Introdução a PPR

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Introdução à PPR – Profº Valdimar 
Há inúmeros tipos de prótese e cada prótese adequa-se para cada necessidade. As próteses 
garantem uma boa deglutição, boa fonação. Já as próteses buco-maxilo-faciais são mais indicadas para 
reposição de tecido mole e está mais relacionado a ambientes hospitalares. A qualidade da prótese sempre 
vai depender das técnicas do CD, da moldagem, do material utilizado e do laboratório envolvido. Isso tudo 
implica na duração da prótese na cavidade. A PPR é a prótese amplamente utilizada e de grande 
versatilidade na odontologia. 
A PPR deve ser retirada para fazer higienização. Porém, não deve ser móvel, tem que estar estável na boca. 
Estável é não movimentar para desenvolver a função. Normalmente, ela tem estrutura de metal, para dar 
estabilidade/retenção da prótese, permitindo a colocação dos dentes artificiais. 
Pode ser dentossuportada, mucodentossuportada e dentomucossuportada. Isso depende da característica, 
da força que será realizada e, sobretudo, dos possíveis suportes encontrados na cavidade( variados tipos 
de classe de Kennedy e das modificações ) ( A Biomecânica) 
- Dente pilar: dente remanescente que é usado no planejamento, tendo uma ancoragem, recebendo carga. 
- Rebordo residual: área desdentada que vai receber a carga. 
- Implantes dentários: outra forma de suporte. 
- Grampos são fatores de dificuldade estética; 
Tipos de prótese: fixa, removível, total, maxilo-facial. 
 *Fixa: unitária ou múltipla; dente unitário é chamado de coroa/múltipla: pôntico, ponte. 
 *Removível: prótese desdentado parcial, tem estrutura de metal que tem área da gengiva artificial. Essa 
estrutura que dá ancoragem/retenção. Quase todas as próteses removíveis possuem essa estrutura de 
metal, devido à rigidez e possibilidade de menor volume de material, melhor polimento. 
As gengivas podem ser caracterizadas de acordo com o paciente. Adaptações como colocação de aparelho 
ortodôntico, colocação de restauração ou outras características para melhor efeito de naturalidade são 
mecanismos utilizados. 
É possível fazer PPR imediata, por exemplo, em problemas periodontais, onde há grande perda de dentes, 
com planejamento prévio. 
Dentaduras / Chapas = São próteses Totais, ou as vezes, parcial. Não há metal. 
Prótese sobre implante = meio de fixação, em caso de prótese total, é tido como uma retenção 
(implantorretida). Ex.: prótese sobre implante também pode ser unitária. A prótese total superior é mais fixa 
para garantir a fonação. As próteses totais inferiores, geralmente, mantem-se o espaço entre mucosa e 
prótese. A “implantossuportada” não se retira para a higienização, a “implantorretida” se retira para 
higienizar. 
Perereca = Prótese sem grampo, sem retenção, por isso caem durante o desenvolvimento da função. 
Estruturas de suporte: dentes e rebordos residuais. Muitas vezes é necessário fazer alterações na 
forma/anatomia do dente para dar retenção. É possível fazer correções no rebordo, chamado de cirurgias 
pré-protéticas (inserção de freios e bridas, mucosa flácida). 
Em caso de tórus, faz o desenho para desviar ou se realiza a cirurgia pré-protética; 
Os desenhos são direcionados a partir dos princípios da biomecânica. 
Material: metal (liga a base de cobalto e cromo – alta rigidez, pouca deformação, menor volume). Dentes e 
gengiva feitos de resina acrílica (polimetil-metacrilato), mas a técnica é diferente. 
Retentor(grampo): é a parte da prótese que prende ao pilar. O grampo pode ser substituído por retentores 
intracoronários 
 - Desvantagem: o dente pilar tem que ser preparado para uma prótese fixa, ou seja, o dente não pode 
ser hígido, havendo uma associação entre prótese fixa e removível. Custo aumentado. 
A prótese, no geral, serve para repor o dente, manter a dimensão vertical, proteção ao periodonto, 
estabilidade, restaurando a fonética, mantendo a estética. 
Biomecânica = A prótese se mantem em uma região de polígono, para manter o equilíbrio. O menor polígono 
é o triângulo e deseja-se que esse triângulo tenha lados iguais ( triângulo equilátero). 
Sistema estomatognático 
 O conjunto de todas as estruturas bucais que desenvolvem funções comuns (ex.: dentes). 
 - O organismo tenta suprir a ausência de dente. Por exemplo: extrusão, a migração do dente vizinho é 
uma forma de hemostasia (equilíbrio) do organismo. 
 - Na análise para colocar prótese, é necessário avaliar os espaços em oclusão(confecção de JIG, manter 
ou modificar a DV, por exemplo), não é um aspecto individual. 
 - Extrusão é eminentemente logo após a perda e causada por vários fatores. O paciente mais jovem por 
exemplo possui mais facilidade da extrusão. O tempo após exodontia é outro fator. 
 - A prótese promove essa estabilidade. 
A PPR tem uma qualidade chamada de reciprocidade, aquele grampo que abraça o dente, usa ele para dar 
retenção, mas esse abraçamento também evita movimentação do dente. É a única que pode ser usada em 
caso de mobilidade por problema periodontal, já que a própria prótese já faz a contenção do dente. 
Epidemiologia: Revista isto é (2015) 40 milhões de desdentados no Brasil, crescente. 
 - Esse é um tipo de prótese que está na atenção básica. Crescente índice de pessoas com menos de 20 
anos, ficando desdentado. Isso não causado somente por cáries, mas também pela quantidade de traumas 
no Brasil. Isso envolve bastante o uso de motocicletas sem a proteção adequada. Em outros países, até em 
em esportes mais “leves”, os jogadores fazem uso de protetores bucais. É importante não somente de saber 
reabilitar, mas compreender o motivo de tantos desdentados no país. 
Na prótese, a confecção da prótese envolve etapas como o diagnóstico, o planejamento e a execução (em 
sintonia). 
- Mínimos procedimentos nos dentes antagonista (poucos desgastes) - diagnóstico; 
- Execução mais simples em relação ao diagnóstico e planejamento. 
- Manutenção é o grande problema na prótese: parte do tratamento, que geralmente não é realizada 
constantemente, devido à falta de vontade, custos. A manutenção auxilia na durabilidade da prótese. 
- Sempre deve ser avaliada a radiografia panorâmica. 
 
Síndrome da combinação: paciente é desdentado, na área anterior superior. Induz muito a reabsorção do 
osso nessa área. Muito difícil de reestabelecer essa perda. 
Existem casos em que não é aconselhável utilizar prótese parcial removível: 
- Um exemplo disso é a Prótese unilateral, tem risco grave de ser engolida (deve ser feita dos dois lados). 
Aplicações mais comum: 
- É indicada para todos os casos de ausência de dente; 
- A unitária é feita provisoriamente; 
- Mais usadas em múltiplas ausências; 
- Prótese mais social: baixo custo em relação à quantidade de dentes.