão/inflamação/lesão. 
Observa-se edema na região tendínea do músculo supraespinal e bursa, restringindo ainda 
mais o espaço subacromial. A dor gerada pelo processo inflamatório na lesão pode causar 
espasmo muscular protetor e imobilização antálgica, comprometendo a distensibilidade 
normal dos tecidos, causando diminuição da ADM. Em decorrência desses fatores deve-se 
ultrapassar esta faze o mais rápido possível, eliminando-se qualquer atividade que possa 
agravar o quadro (KITCHEN, 2003 e SOUZA, 2001). 
Dentre os recursos eletrotermoterapêuticos a serem utilizadosna fase I da reabilitação 
pode-se citar: 
 
a) Crioterapia: refere-se ao uso do resfriamento local como forma de terapia por meio de 
condução provocando uma gama de respostas termorregulatórias. A maioria dos 
tratamentos faz uso de gelo triturado. Essa técnica causa efeito local de vosoconstrição 
imediata dos vasos sanguíneos cutâneos seguida de vasodilatação mediada por frio em 
algumas áreas, restringe o fluxo sanguíneo na pele minimizando a perda de calor. A 
redução do fluxo sanguíneo profundo local e taxa de fluxo dependerá da área e da 
profundidade local de tecido mole. Ocorre também aumento da viscosidade sanguínea 
contribuindo para a redução da perfusão sanguínea no local. Estudos mostram que nos 
tecidos profundos, a nível microvascular em músculos estriados de hamsters, os 
diâmetros dos vasos atenuaram-se em até 43% em hipotermia local a 8
0
C, causando 
grande redução do fluxo sanguíneo em até 80%. Apesar da isquemia local não ocorre 
morte de tecido, e a ausência de dano tecidual obtida com o resfriamento deve-se a 
uma diminuição da taxa do metabolismo celular e, provavelmente, a mudança na 
síntese de prostaglandinas. Nos seres humanos espera-se a mesma resposta ao frio, 
incluindo a supressão ou atenuação da dor mediante a redução de edema e resposta 
inflamatória, e pela menor liberação de irritantes que a induzem. Deve ser realizada 4 
a 6 vezes no dia por 20 a 25’ sob orientação (ROBERTSON et al, 2009 e SOUZA, 
2001). 
b) Ondas curtas pulsado: são disparos curtos de energia. Também conhecida como 
diatermia por ondas curtas pulsadas. Nessa forma (onde há períodos onde não há 
emissão de ondas curtas) o paciente recebe uma dose menor de ondas curtas e os 
tecidos são submetidos a uma carga térmica mais baixa. Isso significa que a utilização 
do ondas curtas pulsado é fundamentado no fato de proporcionar aos tecidos uma 
10 
 
carga de energia na forma de campo eletromagnético sem que os tecidos precisem ser 
submetidos a uma carga térmica, ou seja, a energia liberada apenas agita os íons, 
moléculas, membrana e atividade metabólica das células. Deve ser aplicado em 
associação com a placa/shielepack, modulado em frequência de 80 Hz na fase aguda 
(KITCHEN, 2003; SOUZA, 2001; KITCHEN e BAZIN, 1998). 
c) Ultrassom pulsado: trata-se de um tipo de vibração mecânica produzida eletricamente, 
muitas vezes descrita como micromassagem por vibração mecânica do tecido. O modo 
pulsado é organizado para emitir ultrassom em pulsos ou rajadas breves. Esse 
mecanismo proporciona efeito mecânico no tecido, entretanto os efeitos térmicos 
diretos estarão reduzidos. Dever ser aplicado com o úmero em rotação medial para 
atingir o músculo supraespinal (ROBERTSON et al, 2009 e SOUZA, 2001). 
d) Eletroanalgesia: a estimulação elétrica nervosa transcutânea que é uma técnica 
analgésica simples e não invasiva que causa mudança da sensibilidade dos receptores 
periféricos ou das terminações nervosas livres responsáveis pela condução de 
estímulos nociceptivos, podendo bloquear a transmissão de impulsos nervosos 
aferentes. Isso ocorre por meio da transmissão dos impulsos elétricos através das 
fibras mielinizadas grandes, enquanto os estímulos nociceptivos são transmitidos pelas 
fibras não mielinizadas (NELSON et al, 2003; KITCHEN, 2003 e CAILLIET, 2000). 
 
A cinesioterapia pode ser incluída precocemente no programa de reabilitação e realizada 
durante todo o programa de tratamento como forma de manutenção. Muitas vezes, o 
indivíduo necessitará de exercícios de mobilidade progressivos, iniciando com exercícios 
passivos, progredindo com ativo-assistidos e ADM ativa, de acordo com a evolução do 
quadro lesivo. Para que o fisioterapeuta possa determinar a conduta apropriada dos exercícios 
cinesioterapêuticos e é importante que reconheça os efeitos da redução da mobilidade e da 
remobilização. A imobilidade de uma articulação gera um ciclo auto-perpetuante que pode ser 
interrompida por várias intervenções fisioterapêuticas, entre elas exercícios de ADM, 
exercícios resistidos e mobilizações. A diminuição de atividade na estrutura gera 
encurtamento adaptativo progressivo dos tecidos moles, o que reduz a capacidade do paciente 
em realizar AVD’S, atividades laborais ou de lazer. Ocorre então uma adaptação às limitações 
por meio de compensações, onde o indivíduo passa a utilizar outras estruturas sãs para 
alcançar os objetivos funcionais, contribuindo com o desuso do ombro acometido. Desta 
feita, os déficits de força muscular (FM) após a imobilização exigem uma reabilitação longa 
para conseguir uma funcionalidade plena (HALL e BRODY, 2007) 
 A princípio é indicada a realização de exercícios pendulares de Codmann, que 
auxiliam na decoaptação, relaxamento do espasmo muscular, melhora da dor e preservação da 
amplitude articular mínima (SOUZA, 2001). Kisner e Colby (2009) afirmam que podem ser 
realizados movimentos de flexão, extensão, abdução e adução horizontal e circundação, 
aumentando o arco de movimento de acordo com a tolerância do paciente, este exercício não 
deve causar dor. Para aumentar a decoaptação da articulação glenoumeral é necessário 
acrescentar peso à mão. 
 
 
 
 
11 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Figura 1 – exercícios pendulares. Para separação suave, não se usa peso 
 
Souza (2001) indica também a realização de movimentos oscilatório na articulação 
glenoumeral, realizado com tração longitudinal para promover relaxamento muscular e 
diminuição da dor, além de relaxamento dos músculos da coluna cervical e do cíngulo 
superior através de diversas técnicas como, alongamentos, massagens, técnica de energia 
muscular, desativação de pontos gatilho entre outros. 
Nessa fase é importante manter a integridade e a mobilidade dos tecidos moles através 
de ADM passiva, ativo-assistida ou auto-assistida iniciada dentro de amplitudes indolores. 
Podem ser realizados exercícios isométricos leves em diversos ângulos e exercícios de 
estabilização protegida, estimulando a função estabilizadora do manguito rotador, do bíceps 
braquial e escapulares de acordo com as posssibilidades do paciente, evitando posições 
compressivas da articulação (KISNER E COLBY, 2009). 
 
 
3.2.2 Fase II da reabilitação 
 
Esta fase precede o fortalecimento muscular, pois a função plena dos músculos 
depende de seu comprimento normal. Trabalha-se a restauração das amplitudes articulares do 
complexo do ombro, que deve ser iniciado o mais precocemente possível de acordo com a 
evolução do paciente para que se evitem o surgimento de encurtamentos musculares, retrações 
e aderências dos tecidos articulares e periarticulares. Tais complicações comprometem 
sobremaneira a artrocinemática normal do ombro e expõem essas estruturas a lesões por 
sobrecarga. Entretanto, em certas situações, as amplitudes de movimento máximas devem ser 
evitadas para preservar as estruturas em processo de cicatrização. De forma geral, deve-se ter 
maior cuidado nos movimentos ativos, visto que nos movimentos passivos as estruturas 
contráteis permanecem relaxadas, conservando o seu comprimento e a concentração do 
estímulo deformante está sobre as estruturas não-contráteis. Avaliar as particularidades do 
paciente é muito importante, pois é por meio dela que o fisioterapeuta determinará a melhor 
conduta para não estressar precocemente estruturas envolvidas, comprometendo o tempo e a 
Fonte: KISNER e COLBY, 2009 
12 
 
qualidade da cicatrização (SOUZA, 2001). 
De acordo com Cailliet (2000), os exercícios ativos devem ser iniciados tão logo sejam 
tolerados, pois estes corrigem a ADM e fortalecem os músculos do manguito rotador. O 
fisioterapeuta deve dar orientações para correção postural, instruir quanto à frequência e 
progressão dos exercícios. O autor supracitado sugere que os exercícios podem ser precedidos 
por aplicação de calor e seguidos pela de gelo no caso de desconfortoresidual. 
As modalidade de calor podem ser usadas na fase crônica como agente primário ou 
coadjuvante para melhorar o quadro álgico em decorrência do ciclo de dor-espasmo que ativa 
os nociceptores, responsáveis pela detecção da dor que produz uma atividade muscular reflexa 
prolongada, levando à isquemia muscular. Desta forma, repete-se o ciclo de dor-espasmo. Sua 
utilização baseia-se na teoria da comporta, onde as vias aferentes levam a sensação térmica ao 
corno posterior da medula por meio de fibras mielinizadas de grande diâmetro, fechando a 
comporta e bloqueando a transmissão da sensação álgica levada pelas fibras de diâmetro 
menor. O principal objetivo desta modalidade é lidar com a dor e facilitar a realização dos 
exercícios fisioterapêuticos com mais conforto (HALL e BRODY, 2007; O’SULLIVAN e 
SCHMITZ, 2010). 
Para Kisner e Colby (2009), esta fase se refere ao movimento controlado, onde a 
ênfase do tratamento está na utilização da região envolvida através de movimentos 
progressivos, não destrutivos, com uma mecânica apropriada durante a fase de cicatrização. 
Se há frouxidão funcional da articulação, o tratamento é direcionado para a aprendizagem do 
controle neuromuscular e do desenvolvimento da força dos músculos estabilizadores de todo 
o complexo do ombro. Se o déficit for de mobilidade, as técnicas de mobilização devem ser 
aplicadas. É importante atentar-se para a educação do paciente, que neste contexto refere-se à 
adesão do indivíduo ao programa de tratamento, incluindo os exercícios e cuidados 
domiciliares. 
Em relação à terapia manual, segundo Dutton (2010), pode-se observar que esta dispõe 
de diversas técnicas que compõem uma modalidade eficaz no processo de reabilitação. 
Estudos comprovam que sua utilização promove melhora do deslizamento restrito de uma 
articulação e do encurtamento adaptativo de um tecido conjuntivo. O mesmo autor descreve 
algumas técnicas de terapia manual que podem ser aplicadas: 
a) Conceito Cyriax: embasado no fato de que todas as dores têm origem anatômica, e que 
todos os tratamentos devem alcançar essa origem, logo, se o diagnóstico for correto, 
todos os tratamentos beneficiarão a origem. A estratégia de tratamento inclui 
massagem friccional, manipulação, mobilização e educação do paciente; 
b) Conceito Mennell: baseia-se no fato da disfunção ser indício de processo patológico 
grave ou de doença articular, e a manipulação da articulação pode recuperar os 
movimentos normais do jogo articular. Inclui manipulação, mobilização e educação do 
paciente; 
c) Conceito osteopático: afirma que o corpo é uma unidade completa e o sistema 
musculoesquelético está conectado com outros sistemas e a anormalidade em 
determinada estrutura pode levar à função anormal. São realizadas manipulações, 
mobilizações, energia muscular, técnicas miofasciais, contratensão, exercícios 
terapêuticos e educação do paciente; 
d) Conceito de Maitland: comprometimento pessoal para entender o paciente, 
consolidação e aplicação do pensamento teórico (como anatomia e fisiologia) e clínico 
(sinais e sintomas), avaliação contínua e reavaliação para decidir a graduação de 
movimento. O foco é no tratamento da dor ou da rigidez, mobilização, manipulação, 
mobilização neural, tração, exercícios com movimentos que exerçam influência 
positiva sobre os sintomas e educação do paciente. 
e) Conceito de Kaltenborn: baseia-se na avaliação biomecânica dos movimentos 
13 
 
articulares, dor, disfunção articular e alteração nos tecidos moles em combinação. 
Utiliza técnicas de mobilização, exercícios com ênfase na facilitação neuromuscular 
proprioceptiva, tração/distração, mobilização de tecidos moles, manipulação e 
educação do paciente. 
 
As técnicas de terapia manual são diversas e o fisioterapeuta deve determinar qual 
abordagem deve aplicar de acordo com a necessidade do paciente, observando a intensidade, 
duração e compatibilidade com a estrutura em tratamento. Alguns estudos concordam que a 
abordagem mais eficaz é a associação de técnicas manuais com outras intervenções, como os 
exercícios progressivos anteriormente citados, o uso de modalidades terapêuticas e a instrução 
do paciente sobre a mecânica, as posições e as posturas corporais adequadas (DUTTON, 
2010). 
Souza (2001) descreve em sua sugestão de tratamento a mobilização associada com 
tração, quando aplicável, das articulações do complexo do ombro em todos os eixos de 
movimento disponíveis em cada articulação, graduando a intensidade de acordo com as 
necessidades do paciente. Antes de iniciar as técnicas, deve-se atentar às contra-indicações 
como, estresse prematuro das estruturas, hipermobilidade articular, inflamação aguda, 
infecção, tumores, entre outros. 
 
3.2.4 Fase III da reabilitação 
 
 Esta fase se refere ao fortalecimento muscular na busca do equilíbrio dinâmico do 
complexo do ombro, que é o principal objetivo do tratamento, pois a perfeita relação de 
interdependência entre as capacidades fornecem ações funcionais do membro superior sem 
causar lesões por sobrecarga. A integridade funcional dos músculos escapulotorácicos é um 
dos componentes necessários para estabilização articular, fornecendo uma base de rotação 
estável para o úmero, mantendo a cavidade glenóide posicionada de forma ideal para manter a 
coaptação articular (SOUZA, 2001). 
Para se trabalhar o desenvolvimento de estabilidade e resistência muscular deve-se 
alongar os músculos encurtados - como os peitorais maior e menor, latíssimo do dorso, 
redondo menor, subescapular e levantador da escápula-, fortalecer e treinar os estabilizadores 
escapulares e por fim, fortalecer e treinar os músculos do manguito rotador, em especial os 
rotadores laterais. Podem ser realizados exercícios isométricos em protração/retração, 
elevação/depressão, e rotação para cima e para cima e para baixo, de maneira que o paciente 
aprenda a estabilizar a escápula contra forças externas (KISNER e COLBY, 2009). 
A fisioterapia dispõe de diversos recursos como as faixas elásticas, pesos, exercícios 
direcionados a cada músculo de forma específica, mecanoterapia, entre outros. O profissional 
terá que escolher a técnica que melhor se aplica à condição funcional do paciente. As técnicas 
manuais descritas na fase II da reabilitação também podem ser empregadas nesta fase, 
adequando-se às condições atuais do indivíduo (DUTTON, 2010). 
 
3.2.5 Fase IV da reabilitação 
 
 Esta fase é muito importante, pois trabalha a propriocepção da cintura escapular e do 
membro superior. Trata-se de um programa de estabilização dinâmica do complexo do ombro 
que deve ser adotado visando a restauração da consciência corporal e dos padrões normais de 
movimento. Entretanto, o trabalho não se realiza apenas na região do ombro, levando em 
consideração também o envolvimento dos músculos do tronco e dos membros inferiores, que 
atuam de forma antagônica e sinérgica. O programa de reabilitação nesta fase pode incluir o 
uso de bases instáveis, como bolas suíças. Os exercícios podem ser iniciados em cadeia 
14 
 
cinética fechada, progredindo para cadeia cinética aberta, tendo em vista a especificidade de 
ação predominante do membro superior (SOUZA, 2001). 
Os exercícios em cadeia cinética fechada, com as mãos do paciente fixadas contra a 
parede, mesa ou solo (posição de quadrúpede), proporcionando ao paciente uma resistência 
isométrica altamente graduada ou uma estabilização rítmica, sendo necessário observar se há 
um movimento alar anormal das escápulas. Se houver este movimento, conclui-se que os 
estabilizadores não estão fortes o suficiente para exercer sua função, sendo indicada a 
mudança da posição para reduzir a quantidade de peso corporal. A resistência à fadiga é 
estimulada aumentando-se a quantidade de tempo de sustentação contra a resistência 
alternante. O limite é alcançado quando um dos músculos necessários para manter a posição 
não consegue maispromover a sustentação desejada, sendo a meta de manutenção da 
estabilidade de aproximadamente 3 minutos. A evolução do paciente demonstrará a 
necessidade de se trabalhar o equilíbrio na força de todos os músculos que fazem parte do 
complexo do ombro de acordo com suas determinadas amplitudes e tolerância. Para se obter 
coordenação entre os movimentos da escápula e do braço, inclui-se dinamicamente cargas 
sobre o membro superior de acordo com a tolerância de sinergia com resistência submáxima 
(KISNER e COLBY, 2009). 
A recuperação funcional se inicia a partir da retomada do controle postural pelo 
paciente, e a normalização dos componentes básicos das atividades desejadas sem levar ao 
surgimento dos sintomas. Ao se trabalhar com o paciente é essencial instruí-lo sobre como 
avançar no programa após sua alta e orientá-lo quanto à prevenção de recidivas, como a 
realização de massagem no tendão acometido e contrações isométricas resistidas seguidas de 
ADM completa e alongamento muscular antes de iniciar o exercício ou trabalho; realizar 
pausas na atividade se esta exigir movimentos repetitivos, substituindo por atividades ou 
padrões de movimentos diferenciados; manter um bom alinhamento postural, adaptando o 
assento ou a estação de trabalho para atenuar sobrecargas; antes de iniciar uma nova atividade 
ou retornar a uma atividade para a qual não está condicionado, deve iniciar um programa de 
fortalecimento e treinamento (HALL e BRODY, 2007; KISNER e COLBY, 2009). 
 
4. Materiais e métodos 
 
 Trata-se de uma revisão de literatura realizada em livros e revistas eletrônicas 
científica sobre a SIO, anatomia e fisiologia da articulação do complexo do ombro, bem como 
as intervenções fisioterapêuticas e sua eficácia. As palavras-chave utilizadas foram: síndrome 
do impacto do ombro, fisioterapia e reabilitação na síndrome do impacto do ombro. Os artigos 
foram selecionados de acordo com o assunto de interesse pela análise dos resumos, sendo 
excluídos aqueles que não apresentavam consistência científica. 
 Por se tratar de um assunto amplo, fez-se necessário realizar estudos direcionados ao 
impacto primário nos estágios I e II da SIO, relacionados às lesões dos músculos que 
compõem o manguito rotador. 
 
5. Resultados e discussão 
 
Observa-se que há muitos estudos realizados a respeito da SIO em virtude da sua 
frequência na população. Os diversos autores consultados a respeito da reabilitação sugerem 
condutas parecidas visando, a princípio, o controle da fase inflamatória, seguidos de técnicas 
que devolvam a função aos indivíduos (CAILLIET, 2000; CYRIAX, e CYRIAX, 2001; 
DUTTON, 2010; HALL e BRODY, 2010; KISNER e COLBY, 2009). A fisioterapia é a 
primeira escolha de tratamento conservador nas fases I e II da SIO e demonstra bons 
resultados. Entretanto há alguns estudiosos que contestam a conduta mais conservadora, pois 
15 
 
acreditam que o tratamento deve ser mais invasivo e precoce, tendo em vista a evolução 
contínua da doença, principalmente se a causa do impacto for por deformidades anatômicas 
do acrômio, onde a cirurgia pode ser inevitável (METZKER, 2010). Além disso, há 
questionamentos quanto à eficácia da crioterapia em razão da vasoconstrição que pode levar a 
dificuldade na cicatrização tendinosa (ROBERTSON et al, 2009). Outros trabalhos concluem 
que as lesões do manguito rotador sofrem reparo de forma espontânea. O tratamento 
conservador, por meio da reabilitação fisioterapêutica, produz uma grande melhora no quadro 
funcional (HALL e BRODY, 2010; KISNER e COLBY, 2009). 
 
6. Conclusão 
 
 A SIO é uma alteração frequente na população e causa limitação funcional ao 
indivíduo nas AVD’S, atividades laborais e de lazer. A fisioterapia dispõe de diversos 
recursos e técnicas para alívio de dor, controle da inflamação, ganho de ADM, fortalecimento 
e consciência corporal. O fisioterapeuta que atua nesta área precisa ter conhecimento da 
anatomia e cinesiologia do complexo do ombro, pois desta maneira conseguirá elaborar um 
programa de exercícios capaz de corrigir os déficits e recuperar os movimentos ideais do 
indivíduo, além de educá-lo em relação à sua postura e práticas preventivas, promovendo 
saúde e funcionalidade. 
 
Referências 
 
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tratamento. 1ª Ed. São Pulo: Editorial premier, 2000 
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2001 
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Koogan, 2006. 
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São Paulo: Roca, 1999. 
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Guanabara Koogan, 2007 
10- HALL, S. J. Biomecânica Básica. 3ª Ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2000. 
11- HAMILL, J. KNUTZEN, K. Bases biomecânicas do movimento Humano. 1ª Ed. São Paulo: Editora 
Manole, 1999. 
12- HEBERT, S. BARROS, T. XAVIER, R. PARDINI, A. Ortopedia e Traumatologia: princípios e 
práticas. 4a Ed. Porto Alegre: Artmed, 2009. 
13- HOPPENFELD, S. Propedêutica ortopédica: coluna e extremidades. São Paulo: Editora Atheneu, 
2008 
14- KAPANDJI, I. A. Fisiologia Articular: Membro superior. 5ª Ed, volume 1. Guanabara Koogan. Rio 
de Janeiro, 2001. 
15- KISNER, C. COLBY, L. A. Exercícios Terapêuticos: Fundamentos e Técnicas. 5a ed. São Paulo: 
Manole, 2009 
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2003 
17- KITCHEN, S. BAZIN, S. Eletroterapia de Clayton. 10ª Ed. São Paulo: Editora Manole, 1998 
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16 
 
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http://dx.doi.org/10.1590/S0103-51502010000100014

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