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Glicogênese e glicogenólise Denis Broock Rosemberg Universidade Federal de Santa Maria Departamento de Bioquímica e Biologia Molecular Centro de Ciências Naturais e Exatas Bioquímica I - Curso de Zootecnia CONTEÚDO PROGRAMÁTICO Estrutura do glicogênio; Síntese do glicogênio: glicogênese; Degradação do glicogênio: glicogenólise; Regulação do metabolismo do glicogênio; Diferenças entre o metabolismo do glicogênio hepático e o muscular. PERÍODO ABSORTIVO (ESTADO ALIMENTADO) Utilização Tecidual da Glicose Síntese de Glicogênio, Proteínas e TAG 4 à 6 horas após HIPOGLICEMIA DE JEJUM Aumento dos níveis de insulina e baixa dos níveis de glucagon Baixa dos níveis de insulina e aumento dos níveis de glucagon CONDIÇÕES HIPOGLICÊMICAS GLICOGENÓLISE Gliconeogênese Lipólise MANUTENÇÃO DA GLICEMIA Busca da homeostasia (equilíbrio) Mobilização das reservas energéticas USO DA GLICOSE ABSORVIDA GLICOSE Glicogênese Via das pentoses Síntese de TAG CO2 + H2O Síntese de Glicogênio CO2 + H2O ATP + Lactato Síntese de Triacilglicerol (TAG) ESTRUTURA DO GLICOGÊNIO • Formam grânulos citoplasmáticos distintos que contem a maioria das enzimas necessárias para a síntese e degradação do glicogênio; • O glicogênio é um homopolissacarídeo de cadeia ramificada; • A ligação glicosídica principal é uma ligação α(14); • A cada oito a dez resíduos glicosil, existe uma ramificação contendo uma ligação α(16). ESTRUTURA DO GLICOGÊNIO Variação dos níveis de glicogênio hepático ao longo do dia Glicogênio: proeminente no fígado e músculos (os músculos apresentam cerca de 4 vezes mais glicogênio do que o fígado em razão de sua grande massa). Ocorrência: Citosol durante o Período Absortivo O substrato para a síntese do glicogênio é o composto uridina difosfato–glicose (UDP-glicose). Curiosidades sobre o glicogênio e a glicogênese Etapas da Glicogênese Passo 1: conversão da glicose-6-fosfato em glicose-1-fosfato (enzima fosfoglicomutase) Passos 2-3: ligação da glicose-1-fosfato à uridina trifosfato (UTP), formando UDP- glicose e liberando pirofosfato inorgânico (PPi) (enzima UDP-glicose pirofosforilase). O pirofosfato é hidrolisado a dois fosfatos inorgânicos (Pi) pela pirofosfatase Passo 4: A enzima glicogênio sintase alonga a cadeia de glicogênio a partir da UDP- glicose; Passo 5: Formação das ramificações do glicogênio pela enzima(amilo-(1,41,6)- transglicosidase (enzima ramificadora). O glicogênio é sintetizado a partir de moléculas de glicose-6-fosfato (G6P) Passo 1: conversão da glicose-6-fosfato em glicose- 1-fosfato (enzima fosfoglicomutase) Passos 2-3: Enzimas UDP-glicose pirofosforilase e fosfodiesterase Ligação da glicose-1-fosfato ao UTP; Formação da UDP-glicose; PPi: Quebra em 2 moléculas de Pi pela enzima fosfodiesterase. UDP-glicose é o substrato utilizado para a síntese do glicogênio A glicogênio sintase é responsável por catalisar as ligações α(14) no glicogênio; Tal enzima é capaz de alongar a cadeia, mas não inicia a síntese; Um fragmento de glicogênio pode servir como um iniciador em células com estoque remanescente; Iniciador de síntese: proteína glicogenina como receptora de resíduos de glicose; O alongamento da cadeia envolve a transferência de glicose da UDP-glicose à extremidade não redutora da cadeia em crescimento, formando uma ligação glicosídica. Passo 4: Alongamento da cadeia de glicose do glicogênio Glicogenina acoplada ao glicogênio Etapas da reação catalisada pela glicogênio sintase Passo 5: Ramificação da cadeia de glicogênio São necessárias 4 unidades de glicose para que a glicogênio sintase adicione as moléculas de glicose ao glicogênio GLICOGENÓLISE Enzimas envolvidas Esquema da degradação do glicogênio • A rota degradativa não é uma simples reversão das reações de síntese; • O produto primário é a glicose 1-fosfato, obtida pela hidrólise das ligações glicosídicas α(14); • A glicogênio fosforilase (enzima que requer o piridoxal fosfato como coenzima) cliva as ligações α(14) entre os resíduos glicosil nas extremidades não-redutoras das cadeias de glicogênio por simples fosforólise; • Posteriormente, atua a enzima desramificadora, a qual cliva a ligação α(16) do glicogênio. Etapas da glicogenólise A glicose-1-fosfato é convertida em glicose-6-fosfato pela fosfoglicomutase. A glicose 6-fosfato pode ser oxidada pela via glicolítica ou ser desfosforilada pela glicose-6- fosfatase, gerando glicose livre no fígado. Por não expressar a glicose-6-fosfatase, o músculo é incapaz de gerar glicose livre, sendo que a glicose-6-fosfato segue para a via glicolítica para ser oxidada e fornecer energia. Destino da glicose 6-fosfato Atividade da enzima desramificadora Relação entre o metabolismo do glicogênio hepático e muscular Regulação do metabolismo do glicogênio A glicogênio sintase e a glicogênio fosforilase respondem aos níveis de metabólitos e necessidades de energia da célula. Síntese de glicogênio: altos níveis de energia e concentração de substratos Degradação do glicogênio: níveis de energia e suprimentos disponíveis de glicose baixos. No estado pós-alimentar, a glicogênio sintase é alostericamente ativada pela glicose-6-fosfato quando esta está presente em concentração elevada; A glicogênio fosforilase é alostericamente inibida pela glicose-6- fosfato, bem como pelo ATP, um sinal de alta energia na célula. Hormônios como reguladores do metabolismo celular Modelo de ação da Insulina e Glucagon Regulação da glicogênio sintase Regulação da glicogênio fosforilase Regulação da fosforilase cinase Reações em cascata Amplificação do sinal Regulação do metabolismo do glicogênio e da glicose no estado de jejum Metabolismo comparado do fígado e músculo em situações de jejum e estresse Regulação do metabolismo do glicogênio e da glicose no estado alimentado Síntese da regulação do metabolismo do glicogênio