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ATM e suas DTMs Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS ATM e suas DTMs • O que é Articulação temporomandibular • Incidência • Anatomia • Componentes da ATM • Funções do disco articular • ATM e o líquido sinovial • Movimentos mandibulares • Músculo mastigatórios e cervical • Causas das DTMs • Objetivo e tratamento fonoaudiológico • Etapas do tratamento • Conclusão ATM e suas DTMs Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS O que é ATM A mandíbula está ligada ao crânio pelas Articulações Temporomandibulares (ATMs), que são 2 articulações e se localizam frente ao ouvido, nos dois lados da face. A ATM é uma das mais complexas articulações do corpo humano, conectada pela mandíbula e não podem trabalhar independentemente (KOSMINSKY, 1998). Conforme MARCHESAN (1993), a mandíbula é o único osso móvel da cabeça e está ligada ao crânio por uma articulação que se movimenta sinergicamente à articulação temporomandibular. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS A articulação temporomandibular (ATM) é uma das articulações mais importantes do corpo. É importante por incluir as funções da mastigação, alimentação, fala, assim como cantar e beijar. Semelhante a outras articulações do seu corpo é composto por ossos, ligamentos, discos de cartilagem, líquido articular, nervos e vasos sanguíneos. Danos a qualquer destas estruturas pode resultar em dor ou disfunção. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Incidência Distúrbios da ATM acontecem principalmente em adultos de 20 a 50 anos Por razões mal conhecidas, as mulheres são atingidas na proporção de 3 a 9 para cada homem, conforme estudos, mais recentes. Apenas 5% a 10% dos que apresentam sintomas necessitam de tratamento médico, nos demais casos eles regridem espontaneamente. Dor crônica na ATM é classificada como um dos subtipos de cefaleia. Ruídos e crepitações, ao abrir a boca, ocorrem em aproximadamente 50% das pessoas e não requerem maiores cuidados. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Anatomia da ATM Embriologia: inicia-se a formação na sexta semana intra- uterina Ossificação intra membranosa: inicia-se na sétima semana intra-uterina Tecido ósseo, cartilagens, disco articular e a musculatura mastigatória se originam no primeiro arco braquial Propriocepção das estruturas é integrada Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Componentes da ATM Partes duras - superfícies articulares • Mandíbula - Cabeça da Mandíbula ou côndilo mandibular • Temporal - tubérculo articular - fossa mandibular Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Ligamentos articulares Cápsula articular Ligamento temporomandibular Ligamento esfenomandibular Ligamento estilomandibular Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Ligamentos articulares • Os ligamentos têm a função proprioceptiva, monitorando os movimentos da articulação e são receptores mecânicos e de dor. • Atuam como limitadores do movimento para evitar a ultrapassagem de limites • São responsáveis pela limitação e restrição dos movimentos articulares • Protegem a placa timpânica, os tecidos moles • Evitam o deslocamento do côndilo para fora da eminência articular Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Ligamento temporomandibular Mais forte e tensiona-se em todos os movimentos do côndilo Como girar e transladar para a frente e para o lado Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Ligamento estilomandibular São ligamentos acessórios que restringem menos os movimentos do que o ligamento temporomandibular Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS “Estudiosos concordam que nenhum dos ligamentos acessórios acentuam ou restringem os movimentos.É possível que atuem mais como um limite para manter o côndilo, disco e o osso temporal, firmemente opostos.” Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Os ligamentos também possuem a função de prover propriocepção juntamente com outras estruturas do sistema tais como os músculos Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Zona Bilaminar O disco liga-se à porção posterior da cápsula pela zona bilaminar, que é inervada e vascularizada; e “prende-se ao côndilo medialmente e lateralmente por meio de ligamentos”. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Função do disco articular A função do disco articular é tornar mais fácil o contato das superfícies articulares nos movimentos mandibulares e regular seus movimentos Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS ATM e o líquido sinovial A ATM é uma articulação sinovial e produz líquido sinovial, que nutre e lubrifica as estruturas mandibulares . As articulações sinoviais, são envoltas pela cápsula sinovial, dentro da qual se encontra a articulação propriamente dita. No espaço articular contém o fluido sinovial, o líquido sinovial . Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Os tecidos que participam da articulação recebem sua alimentação exclusivamente pelo fluido sinovial. A alimentação é fornecida exclusivamente pelo fluido sinovial tanto do revestimento conjuntivo superficial como do osso mandibular subjacente. ATM e o líquido sinovial Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS A função do líquido sinovial é a lubrificação das superfícies articulares, em dois mecanismos: lubrificação da ATM em repouso e lubrificação em atividade. Em repouso: as propriedades bioquímicas do líquido e das superfícies articulares, resultam na formação de uma camada deslizante; Em atividade: quando existe a solicitação funcional da mandíbula o líquido sinovial se origina no interior da matriz intercelular, e vai até a superfície. ATM e o líquido sinovial Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 Movimentos mandibulares CIT CU RS OS Movimentos mandibulares Os movimentos mandibulares que as superfícies articulares executam dentro da articulação, dividem-se em: movimentos no espaço; rotação; deslocamento lateral da mandíbula em relação à maxila; movimentos recíprocos de deslizamento. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Movimentos mandibulares Os movimentos mandibulares só são possíveis devido aos músculos. A musculatura envolvida durante o ato mastigatório são os músculos: masseter temporal pterigoideos digástrico milo-hioideo gênio-hioideo Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Masseter Ação: elevação da mandíbula com força e contato dentário Origem: arco zigomático Inserção: Ângulo da mandíbula Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Masseter Porção superficial: Fibras que correm para baixo e ligeiramente para trás (C) Porção profunda: Fibras que correm numa direção vertical (D) Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Temporal Ação: elevação da mandíbula mais velocidade do que potência Origem: Fossa temporal e superfície lateral do crânio Inserção: Processo coronóide e borda anterior do ramo ascendente da mandíbula Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167CIT CU RS OS Pterigoideo medial Ação: Fechamento e contato dentário Ativo na protrusão da mandíbula Origem: Asa interna do processo pterigoideo Inserção: Ângulo interno da mandíbula, medialmente a inserção do mm masseter Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Pterigoideo lateral superior Ação: Fechamento e contato dentário Origem: Asa externa da apófise Pterigoide Inserção: Disco articular Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Pterigoideo lateral inferior Ação: Protrui a mandíbula pela contração bilateral simultânea Movimenta para um dos lados na contração lateral Estabiliza o disco articular Origem: Asa externa do processo pterigoideo Inserção: Colo do côndilo mandibular Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Músculos supra-hioídeos M. estilo-hioideo M. gênio-hioideo Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Digástrico ventre anterior e posterior Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Ação do músculo digástrico Retrai a mandíbula Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Ação do músculo digástrico Em ação conjunta com o mm pterigoideo lateral, abaixa a mandíbula Durante a deglutição eleva o osso hióide, neste momento a fossa digástrica torna-se também ponto fixo Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS AÇÃO Eleva o soalho da boca, a língua e o osso hióide; Protrai o osso hióide; Como o hióde está fixado pelos mm infra- hioideos, retrai a mandíbula auxiliando o músculo digástrico Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Estilo hioideo Ação Leva o hióide para trás e para cima Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Genio-hioideo Ação Protrai o osso hióide (seta verde) Como o hióide está fixado pelos mm infra-hioideos, retrai a mandíbula auxiliando o mm digástrico (seta azul) Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Músculos infra-hioideos Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Músculos infra-hioideos Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Esterno-hioideo Ação • Baixar o osso hióide Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Tireoideo Ação • Baixar o osso hióide Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Omo-hioideo Ação • Baixar o osso hióide e puxa-o levemente para trás Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Esternotireoideo Ação • Baixar o osso hióide e a cartilagem tireóide Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Considerações sobre a ATM/DTM Os distúrbios que acometem a ATM quase sempre são unilaterais, podem provocar dor craniofacial, assimetria no movimento de abertura da boca e ruído à movimentação. A dor geralmente está localizada na própria articulação e na musculatura da mastigação, mas pode irradiar para o ouvido, músculos do pescoço, região temporal, ângulo da mandíbula e para a região dos olhos. Costuma ser constante, com períodos de piora no decorrer do dia. Em algumas pessoas é intermitente, com momentos de agudização. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Considerações sobre a ATM/DTM Ocasionalmente, surgem zumbido e tontura. Em muitos casos, as dores se instalam de um dia para o outro, com intensidade moderada e desaparecem como vieram. Em outros, tornam-se crônicas. Dor crônica na ATM é classificada como um dos subtipos de cefaleia. Ruídos e crepitações, ao abrir a boca, ocorrem em aproximadamente 50% das pessoas e não requerem maiores cuidados. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Causas As causas dos distúrbios da ATM são multifatoriais. Existem fatores predisponentes, os que iniciam o processo e outros responsáveis por sua manutenção. Traumatismos podem lesar ligamentos, cartilagens ou os ossos que contêm a articulação. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Causas Como resultado do processo inflamatório que se forma no local, há liberação de várias substâncias (citocinas) que agridem os tecidos articulares. Há evidências de que essa agressão seja semelhante à de outras síndromes causadoras de dores crônicas, e que pode estar associada ao processamento anormal dos estímulos sensitivos no território do nervo trigêmeo, que inerva a face. Os distúrbios mais frequentes da ATM são os que acometem a musculatura da mastigação, os discos articulares cartilaginosos, a osteoartrite e a artrite reumatoide. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Deslocamento de disco O disco funciona como amortecedor, e quando ele está fora de posição, pode levar à artrite na articulação da mandíbula e adesões. Além disso, o principal nervo da articulação é conectado à parte posterior do disco, assim quando o disco é deslizado fora de posição, freqüentemente há uma compressão do nervo e os vasos sanguíneos, causando dor e inflamação ao redor da orelha e da têmpora. Quando isso ocorre os músculos da mandíbula se contraem ao redor da articulação a fim de protegê-la. Isto pode frequentemente levar a dor na região mandibular, no pescoço e dores de cabeça. Deslocamentos de disco geralmente leva a limitações na capacidade de abrir a boca ou movimentá-la de um lado ao outro. Além disso, às vezes, ocorre que a mordida se altera e a pessoa não consiga mais fechar os dentes em suas posições normais. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Deslocamento do disco da ATM com redução (clique da mandíbula) A mandíbula normalmente faz um "clique" ou um estalo, e quando isso acontece, faz com que movimentos assimétricos ocorram na abertura ou fechamento. O "clique" ocorre quando o disco desliza dentro e fora de sua posição estável à medida que a mandíbula se movimenta durante a função. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS tratamento ajuste oclusal; dieta com alimentos macios, evitando carnes ou outras comidas mais consistentes; mastigar bilateral alternada; abrir e fechar a boca com a língua sugada contra o palato; controle do fechamento com a linha média superior e inferior; Abrir e fechar a boca com a ponta da língua atrás dos incisivos centrais superiores; Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS tratamento exercícios preparatórios para a deglutição, miofuncional; exercícios de posicionamento de língua em repouso; Inflar os bucinadores para aumentar o espaço intra-oral; Massagens de relaxamento e auto massagens; Propriocepção e conscientização. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS tratamento * eliminar qualquer mau hábito bucal(ficar roendo unha ou mordendo objetos como lápis, caneta ou palito de dente); * evitar mascar chicletes, pois eles sobrecarregam os músculos da mastigação; * evitar abrir demais (e por muito tempo) a boca para comer uma maçã ou um sanduíche; * evitar apoiar a mão no queixo Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Deslocamento do disco da ATM sem redução (maxilar travado) Isso ocorre quando os ligamentos são alongados demais e o disco desliza muito longe da posição normal de modo que já não pode "clicar" no lugar. Em seguida, ele age como um bloqueio ao movimento normal da articulação. Como a abertura da boca é limitada também é chamada de "mandíbula travada", apesar de normalmente uma pessoa ainda poder abrir cerca de dois dedos de amplitude.Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Artrite Isso ocorre quando há mais estresse colocado sobre a articulação do que o corpo é capaz de lidar. Pode ocorrer devido a um problema estrutural na mandíbula (ou seja, os deslocamentos de disco ou de certas má oclusões), doenças sistêmicas (artrite reumatóide) ou devido a forças de carga excessiva na ATM. A cartilagem ao redor do osso é danificada antes que este dano ocorra ao próprio osso. Os sintomas típicos incluem um som parecido com “raspar areia” ou crepitação ao abrir e fechar a boca, dor em torno da orelha e mudanças na posição da mordida. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Músculos mastigatórios A dor também pode surgir a partir dos músculos da mandíbula. O que não é comumente percebido é que os músculos da mandíbula principais estão localizados nas têmporas, nas laterais do rosto e na frente do pescoço. Além disso, os músculos do pescoço auxiliam na função mandibular, portanto, também são afetados pela disfunção mandibular. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Objetivo do tratamento fonoaudiológico O objetivo do tratamento fonoaudiológico é adequar a tonicidade e mobilidade muscular, adaptando as funções estomatognáticas para alívio da dor muscular em repouso ou em função. Cabe ao fonoaudiólogo indicar ao paciente o consumo de uma dieta alimentar mais mole e pastosa, bem como orientá-lo sobre o limite de abertura bucal, pois podem ocorrer dor ou ruídos articulares durante os movimentos mandibulares. Além da eliminação da sintomatologia, a educação do paciente para com a sua saúde, conscientizando-o e envolvendo-o como colaborador para a resolução do problema. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Etapas do tratamento conscientização e propriocepção; termoterapia ou crioterapia; massagens; mioterapia; terapia miofuncional. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Início do tratamento fonoaudiológico A explicação sobre o que são ATMs, como funcionam, quais seus movimentos e como os hábitos parafuncionais atuam nas articulações, tem como finalidade conscientizar o paciente sobre o seu problema; relata Bianchini (1998); O resultado imediato da mioterapia é o alívio da dor, há necessidade de cuidado para não provocar dor, porque a dor leva a uma contratura muscular. Inicia-se a massagem pela região que está mais flácida ou mais descontraída. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Tratamento fonoaudiológico Técnicas de relaxamento, para que o paciente tenha a percepção de seu próprio corpo e de seus pontos de tensão, o relaxamento global necessita atingir, principalmente, a região cervical e a escapular; As musculaturas com tensão devem ser trabalhadas através de manobras de soltura, relaxamento e aquecimento para aumentar a vascularização, as massagens fazem aumentar a circulação sangüinea, aliviando o espasmo e a dor. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS O trabalho com a musculatura tem por objetivo reduzir os espasmos musculares e aliviar as tensões localizadas, diminuindo as dores e contrações musculares, quebrando o ciclo dor- espasmo-dor; para esta quebra utiliza-se as termoterapias: calor úmido sobre a musculatura tensa calor em casos crônicos, onde exista tensão muscular aumentada e crises de algia. O calor é contra- indicado em casos agudos com processos inflamatórios e com alterações neurológicas; crioterapia, para casos de limitações articulares pós-traumáticas e pós-operatórias, relaxamento de espasmos musculares e processos agudos. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 Tratamento fonoaudiológico CIT CU RS OS Tratamento fonoaudiológico Exercícios miofuncionais orais, com a cabeça ereta e sentado nos ísqueos, utilizam-se exercícios dinâmicos para a musculatura da mastigação e dinâmicos e estáticos para a musculatura labial, de bucinadores e da língua; importante retirar as interposições linguais que ajudam a manter e agravar as disfunções; durante os exercícios o paciente não deve sentir dor, mas sim, ter sensação de conforto; Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Tratamento fonoaudiológico Adequação das funções estomatoglossognáticas, principalmente deglutição e mastigação, trabalhar a respiração, tornando-a diafragmática-abdominal e expandindo a capacidade respiratória e controle pneumofonoarticulatório, evitando hiperatividade muscular na região laríngea e na face durante a fonação; é necessário que as funções adequadas tornem-se padrões utilizadas diariamente, mantendo a harmonia muscular e favorecendo o equilíbrio do sistema estomatoglossognático. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Felício (1994) “Comenta o trabalho de Greene, que acredita que a terapia deve ser miofuncional; não apenas para relaxar e fortalecer músculos, mas também para reeducar as funções reflexo-vegetativas e fonação, restabelecendo um meio muscular bucofacial harmonioso, quando eliminadas as pressões danosas sobre os dentes e articulações.” Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS Conclusão Cabe ao fonoaudiólogo, não apenas reabilitar as funções alteradas visando somente as Disfunções Articulares, mas compreender e analisar o paciente como um todo e ajudá-lo a entender o significado da dor que tanto o incomoda. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Anelli,W - Atuação Fonoaudiológica nas Desordens Temporomandibulares. In: Lopes F. º O Tratado de Fonoaudiologia. São Paulo, Roca, 1997, p 821-8. Ash, M.M & Ramfjord, S.P & Schmidseder, J. – Oclusão. São Paulo, Santos, 1998. 195 p. 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Isso pode ocorrer quando os músculos da mandíbula são cronicamente tensos, como no apertamento dos dentes, má postura, trauma agudo, injúria nervosa ou disfunção da articulação da mandíbula. Fga.Patrícia Faro CRFa. 2-5167 CIT CU RS OS