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UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO CURSO DE GRADUAÇÃO ENGENHARIA CIVIL ANNA PAULA ALVES DE MELO JONAS ALISSON PEREIRA DE LIMA ESTUDO PARA MELHORIA DO TRÁFEGO DO CRUZAMENTO DA AVENIDA CARDOSO DE SÁ COM A RUA COLINA IMPERIAL JUAZEIRO – BA 2019 ANNA PAULA ALVES DE MELO JONAS ALISSON PEREIRA DE LIMA ESTUDO PARA MELHORIA DO TRÁFEGO DO CRUZAMENTO DA AVENIDA CARDOSO DE SÁ COM A RUA COLINA IMPERIAL JUAZEIRO – BA 2019 Trabalho apresentado a Universidade Federal do Vale do São Francisco – UNIVASF, Campus Juazeiro-BA, como requisito para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Orientadora: Profª.DSc. Nailde de Amorim Coelho. Orientador: Prof.______________________ Co-orientador: Prof.____________________ Orientador: Prof.______________________ catalográfica elaborada pelo Sistema Integrado de Biblioteca SIBI/UNIVASF Bibliotecário Renato Marques Alves – CRB 5 -1458 Melo, Anna Paula Alves. Lima, Jonas Alisson Pereira. M528e Estudo para melhoria de tráfego do cruzamento da avenida Cardoso de Sá com a rua Colina Imperial / Anna Paula Alves de Melo; Jonas Alisson Pereira de Lima. – Juazeiro, 2019. xv, 60 f. :il 15.; 29 cm. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) - Universidade Federal do Vale do São Francisco, Campus Juazeiro-BA, 2019. Orientadora: Prof. Dra. Nailde de Amorim Coelho. 1. Trânsito – Petrolina (PE). I. Título. II. Lima, Jonas Alisson Pereira de. III. Coelho, Nailde de Amorim. IV. Universidade Federal do Vale do São Francisco. CDD 388.31 AGRADECIMENTOS Agradecimento por Anna Paula Alves de Melo. “Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu”, esta foi a frase que acompanhou minha trajetória nesses anos que por muitas vezes pareceram infinitos. Anos de amadurecimento pessoal e profissional, anos de incerteza, anos de aprendizado. Será que foi o curso certo? Será que valeu a pena mudar de cidade? Será que vai dar certo? Bom, acho que deu. Como diz dona Edna: Não tem pra onde correr, você agora é engenheira. Gostaria de agradecer em primeiro lugar à Deus, pelo seu cuidado, amor, fidelidade e por me conceder a realização desse sonho. Tu és o meu Deus, graças te darei! Agradeço aos meus pais que lutaram pelos meus estudos e abraçaram essa aventura. Ao meu pai, Manoel, que sempre me motivou, cobrou e patrocinou tudo isso. Obrigada por me ajudar a não desistir, e mostrar que é levantando, sacudindo a poeira e dando a volta por cima que conseguimos vencer. À minha mãe, Edna, que sempre orou por mim, me orientou e travou lutas para que eu pudesse concluir a graduação, esse diploma também é seu. Amo vocês. Aos meus irmãos(ã), cunhados(as) e sobrinhos(as), que cederam a casa, o tempo e caronas nos primeiros períodos e me ajudaram na minha adaptação nessa cidade. Obrigada pelo suporte e incentivo. A professora e orientadora Nailde Amorim, gratidão por ter aceitado esse desafio de orientar esse trabalho em dupla de uma área ainda pouco explorada pelos alunos de engenharia civil da UNIVASF. Agradeço aos meus professores, que dividiram comigo todo o conhecimento possível, e que na reta final compreenderam meus desafios e contribuíram para essa vitória, especialmente professora Sylvia Paes e professor Anderson Barbosa. Agradeço aos colegas de trabalho e a supervisão do Expresso Cidadão Petrolina, especialmente Ednilson Santos, Jordana de Almeida, Natanael Damasceno e Ronaldo Berlamino pela compreensão e apoio aos meus estudos. Aos colegas e superiores do estágio no setor da DDI/PROPLADI - UNIVASF, vocês me ensinam a cada dia que a engenharia consegue ir além do concreto, e que ter consciência sustentável é uma atitude que faz a diferença. Aos amigos e amigas, muito obrigada pelo apoio, vocês foram essenciais trazendo leveza a minha vida e momentos dos quais guardarei com carinho. Destes enfatizo Maysa Arlany, Luan Duarte, Luana Santos, Gabriel Amorim, Daniel Amorim, Diones Magalhães e meus companheiros da engenharia civil que pretendo levar para vida, Alcides Barbosa, Alexandre Passos, Davison Caíque, Isabela Santos, Jenifer Tejada, José Danrley, Paulo Victor e Rafaela Antônia. Finalizando agradeço a AMMPLA pelo auxílio em ceder dados fundamentais para a realização desse trabalho e pelas orientações sobre o tráfego em estudo. Também agradeço ao meu companheiro de TCC, Jonas Alisson, que dividiu comigo toda a trajetória da graduação e por fim esse fardo, e que agora, juntos poderemos dizer: Enfim Engenheiros! Agradecimento por Jonas Alisson Pereira de Lima. Quem diria que depois de tantos percalços desse longo trajeto, eu chegaria até aqui. Eu sabia que não seria uma caminhada fácil e que estaria sozinho em boa parte dessa nova jornada, longe da família e amigos, longe daqueles que sempre me apoiaram, mas mesmo assim eu decidi me aventurar, foi difícil, foi sofrido, foi doloroso, muitos obstáculos surgiram e eu pensava “dessa vez é o fim”, mas como diz um velho provérbio “Acima das nuvens, tem sempre um céu azul”, fui em frente e a cada novo obstáculo superado eu me sentia mais forte, mais determinado a alcançar aquilo que eu sempre almejei, e hoje posso dizer CONSEGUI! Essa trajetória eu não fiz sozinho, tive apoios diretos e indiretos os quais gostariam de agradecer nesse pequeno espaço. Mesmo parecendo clichê começarei agradecendo a Deus por todo amparo em todos os momentos que vivenciei. Agradeço também a minha Vó Maria que hoje infelizmente não está mais presente, mas que sempre acreditou em seu neto, sempre o apoiou e o incentivou. Obrigado Vó. Agradeço a minha Mãe Dora, por dividir comigo toda carga pesada a qual suportei, por todos os conselhos, por todas orações e por sempre acreditar que eu chegaria lá. Quero agradecer também a meu avô Silvio, minhas tias Sandra e Dinha que mesmos distantes sempre cuidaram de mim. A melhor orientadora que a UNIVASF possui, professora Nailde Amorim, por todo conhecimento passado, todas as dicas e conselhos, por toda sua orientação para que esse TCC fosse o melhor possível. Aos amigos que encontrei nesse árduo caminho e que passamos a seguir juntos, Alcides Neto, Davison Caíque, Isabela Sousa, Rafaela Antônia e Tássila Galdino. E sem esquecer aquela que teve um papel essencial na realização desse TCC, e também que sempre esteve ao meu lado em todos os momentos, obrigado Anna Paula, minha dupla de TCC que se tornou também da vida. RESUMO A cidade de Petrolina é município do interior do estado de Pernambuco mais importante do sertão, situada na Mesorregião do São Francisco Pernambucano, distante 712 km a oeste de Recife, capital estadual. Esta, vem se desenvolvendo economicamente, o que gera um aumento populacional que afeta diretamente o número da frota de veículos na região. Muitas regiões são impactadas por esse aumento, e a área de tráfego acaba ficando ineficiente na função de escoar todo o fluxo de veículos gerado. Com esse incremento no trânsito, o planejamentovoltado ao fluxo de tráfego para atender necessidades atuais e futuras da população se mostra cada vez mais importante. Foi observado que na entrada da cidade universitária há um cruzamento composto pela intersecção da Avenida Cardoso de Sá com a rua Colina Imperial, que vem gerando um incômodo para os condutores que a utilizam constantemente. Desse modo, este trabalho teve enfoque na demonstração do problema encontrado atualmente e na apresentação de propostas que venham a minorar esses transtornos, como a possibilidade de mudança de sentido das vias, alteração em semáforos e modificação da sinalização vertical e horizontal. Foram utilizados como base de estudos os manuais de trânsito do CONTRAN, DENATRAN e DNIT. Houve também a contribuição da AMMPLA, órgão municipal responsável pelo gerenciamento de tráfego na cidade, em ceder os dados de veículos do sítio analisado. A metodologia aplicada seguiu os preceitos dos manuais citados. Ao final da análise, tendo os resultados apresentados, propôs-se uma nova configuração ao cruzamento visando a melhoria do fluxo de tráfego e a segurança dos condutores no cruzamento. Palavras-chave: fluxo de tráfego; melhoria de trânsito; cidade universitária. ABSTRACT The city of Petrolina is a municipality of the interior of the state of Pernambuco most important of the sertão, located in the Meso-region of São Francisco Pernambucano, distant 712 km west of Recife, state capital. This has been developing economically, which generates a population increase that directly affects the number of the vehicle fleet in the region.Many areas are impacted by this increase, and the traffic area ends up being inefficient in the function of draining all this flow of vehicles. With this increase in traffic, traffic-oriented planning to meet current and future needs of the population is becoming increasingly important. It was observed that in the university city composed by the intersection of Av. Cardoso de Sá and the Colina Imperial street has been generating a nuisance for the drivers who use it constantly. Thus, this work focused on the demonstration of the problem currently encountered and on the presentation of proposals that may alleviate these disorders, such as the possibility of changing lanes, altering traffic lights and modifying vertical and horizontal signs. The CONTRAN, DENATRAN and DNIT transit manuals were used as the basis of studies, and there was also AMMPLA's contribution in assigning the vehicle data of the analyzed site. The applied methodology followed the precepts of the cited manuals. At the end of the analysis, with the results presented, a new configuration was proposed at the intersection aiming at improving the traffic flow and the safety of the drivers at the intersection. Key-words: traffic flow; traffic improvement; University City. LISTAS DE FIGURAS Figura 1 - Movimentos Convergentes 19 Figura 2 - Movimentos Divergentes 20 Figura 3 - Movimentos Interceptantes 21 Figura 4 - Movimentos Não-Interceptantes 21 Figura 5 - Padrão para Sinalização Vertical de Regulamentação 23 Figura 6 - Padrão para Sinalização Vertical de Advertência 23 Figura 7 - Padrão para Sinalização Vertical de Indicação 24 Figura 8 - Estrutura Geral para o Estudo de Implantação Semafórica 27 Figura 9 - Vista Aérea do Cruzamento 31 Figura 10 - Representação dos Pontos de Conflitos Atuais 31 Figura 11 - Croqui da área de estudo 35 Figura 12 - Imagem Real do Sentido 1 36 Figura 13 - Imagem Real do Sentido 2 36 Figura 14 - Imagem Real do Sentido 3 37 Figura 15 - Imagem Real do Sentido 4 37 Figura 16 - Turno 1 de 06:30 h às 08:30 h 51 Figura 17 - Turno 2 de11:30 h às 13:30 h 52 Figura 18 - Turno 3 de 17:30 h às 19:30 h 53 Figura 19 - Vista aérea de como ficaria as ruas com a proposta 54 Figura 20 - Rua Gilbertina Nabuco de Araújo 55 Figura 21 - Rua Quatro 55 Figura 22 - Representação dos pontos de conflitos com a proposta de melhoria 56 Figura 23 - Representação de exemplo de trevos 57 LISTAS DE QUADROS Quadro 1 - Classificação de Vias Urbanas 18 Quadro 2 - Consequências da Implantação da Sinalização Semafórica 26 Quadro 3 - Fator de equivalência em carros de passeio 33 Quadro 4 - Métodos manuais de Contagem de Volume 35 Quadro 5 - Fator de Equivalência em Carros de Passeio 36 LISTAS DE TABELAS Tabela 1 - Turno 01 de 06:30 h às 08:30 h 38 Tabela 2 - Volume da Hora de Pico do Turno 01 39 Tabela 3 - Obtenção do FHP referente aos sentidos do turno 01 39 Tabela 4- Métodos manuais de Contagem de Volume 40 Tabela 5 - Volume da Hora de Pico do Turno 02 40 Tabela 6 - Obtenção do FHP referente aos sentidos do turno 02 41 Tabela 7 - Turno 03 de 17:30 h às 19:30 h 41 Tabela 8 - Volume da Hora de Pico do Turno 03 42 Tabela 9 - Obtenção do FHP referente aos sentidos do turno 03 42 Tabela 10 - Tabela Resumo dos três turnos 43 Tabela 11 - Fatores de correção da rodovia correlata 44 Tabela 12 - 1º Turno de 06:30 h às 08:30 h 45 Tabela 13 - VMDa para 1º Turno de 06:30 h às 08:30 h 45 Tabela 14 - 2º Turno de 11:30 h às 13:30 h 46 Tabela 15 - VMDa para 2º Turno de 11:30 h às 13:30 h 46 Tabela 16 - 3º Turno de 17:30 h às 19:30 h 47 Tabela 17 - VMDa para 3º Turno de 17:30 h às 19:30 h 47 LISTAS DE GRÁFICO Gráfico 1 - Distribuição do Volume de veículos no dia 48 Gráfico 2 - Turno 01 de 06:30 h às 08:30 h 49 Gráfico 3 - Turno 02 de 06:30 h às 08:30 h 50 Gráfico 4 - Turno 03 de 17:30 h às 19:30 h 50 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS AMMPLA Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina ANTP Associação Nacional de Transporte CET Companhia de Engenharia de Tráfego CONTRAN Conselho Nacional de Trânsito CTB Código de Trânsito Brasileiro DENATRAN Departamento Nacional de Trânsito DETRAN Departamento Estadual de Trânsito DNER Departamento Nacional de Estradas de Rodagem DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes FACAPE Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina FHP Fator de Hora de Pico FTP Faixa de Travessia de Pedestre HCM Highway Capacity Manual IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IPI Imposto Sobre Produtos Industrializados TMDA Tráfego Médio Diário Anual UPE Universidade de Pernambuco VMD Volume Médio Diário SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................... 15 1.2 OBJETIVOS .................................................................................................... 17 1.1 Objetivo Geral .............................................................................................. 17 1.2 Objetivo Específico....................................................................................... 17 2. SISTEMA VIÁRIO .............................................................................................. 18 2.1 VIAS ................................................................................................................ 18 2.2 INTERSECÇÕES ............................................................................................ 19 2.3 MOVIMENTOS EM INTERSEÇÕES ...............................................................19 2.3.1 Convergentes ........................................................................................ 19 2.3.2 Divergentes ........................................................................................... 20 2.3.3 Interceptantes ........................................................................................ 20 2.3.4 Não-Interceptantes ................................................................................ 21 3. SINALIZAÇÃO ................................................................................................... 22 3.1 SINALIZAÇÃO VERTICAL .............................................................................. 22 3.1.1 Sinalização Vertical de Regulamentação .............................................. 22 3.1.2 Sinalização Vertical de Advertência ....................................................... 23 3.1.3 Sinalização Vertical de Indicação .......................................................... 24 3.2 SINALIZAÇÃO HORIZONTAL ......................................................................... 24 3.2.1 Padrão de Formas e Cores ................................................................... 25 3.2.2 Faixa de Travessia de Pedestre (FTP) .................................................. 26 3.3 SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA ........................................................................ 26 3.3.1 Critérios para instalação de sinalização semafórica. ............................. 28 3.4 DETERMINAÇÃO DE TRÁFEGO ATUAL ....................................................... 28 3.4.1 Contagem Volumétrica .......................................................................... 28 3.4.2 Volume Médio Diário (VMD) .................................................................. 29 4. METODOLOGIA ................................................................................................ 30 4.1 ESTUDO DE CASO: CRUZAMENTO ENTRE A AVENIDA CARDOSO DE SÁ COM A RUA COLINA IMPERIAL, NA CIDADE UNIVERSITÁRIA EM PETROLINA- PE. 30 4.1.1 Definição da área de estudo .................................................................. 32 4.1.2 Determinação dos Horários de Pico e Contagem de Veículos. ............. 32 4.1.3 Tratamento dos Dados: Análise dos dados coletados e Classificação das vias. ............................................................................................................. 33 4.1.4 Proposta de melhoria de tráfego local. .................................................. 34 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES ....................................................................... 35 5.1 COLETA DE DADOS ...................................................................................... 38 5.1.1 Fator Horário de Pico ............................................................................. 38 5.1.2 Volume Diário Médio Anual ................................................................... 44 5.1.3 Representação Gráfica do volume de veículos a cada 15 minutos por sentido. ............................................................................................................... 49 5.1.4 Representação Gráfica dos sentidos e direções dos fluxos. ................. 51 5.2 SUGESTÕES PARA MELHORIA DO LOCAL DE ESTUDO ........................... 53 5.2.1 Melhoria Imediata .................................................................................. 53 5.2.2 Duplicação da Avenida Cardoso de Sá ................................................. 57 5.2.3 Interseção em nível ............................................................................... 57 6. CONCLUSÃO .................................................................................................... 59 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ...................................................................... 61 ANEXO A – Instrumento de coleta de dados cedidos pela AMMPLA. ...................... 64 ANEXO B – Fotos da área de estudo ........................................................................ 76 15 1. INTRODUÇÃO O desenvolvimento das cidades brasileiras tem sido notável ao longo dos anos, porém esse crescimento na maioria das vezes desordenado tem trazido consigo uma gama de impactos negativos. Um desses impactos é observado na mobilidade urbana, causando uma série de efeitos maléficos que influenciam diretamente e indiretamente na vida dos cidadãos. Conforme os dados obtidos no Departamento Nacional de Trânsito – DENATRAN (2017), no ano de 2010 o país possuía 64.817.974 veículos passando para 96.790.495 em 2017, um aumento de 49%. Esse crescimento é justificado pelo aumento na renda da população, o aumento da oferta de crédito e a redução do Imposto Sobre Produtos Industrializados – IPI (MARTELLO, 2012). Porém, os investimentos do governo em rodovias não seguiram a mesma trajetória observada no aumento da frota no país. Dados do Conselho Nacional de Transporte – CNT (2017), afirmam que mesmo nos anos de maior volume de investimentos em rodovias, o governo federal não desembolsou sequer 0,5% do Produto Interno Bruto – PIB, em melhorias da infraestrutura. Desde 2004, os anos de 2010 e 2011 registraram o maior investimento federal na malha rodoviária:0,26% e 0,25% do PIB, respectivamente. Somando-se a isso, o Brasil tem um histórico de favorecimento em transporte individual, deixando aquém o transporte coletivo, o que acarreta uma saturação das vias que já não suporta tamanha demanda, provocando problemas nas cidades como congestionamentos. Analisando o plano diretor da cidade em estudo, Petrolina-PE, tendo o mesmo sido modificado pela última vez no ano de 2006, observa-se a ausência de uma seção específica que aborde as características detalhadas da mobilidade urbana de locais críticos da cidade, como a Cidade Universitária, ponto central do estudo. A cidade universitária está localizada no bairro Vila Eduardo, e é composta por duas faculdades, a Universidade de Pernambuco – UPE, e a Faculdade de Ciências Aplicadas e Sociais de Petrolina – FACAPE, atraindo para a região um grande número de estudantes e funcionários, o que impacta significativamente no fluxo de veículos para o local. Agravando a situação, as duas faculdades têm apenas um ponto acesso, que é uma rua sem saída, e todo o fluxo migra para a interseção do estudo. 16 O cruzamento analisado situa-se na entrada da cidade universitária e é composta pela Avenida Cardoso de Sá com a rua Colina Imperial. Foi expandido ao redor destas avenidas pontos de comércio e de serviços, importantes para a cidade de Petrolina. Pela proximidade de avenidas importantes, como a Avenida da Integração, à Avenida Cardoso de Sá se tornou uma rota importante para escoamento do trânsito no sentido centro-bairros, porém sem a adaptação ou criação de outras rotas, a via tornou-se saturada, gerando problemas que transformaram o trânsito de veículos uma situação complicada. Para minimização dos problemas de trânsito nessa via, se faz necessário um planejamento urbano voltado para as mudanças no comportamento do trânsito ao longo do tempo. Devem ser analisados dados, como o fluxo nos horários de pico, maiores volumes de tráfego, pontos geradores de incidentes, entre outros. Futuramente, próximo a cidade universitária, será construído o Novo Centro, um empreendimento comercial de oito pavimentos tipo, que irá contar com uma gama de serviços, dentre estes, academia, lojas, restaurante e hotel, o que contribuirá consideravelmente no fluxo de veículos no local, e tenderá a agravar uma situação crítica já existente. A cidade de Petrolina-PE, não conta com estudo próprio de trânsitorelacionados a pontos específicos considerados importantes para a viabilização do fluxo de modo adequado. Dessa forma realizou-se uma pesquisa por trabalhos com essa temática para maior base didática, sendo encontrados alguns como: Estudo de Viabilidade Técnica para a Implantação Semafórica no Município de Campo Mourão- PR (BEYER, 2016); Avaliação do Sistema de Trânsito da Avenida Senhor Passos em Feira de Santana-BA (CHAGAS, 2009); Estudo de Tráfego da BR 101 no trecho Sul do Estado do Rio de Janeiro por Meio do Método do Highway Capacity Manual 2010(ZULIANELLO, 2010); e pesquisas realizadas pela Universidade Federal do Paraná-PR, como o Estudos de Tráfego do professor DSC. Pedro Akishino (2013). 17 1.2 OBJETIVOS 1.1 Objetivo Geral Propor melhoria de tráfego para o cruzamento da Avenida Cardoso de Sá com a Rua Colina Imperial na cidade de Petrolina-PE, de acordo com o manual do DENATRAN. 1.2 Objetivo Específico ➢ Fazer o estudo bibliográfico do assunto; ➢ Analisar os pontos de conflito existentes no local; ➢ Coletar dados junto a Autarquia Municipal de Mobilidade de Petrolina – AMMPLA, da cidade de Petrolina-PE, necessários para o conhecimento da situação local atual; ➢ Verificar os dados referentes aos horários de pico no cruzamento em análise; ➢ Estimativa do volume médio diário anual; ➢ Apresentar dados encontrados referente à fluidez do cruzamento; ➢ Analisar o tempo em cada semáforo do cruzamento e a sinalização existente; ➢ Propor melhorias para o fluxo local baseados nos dados atuais. 18 2. SISTEMA VIÁRIO O sistema viário forma a estrutura do tecido urbano, determinando o modelo de organização espacial da cidade e fornecendo os caminhos para os deslocamentos de seus moradores, segundo a Associação Nacional de Transportes Públicos – ANTP (2007). 2.1 VIAS Segundo Código de Trânsito Brasileiro – CTB (2008), via é a superfície por onde transitam veículos, pessoas e animais, compreendendo a pista, a calçada, o acostamento, ilha e canteiro central. De acordo com Simões e Simões (2011), as avenidas e ruas de uma cidade compõem a rede viária, ou o sistema viário, e as normas para os deslocamentos de pessoas e veículos formam o sistema de trânsito urbano. Conforme o CTB, as vias urbanas são aquelas localizadas no perímetro urbano e dividem-se em vias de trânsito rápido, arterial, coletora e local, como visto no Quadro 1. Quadro 1 – Classificação de Vias Urbanas. Tipo da via Características Trânsito rápido De modo geral, somente cidades muito grandes têm este tipo de via, constituindo-se em vias marginais com acessos controlados e viadutos para sua transposição. Arterial Em geral, o fluxo veicular é alto e apresentam interseções semaforizadas. Na sua grande maioria são as grandes avenidas com canteiro central. Coletora O fluxo veicular geralmente é médio. Como exemplo tem-se as avenidas que servem a determinada região e que interligam vias arteriais e locais. Local Em geral, o fluxo veicular é baixo e não apresentam semáforos. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro (CTB, 2008). 19 2.2 INTERSECÇÕES Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transporte – DNIT (2006), define-se interseção como a área em que duas ou mais vias se unem ou se cruzam, abrangendo todo o espaço destinado a facilitar os movimentos dos veículos que por ela transitam. 2.3 MOVIMENTOS EM INTERSEÇÕES A necessidade de locomoção em uma cidade gera a utilização de rotas variadas, as quais são constituídas de várias vias. Durante esse deslocamento é comum a mudança da via de trânsito assim como a sua direção. Nesses percursos uma via pode acabar sendo interceptada por veículos provenientes de outras vias gerando interseções. Os movimentos podem ser classificados segundo Manual Brasileiro De Sinalização De Trânsito Volume V como, convergentes, divergentes, interceptantes e não interceptantes. 2.3.1 Convergentes Segundo o Manual Brasileiro de Simulação de Trânsito (2007) tem-se como convergentes as trajetórias dos veículos que têm origem em diferentes aproximações e possuem mesmo destino. A Figura 1 mostra três situações de tráfego, no primeiro caso, os movimentos 1, 5 e 7 seguem para a direita; na segunda situação, os movimentos 3 e 4 seguem na mesma direção, norte; enquanto no último exemplo os fluxos 2 e 6 convergem para o mesmo destino no sentido sul. Figura 1- Movimentos convergentes Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (2007).. 20 2.3.2 Divergentes Define-se como movimentos que têm origem na mesma aproximação e possuem destinos diferentes (DENATRAN, 2007). A Figura 2 mostra três situações de tráfego, no primeiro caso, o movimento segue para as direções 1,2,3, direita, sul e norte, respectivamente; na segunda situação, o movimento segue na direção 4 e 5, norte e direita, respectivamente; enquanto no último exemplo o fluxo diverge na direção 6 e 7, sul e direita, respectivamente. Figura 2- Movimentos divergentes Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (2007). 2.3.3 Interceptantes Para o Manual Brasileiro de Simulação de Trânsito (2007), interceptantes são movimentos que têm origem em aproximações diferentes e que se cruzam em algum ponto da área de conflito. A Figura 3 mostra cinco situações de tráfego, no primeiro e segundo caso, o movimento 1 é interceptado pelos movimentos 4 e 6 respectivamente; na terceira e quarta situação, o movimento 3 é interceptado pelos movimentos 6 e 7, respectivamente; enquanto no último exemplo os fluxos 7 e 4 interceptam-se. 21 Figura 3- Movimentos Interceptantes Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (2007). 2.3.4 Não-Interceptantes Segundo DENATRAN (2007), não-interceptantes são aqueles movimentos cujas trajetórias não se encontram em nenhum ponto da área de conflito. Na Figura 4, os seis movimentos demonstram fluxos não-interceptantes. Figura 4- Movimentos Não-Interceptantes Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (2007). 22 3. SINALIZAÇÃO Segundo o CTB (2008), sinalização de trânsito é um conjunto de sinais de trânsito e dispositivos de segurança colocados na via pública com o objetivo de garantir sua utilização adequada, possibilitando melhor fluidez no trânsito e maior segurança dos veículos e pedestres que nela circulam. Segundo Simões e Simões (2011) os principais tipos de sinalização são: a sinalização vertical; a sinalização horizontal; e a sinalização semafórica. 3.1 SINALIZAÇÃO VERTICAL A sinalização vertical é um subsistema da sinalização viária que se utiliza de sinais sobre placas fixadas na posição vertical, ao lado ou suspensa sobre a pista, transmitindo mensagens de caráter permanente ou eventualmente, variável, mediante símbolos e/ou legendas preestabelecidas e legalmente instituídas, segundo o Conselho Nacional de Trânsito – CONTRAN (2007). O Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito divide a sinalização vertical em sinalização de regulamentação, sinalização de advertência e sinalização de indicação. 3.1.1 Sinalização Vertical de Regulamentação A finalidade desse tipo de sinalização é transmitir aos usuários as condições, proibições, obrigações ou restrições no uso das vias urbanas e rurais. Os sinais de regulamentação se agregam em sete grupos, citados a seguir. ➢ Preferência de passagem; ➢ Velocidade; ➢ Sentido de Circulação: proibidos e obrigatórios; ➢ Normas especiais de circulação; ➢ Controle das características dos veículos que transitamna via; ➢ Estacionamento; ➢ Trânsito de pedestre e ciclistas. A Figura 5 demonstra a forma e a cor padrão utilizadas na sinalização de regulamentação. 23 Figura 5 - Padrão para sinalização vertical de regulamentação. Fonte: Código de Trânsito Brasileiro (2008). 3.1.2 Sinalização Vertical de Advertência A sinalização vertical de advertência é um subgrupo da sinalização viária, que é apresentada ao usuário através de sinais aposto em placas verticalmente fixadas ao lado, ou suspensas sobre a via transmitindo mensagens ao condutor de caráter permanente ou, eventualmente, variável, mediante símbolos e/ou legendas preestabelecidas e legalmente instituídas (BEYER, 2016). A sinalização se subdivide em três grupos: ➢ Sinais de Advertência - quando próximo de pontos críticos ou obstáculos. ➢ Sinalização Especial de Advertência - quando não pode ser empregado o primeiro tipo, utiliza-se uma sinalização específica para cada situação. ➢ Informações Complementares aos Sinais de Advertência - placas com informações adicionais aos sinais de advertência. A Figura 6 demonstra a forma padrão utilizada na sinalização de advertência. Figura 6 - Padrão para sinalização vertical de advertência Fonte: Autores. 24 3.1.3 Sinalização Vertical de Indicação As mensagens educativas são o maior foco desta modalidade. Segundo Luza e Roldo (2013), esse tipo de placa serve para mostrar onde o usuário está, para onde vai e qual é a distância do seu destino. A sinalização vertical de indicação é a comunicação efetuada por meio de um conjunto de placas, com a finalidade de identificar as vias e os locais de interesse, bem como orientar condutores de veículos e pedestres quanto aos percursos, destinos, acessos, distâncias serviços auxiliares e atrativos turísticos, podendo também ter como função a educação do usuário (CTB, 2008). A Figura 7 demonstra esse modelo de placa usada na orientação de destino ou indicando a direção. Figura 7- Padrão para sinalização vertical de indicação Fonte: Manual de Sinalização Vertical (2007). 3.2 SINALIZAÇÃO HORIZONTAL Estabelecida como uma derivação da sinalização viária, a sinalização horizontal é formada por símbolos e legendas apostas sobre as vias. Ela tem a função de disseminar aos usuários da via, uma mensagem com a finalidade de transmitir informações que garantam procedimentos que aumentem a segurança na via, a ordenação do tráfego, assim como uma fluidez ao trânsito. Em virtude de sua alta propagação de informação para os usuários, o principal objetivo é que toda a sinalização seja assimilada por qualquer utilizador. Segundo o CONTRAN (2007), a sinalização horizontal deve seguir os seguintes preceitos: ➢ Legalidade: CTB e legislação complementar; 25 ➢ Suficiência: Permitir fácil percepção, com quantidade de sinalização compatível com a necessidade; ➢ Padronização: Seguir padrão legalmente estabelecido; ➢ Uniformidade: Situações iguais devem ser sinalizadas com os mesmos critérios; ➢ Visibilidade e Legibilidade: Ser vista à distância necessária; ser interpretada em tempo hábil para a tomada de decisão; ➢ Manutenção e conservação: Estar permanentemente limpa, conservada e visível. 3.2.1 Padrão de Formas e Cores Segundo o CONTRAN (2007), a sinalização horizontal é constituída por combinações de traçado e cores que definem os diversos tipos de marcas viárias. 3.2.1.1 Padrão de Formas ➢ Contínua: corresponde às linhas sem interrupção, aplicadas em trecho específico de pista; ➢ Tracejada ou Seccionada: corresponde às linhas interrompidas, aplicadas em cadência, utilizando espaçamentos com extensão igual ou maior que o traço; ➢ Setas, Símbolos e Legendas: correspondem às informações representadas em forma de desenho ou inscritas, aplicadas no pavimento, indicando uma situação ou complementando a sinalização vertical existente. 3.2.1.2 Padrão de Cores ➢ Amarela: Separar movimentos veiculares de fluxos opostos, regulamentar ultrapassagem e deslocamento lateral, delimitar espaços proibidos para estacionamento e/ou parada e demarcar obstáculos transversais à pista (lombada); 26 ➢ Branca: Separar movimentos veiculares de mesmo sentido, delimitar áreas de circulação, delimitar trechos de pistas destinados ao estacionamento regulamentado de veículo em condições especiais, definir linhas de ultrapassagem e apresentar pintura de textos e setas indicativos; ➢ Vermelha: Demarcar ciclovias ou ciclo faixas, inscrever símbolo (cruz); 3.2.2 Faixa de Travessia de Pedestre (FTP) A FTP deve ser utilizada em locais onde haja necessidade de ordenar e regulamentar a travessia de pedestres, devendo ser utilizada em locais, onde o volume de pedestres é significativo nas proximidades de escolas ou pólos geradores de viagens, em meio de quadra ou onde estudos de engenharia indicar a sua necessidade, (LUZA; ROLDO, 2013). 3.3 SINALIZAÇÃO SEMAFÓRICA Segundo Araújo (2014), a sinalização semafórica é um subsistema da sinalização viária que se compõe de indicações luminosas acionadas alternada ou intermitentemente por meio de sistema eletromecânico ou eletrônico. No Brasil, o órgão que regulamenta a sinalização semafórica é o DENATRAN, que elaborou um manual próprio, com o propósito de fornecer aos encarregados da programação do sistema do dispositivo uma base teórico/prático para ajudar no cumprimento dessas atividades. As consequências da implantação do semáforo são apresentadas no Quadro 2. Quadro 2 – Consequências da implantação da sinalização semafórica. IMPLANTAÇÃO JUSTIFICADA IMPLANTAÇÃO NÃO JUSTIFICADA ➢ Aumento da segurança viária ➢ Melhoria da fluidez do trânsito ➢ Distribuição adequada dos tempos entre veículos e pedestres ➢ Redução de atrasos ➢ Aumento de ocorrência de acidentes de trânsito ➢ Gastos desnecessários de recursos públicos ➢ Descrédito em relação a sinalização Fonte: Autores, adaptado do Manual de Sinalização de Trânsito (2007). 27 Segundo o mesmo Manual de Trânsito, nas grandes cidades, cerca de 50% dos tempos de viagens e 30% do consumo de gasolina são gastos com os carros parados nos cruzamentos esperando que o sinal passe do vermelho para o verde. Isso demonstra o quanto é importante uma regulagem adequada dos semáforos para bem-estar e melhor aproveitamento dos recursos dos usuários das vias nas grandes e pequenas cidade. A colocação desses dispositivos se dá por alguns parâmetros e necessidades. Como forma de padronização de instalação dos semáforos deve ser realizado o procedimento indicado na Figura 8 a seguir. Figura 8 – Estrutura Geral para o estudo de Implantação semafórica. Fonte: Manual Brasileiro de Sinalização de Trânsito (2007). 28 3.3.1 Critérios para instalação de sinalização semafórica. Conforme o manual de sinalização semafórica do DENATRAN (2007), antes da implantação de um semáforo em uma via deve-se considerar a viabilidade das seguintes medidas: ➢ Melhoria na sinalização vertical e horizontal para separar os movimentos conflitantes; ➢ Possível mudança na geometria da interseção, que podem ser canalizações físicas ou faixas especiais de conversão; ➢ Melhoria na iluminação; ➢ Controle das velocidades de aproximação. 3.4 DETERMINAÇÃO DE TRÁFEGO ATUAL Todo projeto de tráfego deve ser precedido por uma pesquisa para que se definam os elementos dos sistemas viários e de trânsito de forma eficaz. Algumas das pesquisas nesta área são: inventário viário, origeme destino, observância da sinalização, fluxos de tráfego, contagem volumétrica, velocidade, estacionamento, ocupação de veículos, atraso em interseções e capacidade, segundo a Companhia de Engenharia de Tráfego – CET (1982). 3.4.1 Contagem Volumétrica As Contagens Volumétricas visam determinar a quantidade, o sentido e a composição do fluxo de veículos que passam por um ou vários pontos selecionados do sistema viário, numa determinada unidade de tempo. Essas informações serão usadas na análise de capacidade, na avaliação das causas de congestionamento e de elevados índices de acidentes, no dimensionamento do pavimento, nos projetos de canalização do tráfego e outras melhorias (DNIT, 2006). 3.4.1.1 Contagem Manual São contagens feitas por pesquisadores, com auxílio de fichas e contadores manuais. São ideais para a classificação de veículos, análise de movimentos em 29 interseções e contagens em rodovias com muitas faixas. Para contagens em vias urbanas é comum adotar um critério de grupamento de veículos com base em características semelhantes de operação (DNIT, 2006). O processo normal de coleta consiste em utilizar contadores manuais mecânicos presos em uma prancheta, na qual está também a ficha para transcrição dos dados. As instruções básicas para a realização das contagens volumétricas manuais estão consubstanciadas na publicação do Metodologia de Contagem Volumétrica de Tráfego (DNER, 1999). 3.4.1.2 Horário de Pico Akishino (2013) define o horário de pico como sendo o período em que compreende os maiores fluxos de tráfego do dia. Em cidades grandes geralmente se tem dois horários de pico, o da manhã e da tarde, já em cidades de médio e pequeno porte, normalmente, se tem apenas o pico do almoço como sendo o maior pico do dia. É nestes horários que ficam mais notórios os problemas de trânsito e para estes horários que geralmente são analisadas soluções de tráfego. Ainda de acordo com o autor, quando uma pesquisa em via urbana é realizada apenas nos horários de pico, essa pesquisa deve abranger um período de 2 horas consecutivas e as anotações devem ser realizadas a cada 15 minutos, não só para identificar a hora correta do pico, mas também para que se possa determinar o fluxo de tráfego e o fator de hora pico. 3.4.2 Volume Médio Diário (VMD) Uma vez que os volumes por hora variam durante o dia, os volumes diários variam com o dia da semana e os volumes semanais variam com o período do ano, é necessário que se considere a influência que têm as informações coletadas em cada hora, em função dos períodos em que foram levantadas e do volume nessa hora (DNIT, 2006). 30 4. METODOLOGIA Inicialmente foi realizada uma pesquisa bibliográfica buscando embasamento e parâmetros que pudessem nortear o presente estudo com a finalidade de encontrar soluções para minimizar os problemas encontrados atualmente no tráfego local. A determinação da composição de tráfego é baseada nos dados da AMMPLA e gera uma estimativa de tráfego classificado, permitindo que os resultados sejam utilizados para planejamentos futuros. O tratamento desses dados foi realizado com o auxílio do Manual de Trânsito do DNIT (2010) e com trabalhos acadêmicos da área de sistema de transportes. O desenvolvimento da pesquisa seguiu o encaminhamento apresentado pelo Fluxograma 1 a seguir: Fluxograma 1 – Metodologia de Pesquisa Fonte: Autores. 4.1 ESTUDO DE CASO: CRUZAMENTO ENTRE A AVENIDA CARDOSO DE SÁ COM A RUA COLINA IMPERIAL, NA CIDADE UNIVERSITÁRIA EM PETROLINA- PE. Inicialmente, com a observação do tráfego local, foi escolhido o cruzamento da cidade universitária para estudo, por se tratar de um ponto que causa grandes impactos negativos para os que lá transitam, pois, o mesmo concentra um polo universitário e empreendimentos comerciais que juntos geram um grande fluxo 31 veículos principalmente nos horários de pico. O local de estudo pode ser visualizado na Figura 9. Figura 9 – Vista aérea do cruzamento. Fonte: Adaptado do Google Maps (2018) Após definir o local de estudo, foram verificados os pontos de conflito existentes. Atualmente são encontrados 32 pontos de conflitos no cruzamento entre a Avenida Cardoso de Sá e a rua Colina Imperial. Destes, são identificados 8 pontos de convergências indicados na cor verde, 8 pontos de divergências de cor roxa e 16 pontos de cruzamentos em laranja, como pode ser observado na Figura 10. Figura 10 – Representação dos pontos de conflitos atuais. Fonte: Autores 32 4.1.1 Definição da área de estudo A área de estudo do sistema viário compreende o espaço geográfico ocupado pelas vias e as áreas que diretamente e indiretamente o afetam (DNIT,2006). Com esse conceito três variáveis foram priorizadas no cruzamento da cidade Universitária em Petrolina-PE, são estas: ➢ Origem e Destino dos veículos; ➢ Opções de rotas na rede existente; ➢ Quantitativo do fluxo. 4.1.2 Determinação dos Horários de Pico e Contagem de Veículos. Na cidade de Petrolina, já existe uma contagem realizada no cruzamento em estudo. Essa pesquisa da via urbana foi realizada nos horários de pico durante um único dia, o qual abrangeu um período de duas horas consecutivas durante os três turnos. Essas anotações foram feitas a cada ciclo do semáforo, agrupadas a cada 15 minutos, não só para identificar a hora correta do pico, mas também para determinar o fluxo de tráfego e o fator de hora de pico. As tabelas utilizadas na contagem foram fornecidas pela AMMPLA e encontram-se no anexo A. Segundo Ashikino (2013), deverá ser determinado o Fator Horário de Pico (FHP), que mede a flutuação do volume de veículos e o grau de uniformidade do fluxo, através da Equação 1. 15MAXV*4 VHP FHP = (1) Em que: ➢ FHP: fator horário de pico. ➢ VHP: volume da hora de pico ➢ 15MAXV : volume do período de quinze minutos com maior fluxo de tráfego dentro da hora de pico. 33 4.1.3 Tratamento dos Dados: Análise dos dados coletados e Classificação das vias. Os dados sobre os veículos geralmente são tabulados de forma a agrupá-los em intervalos de tempo, fornecendo os volumes de uma determinada seção (DNIT, 2006). Em interseção a forma mais usual é montar um fluxograma utilizando os fatores de equivalência, apresentados no Quadro 3. Quadro 3 – Fator de equivalência em carros de passeio. Tipo de Veículo VP CO SR/RE M B SI Fator de Equivalência 1 1,5 2 1 0,5 1,1 Fonte: Handbuch für die Bemessung von Strassenverkehrsanlagen – HBS (DNIT, 2006). Sendo que: ➢ VP - Representa os veículos leves, física e operacionalmente assimiláveis ao automóvel; ➢ CO - Representa os veículos comerciais rígidos, não articulados. Abrangem os caminhões e ônibus convencionais; ➢ SR - Representa os veículos comerciais articulados, compostos de uma unidade tratora simples e um semi-reboque; ➢ RE - Representa os veículos comerciais com reboque; ➢ M – Motocicletas, motonetas e bicicletas a motor; ➢ B – Bicicletas; ➢ SI = veículo trator (cavalo mecânico) + semi-reboque com distância entre-eixos > 2,40 m (eixos isolados). Segundo o Manual de estudos de tráfego do DNIT (2006), para contagens realizadas em um único dia deve-se adotar um fator de correção igual a um para todos os tipos de veículos para uma melhor uniformização dos dados. 4.1.3.1 Fator de Correção (FC) A pesquisa foi realizada em um único dia, durante os três horários de picos, manhã, tarde e noite. O númerode veículos encontrados na pesquisa de campo 34 multiplicado pelo Fator de Correção define o tráfego atual que é chamado, então, de Tráfego Médio Anual – TMDA, ou Volume Diário Anual – VMDa (DNIT, 2006) representado pela Equação 2. FC=FVH * FVS * FVM (2) ➢ FVH – Fator de Variação Horária; ➢ FVS – Fator de Variação Semanal; ➢ FVM - Fator de Variação Mensal. 4.1.3.2 Tráfego Atual Após a análise das contagens efetuadas na pesquisa de tráfego, foi determinado o Volume Médio Diário (VMD), tendo como parâmetros (DNIT, 2006): ➢ Expansão Horária: Se os dados dos volumes tiverem sido obtidos por amostragem, é necessário expandir a amostra para as 24 horas do dia em que esta foi realizada. Será usada a Equação 3. Ph P24 PD V V F = (3) Sendo que: PDF = fator de expansão diário; P24V = volume de carros de passeio durante as 24 horas do dia; PhV = volume de carros de passeio durante as “h” horas do dia. 4.1.4 Proposta de melhoria de tráfego local. Após todas as análises efetuadas e com base nos conhecimentos do manual de tráfego, foi proposto uma modificação do tráfego no local, com redução significativa dos pontos de conflito, essa alteração propõe dar mais fluidez ao tráfego de forma imediata. No entanto, serão sugeridas alternativas para um projeto de infraestrutura a longo prazo, com necessidade de maior recurso financeiro. 35 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Primeiramente foi realizada uma visita a AMMPLA onde foi adquirido um arquivo de contagem de tráfego realizado no cruzamento da Avenida Cardoso de Sá com a rua Colina Imperial no mês de novembro de 2017, sendo esta a versão mais atual da contagem. Foi estudado o fluxo de cada movimento permitido e feita a contagem de veículos passantes e retidos no semáforo, em data e horários definidos. As contagens de veículos passantes são classificadas por categorias, como: ponto de localização, dia da semana mês/ano, horas do dia, tipo de veículos. A partir disso, é realizado o somatório, resultando os totais de veículos passantes de cada categoria de veículo no período das contagens e um somatório geral dos veículos (FONSECA, 2010). A coleta de dados foi realizada sob a orientação da equipe de engenharia de tráfego da AMMPLA, e contou com quatro pontos de observação e cerca de 10 pesquisadores. Abaixo na Figura 11, segue o croqui detalhando os sentidos dos movimentos por setas. Figura 11 – Croqui da área de estudo. Fonte: Autores 36 Para uma melhor compreensão dos sentidos foram tiradas fotos dos conforme exposto nas figuras abaixo, a Figura 12 mostra a real localização do Sentido 1. Figura 12 – Imagem Real do Sentido 1. Fonte: Autores Já a Figura 13 expõe o Sentido 2 em sua real localização. Figura 13 – Imagem Real do Sentido 2. Fonte: Autores 37 Na Figura 14 pode-se observar o local do Sentido 3. Figura 14 – Imagem Real do Sentido 3. Fonte: Autores A Figura 15 mostra a real localização do Sentido 4. Figura 15 – Imagem Real do Sentido 4. Fonte: Autores 38 5.1 COLETA DE DADOS No levantamento desses dados foram estabelecidos três turnos de análise, compreendendo os períodos de 06:30 h às 08:30 h, 11:30 h às 13:30 h e 17:30 h às 19:30 h, por se tratar de intervalos que normalmente possuem os maiores fluxos de veículos, subdivididos em intervalos de 15 min cada. A partir da sondagem foi dado início a fase de tratamento de dados, iniciando pela determinação do Fator Horário de Pico. 5.1.1 Fator Horário de Pico O volume de veículos que passa por uma seção de uma via não é uniforme no tempo. A comparação de contagens de quatro períodos consecutivos de quinze minutos, mostra que são diferentes entre si. Essa variação leva ao estabelecimento do Fator Horário de Pico - FHP, que mede justamente esta flutuação e mostra o grau de uniformidade do fluxo (DNIT, 2006). Com a utilização da Equação 1 apresentada anteriormente foi definido o FHP de cada ponto de contagem, sendo repetido esse processo nos três turnos. A Tabela 1 mostra as contagens efetuadas no primeiro turno em todos os sentidos no intervalo de 15 min, os resultados são mostrados a seguir. Tabela 1 - Turno 01 de 06:30 h às 08:30 h INTERVALO Sentido 1 Sentido 2 Sentido 3 Sentido 4 Todos os Sentidos 06:30 - 06:45 122 64 168 51 405 06:45 - 07:00 105 92 194 79 470 07:00 - 07:15 129 90 154 90 463 07:15 - 07:30 111 56 143 40 350 07:30 - 07:45 132 53 137 24 346 07:45 - 08:00 101 60 105 31 297 08:00 - 08:15 116 55 134 21 326 08:15 - 08:30 53 29 46 25 153 Fonte: Autores. 39 A Tabela 2 mostra os volumes em todos sentidos no primeiro turno em intervalos de uma hora para que seja caracterizado seus respectivos Fator Hora Pico. Tabela 2 - Volume da Hora de Pico do Turno 01 INTERVALO Sentido 1 Sentido 2 Sentido 3 Sentido 4 Todos os Sentidos 06:30 - 07:30 467 302 659 260 1688 06:45 - 07:45 477 291 628 233 1629 07:00 - 08:00 473 259 539 185 1456 07:15 - 08:15 460 224 519 116 1319 07:30 - 08:30 402 197 422 101 1122 Fonte: Autores. Assim analisando o volume dos sentidos em cada intervalo de uma hora, podem ser então definidos os seus respectivos FHP através da Equação 1. A Tabela 3 demonstra a obtenção do FHP nos respectivos sentidos do turno 01 das 06:30 h a 08:30 h, em que foi utilizado como VHP os valores referentes ao maior volume entre os intervalos analisados conforme Tabela 2. Já os valores de V15MAX corresponde ao volume do período de quinze minutos com o maior fluxo de tráfego dentro da sua respectiva hora pico conforme Tabela 1. Tabela 3 – Obtenção do FHP referente aos sentidos do turno 01 Fator Horário de Pico - FHP Turno 01 Sentidos VHP V15MAX FHP 1 477 132 0,86 2 302 92 0,82 3 659 194 0,85 4 260 90 0,72 TODOS 1688 470 0,90 Fonte: Autores. 40 A Tabela 4 mostra as contagens efetuadas no segundo turno em todos os sentidos no intervalo de 15 min, os resultados são mostrados a seguir. Tabela 4 - Turno 02 de 11:30 h às 13:30 h INTERVALO Sentido 1 Sentido 2 Sentido 3 Sentido 4 Todos os sentidos 11:30 - 11:45 89 61 88 37 275 11:45 - 12:00 107 86 106 78 377 12:00 - 12:15 123 65 128 82 398 12:15 - 12:30 118 44 91 55 308 12:30 - 12:45 95 56 104 31 286 12:45 - 13:00 78 72 114 36 300 13:00 - 13:15 69 79 141 35 324 13:15 - 13:30 67 83 128 34 312 Fonte: Autores. A Tabela 5 mostra os volumes em todos sentidos do segundo turno em intervalos de uma hora para que seja caracterizado seus respectivos Fator Hora Pico. Tabela 5 - Volume da Hora de Pico do Turno 02 INTERVALO Sentido 1 Sentido 2 Sentido 3 Sentido 4 Todos os Sentidos 11:30 - 12:30 437 256 413 252 1358 11:45 - 12:45 443 251 429 246 1369 12:00 - 13:00 414 237 437 204 1292 12:15 - 13:15 360 251 450 157 1218 12:30 - 13:30 309 290 487 136 1222 Fonte: Autores Assim analisando o volume dos sentidos em cada intervalo de uma hora é definido os seus respectivos Fator Horário de Pico através da Equação 1. A Tabela 6 demonstra a obtenção do FHP nos respectivos sentidos do turno 02 das 11:30 h a 13:30 h, em que foi utilizado como VHP os valores referentes ao maior volume entre os intervalos analisados conforme Tabela 5. Já os valores de V15MAX 41 corresponde ao volume do períodode quinze minutos com o maior fluxo de tráfego dentro da sua respectiva hora pico conforme Tabela 4. Tabela 6 - Obtenção do FHP referente aos sentidos do turno 02 Fator Horário de Pico - FHP Turno 02 Sentidos VHP V15MAX FHP 1 443 123 0,90 2 290 83 0,87 3 487 141 0,86 4 252 82 0,77 TODOS 1369 398 0,86 Fonte: Autores. A Tabela 7 mostra as contagens efetuadas no terceiro turno nos quatro pontos no intervalo de 15 min. Para análise do fator da hora de pico é necessário calcular o tráfego em cada hora, a partir dos dados da contagem de 15 min. Assim, analisando cada hora no intervalo, os resultados são mostrados a seguir. Tabela 7 - Turno 03 de 17:30 h às 19:30 h INTERVALO Sentido 1 Sentido 2 Sentido 3 Sentido 4 Todos os sentidos 17:30 - 17:45 136 101 120 67 424 17:45 - 18:00 113 93 125 88 419 18:00 - 18:15 143 93 105 105 446 18:15 - 18:30 140 74 81 106 401 18:30 - 18:45 174 90 91 87 442 18:45 - 19:00 180 132 81 81 474 19:00 - 19:15 146 75 87 66 374 19:15 - 19:30 82 60 57 53 252 Fonte: Autores. A Tabela 8 mostra os volumes em todos sentidos do segundo turno em intervalos de uma hora para que seja caracterizado seus respectivos Fator Hora Pico. 42 Tabela 8 - Volume da Hora de Pico do Turno 03 INTERVALO Sentido 1 Sentido 2 Sentido 3 Sentido 4 Todos os Sentidos 17:30 - 18:30 532 361 431 367 1691 17:45 - 18:45 570 350 402 387 1709 18:00 - 19:00 637 389 358 380 1764 18:15 - 19:15 640 371 340 341 1692 18:30 - 19:30 582 357 316 287 1542 Fonte: Autores. Assim analisando o volume dos sentidos em cada intervalo de uma hora é definido os seus respectivos Fator Horário de Pico através da Equação 1. A Tabela 9 demonstra a obtenção do FHP nos respectivos sentidos do turno 03 das 17:30 h a 19:30 h, em que foi utilizado como VHP os valores referentes ao maior volume entre os intervalos analisados conforme Tabela 8. Já os valores de V15MAX corresponde ao volume do período de quinze minutos com o maior fluxo de tráfego dentro da sua respectiva hora pico conforme Tabela 7. Tabela 9 - Obtenção do FHP referente aos sentidos do turno 03 Fator Horário de Pico - FHP Turno 03 Sentidos VHP V15MAX FHP 1 640 180 0,89 2 389 132 0,74 3 431 125 0,86 4 387 106 0,91 TODOS 1764 474 0,93 Fonte: Autores. A Tabela 10 mostra o resumo dos três turnos analisados, demonstrando os intervalos com maiores fluxos de veículos, o maior volume dentre os subintervalos de quinze minutos e o FHP de todos os sentidos. 43 Tabela 10 - Tabela Resumo dos três turnos Turno 1 Sentidos 1 2 3 4 Todos Intervalo 06:45-07:45 06:30-07:30 06:30-07:30 06:30-07:30 06:30-07:30 VHP 477 302 659 260 1688 V15MAX 132 92 194 90 470 FHP 0,86 0,82 0,85 0,72 0,90 Turno 2 Sentidos 1 2 3 4 Todos Intervalo 11:45 - 12:45 12:30 - 13:30 12:30 - 13:30 11:30 - 12:30 11:45 - 12:45 VHP 443 290 487 252 1369 V15MAX 123 83 141 82 398 FHP 0,90 0,87 0,86 0,77 0,86 Turno 3 Sentidos 1 2 3 4 Todos Intervalo 18:15 - 19:15 18:00 - 19:00 17:30 - 18:30 17:45 - 18:45 18:00 - 19:00 VHP 640 389 431 387 1764 V15MAX 180 132 125 106 474 FHP 0,89 0,74 0,86 0,91 0,93 Fonte: Autores. Calculados os dados, observa-se que o maior FHP dentre os quatros sentidos analisados pertence ao Sentido 4 no intervalo de 17:45 h às 18:45 h, com um valor de 0,91. Já sob a ótica da análise onde todos os sentidos foram tratados como um só, o maior FHP encontrado foi de 0,93 correspondendo ao do turno 3 no intervalo de 18:00 h às 19:00 h. Com base na literatura do manual de estudo de tráfego do DNIT(2006), podemos concluir que todos os valores de FHP encontram-se dentro da faixa esperada para área urbana, que se situam geralmente no intervalo de 0,80 a 0,98, e que estes possuem uma distribuição próxima a do qual seria observada em um FHP igual a 1, onde o fluxo encontra-se completamente uniforme. 44 5.1.2 Volume Diário Médio Anual Após o diagnóstico do maior FHP entre os intervalos analisados, foi feita uma expansão do volume observado no espaço amostral a fim de estimar o número de veículos por dia que transitam no sítio do estudo. Para uma análise precisa que proporcionem valores próximos do real, foram utilizados fatores de correção de vias correlatadas encontradas nas notas de aula do Professor DSc João Barbosa apresentada na Tabela 11. Vale salientar que os dados de vias correlatas disponibilizados pelo DNIT eram para vias federais (BR), o que não demonstraria a realidade do fluxo do cruzamento estudo. A Equação 2 apresentada anteriormente, que emprega esses fatores foi utilizada para cada tipo de veículo analisado nos três turnos da observação. Tabela 11 - Fatores de correção da rodovia correlata Veículos FVH FVS FVM Carros de passeio 2,550 1,011 0,970 Ônibus 2,620 1,123 1,002 Caminhões 2,412 1,034 1,012 Fonte: Notas de aula do Professor DSc. João Barbosa. Para a realização dos cálculos de VDMa considerou-se carros e motos como sendo carros de passeio, e vans foram consideradas dentro do universo dos ônibus. Finalizado todo o procedimento da expansão do Volume Médio Diário, foi então estimado em 21.768,88 veículos/dia. Esse valor está dentro do esperado por se tratar de um sítio localizado em uma zona de atração educacional e comercial, assim como também por comportar uma via que serve de ligações entre zonas da cidade. A quantidade de veículos passantes no primeiro turno analisados e o seu volume diário são demonstrado na Tabela 12. 45 Fonte: Autores. Com as quantidades estabelecidas dos veículos passantes iniciou-se os cálculos utilizando a Equação 2 apresentada anteriormente. O resultado representa a média de veículo que utiliza a área de estudo diariamente. A Tabela 13 demonstra a obtenção do VMDa para carros de passeio no turno 1 onde foi utilizado o maior valor referente ao total de veículos desse tipo conforme Tabela 12 em conjunto com os dados de via correlata da Tabela 11. VMDa - Turno 01 Tipos Volume FVH FVS FVM TOTAL Carros de Passeio 2644 2,55 1,011 0,97 6611,87 Caminhão 49 2,412 1,034 1,012 123,67 Ônibus e Van 128 2,62 1,123 1,002 377,36 TODOS 7112,91 Fonte: Autores. Tabela 12 - 1º Turno de 06:30 h às 08:30 h Intervalo Carro Passeio Caminhão Ônibus 06:30 - 06:45 413 4 21 06:45 - 07:00 437 6 21 07:00 - 07:15 415 3 22 07:15 - 07:30 321 4 21 07:30 - 07:45 352 12 13 07:45 - 08:00 272 8 8 08:00 - 08:15 285 9 15 08:15 - 08:30 149 3 7 TOTAL 2644 49 128 Tabela 13 – VMDa para1º Turno de 06:30 h às 08:30 h 46 A quantidade de veículos passantes no segundo turno analisados e o seu volume diário são demonstrados na Tabela 14. Tabela 14: 2º Turno de 11:30 h às 13:30 h Intervalo Carro Passeio Caminhão Ônibus 11:30 - 11:45 294 9 10 11:45 - 12:00 329 5 25 12:00 - 12:15 371 5 10 12:15 - 12:30 283 3 14 12:30 - 12:45 291 5 17 12:45 - 13:00 280 4 14 13:00 - 13:15 292 4 9 13:15 - 13:30 283 7 17 TOTAL 2423 42 116 Fonte: Autores Com as quantidades estabelecidas dos veículos passantes iniciou-se os cálculos utilizando a Equação 2 apresentada anteriormente. O resultado representa a média de veículo que utiliza a área de estudo diariamente. A Tabela 15 demonstra a obtenção do VMDa para carros de passeio no turno 2 onde foi utilizado o maior valor referente ao total de veículos desse tipo conforme tabela 14 em conjunto com os dados de via correlata da Tabela 11. Tabela 15 - VMDa para 2º Turno de 11:30 h às 13:30 h VMDa - Turno02 Tipos Volume FVH FVS FVM TOTAL Carros de Passeio 2423 2,55 1,011 0,97 6059,22 Caminhão 42 2,412 1,034 1,012 106,01 Ônibus e Van 116 2,62 1,123 1,002 341,98 TODOS 6507,21 Fonte: Autores. A quantidade de veículos passantes no terceiro turno analisados e o seu volume diário são demonstrados na Tabela 16. 47 Fonte: Autores Com as quantidades estabelecidas dos veículos passantes iniciou-se os cálculos utilizando a Equação 2 apresentada anteriormente. O resultado representa a média de veículo que utiliza a área de estudo diariamente. A Tabela 17 demonstra a obtenção do VMDa para carros de passeio no turno 3 onde foi utilizado o maior valor referente ao total de veículos desse tipo conforme tabela 14 em conjunto com os dados de via correlata da Tabela 11. Tabela 17 - VMDa para 3º Turno de 17:30 h às 19:30 h VMDa - Turno 03 Tipos Volume FVH FVS FVM TOTAL Carros de Passeio 3088 2,55 1,011 0,97 7722,19 Caminhão 16 2,412 1,034 1,012 40,38 Ônibus e Van 131 2,62 1,123 1,002 386,21 TODOS 8148,78 Fonte: Autores A Equação 4 demonstra o total de veículo que transitam no cruzamento em estudo nos três turnos. Tabela 16 - 3º Turno de 17:30 h às 19:30 h Intervalo Carro Passeio Caminhão Ônibus 17:30 - 17:45 430 6 10 17:45 - 18:00 381 5 14 18:00 - 18:15 424 1 9 18:15 - 18:30 386 3 15 18:30 - 18:45 437 1 44 18:45 - 19:00 441 0 16 19:00 - 19:15 347 0 14 19:15 - 19:30 242 0 9 TOTAL 3088 16 131 48 VMDaMMédio = 7112,90 + 6507,20 + 8148,78 VMDaMMédio = 21 768,88 (4) Com a expansão horária feita pela VMDa foi possível estimar uma média no número de veículos que trafegam no cruzamento da cidade universitária durante um dia, onde foi previsto um total de 21.768,88 veículos. Essa estimativa é condizente com a realidade do local, pois o mesmo está situado em uma área que possui um polo universitário, vários empreendimentos tanto comerciais quanto imobiliários, os quais são os principais responsáveis por esse fluxo. É notório que existe uma má distribuição desse total de veículos ao longo do dia, com cerca de 39,61% de todo esse fluxo concentrado em apenas 6 horas, sendo 12,91%; 11,85% e 14,85% nos intervalos de 06:30 h às 08:30 h, 11:30 h às 13:30 h e 17:30 h às 19:30 h, respectivamente. Essa taxa de veículos concentrada em um período tão pequeno juntamente com as deficiências presentes no cruzamento em estudo são os principais responsáveis por todos os gargalos existentes em seus horários de pico e são demonstradas no Gráfico 1. Gráfico 1 – Distribuição do Volume de veículos no dia. Fonte: Autores. 49 5.1.3 Representação Gráfica do volume de veículos a cada 15 minutos por sentido. O Gráfico 2 representa o primeiro turno, 06:30 h às 08:30 h, onde foi observado que o sentido 3 teve a maior quantidade de veículos logo no primeiro horário analisado, enquanto o sentido 4 teve o menor volume no último horário analisado. É interessante notar que no horário das 08:00 h às 08:30 h ocorre uma redução de volume em todos os sentidos, principalmente no sentido 3 que vai de 134 a 46, o que pode se justificar pelo fato da maioria dos comércios, faculdades e escola abrirem as oito horas em ponto. Gráfico 2 - Turno 01 de 06:30 h às 08:30 h Fonte: Autores. O Gráfico 3 representa o segundo turno, 11:30 h às 13:30 h, onde foi observado que o sentido 3 teve a maior quantidade de veículos no horário das 13:00 h às 13:15h analisado, enquanto o sentido 4 teve o menor volume no último horário analisado. É interessante notar que no horário das 12:30 h às 13:30 h ocorre uma manutenção do volume no sentido 4 que vai de 31 a 36, o que pode se justificar pelo fato do horário das aulas da cidade universitária terem encerrado. 50 Gráfico 3 - Turno 02 de 06:30 h às 08:30 h Fonte: Autores. O Gráfico 4 representa o terceiro turno, 17:30 às 19:30, onde foi observado que o sentido 1 teve a maior quantidade de veículos no horário das 18:45 às 19:00, enquanto o sentido 4 teve o menor volume no último horário analisado. É interessante notar que no horário das 18:45 às 19:00 ocorre o pico no sentido 1, o que representa o horário do fim de expediente comercial. Gráfico 4 - Turno 03 de 17:30 h às 19:30 h Fonte: Autores. 51 5.1.4 Representação Gráfica dos sentidos e direções dos fluxos. No primeiro turno, 06:30 h às 08:30 h, foi contabilizado um total de 2807 veículos, os quais estão representados na Figura 16, de acordo com suas direções e sentidos. Sendo que 20,48%, 26,86%, 24,36% e 28,39% desse fluxo foram distribuídos nas direções Avenida Cardoso de Sá (Sentido 1), rua Colônia Imperial (Sentido 2), Avenida Cardoso de Sá (Sentido 3) e Rua Imperial (Sentido 4), respectivamente. Figura 16 - Turno 1 de 06:30 h às 08:30 h Fonte: Autores. O maior fluxo analisado no turno da manhã foi encontrado na Rua Imperial (Sentido 2) com 28,39% do total, pois a mesma é utilizada como principal via de acesso da região para a Avenida da Integração, possuindo os veículos como finalidade as zonas comerciais e central da cidade. Já a rua Colônia Imperial (Sentido 4) é seguido de perto como o segundo maior fluxo com 26,86%, por se tratar da principal rota de acesso a Cidade Universitária, principal âmbito educacional da cidade. No segundo turno, 11:30 h às 13:30 h, foi contabilizado um total de 2581 veículos, os quais estão representados na Figura 17, de acordo com suas direções e sentidos. Sendo que 20,98%, 24,88%, 33,78% e 20,36% desse fluxo foram distribuídos nas direções Avenida Cardoso de Sá (Sentido 1), rua Colônia Imperial 52 (Sentido 2), Avenida Cardoso de Sá (Sentido 3) e Rua Imperial (Sentido 4), respectivamente. Figura 17 - Turno 2 de 11:30 h às 13:30 h Fonte: Autores. O maior fluxo analisado no turno da tarde foi encontrado na Avenida Cardoso de Sá (Sentido 1) com 33,78% do total. Essa alta porcentagem se explica pelo fato do turno em analise englobar o horário de almoço, caracterizado tradicionalmente em cidades de pequeno e médio porte como horário de volta de trabalho para casa para almoçar. No terceiro turno, 17:30 h às 19:30 h, foi contabilizado um total de 3235 veículos, os quais estão representados na Figura 18, de acordo com suas direções e sentidos. Sendo que 34,97%, 24,39%, 26,14% e 14,50% desse fluxo foram distribuídos Avenida Cardoso de Sá (Sentido 1), rua Colônia Imperial (Sentido 2), Avenida Cardoso de Sá (Sentido 3) e Rua Imperial (Sentido 4), respectivamente. 53 Figura 18 - Turno 3 de 17:30 h às 19:30 h Fonte: Autores. O maior fluxo analisado no turno da noite foi encontrado na Avenida Cardoso de Sá (Sentido 3) com 34,97% do total, esse valor é explicado pelo o horário em analise compreender o horário de fim de expediente e retorno para casa. 5.2 SUGESTÕES PARA MELHORIA DO LOCAL DE ESTUDO Com base em todo o estudo feito no local, foi possível identificar alguns problemas pertinentes que acabam por impactar negativamente em todo o fluxo da região. Dentre eles, pode-se elencar um alto número de pontos de conflitos, 32, com uma concentração de quase 40% do total de veículos de um dia, em apenas seis horas, falta de otimização da distribuição temporal semafórica. A partir do conhecimento desses problemas juntamente com os dados obtidos pelo estudo foi possível pensar em soluções simples que venha a contribuir beneficamente no local, podendo assim contribuir para uma melhora na qualidade e bem-estar do translado de quem por alipassa. 5.2.1 Melhoria Imediata Uma das soluções propostaS seria a transformação da Rua Imperial, que hoje possui dois sentidos, em um binário com sentido Avenida Cardoso de Sá para Avenida Integração (seta vermelha). Dessa forma, seria necessário transformar em binário 54 também a Rua Gilbertina Nabuco de Araújo (seta verde) e a Rua Quatro (seta amarela), ambas nas proximidades da Rua Imperial, a fim de atender aqueles usuários que usavam a Rua Imperial como via de acesso da Av. Integração para Av. Cardoso de Sá, conforme representado na Figura 19. Figura 19 – Vista aérea de como ficaria as ruas com a proposta. Fonte: Adaptado do Google Maps A Rua Gilbertina Nabuco de Araújo será responsável por absorver os veículos advindos da Av. da Integração da sua parte superior, já os veículos advindos da parte inferior da Av. da Integração deverão utilizar como rota para acesso da Av. Cardoso de Sá a Rua Quatro, já que dentre as ruas adjacentes é a melhor opção por estar afastada de empreendimentos geradores de grande movimento, como o colégio Motivo e o Novo Centro, evitando assim qualquer efeito que venham a contribuir negativamente. Para plena utilização das ruas mencionadas algumas intervenções estruturais dever ser realizadas, visto que na rua Gilbertina Nabuco de Araújo apenas um trecho encontra-se pavimentada conforme mostrado na Figura 20. 55 Figura 20 – Rua Gilbertina Nabuco de Araújo Fonte: Autores Já na rua Quatro a mesma encontra-se sem pavimentação e toda sua extensão, conforme mostrado na Figura 21. Se fará necessário também a implementação de placas de sinalização vertical a fim de informar e educar os motoristas sobre as mudanças realizadas. Figura 21 – Rua Quatro Fonte: Autores 56 Com a implementação dos sentidos das ruas mencionadas, não se faz mais necessário a utilização do semáforo da rua Colina Imperial no cruzamento em estudo, passando de quatro semáforos no cruzamento para três semáforos. Consequentemente, o tempo necessário para execução de um ciclo completo nos semáforos do cruzamento, ou seja, o tempo que levava para que os quatro semáforos abrissem e fechassem iriam diminuir consideravelmente, de 108 s no Turno 1, 110 s no Turno 2 e 111 s no Turno 3, para 83 s, 85 s e 85s, respectivamente. Com essa redução no tempo do ciclo do cruzamento prevê-se um aumento maior no fluxo de veículos e um menor número de filas causadas pelos veículos ora retidos em suas respectivas vias devido ao tempo em que o sinal está fechado. Além disso, esses tempos deveriam ser redimensionados, uma vez que houve modificação dos fluxos de tráfego. 5.2.1.1 Verificação dos pontos de conflito depois da proposta de melhoria Com a execução da modificação sugerida o cenário previsto tem uma redução de 43,75% dos pontos de conflitos, caindo para 18, sendo esses pontos distribuídos em 4 pontos de convergências, 6 pontos de divergências e 8 pontos de cruzamentos conforme representado na Figura 22. Figura 22 – Representação dos pontos de conflitos com a proposta de melhoria. Fonte: Autores. 57 É comprovado que existe uma interligação entre o número total de pontos de conflitos com o número de acidentes e o tempo gasto em congestionamentos. Por ora a redução dos pontos de conflitos irá impactar beneficamente em todo o fluxo local, mitigando todos pontos negativos existentes no cruzamento ao longo de todo o dia, principalmente em horários de pico. Essa é uma sugestão que pode ser implementada imediatamente, sem grandes impactos na região. 5.2.2 Duplicação da Avenida Cardoso de Sá Constatado o grande número de veículos que transitam no cruzamento estudado através de observação realizada in loco e a projeção da média do volume diário anual, outra solução seria a duplicação da Avenida Cardoso de Sá no trecho abordado a fim de melhorar a circulação dos veículos no local. A duplicação traria maior fluidez ao tráfego devido ao aumento no número de faixas da avenida aumentando assim a capacidade da mesma, porém, vale salientar que essa mudança deve ser aplicada com um planejamento para médio-longo prazo, devido ao alto custo na sua implementação. 5.2.3 Interseção em nível Construção de um trevo completo - interconexão em que, nos quatro quadrantes, os movimentos de conversão à esquerda são feitos por laços (loops) e à direita por conexões externas aos laços, Figura 23. Figura 23 – Representação de exemplo de trevos. Fonte: Divulgação/Secom-PB. 58 Nesse caso, deixariam de existir os semáforos. No entanto, seria necessário um recurso financeiro alto e um estudo mais aprofundado e com mais detalhamento. Porém, o fluxo dos veículos aconteceria de forma contínua e nenhum sentido de tráfego teria interferência no outro. A solução se justifica pelo VDM alto no local e a previsão de elevação considerável desse volume devido aos novos empreendimentos que estão sendo construídos e/ou previstos nos arredores, tais como, centro comercial, escolas, condomínios, hospitais e possível expansão das universidades. 59 6. CONCLUSÃO Chegando ao final da análise do cruzamento da Cidade Universitária formado pela interseção da Rua Colina Imperial e a Avenida Cardoso de Sá, constatou-se uma necessidade da realização de mudanças na configuração do trecho local a fim de melhorar o fluxo assim como a segurança daqueles que ali transitam. O presente trabalho demonstrou uma grande concentração de veículos durante os horários em que foram realizadas as observações por se tratar de um local que abriga um polo universitário, o qual possui um horário de início e fim das aulas coincidentes com os horários da análise. Além disso, a área ao redor do cruzamento estudado possui um grande número de empreendimentos comerciais aumentando mais ainda o fluxo local, onde pode-se notar nas imagens feita do local, presentes no anexo B. Identificado os problemas presentes, recorreram-se as bibliografias disponíveis a fim que houvesse embasamento para elaboração de propostas que fossem utilizadas para melhorar o fluxo local. Mediante estudo realizado, chegou-se à conclusão que a mudança das Ruas Colina Imperial para um binário com sentido Avenida Cardoso de Sá para Avenida Integração, e as Ruas Quatro e Gilbertina Nabuco de Araújo para binário com sentido Avenida Integração para Avenida Cardoso de Sá acarretarão melhorias, como diminuição do número de semáforos e, consequentemente, o tempo total do ciclo do cruzamento, bem como, uma diminuição no número dos pontos de conflitos existentes, gerando uma melhoria no fluxo do tráfego. Quanto a continuidade do trabalho, lembramos que a execução das sugestões propostas proporcionará uma melhoria a curto prazo no trânsito local. Porém, expandindo mais ainda a análise para um futuro próximo, onde está previsto um aumento de veículos, causado pelo crescimento econômico e populacional da região, far-se-á uma presença mais atuante da esfera pública com projetos estruturais, como uma futura duplicação da Avenida Cardoso de Sá a fim de atender as necessidades que irão surgir; e evitar assim, que os problemas atuais se repitam. O presente trabalho proporcionou um grande aprendizado aos autores principalmente em uma área tão pouco abordada na Engenharia Civil, mas que possui uma grande importância no desenvolvimento e crescimento de uma cidade, 60 impactando diretamente na vida dos seus cidadãos por estar diretamente ligado aos seus deslocamentos. Em suma o trabalho acrescentou uma vasta experiência profissional aos responsáveis pelo trabalho
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