Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
RESUMO N2 DOENÇAS TROPICAIS MEDICINA – 5º PERÍODO – TURMA XX PRODUTOR: ISABELA GUALBERTO Resumo aula Glauce Anne – Slides + anotações de aula + protocolo do Cemetron SEPSE 1 INTRODUÇAO *INFECÇÃO Infecção resposta inflamatória do hospedeiro à presença de microrganismos ou à invasão de tecidos normalmente estéreis. Presença de microrganismos em tecidos normalmente estéreis sem que haja resposta inflamatória do hospedeiro. *SÍNDROME DA RESPOSTA INFALMATÓRIA SISTÊMICA (SIRS): Temperatura axilar > 38,3 0C ou < 36 0C; Frequência Cardíaca > 90 bpm; Frequência Respiratória > 20 irpm ou PaCO2 < 32 mmHg ou necessidade de ventilação mecânica; Leucócitos totais > 12.000/mm3 ou < 4.000/mm3 ou presença de > 10% de bastões em sangue periférico. *SIRS também pode ser causada por queimaduras, traumas, pancreatite * Uma resposta clínica não específica incluindo no mínimo dois dos parâmetros citados = SIRS *SEPSE: SIRS + Foco infeccioso confirmado ou presumido Sepse é uma resposta inflamatória generalizada do organismo a um quadro infeccioso (bacteriano, fungico ou viral). Qualquer pessoa que desenvolva um quadro grave em reação a uma infecção (por exemplo, pneumonia, infecção urinária ou infecções após cirurgias), dá-se o diagnóstico de sepse. *SEPSE GRAVE “A sepse grave é caracterizada pela sepse associada a uma disfunção orgânica”. Sepse com pelo menos uma disfunção orgânica aguda: Hipotensão; Confusão Mental Oligúria Hipóxia* Acidose metabólica (láctica) Coagulação intravascular disseminada (CIVD) Disfunção hepática* Presença de critérios de sepse associada a hipoperfusão ou disfunção de pelo menos um órgão (ex: hipoxemia, oligúria, insuficiência renal, coagulopatia, etc..) *CHOQUE SÉPTICO SEPSE associada a hipotensão arterial refratária a reposição de volume (Pressão Arterial Sistólica – PAS < 90 mmHg ou Pressão Arterial Média – PAM < 65 mmHg ou queda de 40 mmHg da PAS basal) Sepse grave refratária a reposição de volume de 30ml por kg (resgate volêmico), associada a hipotensão arterial não responsiva à adequada reposição volêmica, sendo necessário o uso de drogas vasoativas. É classificado como choque séptico o paciente que não responde ao resgate volêmico – pressão não estabiliza. *DISFUNÇÃO DE MULTIPLOS ORGÃOS (DMOS) A disfunção de múltiplos órgãos é quando há um quadro de sepse e, consequentemente, ocorre à disfunção de vários órgãos. Por exemplo, disfunção cerebral associada à disfunção pulmonar, insuficiência renal aguda/crônica, coagulação intravascular disseminada. Portanto, em vez de ter uma disfunção, passa a ter múltiplas disfunções, e essas múltiplas disfunções não conseguiram mais ser revestidas e o paciente evolui para disfunção de múltiplos órgãos, e essa é a fase final, no qual o paciente vai a óbito. *RESUMINDO: SIRS + Foco infeccioso confirmado ou presumido = SEPSE; Sepse + Disfunção de órgãos = SEPSE GRAVE; SEPSE GRAVE + P. sistólica < 90 = CHOQUE SÉPTICO. *SOFA É utilizado para o acompanhamento de falência orgânica. Os critérios a serem avaliados são: respiração, coagulação, disfunção hepática, cardiovascular, sistema nervoso e renal. Respiratório: gasometria – PaO2 pela fração inspiratória de oxigênio. Coagulação: plaquetas Disfunção hepática: bilirrubinas Sistema nervoso: escala de Glasgow Sistema renal: dosagem da urina e da creatinina OBS: é usado no estadiamento ou para verificar como está a melhora clínica do paciente (avaliado no pacote de 1h, 3h, h, 12h e 24h – momentos cruciais para o paciente). 2 CONSIDERAÇÕES GERAIS Atualmente, cerca de 10 a 15 dos leitos das unidades de terapia intensiva brasileiras são ocupados por pacientes com sepse, totalizando 400 mil casos da doença/ano, com taxa de mortalidade de 60%. Os custos hospitalares atingem a cifra de 17 bilhões de reais por ano, ou 40mil reais por paciente, por ano. Desta forma, pode-se afirmar que sepse é uma doença de alta prevalência, elevada taxa de mortalidade e elevados custos. Estimativa anual de 751000 casos/ano (3 casos/1000 habitantes) Apenas 51,5% dos casos receberam cuidados de UTI; 6,2% foram ventilados fora do ambiente da UTI; A incidência aumentou > 100x com a idade (0,2/1000 em crianças para 26,2/1000 em idosos > 85 anos); Custo médio de 22100 (maior em pacientes não sobreviventes); Projeção de aumento na incidência em 1,5% ao ano *Em 2002, durante o Congresso Europeu de Terapia Intensiva, três grandes sociedades (Sociedades americana e europeia de terapia intensiva e o International Sepsis Forum) lançaram a Campanha Sobrevivendo a Sepse. “Surviving Sepsis Campaign: International guidelines for management of severe sepsis and septic shock: 2008” 3 FISIOPATOLOGIA DA SEPSE Produção de citocinas (estimula monócitos > fator tecidual) pro inflamatórias (linfócito TH1) Estimula células endoteliais a ativar fator tecidual (VII, X); fator Xa fator Va Protrombina Trombina aumenta fibrina Efeito pró-coagulante (Aumenta antiplasminogênio e Proteína C reativa). Quando temos uma infecção por patógenos, desenvolvemos uma resposta inflamatória humoral ou celular (mediada por APC’s e a primeira a entrar em ação). Quando entram em contato com o patógeno as células dendríticas/macrófagos/linfócitos expressam seu MHC tipo 1 ou 2 e assim conseguem recrutar mais células para o local de ação. Os macrófagos tem a capacidade de liberar interleucinas e citocinas pró-inflamatória que irão estimular a resposta imunológica TH1 (pró inflamatória). As citocinas pró inflamatória irão estimular os monócitos que liberam fator tecidual. Este tem ação de modificar o endotélio e fica mais “pegajoso” por está ativado (ocorre liberação de oxido nítrico – vasodilatação). O monócito também estimula o fator V, VII e X, que estimulam a conversam de protrombina em trombina, aumentando assim a fibrina do meio. A ativação da fibrina causa à agregação de hemácias e plaquetas no local, causando microêmbolos levando a microtrombose. A resposta TH2 também é ativada, e sua função é de anti inflamatória. A grande questão da sepse é: temos duas respostas sendo ativadas ao mesmo tempo, que tem ações opostas, gerando um desequilíbrio e equilibro do sistema ao mesmo tempo. Na sepse grave ocorre um desequilíbrio grande, gerando coagulação intravascular disseminada por inibição dos fatores da coagulação, fagocitose e atividade pró-trombina. Ocorre a morte de macrófagos e linfócitos para conter a infecção. Tem desregulação da resposta anti-inflamatória e pró-inflamatória. Tudo isso gera uma disfunção orgânica se for exacerbado, sendo caracterizado como sepse grave. Então, duas coisas são importantes na Sepse. Fazer o diagnóstico precoce e entender o que é Sepse, o que é sepse grave e o que é choque séptico. *AÇÕES PRÓ-INFLAMATÓRIA Recrutamento de células inflamatórias Ativação de neutrófilos Estímulo à produção de TNF-Beta Estímulo à expressão de moléculas de adesão pelo endotélio Ativação endotelial Síntese de proteínas de fase aguda pelo fígado (proteína C reativa, amiloide A, 1 glicoproteína ácida, 1 antitripsina e fibrinogênio) Produção de imunoglobulinas Proliferação e diferenciação de linfócitos T e células natural killer Maturação de megacariócitos Produção de IFN com consequente indução da expressão de antígenos MHCII e ativação macrofágica *AÇÕES ANTI-INFLAMATÓRIA: Inibição da produção de citocinas pró-inflamatórias; Inibição da fagocitose de bactérias pelos macrófagos; Supressão da atividade pró-coagulante do endotélio Inibição da expressão de MHCII por monócitos e macrófagos; Apoptoses de linfócitos; Irresponsividade de células T e anergia *PRODUTOS BACTERIANOS ENVOLVIDOS Infecção bactérias: Produtos Extracelulares: Exotoxinas Produtos da Parede Celular: Endotoxinas: Bactérias gram negativas: LPS Resposta pró-inflamatória: Citocinas (TNF-alfa, IL1 e IL6) EFEITOS PRÓ-INFLAMATÓRIOS À DISTÃNCIA Envoltório de Célula Gram Negativa Parede mais complexas; Maiorvirulência e resistência Envoltório de Célula Gram Positiva Parede simples *RESPOSTA INFLAMATÓRIA EXCESSIVA Quais são os mediadores? Endotoxinas Liberação de citocinas pró-inflamatórias: TNF-alfa e IL1: Ativação Leucocitária Consumo local de Oxigênio e Liberação da Elastase Neutrofílica Lesão Tissular Disfunção Renal + Disfunção Respiratória Disfunção Endotelial Ativação do Sistema Complemento (Disfunção Hematológica) + Liberação de Óxido Nítrico (Vasodilatação Periférica + Disfunção Cardiovascular) *ATIVAÇÃO DO MACRÓFAGO Ocorre no momento que o macrófago entre em contato com a endotoxina da bactéria. É ativado e como resposta tem a liberação do fator de necrose tumoral e IL-1, estes favorecem o aparecimento da febre, estimula o sistema imune e ocorre a destruição bacteriana. Além disto, estimula IL-6, IL-10,IL-12 que é a resposta pró-inflamatória. A resposta anti-inflamatória é composta pela prostaglandina E2, Tromboxano A2 e fator ativador plaquetário. Estas ativações causam disfunção miocárdica levando a uma ICC, o débito cardíaco diminui levando a lesão endotelial, coagulação intravascular disseminada e falência orgânica múltipla. 4 DISFUNÇÕES ORGANICAS *DISFUNÇÃO CARDIOVASCULAR Vasodilatação Periférica: Aumento do Débito Cardíaco Disfunção Miocárdica Perda da homeostase na regulação do fluxo sanguíneo Shunt de parte do volume circulante para leitos capilares piora da perfusão periférica e exarcebação da hipóxia tecidual ACIDOSE METABÓLICA PAS < 90mmHg ou PAM <65mmHg (por pelo menos 1h) Apesar de: Ressuscitação volêmica adequada (SC 30ml/kg) Parâmetros adequados de volemia (PVC entre 8-12mmHg) Necessidade de uso de vasopressores Quando faz o resgate volêmico e o paciente responder bem, continua sendo classificado como sepse grave, contudo se o paciente não responder ao resgate, é classificado como choque séptico (deve ser usado a noradrenalina e soro fisiológico para resgatar o paciente). Se a PAM volta ao normal com volume, é sepse grave. Se com volume, a PAM se manter menor do que 65, é choque séptico. *DISFUNÇÃO RESPIRATÓRIA Degranulação de Neutrófilos no Interstício pulmonar Acúmulo de líquidos e células inflamatórias nos espaços alveolares prejuízo nas trocas gasosas Hipóxia + tromboxano Aumento da Resistência Vascular Pulmonar + Diminuição da Resistência Vascular Periférica = EDEMA INTERSTICIAL E HIPERTENSÃO PULMONAR – Critérios de Sepse Grave C - Alteração do Nível de Consciência U - Uréia elevada R - Frequência Respiratória B - Pressão – Hipotensão – PAS 65 - Idade → 0-1: Tratamento Ambulatorial → 1-2: Enfermaria → 3-4: UTI – O que tem Sepse Grave ou em Choque! *SDRA (SÍNDROME DA ANGÚSTIA RESPIRATÓRIA DO ADULTO) Tem-se um Foco de infecção pulmonar, ocorre a degranulação dos neutrófilos no interstício pulmonar, gerando um acúmulo de líquido e células inflamatórias nos espaços alveolares. Com isso, aumenta a distância entre a parede do endotélio e a parede do alvéolo, gerando prejuízo nas trocas gasosas. Consequentemente tem-se hipóxia e liberação de tromboxano. A liberação de tromboxano é para aumentar a resistência vascular pulmonar e diminuir a resistência vascular wistêmica. Consequentemente tem-se edema intersticial com hipertensão pulmonar, a troca gasosa piora ainda mais, evoluindo para Síndrome de Desconforto Respiratório do adulto (SARA). Início agudo (avaliado na gasometria) PaO2/FiO2 < 300 (apesar do uso de PEEP) - Leve PaO2/FiO2 < 200 - moderada PaO2/FiO2 < 100 - grave RX de Tórax: Infiltrados alvéolo-intersticiais, micro ou macronodulares, bilaterais e assimétricos; Ausência de evidência de sobrecarga volêmica No exame físico o paciente pode apresentar a síndrome de consolidação: amplitude diminuída, maciço a percussão, FTV aumentado, MV diminuído e presença de estertores finos, broncofonia e pectorilóquia. *DISFUNÇÃO RENAL: Hipóxia Tecidual (modificação do endotélio), piora da perfusão e acidose metabólica grave Necrose Tubular Aguda Reversível Diurese < 0,5ml/Kg/h é a forma de diagnóstica a disfunção apesar de apresentar a resgate volêmico (30ml/kg de cristalóides) Durante 1 hora ou mais *DISFUNÇÃO HEMATOLÓGICA Contagem plaquetária < 80000 (estão em forma de grumos – coagulação intravascular disseminada) OU Queda >50% em relação a maior contagem dos últimos 3 dias – pode ser avaliado pelo SOFA. Outros parâmetros: Alargamento TP e TTPa D-dímero aumentado Redução fibrinogênio *CRITÉRIOS DE DISFUNÇÃO ORGÂNICA AGUDA – SEPSE GRAVE Encefalopatia aguda (sonolência, confusão, agitação, coma) PAS < 90 ou PAM < 65mmHg SpO2 < 90% com ou sem suplementação de oxigênio Creatinina> 2mg/Dl ou débito urinário < 0,5ml/kg/h Débito urinário <0,5 ml/kg/h – com resgate volêmico presente Bilirrubina > 2mg/Dl Contagem plaquetária < 80000 Lactato arterial > 4mmol/L (36 mg/dL) *SÍNDROME DA DISFUNÇÃO ORGÂNICA MÚLTIPLA Disfunção Circulatória Disfunção Pulmonar Disfunção Gastrointestinal Disfunção Hepática Disfunção Neurológica Disfunção Metabólica Disfunção Hematológica Disfunção Renal Disfunção Circulatória *OBS: Oferta de O2 baixa; Consumo de O2 alto Hipóxia (metabolismo anaeróbio; Produção de lactato) CHOQUE 5 FISIOPATOLOGIA DO CHOQUE SÉPTICO *Endotoxina Constrição arteriolar e abertura dos shunts artério-venoso aumento do DC (fase hiperdinâmica) Esgotamento da compensação (fase hipodinâmica; há edema de periferia) vasodilatação diminuição do retorno venoso edema de periferia diminuição do volume intravascular *CARDIOVASCULARES Estado Hipo ou Hiperdinâmica Taquicardia; Débito cardíaco elevado; Vasodilatação periférica; Hipotensão arterial; Hipovolemia intravascular; Disfunção miocárdica. *PULMONARES Taquipneia Hipoxemia Shunt intrapulmonar – ligação do sangue venoso e arterial Diminuição de complacência Produção de tromboxano que leva a hipertensão pulmonar SARA aguda PO2/FiO2 < 100 *RENAIS Oligúria – apesar do resgate volêmico. Para melhorar tem que continuar com o volume + amino vasoativa. Queda da taxa de filtração glomerular; Aumento de escórias – ureia a creatinina Necrose Tubular Aguda *NEUROLÓGICOS Alteração do nível de consciência Encefalopatia séptica Polineuropatia de doença crítica *DIGESTÓRIO Diminuição da motilidade; Úlcera de stress; Hemorragia digestiva; Translocação bacteriana; Colestase; Insuficiência hepática *HEMATOLÓGICA Leucocitose, leucopenia Anemia Trombocitopenia Distúrbios de coagulação *METABÓLICAS Insuficiência suprarrenal Hiperglicemia Hipertrigliceridemia Catabolismo proteico Hipoalbuminemia Acidose metabólica *ABORDAGEM AO PACIENTE COM SEPSE E CHOQUE SÉPTICO É sepse? Qual o local da infecção? É comunitária ou nosocomial? Qual o patógeno provável? Antibioticorerapia direcionada para o foco 6 INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR *Confirmação do diagnóstico de sepse e identificação de complicações; *Identificação de causa base. *HEMOGRAMA: Leucopenia, leucocitose, plaquetopenia. *COAGULOGRAMA: Pesquisa de CIVD (alargamento do TAP, elevação dos marcadores de fibrinólise: produtos de degradação de fibrina e D-dímero). *ELETRÓLITOS E FUNÇÃO RENAL; *ALBUMINA (até 1,5 – 2g/dL): Aumento da permeabilidade capilar; *GLICEMIA *LACATATO: marcador de hipóxia tecidual (atentar para valores maiores que 4) Inicial: Alcalose Respiratória (taquipneia) Tardio: Acidose Metabólica (hipóxia tecidual e produção de ácido láctico) OBS: pode ocorrer distúrbio misto *CULTURAS: Hemoculturas (2 amostras); Dispositivos > 24h (cateter, urocultura); Outras culturas (LCR, líquido pleural...) *RADIOGRAFIA DE TÓRAX Evidenciar sinais sugestivos de SDRA Identificação de focos infecciosos ocultos 7 TRATAMENTO O protocolo aborda funções que devem ser desenvolvidas nas primeiras 3h, 6h, 24h e 48h. 1º Passo é chegar ao Diagnóstico: a) Paciente com suspeita de pneumonia, já é classificado como SEPSE; b) Se já houver uma disfunção orgânica será SEPSE GRAVE; c) Se houveruma disfunção orgânica + hipotensão, o diagnóstico é de SEPSE GRAVE - resgate com volume (30mL/Kg/h) - PAM<65mmHg = SEPSE GRAVE; -PAM<65mmHg mesmo com resgate hipovolêmico - CHOQUE SÉPTICO. *SEPSE: EARLY GOAL Golden hours 3 horas 6 horas Silver days 24 horas Bronze period 48 horas *ESQUEMA: Antimicrobianos presença do agente agressor Volume diminuição das pressões de enchimento Vasoconstritores redução da resistência vascular periférica Inotrópicos depressão miocárdica Suporte Intensivo disfunção orgânica *GOLDEN HOURS (1 – 6h) Monitorização; Suporte em UTI (C) Acesso Venoso Central (C) Ressuscitação volêmica Antibioticoterapia. PACITE DA 1H Coleta do sangue para culura e realização de exames complementares Exames devem reconhecer alterações orgânicas: hemoculrura, gasometria, lactato, distúrbios hidroeletrolíticos, CPK e prova de função hepática. Iniciar o resgate volêmico Iniciar antibiótico de amplo espectro PACOTE DAS 3h ATB: Aspecto mais importante no tratamento; Início: Até a 1h após o diagnóstico de sepse grave, logo após a obtenção de culturas (C) Cobertura direcionada ao foco suspeito Amplo espectro escalonamento. Remoção do foco infeccioso (até 6h): colangite, fasciíte necrotizante, pancreatite necro-hemorrágica (D) Cristalóide 30ml/Kg em bolus Até PVC entre 8-12mmHg e PAM > 65mmHg PACOTE DAS 6h Se PAM < 65 vasopressores: Dopamina 10ug/kg/min Noradrenalina 5 ug/kg/min PVC estima o estado volêmico do paciente, pois reflete o estado venoso sistêmico PAM > 65mmHg Monitorização SvcO2; Se < 70% apesar de PVC entre 8 – 12mmHg e uso de vasopressores concentração de hemácias de até Ht 30% (B) – significa má perfusão. O ideal é subir para > 32%. Se a transfusão sanguínea não funcionar Dobutamina até SvcO2 > 70%. Medida entre a oferta sistêmica e a demanda tecidual de oxigênio hipovolemia, baixo débito cardíaco ou anemia *SILVER DAYS (6 – 24h) Manter hidratação avaliar quadro hemodinâmico Manter a diurese > 0,5ml/kg/hora Verificar a necessidade de corticoide ou proteína C ativada Manter o controle glicêmico Clearence de Lactato CORTICOTERAPIA: Efeito anti-inflamatório Ação potencializadora sobre os receptores de catecolaminas; Considerar hidrocortisona (recomendação fraca) se: Adultos em choque séptico refratário a vasopressor Dose: Hidrocortisona 50mg EV de 6/6h CONTROLE GLICÊMICO: Sepse: estado hiperadrenérgico; Predisposição a infecções graves, polineuromiopatia e disfunção múltipla de órgãos. Glicemia 110-150mmHg (redução da taxa de mortalidade e menos risco de hipoglicemia) (C) ESTRATÉGIA VENTILATÓRIA PROTETORA Sepse e SDRA: 30 a 40% dos casos Ventilação mecânica na SDRA: Baixos volumes correntes 6 ml/kg Pressão de platô < 30 cmH2O (A) Cabeceira elevada a 45° Posição prona, quando em necessidade de níveis de FiO2 potencialmente danosos. OUTRAS ESTRATÉGIAS ÚTEIS: Profilaxia para TVP: heparina de baixo peso molecular (C), compressor pneumático ou meias elásticas Profilaxia da úlcera de estresse: Bloqueadores H2 ou IBP: Cuidados: Risco de elevação do PH gástrico e predisposição a pneumonia associada a ventilação mecânica Sedação contínua que promova despertar diário USO DO BICARBONATO Não recomendado com o propósito de melhora hemodinâmica em pacientes com acidose lática e pH > 7,15; Administração de Bicarbonato de Sódio associado com: aumento de lactato e Pco2, redução do cálcio ionizado e sobrecarga de sódio. SUPORTE: Considerar suporte limitado em pacientes com evolução desfavorável em acordo com familiares. *BRONZE PERIOD (APÓS AS 24h) 1 Controle do foco infeccioso; 2 Descalonamento dos antimicrobianos de acordo com a microbiologia (em 48-72 horas) 3 Medidas de prevenção de insuficiência renal aguda; 4 Avaliar suspensão intermitente de sedação; 5 Evitar uso de curares; 6 Protocolos de desmame da V.M. (será elaborado pela fisioterapia) 7 Desmame de corticoides, quando os vasopressores não forem mais necessários.
Compartilhar