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18/05/2019 1 Doutorando em Nutrição – UFPE Mestre em Bioquímica e Fisiologia – UFPE Especialista em Reabilitação Cardiopulmonar e Metabólica - UPE Bacharelado em Educação Física - ASCES Preceptor de Educação Física das Residências Multiprofissionais em Saúde do Idoso e Cuidados Paliativos - IMIP Diabetes mellitus representa um dos maiores desafios à medicina no século 21. Representa um grave problema de saúde pública com grande impacto social e econômico. (IDF, 2015) Epidemiologia do Diabetes mellitus Numero de pessoas com diabetes no mundo 1985 30 milhões 1995 135 milhões 2002 173 milhões PROJEÇÃO 300 milhões em 2030 Diretrizes da sociedade Brasileira de Diabetes – SBD (2015) (IDF, 2015) Global report on diabetes. World Health Organization WHO 2016 1 2 3 4 5 6 18/05/2019 2 Quais razões explicam o aumento na prevalência de diabetes SEDENTARISMO 4 principal fator de risco de mortalidade global e provoca 6% de todas as mortes. É um fator de risco chave para doenças crônicas não-transmissíveis como: doenças cardiovasculares, câncer e diabetes. (OMS, 2016) OBESIDADE ENVELHECIMENTO Maior sobrevida de pacientes com diabetes (DIRETRIZES, SBD, 2018) DIABETES 7 8 9 10 11 12 18/05/2019 3 Grave e complexa desordem metabólica, congênita ou adquirida, caracterizada por distúrbios no metabolismo de lipídios, carboidratos e proteínas. (DESHPANDE et al., 2008; BAVILONI et al., 2010) DECORRENTE DE PREJUÍZOS NA SECREÇÃO E/OU NA AÇÃO DA INSULINA (DESHPANDE et al., 2008; BAVILONI et al., 2010) Presença de GLICOSE na urina (glicosúria) CLASSIFICAÇÃO Destruição das células beta pancreáticas com consequente deficiência de insulina; Diabetes tipo I Representa 5-10% dos casos Diretrizes da SBD, (2018) ✓ AUTO-IMUNE ✓ IDIOPÁTICO ESTÁGIOS DO DM TIPO 1 E SUAS CARACTERÍSTICAS Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 13 14 15 16 17 18 18/05/2019 4 CLASSIFICAÇÃO Defeitos na AÇÃO E/OU na SECREÇÃO da insulina. Diabetes tipo II Representa 90-95% dos casos Diretrizes da SBD, (2018) INDICACÃO PARA RASTREAMENTO DE DM2 EM INDIVÍDUOS ASSINTOMÁTICOS Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 biguanidas sulfonilureia análogo de GLP-1 ALTERAÇÕES METABÓLICAS ASSOCIADAS À HISTÓRIA NATURAL DO DIABETES TIPO 2 Negrão C. E. Barreto A. C. P. Cardiologia do exercício : do atleta ao cardiopata 3ed. Manole. 2010 CLASSIFICAÇÃO DIABETES GESTACIONAL Trata-se de uma intolerância a carboidratos de gravidade variável, que se iniciou durante a gestação atual, sem ter previamente preenchido os critérios diagnósticos de DM. lactogênio placentar humano (hPL) Antagônico a insulina estrógenos e as progestinas ↓sensibilidade à insulina A gestação consiste em condição diabetogênica, uma vez que a placenta produz hormônios hiperglicemiantes e enzimas placentárias que degradam a insulina, com consequente aumento compensatório na produção de insulina e na resistência a insulina, podendo evoluir com disfunção das células β. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 19 20 21 22 23 24 18/05/2019 5 FATORES DE RISCO PARA O DMG Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 CLASSIFICAÇÃO OUTROS TIPOS ESPECÍFICOS ✓Defeitos genéticos da função da célula β ✓Defeitos genéticos da ação da insulina ✓Doenças do pancreáticas ( pancreatites, alcoolismo, câncer e cirurgias) ✓Indução por drogas ou produtos químicos ( Diabetes medicamentosa) Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 CINCO NOVOS SUBGRUPOS DE DIABETES DO ADULTO E SUA ASSOCIAÇÃO COM DESFECHOS Perfis dos novos grupos de diabetes Davenport Liam. Diabetes Consists of Five Types, Not Two, Say Researchers. March 1, 2018. D a v e n p o rt L ia m . D ia b e te s C o n si st s o f F iv e T y p e s, N o t Tw o , S a y R e se a rc h e rs . M a rc h 1 , 2 0 1 8 . COMPLICATIONS 25 26 27 28 29 30 18/05/2019 6 A hiperglicemia crônica está associada às complicações microvasculares STRUTHERS & MORRIS, 2002; DEVEREUX, et al., 2007; RAHMAN, et al., 2007; NGUYEN, et al., 2012 DISLIPIDEMIA DIABÉTICA GRAF, et al., 2010; CHAVALI, et al., 2013 L I P Ó L I S E P R O T E Ó L I S E SINTOMAS 31 32 33 34 35 36 18/05/2019 7 POLIDIPSIA POLIÚRIA POLIFAGIA Glicose no sangue Excesso de glicose no sangue HIPERGLICEMIA GLICOSÚRIA SINTOMAS INESPECÍFICOS Sonolência; Cansaço físico e mental; Dores generalizada Perda de peso; Cãimbras; Sensações de adormecimento nas extremidades. 37 38 39 40 41 42 18/05/2019 8 DIAGNÓSTICO Critérios laboratoriais para diagnostico: normoglicemia, pré-diabetes e DM, adotados pela SBD. Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018 43 44 45 46 47 48 18/05/2019 9 Alternativas para o tratamento do DM x Influencia na saúde e qualidade de vida Forma eficaz para o controle e redução da glicemia Exercício Alimentação TERAPIA FARMACOLOGICA DEROSA G. SIBILLA S. Vasc Health Risk Manag. 3: 665-671, 2007. OBJETIVOS GERAIS DO TRATAMENTO ▪ Situar o paciente na faixa de normalidade do IMC; ▪ Controle metabólico sustentável; ▪ Prevenir complicações; ▪ Melhorar a qualidade de vida e tempo de vida! VANCEA (2009) 49 50 51 52 53 54 18/05/2019 10 TE R A P IA D O D IA B ET ES OBJETIVO BRUNTON L. L. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman . 2012 Aliviar os sintomas relacionado a hiperglicemia (fadiga, poliúria) e evitar ou reduzir as complicações agudas e crônicas do diabetes Para que as metas sejam alcançadas é preciso de dispor de equipe multiprofissional, com experiencia em farmacologia, nutrição e educação do paciente. B R U N TO N L . L . A s B as es F ar m ac o ló gi ca s d a Te ra p êu ti ca d e G o o d m an & G ilm an . 2 01 2 BRUNTON L. L. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman . 2012 COMPONENTES DA ASSISTÊNCIA INTEGRAL AO DIABETES MECANISMO DE AÇÃO DA INSULINA INSULINA, GLUCAGON E HOMEOSTASIA DA GLICOSE BRUNTON L. L. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman . 2012 FISIOPATOLOGIA DO DIABETES TIPO 2 BRUNTON L. L. As Bases Farmacológicas da Terapêutica de Goodman & Gilman . 2012 55 56 57 58 59 60 18/05/2019 11 MECANISMO DE SECREÇÃO DE INSULINA Insulina GLUT4 Glicose Membrana Celular Glicólise Célula BERNE & KEVY(2009) P P P IRS-1 IRS-2 P PI3-q PI3-q PI 3-q TYR PI (4,5)-P2 PI (4)-P PP Fosfoinositídeos PI (3,4,5)-P3 PI (3,4)-P2 P P PDK 1/2 AKT Captação de glicose Ante-lipólise Síntese de glicogênio Síntese de PTN Glut 4 GLIC Gli Gli Gli Gli Gli Meio extracelular Meio intracelular PDK 1/2 Insulina S-S S-S S-S Receptor de insulina α α ββ Slide by Rodrigo J. Pauli TNF-a ESTRATÉGIAS DA TERAPIA Estratégia farmacológica consiste na administração de uma quantidade suficiente de insulina exógena para obter normoglicemia, sem induzir hipoglicemia PARA PACIENTES COM DIABETES TIPO I (GOLAN ,2012) ESTRATÉGIAS DA TERAPIA (GOLAN ,2012) Por exemplo, o tratamento com insulina reverte a degradação dos AMINOÁCIDOS no músculo e a CETOGÊNESE no fígado. O TRATAMENTO APROPRIADO DE PACIENTES COM DIABETES TIPO I NÃO APENAS PRODUZ NORMOGLICEMIA como tambémreverte a resposta de inanição metabólica mediada pela ação dos hormônios contra- reguladores 61 62 63 64 65 66 18/05/2019 12 TIPOS DE INSULINA Marca comercial Inicio Pico Duração N-Humalin 1-2 h 4-10 h + 10 h N-Novolin 1-2 h 4-10 h + 10 h Lantus 2-4 h Sem pico 20-24 h Levemir 2-4 h Sem pico 10-20 h Insulina basal – AÇÃO LENTA VANCEA (2009) TIPOS DE INSULINA Marca comercial Inicio Pico Duração Humalog 5-15 min 30-90 min 3 h Novorapid 5-15 min 30-90 min 3 h R-Humalin 30-60 min 2-3 h 5-8 h R-Novolin 30-60 min 2-3 h 5-8 h Insulina antes das refeições – AÇÃO RÁPIDA Os tempos individuais de ação podem variar dependendo de diversos fatores, incluindo condições ambientais, nível de atividade e local de injeção. Por isso, a monitorização da glicemia antes e depois das sessões de exercício é de extrema importância. VANCEA (2009) INÍCIO E DURAÇÃO DE AÇÃO DA INULINA E DE SEUS ANÁLOGOS EXEMPLOS DE 3 ESQUEMAS DE TRATAMENTO QUE REPÕEM INSULINA PRANDIAL E BASAL Antagonistas dos receptores β adrenérgico mascaram os sintomas de hipoglicemia MASCARAM AS SUPERDOSAGENS DE INSULINA 67 68 69 70 71 72 18/05/2019 13 SECREÇÃO BIFÁSICA DA INSULINA SECREÇÃO BIFÁSICA DA INSULINA ESTRATÉGIAS DA TERAPIA (GOLAN ,2012) Alguns pacientes com diabetes Tipo II podem conseguir um bom controle da doença ao modificar a sua dieta e hábitos de EXERCÍCIOS FÍSICOS O TRATAMENTO DO DIABETES TIPO II É MULTIFACETADO Em primeiro lugar, os pacientes obesos devem empenhar-se para reduzir o peso corporal. A FIM DE MELHORAR A SENSIBILIDADE À INSULINA OS TRATAMENTOS FARMACOLÓGICOS INCLUEM: AGENTES DISPONÍVEIS POR VIA ORAL ▪ Atuam no sentido de retardar a velocidade de absorção da glicose no intestino ▪ Amílase pancreática atua sobre o amido (polissacarídeo de cadeia longa) transformando-o em maltose (dissacarídeo), já que a atividade da amílase salivar termina ao chegar ao meio ácido do interior do estômago. A maltose e os restantes glicídos serão degradados por enzimas específicas (dissacaridases e oligossacaridases) ▪ Inibidores da α-glicosidase ▪ Aumentar a secreção de insulina pelas células (sulfoniluréias, meglitinidas e compostos miméticos do GLP-1) ▪ Aumentar a sensibilidade à insulina nos tecidos-alvo (tiazolidinedionas e biguanidas). (GOLAN ,2012) Em geral, esses agentes são ineficazes para pacientes com diabetes Tipo I. Os pacientes com diabetes Tipo II são frequentemente tratados com associações desses fármacos e, por conseguinte, utilizam múltiplas estratégias; entretanto, alguns acabam necessitando de tratamento com insulina exógena. 73 74 75 76 77 78 18/05/2019 14 DURAÇÃO DO DM2, SUFICIÊNCIA DA INSULINA ENDÓGENA E SEQUÊNCIA RECOMENDADA DO TRATAMENTO GIP = Peptídeo inibidor gástrico, GLP-1= glucagon-like peptide 1 Miméticos de incretinas: -Exenatida (mimética do GLP-1) -Gliptinas (-) degradação das incretinas Incretinas: GIP , GLP-1 ↑ precoce da insulina - Glucagon - Retarda absorção SECRETAGOGOS DE INSULINA: SULFONILURÉIAS SULFONILURÉIAS Estimulam a liberação de insulina das células do pâncreas, aumentando, assim, a insulina circulante para níveis suficientes para superar a resistência à insulina Em nível molecular, as sulfoniluréias atuam ao inibir o canal de K+/ ATP da célula na subunidade β SUR1 MEGLITINIDAS receptor de sulfoniluréia (SUR1) 79 80 81 82 83 84 18/05/2019 15 SENSIBILIZADORES DA INSULINA: BIGUANIDAS METFORMINA ▪Utilizado para pacientes diabéticos tipo II e obesos; ▪Não aumenta o peso corporal; ▪Não induz hipoglicemia; ▪Não atua diretamente sobre a secreção de insulina; MECANISMO DE AÇÃO DAS METFORMINA Proteinocinase dependente de AMP (AMPK [AMP-dependent protein kinase] AMPK Inibe gliconeogênese hepática Redução da absorção de glicose pelo TGI Estimula glicólise nos tecidos Redução dos níveis de glucagon Aumenta a sensibilização do receptor da insulina MECANISMO DE AÇÃO DAS GLITAZONAS PPARγ Diminui gliconeogênese hepática Aumenta a sensibilização do receptor da insulina NÚCLEO O receptor ativado pelo proliferador peroxissômico (PPARγ) Mecanismo de ação dos inibidores da α-GLICOSIDASE INIBIDOR AMIDO DEXTRINA DISSACARÍDEOS Retarda a absorção dos carboidratos pelo TGI e atenua a elevação pós-prandial de glicose plasmática Agonista do recpetor do GLP-1 85 86 87 88 89 90 18/05/2019 16 HIPERGLICEMIA: O PAPEL DO EXERCÍCIO FÍSICO GLUT4 e hexoquinase II (HKII) como determinantes da captação de glicose músculo esquelético durante o exercício. 91 92 93 94 95 96 18/05/2019 17 EXERCISE, GLUT4, AND SKELETAL MUSCLE GLUCOSE UPTAKE (Erik A. Richter and Mark Hargreaves, Physiol Rev 2013) 97 98 99 100 101 102 18/05/2019 18 GLUT4 and mitochondrial markers increased after 2 wk of low-volume high intensity interval training. Exercise and insulin regulation of glucose transport. A proposed model for the signaling pathways mediating exercise and insulin induced skeletal muscle glucose transport is shown. 103 104 105 106 107 108 18/05/2019 19 MECANISMOS ASSOCIADOS À MELHORA DA SENSIBILIDADE À INSULINA APÓS TREINAMENTO FÍSICO EM DIABÉTICOS TIPO 2 Negrão C. E. Barreto A. C. P. Cardiologia do exercício : do atleta ao cardiopata 3ed. Manole. 2010 HIPERGLICEMIA: O PAPEL DA DIETA 109 110 111
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