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Diego Veras Mª de Jesus Marco Antonio Quando o debito cardíaco é reduzido a quantidade de oxigênio que alcança os tecidos e órgãos vitais e diminuído; As condições coeexistentes que poderiam ser uma possível causa de arritmia Cardiopatia DPOC Medicamentos prescritos e populares via de administração Digoxina HISTÓRICO Uma arritmia cardíaca é uma anormalidade na frequência, regularidade ou na origem do impulso cardíaco, ou uma alteração na sua condução causando uma sequência anormal da ativação miocárdica. CONCEITO Nó sinusal Nó atrioventricular ou de His Tratos internodais Sistema Purkinje O Sistema de Condução Cardíaco Arritmia pode ocorrer quando os sinais elétricos que controlam os batimentos cardíacos ficam atrasados ou bloqueados. Uma arritmia também pode ocorrer quando outra parte do coração começa a produzir sinais elétricos, adicionando aos sinais das células nervosas especiais, e alterando o batimento cardíaco normal. Um ataque cardíaco, ou outras condições que danificam o sistema elétrico do coração, também podem causar arritmia. CAUSAS DA ARRITMIA CARDIACA GATILHOS SUBSTRATO A ou F FATORES MODULADORES FISIOPATOLOGIA Pcte isquêmico que já teve um elevado estresse adrenérgico onde medicações betabloqueadoras permitem não só a melhora do desenvolvimento cardiovascular. DESBALANÇO DO SISTEMA NERVOSO ANATÔMICO 3 mecanismos fisiopatológicos: Focos hiperautomáticos; Defeitos canaliculares que permitem a geração de novos potenciais de ação que ocorrem nos pós potenciais precoces e tardios; As arritmias geradas por mecanismos de reentrada. FISIOPATOLOGIA Representa a ativação acelerada de células que podem ter função automática gerando despolarizações espontâneas. Esta hiperatividade pode ser primaria ou secundaria a alterações no sistema nervoso autônomo, Podem ser desbalanços clínicos e metabólicos como febre, quadros de choque, acidose ou endocrinopatias como o hipertiroidismo. HIPERAUTOMATICIDADE São alterações geradas por variações no potencial de membrana que geram novos potenciais de ação e consequentemente eventos arrítmicos. A atividade deflagrada habitualmente ocorre por variações no potencial de ação nas fases 2 e 3 do potencial de ação (pós potenciais precoces) ou mesmo após o termino do processo de repolarização como ocorre nos pós potenciais tardios. Desta forma os pós potenciais precoces põem ser o resultado de uma diminuição do influxo iônico na célula ou mesmo aumento de influxo de íons positivos gerando novos potenciais. ATIVIDADE DEFLAGRADA A combinação destes dois mecanismos gerando os pós potenciais precoces. Os pós potenciais tardios ocorrem durante o processo final de repolarização existe uma corrente transitória de influxo não canal de cátion especifica ativada por um acumulo de cálcio intracelular. ATIVIDADE DEFLAGRADA Inicialmente descrito em 1914 por George Mines este tipo de mecanismo fisiopatológico é o principal causador de eventos arrítmicos supraventriculares e ventriculares. Existem condições básicas para que um circuito de reentrada ocorra. Estes fatores envolvem a presença de um circuito com duas vias e um obstáculo anatômico e ou funcional. REENTRADA Também envolve a presença de um bloqueio unidirecional nas vias do circuito. Estas vias também possuem peculiaridades para que o circuito de reentrada ocorra. Estas vias têm que apresentar diferentes velocidades de condução assim como diferentes períodos refratários. REENTRADA No período logo após o infarto podemos ter arritmias ventriculares secundarias a hiperautomatismo ou mesmo atividade deflagrada. Com o evoluir do tempo em uma fase mais tardia totalmente estabelecida após 40 dias pós infarto os circuitos de reentrada são os grandes responsáveis pelos eventos malignos que levam ao implante dos desfibriladores implantáveis. O CIRCUITO DE REENTRADA COMO PRINCIPAL ELEMENTO FISIOPATOLÓGICO DAS ARRITMIAS Uma área de fibrose (no infarto) ou tecido gorduroso (na displasia arritmogênica do ventrículo direito); Miocárdio normal ou mesmo apresentar um obstáculo funcional onde a onda pode seguir uma rotação em espiral; CIRCUITO DE REENTRADA Nos últimos anos gatilhos em veias pulmonares vem sendo colocados como geradores de taquicardia atrial e principalmente episódios de fibrilação atrial. Estes episódios de instabilidade elétrica atrial originada das veias que desembocam no átrio esquerdo podem envolver uma grande miscelânea de eventos arrítmicos tais como ectopias atriais, taquicardias atriais não sustentadas, flutter atrial e por fim fibrilação atrial. Um dos prováveis mecanismos para arritmogênese está na capacidade destas estruturas manterem a hiperautomaticidade que parece ser um resquício de tecido de condução nestas estruturas durante a embriogênese. O PAPEL DAS VEIAS CARDÍACAS E TORÁCICAS E OS MECANISMOS DE REMODELAMENTO ATRIAL. Os mesmos tipos de alterações encontradas nas veias pulmonares também podem ser observados nas veias cavas, seio coronário e mesmo no ligamento de Marshall. Pode se verificar que estas veias torácicas exercem um importante fator na gênese de arritmias atriais, principalmente na fibrilação atrial, dando suporte à desconexão das veias pulmonares, por exemplo, como um dos possíveis pilares no tratamento de casos de fibrilação atrial. Outro aspecto importante na abordagem dos eventos arrítmicos atriais encontra-se nos remodelamentos elétricos e anatômicos do átrio que auxiliam na manutenção da arritmia atrial seja ela qual for. Disfunção Ventricular / Remodelamento Elétrico e anatômico do átrio(Nó AtrioVentricular). O PAPEL DAS VEIAS CARDÍACAS E TORÁCICAS E OS MECANISMOS DE REMODELAMENTO ATRIAL. Em casos de taquicardia atrial este remodelamento elétrico se dá por um encurtamento do período refratário; Os mecanismos fisiopatológicos envolvidos no remodelamento elétrico englobam a ação de gatilhos e substratos anatômicos sobre o átrio o que gera episódios de fibrilação atrial O PAPEL DAS VEIAS CARDÍACAS E TORÁCICAS E OS MECANISMOS DE REMODELAMENTO ATRIAL. Os mecanismos causadores das arritmias cardíacas podem ser divididos em anormalidades da formação e/ou da condução dos estímulos elétricos. A reentrada depende da existência de zonas com diferentes velocidades de condução. Para que se forme uma reentrada, é necessário haver bloqueio unidirecional em zona de condução lenta e retorno do impulso por outra via (p. ex., taquicardia supraventricular por reentrada nodal atrioventricular e taquicardia ventricular em zona de cicatriz de infarto). A atividade deflagrada ocorre por oscilações no potencial de ação da membrana, dependentes de um potencial prévio (p. ex., torsade de pointes). O automatismo ocorre por despolarizações espontâneas da célula miocárdica (p. ex., taquicardia atrial automática). CONCLUSÃO Bradicardia Sinusal; Taquicardia Sinusal; Arritimia Sinusal; Arritimias Atriais; Flultter Atrial; Complexo Atrial Prematuro; Fibrilação Atrial. CLASSIFICAÇÃO DAS ARRITMIAS SINUSAIS Ocorre no nó sinusal Ocorre quando o no sinusal cria um impulso em uma frequência mais lenta As causa incluem necessidades metabólicas menores; Estimulação vagal Medicamentos Pressão intracraniana Ritmos Bradicardia Sinusal Quando o no sinusal cria um Impulso com uma frequência maior de que a normal; Em casos de estresse fisiológicos, choques,IC, hipervolemia, ansiedade; Ritmo ventricular e atrial vai ser regular. Taquicardias Sinusal O no sinusal cria um impulso em um ritmo irregular, a frequência geralmente aumenta com a inspiração e dimunir com a expiração; Causas não respiratórias incluem a cardiopatia e doenças valvular; O ritmo ventricular e atrial vai ser irregular Arritmias Sinusais São mais comuns no coração normal; O pact relata “Meu coração pulou é um batimento” É o único complexo do ECG que ocorre quando o impulso elétrico começa no átrio antes do próximo impulso normal do no sinusal. Fatores: Cafeina Alcool Nicotina Ansiedade Gravidez Complexo Atrial Prematuro Decorre de um circuito de reentrada atrial; Presença de ondas F regulares com frequência de 220-350bpm; QRS de aparência normal. Se sintomática => cardioversão elétrica Se não, terapia farmacológica. Flutter atrial ->Caracteriza-se pela ausência de atividades elétricas atrial bem definida,ausência de onda P que sãosubstituidas por ondulações irregulares -> Ritmo ventricular irregular; -> QRS de aparência normal; -> Se sintomática => cardioversão elétrica Não sintomática: anticoagulação, controle da frequência (betabloq.), cardioversão química (procainamida). FIBRILAÇÃO ATRIAL Complexo Juncional Prematuro; Ritmo juncional; Taquicardia juncional Não-Paroxística: Taquicardia por Reentrada Nodal Atrioventricular: CLASSIFICAÇAO DAS ARRITMIAS JUNCIONAL É um impulso que começa na área nodal atrioventricular antes que o próximo impulso sinusal normal alcance o nodo AV. Menos comuns que os CAP; Suas causa: IC, Doença da artéria coronariana e intoxicação digitálica. Os critérios para o ECG para o CJP são idênticos para os CAP, exceto pela onda P e o intervalo PR. COMPLEXO JUNCIONAL PREMATURO Acontece quando o nodo AV, no lugar do nodo sinusal, se transforma no marca-passo do coração. Quando o nodo sinusal lentifica ou quando o impulso não pode ser conduzido atraves do nodo AV, o nodo AV dispara automaticamente um impulso. Frequencia ventricular e atrial: Frequencia ventricular de 40 a 60; frequência atrial também de 40 a 60 quando as ondas P são discerníveis Ritmos ventricular e atrial: Regulares QRS: Usualmente normais, porem podem ser anormais. Ritmo juncional E causada pela automacidade aumentada na área juncional. Causas: intoxicação digitálica ,isquemia miocárdica, hipocalemia , DPOC. TAQUICARDIA JUNCIONAL NÃO-PAROXISTICA Acontece quando um impulso é conduzido para um área no nodo AV que faz com que o impulso seja redirecionado para dentro da mesma área com frequencia cada vez mais rápida. A taquicardia por reentrada nodal AV é a taquicardia supraventricular mais frequente. A FC é geralmente entre 150 e 250 bpm, apresentando início e término súbitos. Do ponto de vista eletrocardiográfico, caracteriza-se pela ausência de ondas P visíveis ou na porção final do QRS Taquicardia por reentrada nodal atrioventricular. Complexo Ventricular Prematuro; Taquicardia Ventricular; Fibrilação Ventricular; Ritmo idioventricular; Assistolia Ventricular CLASSIFICÇÃO DAS ARRITMIAS VENTRICULARES E um impulso que começa em um ventrículo e é conduzido antes de próximo impulso sinusal normal. Causas: isquemia ou infarto cardíaco, carga de trabalho aumentada sobre o coração, intoxicação digitálica, hipóxia, acidose ou distúrbios eletrolíticos Ritmos ventriculares e atriais apresentam se irregulares devido ao QRS precoce, criando um intervalo RR que é mais curto que outro. O intervalo RR pode ser regular, indicando que o CVP não despolarizou o nodo sinusal. COMPLEXO VENTRICULAR PREMATURO É a ocorrência de 3 ou mais batimentos de origem ventricular com freqüência acima de 100 bpm. Geralmente está associada a cardiopatias graves Causas: Doença arterial coronariana nas formas agudas (angina instável e infarto do miocárdio) ou crônica (miocardiopatia) Hipertensão Arterial; Miocardiopatia dilatada (exemplo: doença de Chagas); As miocardites (inflamação aguda do miocárdio); Doenças hereditárias Pode levar a Fibrilação Ventricular FC ao redor de 160 spm Ritmo regular ou discretamente irregular TAQUICARDIA VENTRICULAR FIBRILAÇÃO VENTRICULAR É um ritmo ventricular rápido e desorganizado que povoca tremores ineficaz dos ventrículos. Nenhuma atividade atrial é notada no ECG; Causas incluem o choque elétrico e a Sindrome de Brugada Caracterizada pela ausência de um batimento cardíaco audível, um pulso palpável e respiração; De imediato o tratamento de escolha é a reanimação cardiopulmonar, caso não seja corrigida o pct sofre parada cardíaca e morte. ARRITMIAS VENTRICULARES O tratamento é a desfibrilação elétrica A sobrevida depende da precocidade da desfibrilação Cada minuto de demora em desfibrilar equivale a perda de 10% da chance de reverter ( e de sobrevida do paciente) Há necessidade da disseminação de desfibriladores automáticos que possam ser operados por leigos Medicamentos vasoativos Medicamentos antiarritmicos Tratamento fibrilação ventricular Ritmo idioventicular Ritmo de escape ventricular; O nodo sinusal falha em criar um impulso ou quando o impulso é criado mas não pode ser conduzido através do nodo AV. As fibras de Purkinje disparam automaticamente um impulso. ARRITMIAS VENTRICULARES Caracterizada por complexos QRS ausentes confirmados em duas derivações diferentes, embora as ondas P possam ficar aparentes por uma curta duração. Não existe nenhum pulso palpável e nenhuma respiração. QRS: Ausentes. Onda P: Podem estar aparente por uma curta duração. ASSISTOLIA VENTRICULAR Bloqueios atrioventriculares Bloqueio Atrioventricular de Primeiro Grau; Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau, Tipo I; Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau, Tipo II; Bloqueio Atrioventricular de Segundo Grau, Tipo III. Anormalidades da Condução Ondas P normais seguidas de QRS normal; Intervalo PR alargado (>0,2seg), geralmente constante. QRS: Usualmente normais, porem podem ser anormais Onda P: Na frente do complexo QRS; mostra o ritmo sinusal, formato irregular. BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE 1º GRAU Ondas P normais seguidas de QRS normal, exceto quando há o bloqueio; Frequência atrial normal, frequência ventricular diminuída devido aos batimentos não conduzidos; Aumento progressivo do intervalo PR até o bloqueio. QRS: Usualmente normais Onda P: Na frente do complexo QRS; formato depende do ritmo subjacente. BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE 2º GRAU tipo 1 Ritmo atrial regular e ritmo ventricular irregular, com pausas correspondendo aos batimentos não conduzidos; PR constante – normal ou alargado. BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE 2º GRAU tipo 2 QRS geralmente normal, ondas P normais; Frequência atrial normal, frequência ventricular retardada (40-60bpm); Ritmos atrial / ventricular independente entre si. BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR DE 3º GRAU (BAVT) A prevalência das arritmias cardíacas na população varia a arritmia mais comum, com prevalência de 0,2% em indivíduos < 55 anos e de 8 a 10% em > 80 anos. EPIDEMIOLOGIA O paciente com arritmia pode apresentar quadros clínicos variados, podendo ocorrer palpitações, síncope, pré-síncope, dor precordial ou mesmo morte súbita. No entanto, as arritmias podem ser assintomáticas, e evoluir diretamente para uma morte cardíaca súbita, o que nos lembra da importância do diagnóstico precoce e da conduta adequada diantedo tipo de arritmia encontrado. QUADRO CLINICO História familiar de doença coronária; história clínica pessoal; A definição do tipo de arritmia depende de uma avaliação adequada do ritmo. É essencial buscar a identificação da presença de onda P e de sua relação com o complexo QRS. A realização de ECG, no momento dos sintomas, nem sempre é possível. Usa, então, métodos de monitoração, como o Holter e o monitor de eventos. O estudo eletrofisiológico invasivo (EEF) possibilita o registro da atividade elétrica intracardíaca por meio de eletrocateteres multipolares. O EEF pode ser indicado para o diagnóstico diferencial de taquiarritmias, estratificação de risco de morte, avaliação de síncope e bradiarritmias. DIAGNÓSTICO Marcapasso: o aparelho, implantado através de cirurgia, é indicado aos portadores de bradicardia. O dispositivo consegue assegurar que, independente da situação, o batimento cardíaco não diminua a ponto de fazer o órgão parar. Desfibrilador: também conectado ao coração cirurgicamente, é indicado para casos de taquicardia. Quando o aparelho detecta que o ritmo desanda, ele emite choques para corrigir o erro e evitar uma possível parada cardíaca. Ablação por catéter: o método também é indicado aos corações que, de uma hora para outra, passam a bater rápido demais. Um cateter introduzido pela virilha é encaminhado até o músculo cardíaco para localizar o local do órgão em que existe o curto-circuito. Esta região é cauterizada, eliminando a raiz do problema. Sem uma falha no meio do percurso elétrico, a rede volta a funcionar perfeitamente e o coração volta a bater no ritmo certo. TRATAMENTO ATUALIDADES E NOVAS DESCOBERTAS Um paciente do sexo masculino, 67anos, relata sentir sincopes e palpitações e que já faz uma semana que as sente rápidas e irregulares, não apresenta sintomas associados. Afirma que há 1 ano e meio vem apresentando episódios semelhantes. O paciente apresenta diagnósticos de hipertensão arterial e diabetes melito, em uso de hidroclorotiazida, 25 mg, e metformina, 850 mg. Ao realizar exame, verificam-se: bom estado geral, frequência cardíaca de 145 bpm, pressão arterial de 156/90 mmHg; Na realização do ECG apresentou ritmo discretamente irregular. CASO CLÍNICO Qual a patologia? Quais sinais e sintomas? Qual o possível tratamento para este pct? PERGUNTAS SERRANO, J.V.C; TIMERMAN, A; STEFANINI, E. Tratado de Cardiologia SOCESP. 2º edição, Barueri: SP, Manole, p. 1465-1615, 2009. Brunner & Suddarth, Tratado de enfermagem médico-cirugico, 11º edição, Rio de Janeiro, Guanabara Koogan, 2009. GUYTON, A.C; HALL, J. Tratado de fisiologia médica. 11º edição, Rio de Janeiro, Elsevier, 2006. REFERÊNCIAS
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