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Caso Concreto 6 Pratica V AÇÃO POPULAR

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1 
 
AO DOUTO JUÍZO DA ___ VARA FEDERAL DE FLORIANÓPOLIS/SC. 
(Espaço de 10 linhas) 
 
 
 JOÃO, (QUALIFICAÇÃO + TÍTULO DE ELEITOR & ENDEREÇO COMPLETO), vem, muito 
respeitosamente perante Vossa Excelência, por intermédio de seu advogado adiante assinado, 
instrumento procuratório anexo, com endereço profissional na rua , nº, bairro..., Cidade/UF, CEP, e 
com endereço eletrônico xxx@xxx.com, propor a presente 
 
AÇÃO POPULAR c/ PEDIDO DE TUTELA DE URGÊNCIA 
 
Em face do SENADOR DA REPÚBLICA, pelos fatos e fundamentos de direito a seguir 
expostos: 
 
I- DOS EVENTOS FÁTICOS 
 
O autor, nascido e domiciliado em Florianópolis – SC, indignou -se ao saber, em abril de 
2009, por meio da imprensa, que o senador que merecera seu voto nas últimas eleições havia 
determinado a reforma total de seu gabinete, orçada em mais de R$ 1.000.000,00 (um milhão de 
reais), a qual seria custeada pelo Senado Federal. 
A referida reforma incluía aquecimento e resfriamento com controle individualizado para o 
ambiente e instalação de ambiente físico para projeção de filmes em DVD, melhorias quais João 
considera desproporcionais e suntuosas, incompatíveis com a atual realidade brasileira, que com 
seus gastos excessivos, fere os princípios constitucionais basilares da moralidade administrativa, da 
razoabilidade e ainda sendo desproporcional ao quadro que atualmente vive o Brasil. 
O senador declarara, em entrevistas, que os gastos com a reforma seriam necessários para 
a manutenção da representação adequada ao cargo que exerce. 
 Tendo tomado conhecimento de que o processo de licitação já se encerrara e que a obra 
não havia sido iniciada, o autor, temendo que nenhum ente público tom asse qualquer atitude para 
impedir o início da referida reforma, dirigiu-se a uma delegacia de polícia civil, onde foi orientado 
a que procurasse a Polícia Federal, sem sucesso, o autor não vê outra medida se não promover a 
medida judicial cabível para atender aos interesses populacionais. 
2 
 
 
II - DOS FUNDAMENTOS JURÍDICOS 
 
Ab initio, a ação popular é a ação constitucional de natureza civil, conferida a todos os 
cidadãos para a impugnação e a anulação dos atos administrativos comissivos e omissivos que 
sejam lesivos ao patrimônio público em geral , à moralidade administrativa, ao meio ambiente e 
ao patrimônio histórico e cultural, com a imediata condenação dos administradores, dos agentes 
administrativos e, também, dos beneficiados pelos atos lesivos ao ressarcimento dos cofres 
públicos, em prol da pessoa jurídica lesada, conforme estabelece o art. 5º, LXXIII, da CRFB/88, 
onde se lê: 
 ‘’Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular que vise a anular ato 
lesivo ao patrimônio público ou de entidade de que o Esta do participe, à moralidade 
administrativa, ao meio ambiente e ao patrimônio histórico e cultural, ficando o 
autor, salvo comprovada má- fé, isento de custas judiciais e do ônus da 
sucumbência.’’ 
 
Assim, para ser legitimado ativo da ação popular segundo o mandamento constitucional do 
art . 5º, LXXIII, combinado com o art. 1º da Le i n. 4.717/65, é necessário ser cidadão na forma do 
art. 12 da CRFB/88, desde que em pleno gozo dos seus direitos políticos, o que o impetrante 
comprova juntando Título de Eleitor e a certidão de regularidade da Justiça Eleitoral, anexos na 
inicial. 
A exigência de ser cidadão também está expressam ente prevista n o art. 1º da Lei n. 
4.717/6 5, abaixo transcrito: 
“Qualquer cidadão será parte legítima para pleitear a anulação ou a declaração de 
nulidade de atos lesivos ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados, 
dos Municípios, de entidades autárquicas, de sociedades de economia mista, de 
sociedades mútuas de seguro nas quais a União represente os segurados ausentes, 
de empresas públicas, de serviços sociais autônomos, de instituições ou fundações 
para cuja criação ou custeio o tesouro público haja concorrido ou concorra com 
mais de cinquenta por cento do patrimônio ou da receita ânua, de empresas 
incorporadas ao patrimônio da União, do Distrito Federal, dos Estados e dos 
Municípios , e de quaisquer pessoas jurídicas ou entidades subvencionadas pelos 
cofres públicos”. 
 
Além disso, para a propositura da Ação Popular, há ainda os requisitos legais previstos no 
art. 2º da Lei n. 4. 717/65, onde se lê: 
3 
 
 ‘’Art. 2º São nulos os atos lesivos ao patrimônio das entidades mencionadas no 
artigo anterior, nos casos de: 
a) incompetência; 
b) vício de forma; 
c) ilegalidade do objeto; 
d) inexistência dos motivos; 
e) desvio de finalidade. ’’ 
 
Cumpre destacar que houve lesão ao patrimônio público, pois foi utilizado dinheiro do 
Senado Federal para beneficiar um agente político em suas pretensões pessoais, em termos de 
melhorias do seu próprio gabinete, o que de forma expressa é vedado pela Constituição, nos 
termos do art . 37, caput, já que a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes 
da União, dos Esta dos, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá a os princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. 
 Havendo, portanto, expressa violação ao princípio da moralidade, uma vez que o dinheiro 
público e a máquina pública foram gastos para atender fins pessoais. 
Também pode ser aplicado ao caso em tela o disposto no art. 4º , I, da Lei n. 4.717/65, que 
estabelece que sejam também nulos os atos ou contratos, praticados ou celebrados por quaisquer 
das pessoas ou entidades referidas no art. 1º da Lei n. 4.7 17/65, com o por exemplo, a admissão 
ao serviço público remunerado, com desobediência, quanto às condições de habilitação, das 
normas legais, regulamentares ou constantes d e instruções gerais. 
Destaque- se que, em regra, a competência para julgar ação popular contra ato de qualquer 
autoridade, até mesmo do Senado Federal, é, via de regra, do juízo competente de primeiro grau. 
Sendo para tanto competente o Juiz Federal, e, no caso, no domicílio do autor. 
Diante de todo o exposto e da gravidade dos f atos, a presente ação deve ser julgada 
procedente. 
III – DA TUTELA DE URGÊNCIA 
 
Assim estabelece o art. 5º § 4º, da lei nº 4.717/1965; que na defesa do patrimônio público 
caberá a suspensão o ato lesivo impugnado antecipadamente. 
Há um plano inadequado o custo da reforma do gabinete do senador, orçado e avaliado em 
um milhão de reais, tal reforma com processo de licitação encerrado, mas ainda não iniciada a 
obra, o autor temendo que nenhum ente publico tomasse qualquer atitude para impedir o inicio 
da referida reforma, e como já demostrado, tal si, tendo em vista a enorme dificuldade de 
4 
 
reembolso ou ressarcimento futuro do erário. Presentes o ‘ fomus boni iuris’ e o ‘periculum in 
mora’ é cabível o pedido e necessário à concessão da Tutela de Urgência. 
 
 IV - DOS PEDIDOS 
 
Por todo e exposto, requer: 
 
1- A concessão da tutela de urgência para impedir o inicio da reforma e, caso já iniciada, que 
seja paralisada de imediato; 
2- A notificação do Senador, para prestar esclarecimentos; 
3- A citação da Advocacia Geral da União (AGU), para prover a defesa do ato impugnado; 
4- A devida Intimação do Ministério Público Federal; 
5- Procedência da Ação para invalidar o ato da reforma, com consequente ressarcimento aos 
cofres públicos, ratificando ao final a tutela anteriormente deferida; 
6- A condenação em custas e honorários advocatícios; 
 
III – DAS PROVAS 
 
 Protesta por todos os meios de prova em direito admitidas, em especial a documental e 
pericial; 
 
 
IV – DOVALOR DA CAUSA 
 
 Dá-se a causa o valor de R$ 1.000,000,00 (um milhão de reais) 
 
Nestes termos, 
Pede deferimento 
Local e data 
Nome do Advogado(a) /OAB/nº 
Aluno: Fernando Leal(201502023539) 
Universidade Estácio de Sá/ West Shopping

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