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ASSERTIVAS COMENTADAS DO NCPC

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Em regra, não existe contraditório nos embargos de declaração, uma vez que é recurso destinado a suprir omissão, obscuridade ou contradição da decisão recorrida. Parte majoritária da doutrina e da jurisprudência, entretanto, entende pela necessidade de intimação da outra parte para apresentação de contrarrazões, caso os embargos tenham sido interpostos visando a efeitos modificativos, também chamados infringentes. CORRETA
Fundamento da questão: Art. 501 CPC. O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso.Art. 502 CPC. A renúncia ao direito de recorrer independe da aceitação da outra parte. 
Caso a parte prejudicada por uma decisão interponha a esta, o recurso cabível, é direito seu desistir do recurso interposto sem que a parte recorrida se oponha a tal ato. Porém, tal desistência não pode ser feita de forma condicionada CORRETA
O pedido de reconsideração, maneira como se costuma denominar pedido básico de retratação de decisão, não é espécie de recurso e não acarreta suspensão ou interrupção de prazos destinados aos remédios jurídicos positivados em geral, por força do princípio da taxatividade. Inexiste a possibilidade de se aplicar o princípio da fungibilidade recursal, porquanto aquele não se consubstancia em recurso. 
Cabem embargos infringentes quando o acórdão unânime houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado improcedente ação rescisória. ERRADA
Art. 530. Cabem embargos infringentes quando o acórdão NÃO UNÂNIME houver reformado, em grau de apelação, a sentença de mérito, ou houver julgado PROCEDENTE ação rescisória. 
É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação. CERTA
Súmula 418-STJ: É inadmissível o recurso especial interposto antes da publicação do acórdão dos embargos de declaração, sem posterior ratificação 
Contra decisão interlocutória proferida em processo de execução, não se admite interposição de agravo na forma retida, visto que a sentença que encerra tal processo apenas declara a satisfação do crédito. ERRADA
É admissível
A repercussão geral exigida para o exame do recurso extraordinário possui definição legal atrelada à noção de transcendência, ou seja, uma aptidão para transbordar os interesses individuais da causa. Por isso, a identificação desse pressuposto sempre importará avaliação subjetiva do julgador, não sendo admitida sua verificação por critério objetivo. ERRADA
O critério é objetivo
Como ao recurso adesivo se aplicam as mesmas regras do recurso independente, quanto às condições de admissibilidade, preparo e julgamento no tribunal superior, a desnecessidade do recolhimento do preparo concedida ao beneficiário da gratuidade de justiça, quando este é o recorrente principal, estende-se automaticamente ao recorrente adesivo. ERRADA
A exigibilidade do preparo do recurso adesivo não está vinculada à obrigação de recolhimento desse tributo no recurso principal. Inteligência do art. 500, parágrafo único, do CPC. STJ - EMBARGOS DE DIVERGENCIA NO RECURSO ESPECIAL EREsp 989494 SP 2009/0020233-2 (STJ)
Data de publicação: 06/11/2009 
Pode haver conversão de um recurso em outro, no caso de equívoco da parte, desde que não se trate de erro grosseiro e não tenha precluído o prazo para interposição. CERTA
Trata-se do princípio da fungibilidade, pelo qual, segundo Fredie Didier, permite-se que se aceite um recurso indevidamente interposto como correto. Tal princípio não está previsto expressamente no Código, mas decorre da aplicação do princípio da instrumentalidade das formas. Como não há previsão expressa, mas ele é admitido, a doutrina e a jurisprudência tiveram que construir os pressupostos de aplicação da fungibilidade. Hoje está basicamente assentado que, para que se aceite a fungibilidade, é preciso que não haja erro grosseiro, mas escusável, que se justifique em razão de uma divergência doutrinária ou jurisprudencial. Esse é o pressuposto básico da fungibilidade. Isso por uma questão de boa-fé. Esse pressuposto é o indiscutível e realmente tem que ser aplicável.
Entretanto, para o STJ há um segundo pressuposto, não exigido pela doutrina, que é o respeito ao prazo do recurso correto. Portanto, para o STJ, são pressupostos para a fungibilidade: 1) inexistência de erro grosseiro, 2) respeito ao prazo do recurso correto. 
A superveniência de férias suspende o curso do prazo dos atos processuais, ou seja, o prazo recomeçará a correr integralmente do primeiro dia útil seguinte ao termo de férias. ERRADA
CPC, Art. 179. A superveniência de férias suspenderá o curso do prazo; o que lhe sobejar recomeçará a correr do primeiro dia útil seguinte ao termo das férias. 
O recurso pode ser interposto por terceiro prejudicado que demonstre interesse jurídico consubstanciado na possibilidade de a relação jurídica da qual seja titular ser afetada pela decisão recorrida, gerando-lhe prejuízo. CERTA
Art. 499. O recurso pode ser interposto pela parte vencida, pelo terceiro prejudicado e pelo Ministério Público.
§ 1º Cumpre ao terceiro demonstrar o nexo de interdependência entre o seu interesse de intervir e a relação jurídica submetida à apreciação judicial. 
O julgamento de recursos repetitivos selecionados pelo presidente do tribunal de origem terá seguimento negado se o acórdão recorrido for contrário à decisão dada ao recurso especial. ERRADA
Errado, pois se a decisão do STJ for contrária à do tribunal de origem, os outros recursos poderão ter seguimento. 
Conforme estipula o art. 543-C do CPC, o presidente do TJ ou TRF seleciona alguns recursos representativos e os encaminha para o STJ. Os demais casos repetitivos que não forem encaminhados ao STJ ficarão suspensos no tribunal de origem até que o STJ julgue definitivamente o mérito destes casos semelhantes. Ocorrendo o julgamento e publicação pelo STJ, o tribunal de origem tem três opções, a saber:
a) No caso de o acórdão recorrido coincidir com o posicionamento do STJ, o tribunal de origem negará seguimento ao recurso;
b) No caso de o acórdão recorrido ser divergente da decisão do STJ, o tribunal de origem poderá:
b.1) Exercer o juízo de retratação e alterar o seu posicionamento a fim tornar compatível com o tribunal superior;
b.2) Manter seu posicionamento, ou seja, se o acórdão proferido é divergente da decisão do STJ, o tribunal de origem fará o juízo de admissibilidade do recurso especial e o encaminhará para o STJ julgá-lo.
CPC, Art. 543-C. Quando houver multiplicidade de recursos com fundamento em idêntica questão de direito, o recurso especial será processado nos termos deste artigo. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).
§ 1o Caberá ao presidente do tribunal de origem admitir um ou mais recursos representativos da controvérsia, os quais serão encaminhados ao Superior Tribunal de Justiça, ficando suspensos os demais recursos especiais até o pronunciamento definitivo do Superior Tribunal de Justiça. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).
§ 2o Não adotada a providência descrita no § 1o deste artigo, o relator no Superior Tribunal de Justiça, ao identificar que sobre a controvérsia já existe jurisprudência dominante ou que a matéria já está afeta ao colegiado, poderá determinar a suspensão, nos tribunais de segunda instância, dos recursos nos quais a controvérsia esteja estabelecida. (Incluído pela Lei nº 11.672, de 2008).
§ 7o Publicado o acórdão do Superior Tribunal de Justiça, os recursos especiais sobrestados na origem: 
I - terão seguimento denegado na hipótese de o acórdão recorrido coincidir com a orientação do Superior Tribunal de Justiça;
II - serão novamente examinados pelo tribunal de origem na hipótese de o acórdão recorrido divergir da orientação do Superior Tribunal de Justiça.
§ 8o Na hipótese prevista no inciso II do § 7o deste artigo, mantida a decisão divergente pelo tribunal de origem, far-se-á o exame de admissibilidade do recurso especial.
Por se tratar de questão de ordem pública, no âmbito do recurso especial, o STJ admite novo exame dos elementos do processo, a fim de apurar a existência de coisa julgada já afastada pelo tribunal local com fundamento nas provas colhidas nos autos. ERRADA
ERRADO, uma vez que mesmo se tratando de questão de ordem pública, portanto conhecível de ofício, a análise da verificação da coisa julgada ensejaria o reexame de provas, proibido em sede de recurso especial. A assertiva esclarece também que o tribunal local já havia realizado o exame das provas sobre a coisa julgada, o que torna inviável sua reanálise pelo STJ, que tem competência para conhecer do direito controvertido.: 
João, em sede de contestação, suscitou a preliminar de pedidos incompatíveis entre si, e o juiz, convencido, pelos argumentos do réu, da caracterização da preliminar de inépcia da petição inicial, extinguiu o processo. Inconformado, o autor interpôs recurso de apelação. Nessa situação, o juiz poderá retratar-se e reformular a decisão. ERRADA
Art. 296. Indeferida a PETIÇÃO INICIAL, o autor poderá apelar, facultado ao juiz, no prazo de 48 (quarenta e oito) horas, reformar sua decisão.
Parágrafo único. Não sendo reformada a decisão, os autos serão imediatamente encaminhados ao tribunal competente.
Na hipótese da questão, como o réu já foi citado, não é o caso de indeferimento da petição previsto no art. 296 do CPC , mas sim de extinção do processo sem julgamento do mérito. Logo, não será possível o juízo de retratação. 
Tribunal de justiça estadual, ao julgar recurso de apelação, conferiu provimento para cassar a sentença de extinção do processo, determinando o prosseguimento do feito. Nessa situação, a interposição do recurso especial deve observar o procedimento de subida imediata do recurso. ERRADA
Errado, porque essa decisão do Tribunal tem caráter interlocutório. Logo, a interposição de recurso especial deve se dar na forma retida, conforme determina o §3º do art. 542 do CPC 
Configura-se o efeito devolutivo gradual quando, por exemplo, interposta a apelação perante o juízo de primeiro grau, realiza-se o juízo de admissibilidade e, posteriormente, após remessa ao tribunal, procede-se à reanálise. CERTA
O efeito devolutivo gradual é o mais comum e ocorre quando a devolução ocorre gradualmente, por meio do juízo de admissibilidade. É realizado em diferentes graus e em momentos diferentes, a exemplo da apelação, que é interposta em 1º grau 
O recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso. CERTA
A jurisprudência é pacífica no sentido de que a desistência do recurso produz efeitos imediatos, tendo em vista que, nos termos do art. 501 do CPC, “o recorrente poderá, a qualquer tempo, sem a anuência do recorrido ou dos litisconsortes, desistir do recurso”. 
A parte que, no prazo legal, apresentar recurso autônomo poderá, também, interpor recurso adesivo. ERRADA
O recurso adesivo é aquele apresentado no prazo das contrarrazões de recurso
feito pela outra parte, sendo motivado não pela vontade inicial de impugnar a decisão, mas como resposta ao recurso oferecido pela parte contrária.
O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença primeva estiver em conformidade com súmulas do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal CERTA
Art. 518, §1º do CPC: O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou Supremo Tribunal Federal. 
Segundo o entendimento jurisprudencial, o MPE tem legitimidade recursal para atuar no STJ. CERTA
O STF reconheceu a legitimidade ativa autônoma do Ministério Público estadual para propor atuar perante aquela Corte (Rcl 7358/SP, rel. Min. Ellen Gracie, 24.2.2011).
O STJ também decidiu que MPE tem legitimidade recursal para atuar também no STJ (AgRg no AgRg no AREsp 194.892-RJ, Rel. Min. Mauro Campbell Marques) 
O efeito obstativo impede a preclusão e a formação da coisa julgada na pendência de prazo recursal ou de julgamento de recurso interposto. CERTA
Efeito OBSTATIVO:
“é uníssono o entendimento de que, durante o trâmite recursal, não é possível falar em preclusão da decisão impugnada, afastando-se no caso concreto durante esse lapso temporal o trânsito em julgado e eventualmente a coisa julgada material (decisão de mérito). Em razão de tal efeito do recurso, não se admite uma execução definitiva enquanto pendente recurso de julgamento, porque inexiste nesse caso o necessário trânsito em julgado a permitir tal espécie de execução.” 
A exigência de a sentença ser combatida por recurso específico adequado à impugnação da situação decorre do princípio da taxatividade. ERRADA
O correto seria o princípio da singularidade ou unirrecorribilidade.
Princípio da taxatividade - “Conforme princípio da taxatividade, consideram-se recursos somente aqueles designados por lei federal.”
Princípio da singularidade - “Em decorrência do princípio da singularidade ou unirrecorribilidade, cada decisão comporta uma única espécie de recurso.” 
Se, no julgamento do recurso interposto contra a sentença, a decisão colegiada da turma recursal do juizado especial da fazenda pública contrariar entendimento adotado, na sistemática dos recursos repetitivos (art. 543-C, CPC), pelo STJ, a parte prejudicada poderá ajuizar reclamação nesta corte. ERRADA
ERRADA.
DIREITO PROCESSUAL CIVIL. RECLAMAÇÃO. DECISÃO DE TURMA RECURSAL DO JUIZADO ESPECIAL DA FAZENDA PÚBLICA.
Não é cabível o ajuizamento da reclamação prevista na Res. n. 12/2009 do STJ contra decisão de Turma Recursal do Juizado Especial da Fazenda Pública. A reclamação é cabível para preservar a competência do STJ ou para garantir a autoridade das suas decisões (art. 105, I, f, da CF c/c o art. 187 do RISTJ). Além dessas hipóteses, cabe reclamação para a adequação do entendimento adotado em acórdãos de Turmas Recursais Estaduais à súmula ou orientação adotada na sistemática dos recursos repetitivos, em razão do decidido pelo STF nos EDcl no RE 571.572-BA e das regras contidas na Res. n. 12/2009 do STJ. A Lei n. 12.153/2009, que dispõe sobre os Juizados Especiais da Fazenda Pública, estabelece sistema próprio para solucionar divergência sobre questões de direito material, prevendo em seu art. 18 que “caberá pedido de uniformização de interpretação de lei quando houver divergência entre decisões proferidas por Turmas Recursais sobre questões de direito material”. Por sua vez, tratando-se de Turmas de diferentes Estados que deram interpretação divergente a preceitos de lei federal ou quando a decisão recorrida estiver em contrariedade com súmula do STJ, o pedido de uniformização será dirigido ao STJ. 
Não havendo prejuízo à ampla defesa, o juiz, aplicando o princípio da complementariedade, poderá aceitar as razões apresentadas após a interposição do recurso. ERRADA
A questão está ERRADA, porém existe uma exceção ao Princípio da complementariedade.
Nos casos em que for interposto Embargos de Declaração, e houver sentença de sucumbência, superveniente da outra parte. Neste caso, será aceito complementar o recurso de embargos somente em relação a esta decisão de sucumbência. Não será aceito que a parte tente levar ao conhecimento do juízo questões não suscitadas sobre outras matérias.

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