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A Paisagem dos Sonhos

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A Paisagem dos Sonhos
O texto fala do encontro do autor com um artista chamado Franco Magnam. Franco é apresentado primeiramente como um “artista da memória”.
O autor conheceu Franco quando este promoveu um simpósio e uma exposição sobre a memória. A exposição incluía 50 pinturas e desenhos feitos por ele, todos representando Pontito, uma pequena cidade no alto de um morro na Toscana onde o artista nasceu, mas não havia retornado ao local por mais de 30 ano.
Ao lado haviam fotografias de Pontito, tiradas pelo fotógrafo do exploraorium, Susan Schuvortzenherg.
Não se tratava apenas de um exercício de memória, mas era, igualmente, um exercício de saudade -não apenas um exercício, mas uma compulsão, e uma arte.
O autor visitou a casa de Franco, todos os quartos tinham pinturas nas paredes e todas as gavetas e armário lembravam menos uma casa e mais um museu, totalmente dedicado à lembrança, à reprodução de sua memória de Pontito.
Era um tipo de perambulação a esmo, obcecado e internamente incoerente e disperso, parecia próprio de Franco: monstraraa qualidade de sua obsessão, o fato de pensar em Pontito dia e noite, à exclusão de todo o resto.
O que tinha servido para transformar suas memórias, para retirá-las da esfera pessoal, tirivial e temporal, e elevá-las ao domínio do universal e do sagrado?
Pontto era um vilarejo nos montes perto de Florença. Possui linguagem ancestral, tradicional de sua cultura agrícola, os edifícios todos de pedra. Isolada, sem modificações, tradicional, Pontito era uma cidade contra o fluxo do tempo e da mudança. A terra era fértil, os habitantes industriosos, até o momento de deflagração da Segunda Guerra Mundial.
Com a entrada dos nazistas, que tomaram o vilarejo, expulsaram seus habitantes, Pontito se uniu e entrou reerguer-se após a guerra, mas não conseguiu recuperar-se totalmente dos estragos avassaladores da guerra. Era notável pela memória fotográfica de Franco transpassada para os quadros.

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