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Tomo II TAP professor 2018 2[16525]

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TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL
MATERIAL INSTRUCIONAL ESPECÍFICO
VERSÃO DO PROFESSOR
TOMO II
25-Marcos tem 10 anos e está na 4ª série do Ensino Fundamental. Não sabe ler nem escrever. Só faz cópias em letra de forma. Sua professora se queixa dos maus comportamentos de Marcos: é agressivo com os colegas, não fica muito tempo sentado e atrapalha as aulas fazendo micagem para chamar a atenção. Atribui à dinâmica familiar a causa desses problemas: a mãe trabalha o dia todo e não tem tempo para se dedicar e educar os filhos; o pai é alcoólatra e já esteve preso em razão de brigas. Marcos foi encaminhado para atendimento psicológico em um posto de saúde. 
O psicólogo atento às novas concepções de fracasso escolar deverá priorizar:
A análise das práticas institucionais, buscando formas de intervir no cotidiano escolar responsável pela produção do fracasso escolar.
O atendimento da criança, realizando um psicodiagnóstico para detectar as causas emocionais desses comportamentos inadequados produtores do fracasso escolar.
Visita à escola, porque o problema pode estar na relação da professora com este aluno.
Atendimento familiar, pois o fracasso escolar deve ser um sintoma de uma dinâmica familiar conturbada.
Observação em sala de aula, para verificar o método de ensino, as estratégias e a didática da professora que não devem estar adequados ao perfil da criança.
26-Uma escola da rede pública encaminha para uma clínica-escola 30 crianças, todas elas cursando a primeira série do Ensino Fundamental. A queixa principal dos professores é que essas crianças não aprendem. A partir disto, considere as afirmações abaixo:
Um psicólogo escolar crítico poderia levantar como hipótese um problema de ordem sociocultural. A escola poderia não estar adequada na tarefa de alfabetizar estas crianças que seriam provenientes de realidades socioculturais diferentes daquela esperada pelo sistema.
Um psicólogo escolar crítico poderia encaminhar todas as crianças para um psicodiagnóstico interventivo, para que fossem submetidas a testes de inteligência, porque descartariam possíveis deficiências. 
Um psicólogo escolar crítico poderia encaminhar todas as crianças para um diagnóstico psicopedagógico, uma vez que a queixa é de distúrbio de aprendizagem.
Um psicólogo clínico levantaria como hipótese problema de ordem institucional. O fracasso escolar poderia ser decorrente de fatores intra-escolares.
Um psicólogo clínico poderia visitar a escola para entender melhor o encaminhamento das crianças.
Assinale a alternativa correta:
Apenas as afirmações I, II e V estão corretas. 
Apenas as afirmações I, IV e V estão corretas.
Apenas a afirmação I está correta.
Apenas as afirmações I e V estão corretas.
Apenas as afirmações I, III e IV estão corretas.
27-Um bebê, de 4 meses e 25 dias, foi recebido por uma creche depois das tramitações burocráticas. “F. é o segundo filho, não desejado, de um matrimônio muito perturbado emocionalmente. Pai alcoólatra, ausente, e mãe borderline. Em meu contato telefônico, a diretora não o reconhece por seu nome. Ele é um número. Ela diz: “Aqui há poucas pessoas. Seria importante se a Sra. pudesse passar algumas horas e cuidar de algumas crianças. Tem que dar remédios. Cada um tem um horário.” No dia da visita, a responsável me diz: “F. estranhou muito na primeira semana. Agora já sabemos de seus caprichos! A questão é que parou, depois de arrebentar de tanto chorar. Aqui nada se apega a nada. Nós mudamos sempre para que não se acostumem. O berço está encostado na parede, para que não solicite quando a gente passa!” (trecho retirado do artigo “Psicanálise e educação ou o risco de sepultar o desenvolvimento mental” de Alicia Beatriz Dorado de Lisondo, publicado na Revista Psychê – Ano IV – Nº 5 – 2000).
A partir do enunciado acima, aponte a afirmação incorreta:
A primeira sugestão que o psicólogo deve fazer é a contratação de mais funcionários para tomar conta dos bebês. Assim se garante que os remédios sejam ministrados e a higiene seja realizada nos horários corretos.
No caso acima, há uma coisificação dos bebês que são reconhecidos por números e são utilizadas estratégias de exclusão do contato.
O funcionamento institucional se sustenta e se legitima nas práticas e discursos dos atores institucionais. A instituição só se concretiza nessas práticas, portanto, qualquer análise passa pelos elementos estruturadores – os sujeitos – e suas relações. 
O psicólogo deverá escutar aqueles que criaram as rotinas instaladas e perceber quais são as dificuldades que têm.
Os bebês devem ser chamados pelos nomes; deve haver alteração do posicionamento dos berços; os bebês devem ser retirados dos berços e estimulados; é preciso que se estabeleçam relações afetivas e amorosas com esses bebês.
28- Pense em você enquanto um(a) psicólogo(a) institucional que foi convidado(a) para desenvolver um trabalho junto a uma unidade da CAJE. O diretor da unidade diz estar com problemas no desenvolvimento do trabalho dos agentes de segurança e dos educadores. Ambos não conseguem desempenhar seu trabalho devido à falta de colaboração dos internos (adolescentes). Ele diz que quando os educadores, por exemplo, propõem o desenvolvimento de atividades no pátio da unidade, muitos dos internos dizem não querer fazer aquele tipo de atividade, alegando que não lhes interessa, que aquilo é coisa para “filhinho de papai” e não para eles (atividades como pintura, música, e outros). Os agentes não conseguem contê-los em alguns momentos, principalmente na determinação de horários fixos para as várias atividades a serem realizadas ao longo do dia (refeições, aulas, exercícios físicos, etc). Numa primeira visita à unidade, você se deparou com um grupo de agentes de segurança gritando com os internos e tirando-os a força de uma sala de aula, tomando algumas atitudes física e verbalmente agressivas. O diretor diz: “Olha ali, não tem jeito, eles não obedecem ao esquema que nós impomos para sua educação, eles não se adaptam a essa unidade. Às vezes temos que tomar medidas mais duras”.
A partir da situação acima descrita, assinale a alternativa correta:
Tendo em vista o perfil dos adolescentes internados na CAJE a melhor atividade a ser desenvolvida naquele espaço é o esporte, pois assim eles seriam mantidos ocupados e canalizariam suas energias e agressividade adequadamente.
Diante do exposto acima, você proporia um treinamento imediato e efetivo para os agentes com o objetivo de alterar a maneira como eles tratam os internos.
Do seu ponto de vista, o diretor da unidade tem uma compreensão simplista dos conflitos existentes na instituição.
Você sugeriria uma investigação com o objetivo de identificar as lideranças e os grupos existentes - aliados e inimigos - e, após esse levantamento, proporia a transferência de alguns adolescentes de maneira a provocar uma ruptura na dinâmica institucional já cronificada.
Os adolescentes internos deveriam passar por entrevistas diagnósticas e os mais comprometidos deveriam ser encaminhados para tratamento psicológico e/ou psiquiátrico. 
29-Numa escola pública localizada num bairro de classe socioeconômica desfavorecida, a diretora não sabe mais para onde encaminhar os alunos que apresentam dificuldade de aprendizagem. Os recursos de região (postos de saúde) não apresentam mais vagas e os professores continuam identificando crianças que não respondem adequadamente ao ensino. A diretora se pergunta se as crianças desse bairro são menos inteligentes ou se a capacidade intelectual delas tem sido afetada pela pobreza em que vivem. Um psicólogo que abordasse esse problema a partir de uma perspectiva sócio histórica:
Implicaria em sua investigação todas as pessoas que estão em interação e constituem a instituição escolar.
Realizaria psicodiagnósticos interventivos das crianças, que possibilitariam investigar e, ao mesmo tempo, realizar intervenções que já propiciassem alterações nas queixas.
Realizaria uma análise da situaçãoeducacional na sua complexidade, considerando os aspectos sociais, econômicos, políticos e históricos.
Realizaria uma pesquisa para saber se o nível de inteligência das crianças tem correlação com o nível socioeconômico da família, antes de proceder aos encaminhamentos.
Realizaria um diagnóstico psicopedagógico para conhecer as dificuldades específicas de cada criança.
Estão corretas as afirmações:
I e III.
II e III.
Apenas IV.
 II e V.
I, II e III.
30- Fábio, de 6 anos, é muito nervoso. Os pais relatam que o filho não tem amigos na escola, não interage com as demais crianças, não obedece aos pais e os professores, não sabe o significado das palavras, é obeso, lento em seus movimentos. O pai diz que mimou excessivamente o filho, dando-lhe mamadeira na boca até recentemente. A mãe diz que não sabe lidar com os comportamentos de birra do filho e tenta seguir as orientações dos profissionais (neuropediatra, psiquiatra e psicólogo).
Suponha que este caso tenha sido apresentado a duas psicólogas diferentes. A primeira, winnicottiana, diante deste relato, afirmou que faria mais algumas entrevistas com os pais e iniciaria uma psicoterapia com a criança. 
A segunda afirmou que realizaria um psicodiagnóstico: entrevistas iniciais com os pais, anamnese, hora lúdica com a criança, e aplicaria CAT, HTP, WISC e Bender, faria uma visita domiciliar e na escola. Só após o término do psicodiagnóstico que ela poderia encaminhar a criança para uma psicoterapia e os pais para uma orientação.
Considere as afirmações abaixo:
A primeira psicóloga tomou a sua decisão, equivocadamente, porque não se pode encaminhar uma criança para psicoterapia sem que antes ela tenha se submetido a um processo psicodiagnóstico.
A segunda psicóloga parte do pressuposto de que os testes e procedimentos diagnósticos são imprescindíveis na indicação de um melhor encaminhamento.
A segunda psicóloga pressupõe que os instrumentos específicos captarão aspectos da criança (nível de inteligência, estrutura e dinâmica da personalidade) e confirmarão hipóteses diagnósticas que não são possíveis de serem obtidos apenas com as observações clínicas. 
A primeira psicóloga, provavelmente, levantou hipóteses sobre a relação existente entre as dificuldades de relacionamento da criança na escola e a estrutura e dinâmica institucional. 
A primeira psicóloga pode ter levantado como hipótese das dificuldades de relacionamento da criança, a presença excessiva dos pais que não permitiram ao bebê se experimentar como diferenciado do mundo. 
Assinale a alternativa que contém as afirmações incorretas:
I, II e V.
I, III e IV.
I, IV e V.
III e IV.
I e IV.
31- Carolina tem 11 anos e mora com a avó paterna, desde que seus pais se separaram, há 6 anos. O pai e a mãe, depois da separação tumultuada, mudaram-se para outros estados e pouco contato tiveram com a menina. O pai telefona 4/5 vezes no ano e sempre aparece no Natal com muitos presentes para Carolina. Quando está com ela mantém um relacionamento amigável, como se fosse um parente muito distante. A mãe nunca mais viu a menina; apenas conversa por telefone. Passa muito tempo sem ligar, mas às vezes telefona várias semanas seguidas. Manda, pelo correio, presentes para Carolina na data de seus aniversários e no Natal. D. Vanda, a avó, cuida de toda a educação da criança. Recentemente, a mãe voltou e quer ficar com a criança. O pai quando soube se contrapôs e quer levar Carolina para morar com ele. A avó não admite que retirem Carolina de sua casa, afinal foi ela quem praticamente a criou. Neste cenário de brigas, discussões e ameaças, Carolina não quer mais ir à escola, pois tem medo de ser raptada pelos pais e está apresentando enurese noturna. A disputa pela guarda da criança vai ser resolvida na justiça. D. Vanda procura uma psicóloga, sem o conhecimento dos pais da menina, requisitando um laudo psicológico que a favoreça na disputa, uma vez que Carolina não quer morar nem com a mãe nem com o pai. Pretende apresentar o laudo ao juiz, quando for aberto o processo.
Baseado no relato pode afirmar que:
Para que o laudo psicológico seja completo, a psicóloga deve convocar pessoas que tivessem convivido com o casal e a criança e pudessem emitir opiniões mais neutras sobre essas relações. 
A psicóloga deveria realizar um psicodiagnóstico da criança, garantindo a presença dos pais.
A psicóloga deve elaborar um laudo com todas as informações colhidas, não só das entrevistas, mas também dos testes aplicados, porque só assim o juiz pode tomar uma decisão adequada ao caso.
Não convocar o pai e a mãe, neste caso, não se constitui em falta ética, porque o que importa são as imagens parentais internalizadas e não reais.
A psicóloga deve ouvir a menina e seu laudo deve estar baseado nos desejos desta.
32-Uma pequena comunidade remanescente de índios Kalunga, na região nordeste do Estado de Goiás, despertou o interesse de um grupo de estudantes de psicologia, liderados por um professor de Psicologia Social, com interesse em estudar o modo de vida desta comunidade, que resistia à influência da cultura goiana. O objetivo desta pesquisa está em levar esta comunidade a desenvolver mecanismos de autossubsistência, sem, contudo, perder as características de sua cultura. O Estado de Goiás, através da Secretaria de Cultura, resolve contratar esta equipe de psicólogos para realizar esta pesquisa.
A partir do enunciado acima, aponte a resposta mais apropriada à situação:
Uma possibilidade de atender a essa demanda seria realizar uma pesquisa-ação, que é um tipo de pesquisa social concebida e realizada em estreita associação com a resolução de um problema coletivo, na qual os pesquisadores e os participantes representativos da situação estão envolvidos de modo cooperativo e participativo. 
O primeiro passo a ser dado pela equipe de pesquisadores seria aplicar um questionário em todos os membros da comunidade Kalunga, com o intuito de realizar um levantamento das suas reais necessidades. Só a partir deste levantamento que a equipe poderia arrolar resoluções para os problemas existentes.
O problema a ser pesquisado seria: por que a cultura indígena resiste à cultura goiana? 
Como os pesquisadores fazem parte da cultura branca, é necessário que se mantenham neutros na coleta de dados para que possam avaliar com imparcialidade as informações que serão obtidas, caso contrário, não conseguirão propor uma ação que seja de fato eficaz para a comunidade indígena.
Um trabalho de conscientização deveria ser realizado com a população branca, das cidades vizinhas à comunidade indígena, no sentido de levá-la a perceber a importância de se preservar a cultura indígena que faz parte da tradição e da história do Estado. 
33-“O exame combina as técnicas da hierarquia que vigia e as da sanção que normaliza. É um controle normalizante, uma vigilância que permite qualificar, classificar e punir. Estabelece sobre os indivíduos uma visibilidade através da qual eles são diferenciados e sancionados. É por isso que, em todos os dispositivos de disciplina, o exame é altamente ritualizado. (...) A forma-prisão preexiste à sua utilização sistemática nas leis penais. Ela se constituiu fora do aparelho judiciário, quando se elaboraram, por todo o corpo social os processos para repartir os indivíduos, fixá-los e distribuí-los espacialmente, classificá-los, tirar deles o máximo de tempo, e o máximo de forças, treinar seus corpos, codificar se comportamento contínuo, mantê-los numa visibilidade sem lacuna, formar em torno deles um aparelho completo de observação , registro e notações, constituir sobre eles um saber que se acumula e se centraliza.”(trechos retirados do livro “Vigiar e Punir” de Michel Foucault).
 A partir do texto acima, considere as afirmações abaixo:
 Bons exemplos da prática do exame podem encontrar na organização de um hospital, que tem em todas as suas rotinas os exames e controles sobre os corpos dos pacientes; na organização administrativa e pedagógica da escola, quemantém sob controle não só o que os indivíduos devem aprender, mas como e quando.
Práticas de exame não são usadas no âmbito da psicologia clínica, pois seu foco de luz se incide sobre a singularidade do indivíduo.
A prática de exame capta os indivíduos num “mecanismo de objetivação” e assim pode organizá-los no espaço e no tempo.
Em decorrência da prática do exame, criam-se registros, arquivos e escritos que captam as individualidades (aptidões, dificuldades, capacidades) e as fixam. Esses documentos permitem caracterizações, criação de sistemas comparativos; descrição de grupos, etc.
Assinale a alternativa correta:
Todas as alternativas estão corretas.
Apenas as afirmações I e IV estão corretas.
Apenas as afirmações I, III e IV estão corretas.
Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.
Apenas as afirmações II e III estão incorretas.
34- Imagine que um grupo de diretoras de 5 escolas procura ajuda psicológica com urgência, em uma clínica-escola, alegando: 
Diretora da escola A: “Os alunos não aprendem, passam pela progressão contínua e chegam à quarta série sem estarem alfabetizados.”
Diretora da escola B: “Minha escola está situada em uma periferia da cidade, zona de violência e as crianças vivem se agredindo no pátio e na sala de aula, mas a culpa é dos pais que não sabem educar seus filhos.”
Diretora da escola C: “Minha escola, ao contrário, está em uma região de classe média da mesma cidade e, teoricamente, os alunos não têm motivos para serem agressivos. Eles não se agridem dentro da escola, mas sempre acabam se envolvendo em confusão fora dos muros da escola.”
Diretora da escola D: “Os professores da minha escola estão muito desmotivados e já não acreditam em nenhum modelo alternativo para amenizar o problema da não aprendizagem, pois qualquer tipo de mudança demandam mais trabalho para eles.”
Diretora da escola E: “O problema da minha escola é a falta de um psicólogo escolar, que ajudaria muito os alunos problemas, que vêm de famílias desestruturadas, e quando encaminhamos ao posto de saúde nunca há vaga, sem contar que estas mesmas famílias não têm dinheiro para se deslocarem até o posto.”
A partir do enunciado acima, assinale a alternativa correta:
A diretora da escola A entende que os alunos não aprendem em razão da progressão continuada.
A diretora da escola E acredita que a função do psicólogo escolar é realizar diagnósticos dos alunos que têm distúrbios de aprendizagem.
Um psicólogo institucional atenderia à demanda da diretora da escola D, implantando um programa de motivação para os professores.
A diretora da escola B acredita que a violência reflete as condições culturais, econômicas e sociais das crianças.
Um psicólogo da abordagem sócio histórica atenderia à demanda da diretora da escola E, investigando as condições psicológicas das famílias desestruturadas.
35-"Temos visto crianças que, por não serem tão ágeis ou rápidas como seus pais pretendiam, em uma idade em que a agilidade e a rapidez não são habituais, são qualificadas de "desajeitadas". Esse julgamento gera ansiedade, insegurança, vão aparecendo comportamentos que, em vez de "ansiosos", são chamados de "desajeitados", confirmando-se a predição dos pais e configurando-se a história da criança desajeitada. O que no começo era um julgamento, uma predição, determina a conduta que acaba confirmando o julgamento.” (Hornstein L., Introdução à Psicanálise,1989).
A partir do texto acima, assinale a alternativa correta:
As crianças desajeitadas geralmente são hiperativas e precisam de acompanhamento de um médico neurologista.
Desde muito pequenas, as crianças desajeitadas já sinalizam, de alguma forma para seus pais, as dificuldades que aparecerão em seu controle psicomotor.
Pais ansiosos tendem a identificar seus filhos como desajeitados porque projetam as suas próprias histórias na criança.
Ansiedade e insegurança sempre produzem distúrbios psicomotores que são identificados como agitação e hiperatividade. 
A criança desajeitada aparece, no texto, como efeito de uma configuração familiar, mais especificamente, como resultado das relações estabelecidas entre os pais e a criança.
36-Suponha que um determinado psicólogo consultado a respeito das queixas de encoprese e enurese apresentadas por uma mãe, a respeito de seu filho, com seis anos de idade, tenha, a respeito do caso, tecido o seguinte comentário: 
“Embora a mãe tenha se mostrado ansiosa para resolver os ‘problemas’ de seu filho, acreditamos que, na realidade, a nossa atenção não deve se voltar para os episódios de enurese e encoprese, propriamente ditas, uma vez que estas podem estar apenas indicando processos inconscientes que fazem parte da dinâmica da personalidade da criança. A tarefa será interpretar a falta de controle dos esfíncteres, olhar além dela e compreender o significado daquela dinâmica inconsciente que se expressa através da enurese e da encoprese.”
Este comentário reflete uma perspectiva:
Biológica
Comportamental
Psicanalítica
Cognitiva
Psicanalítica e biológica
37-A personalidade humana pode ser definida e entendida de formas variadas de acordo com as diferentes teorias psicológicas. Analise as frases abaixo e relacione-as às diferentes teorias psicológicas para escolher a alternativa correta: 
I. Um modelo que enfatiza a tendência do indivíduo ao equilíbrio e auto regulação.
II. Um modelo de personalidade estrutural, dinâmico e determinista.
III. Um modelo de personalidade que enfatiza os determinantes ambientais ou situacionais nos quais o sujeito está inserido.
IV. Um modelo que afirma que a personalidade provém da representação mental das informações.
A. Psicanálise
B. Comportamentalismo
C. Humanismo
D. Cognitivismo
A - I, B - II, C - III, D - IV.
A - I, B - III, C - II, D - IV.
A - II, B - III, C - I, D - IV.
A - IV, B - II, C - I, D - III.
A - III, B - II, C - VI, D - I.
38-As teorias psicológicas, pela compreensão que têm de seu objeto e, consequentemente, pelo estabelecimento de usos possíveis para o conhecimento que reúnem, propõem e solucionam diferentes problemas teóricos e práticos. Assim, a cada teoria corresponde não apenas uma gama de questões passíveis de solução, mas, principalmente, um conjunto de problemas que podem se constituir enquanto tais. 
A afirmação tem sentido, se considerarmos que(assinale V ou F):
I - Os fenômenos psicológicos são fatos positivos, como tais dotados de concretude. Assim, são objetos passíveis de estudo científicos. O conhecimento assim produzido é fidedigno, na medida em que produz uma representação fiel da realidade desses fenômenos.
II - Os fenômenos psicológicos não podem ser tomados em sua positividade, já que cada teoria psicológica estabelece para si um objeto de estudo que não é necessariamente é partilhado por outras teorias.
III - As técnicas que instrumentalizam a prática psicológica têm uso limitado, não sendo efetivas na resolução de todos os problemas com os quais se defronta o psicólogo.
IV - O conhecimento psicológico deve ser analisado a partir de seu valor heurístico, isto é, de sua eficácia em propor e resolver problemas teóricos e práticos.
Assinale a alternativa que apresenta a correspondência correta:
a) I - F; II - V; III - V; IV - V.
b) I - F; II - F; III - V; IV - F.
c) I - V; II - V; III - V; IV - F.
d) I - V; II - F; III - F; IV - V.
e) I - F; II - V; III - F; IV - V.
39-De acordo com a abordagem que embasa o trabalho de um dado psicoterapeuta, este entenderá a queixa do paciente de uma determinada maneira. Sua escuta, a avaliação clínica que faz do caso, bem como a indicação terapêutica que elaborará dependerá da teoria psicológica que adota. Esta, por sua vez estará baseada em determinados pressupostos sobre o que é o Homem, o que é saúde mental, como é possível provocar mudanças no paciente etc. Considere o seguinte caso:
J.C. é um professor de inglês de 25 anos, com ruminações frequentes girando em torno da idéia: “Meu cérebro está danificado”.Passa horas pensando no assunto, procurando em seu passado evidências a favor ou contrárias à ideia, sem poder chegar a uma conclusão definitiva. Nesses momentos, sente-se ansioso e deprimido e não consegue desempenhar-se normalmente no trabalho. 
A respeito do caso apresentado, é possível dizer que:
I) Em uma terapia behaviorista radical, os pensamentos obsessivos do cliente seriam considerados o foco do trabalho, uma vez que, nesta abordagem, entende-se que o comportamento é influenciado pelo significado que o sujeito dá às variáveis ambientais.
II) Em um trabalho psicanalítico, o pensamento obsessivo seria considerado como um sintoma, uma resultante do conflito interno vivenciado pelo paciente.
III) Em uma abordagem humanista, o terapeuta procuraria entender o sentido que os pensamentos obsessivos têm para o cliente. 
Responda considerando as afirmações verdadeiras:
a) I, II e III.
b) I e II.
c) I e III.
d) II e III.
e) Apenas a I.
40- Marta, uma mulher de 32 anos, começou seu processo terapêutico há 1 mês. Apresentou como queixa a dificuldade de manter seus relacionamentos amorosos por longos períodos. Perdia o interesse pelo companheiro, principalmente, se este a agradava excessivamente. Vivia sozinha e trabalhava como secretária de um diretor de uma multinacional. Em uma sessão de sua terapia, gasta os vinte minutos iniciais da sessão reproduzindo uma história de uma colega de trabalho. A história se referia a uma viagem que sua amiga havia realizado para participar de uma festa de casamento na família. Após vinte minutos, interrompe-se abruptamente e fala: “Chega! Agora vou falar de mim”.
O terapeuta diz: “E não era de você que falava?”
A partir do enunciado acima, assinale a alternativa incorreta:
Um psicoterapeuta psicanalista entenderia que, apesar da paciente não ser a protagonista da história que conta, tratam-se de aspectos latentes seus, de um dizer inconsciente.
Um psicoterapeuta cognitivista poderia solicitar à paciente que comentasse ou expressasse seus sentimentos em relação à história relatada. 
A intervenção do terapeuta indica que ele adota a abordagem fenomenológica-existencial como seu referencial teórico, porque os relatos da paciente não são tomados em si, em suas manifestações.
Um psicoterapeuta da abordagem cognitiva entenderia o relato da paciente tal como foi relatada, ou seja, como uma história de uma amiga.
Se o psicoterapeuta acima fosse um psicanalista, a sua escuta seria uma escuta dos impasses do desejo. 
41- Para uma teoria do desenvolvimento humano preconizar que este se dá em fases ou períodos não é exigência fundamental que:
admita a ideia de que os comportamentos, em uma determinada etapa, se organizam em torno de um tema dominante ou de um conjunto coerente de características.
admita a ideia da diferença qualitativa dos comportamentos de uma dada fase e aqueles que caracterizam as anteriores e posteriores.
identifique períodos críticos no desenvolvimento psicológico, ou seja, períodos cruciais durante os quais eventos específicos devem ocorrer para que o desenvolvimento prossiga normalmente.
aceite que todas as crianças passam pelas mesmas etapas na mesma ordem, ainda que fatores ambientais possam acelerar ou desacelerar o desenvolvimento.
descrevam o aparecimento de inovações, mudanças e transformações que caracterizem diferentes períodos de desenvolvimento.
42- Vamos supor que estamos acompanhando o paciente num passeio. O dia é claro, o sol está brilhante, o povo está todo nas ruas, que de modo algum parecem assustadoras. Tudo isto pode ser observado da já nela do paciente. Confirma este as nossas observações, embora esteja farejando algum perigo. Vamos para fora. Começa então a mudança. Logo depois de atravessar a porta, o paciente agarra nosso braço, seu rosto assume expressão vidrada, olha ansiosamente em volta de si. Quando lhe perguntamos o que o está perturbando, responde que a rua lhe causa pavor. Parece tão estranha, tão larga, e assim mesmo tão estreita. As casas debruçam-se sobre as calçadas; pensa que vão desmoronar de um momento para o outro. Falamos com ele calmamente e dizemos-lhe que nada há de errado com a rua; pelo contrário, apresenta aspecto muito agradável, mas ele meneia a cabeça e não se convence. Ao contrário, na medida em que vamos caminhando – apesar das nossas palavras tranquilizadoras, tão bem escoradas na realidade – mais ansioso vai ficando. Agarra com mais força o braço que está segurando, como se sentisse que o apoio não é suficiente. O suor transpira em sua testa. Seu rosto denota a impressão de que alguma coisa séria vai acontecer. Quer retroceder; para casa, pelo amor de Deus!
I.Diria um terapeuta cognitivista: nada aconteceu na rua que pudesse refletir-se no paciente, mas ele não vê as coisas do nosso modo. Aquilo que lhe parece real, para nós não existe, portanto, o paciente deve estar errado; ele tem uma distorção da realidade.
II.Um terapeuta cognitivista não tentaria confrontar as opiniões do paciente com os fatos da realidade, porque sabe que não poderia lhe convencer, como mostra o relato acima.
III.A frase acima “apesar das nossas palavras tranquilizadoras, tão bem escoradas na realidade” denota que o narrador tem uma concepção dicotômica de sujeito/realidade. 
IV. Tanto a fenomenologia quanto a abordagem cognitiva compreenderiam os sintomas acima relatados como um problema da relação do sujeito com o mundo, mais especificamente, um problema no modo como o sujeito interpreta o mundo.
V.Os fenômenos acima podem ser lidos, à luz da psicanálise, como uma projeção, ou seja, o sujeito projeta sobre as coisas em volta dele, o que existe dentro de si.
Assinale a alternativa correta:
Todas as afirmações estão corretas.
Apenas as afirmações I, II, III e V estão corretas.
Apenas as afirmações I, II, IV e V estão corretas.
Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas.
Apenas as afirmações I, III e V estão corretas.
43- “O pesquisador é como coparticipante do mostrar-se do fenômeno e não como alguém que, numa postura neutra, observe o que ocorre fora dele, mesmo porque só é possível interrogar aquilo do qual fazemos parte. É importante ainda considerar que o olhar daquele que interroga jamais é um olhar dele mesmo isoladamente, mas é um olhar do qual tomam parte aqueles com quem ele é no mundo. Entretanto é um olhar, ao mesmo tempo, exclusivo, que expressa toda a sua singularidade.” (Critelli, 1996). Afirma ainda Critelli (1996) que os dados apanhados por instrumentos de registros, sejam visitas, entrevistas, até desenhos, são válidos, em uma investigação. Entretanto, o que não vale é crer que, por si só, sejam capazes de revelar a totalidade do buscado, ou se transformarem no próprio buscado.
A partir da interpretação deste texto, podemos afirmar que:
O texto se refere à pesquisação.
O texto se refere a um tipo de pesquisa que pressupõe a separação sujeito/objeto.
O texto afirma que os instrumentos de pesquisa pretendem obter respostas sobre qualquer fenômeno, e quando, bem utilizados, podem revelar e são capazes de compreender verdadeiramente o fenômeno. 
O texto se refere à pesquisa qualitativa de abordagem fenomenológica.
O texto afirma que o modo como o pesquisador observa e compreende o fenômeno é singular, exclusivo, portanto, sua descrição deve ser detalhada para que outros possam acompanhar seu percurso.
44- Dona Maria procura ajuda psicológica para seu filho, que vem apresentando enurese. Ansiosa e insatisfeita com o que ouve do profissional consultado procura outro e mais outro, sucessivamente, recebendo de cada um deles orientações diferentes. A este respeito, de acordo com a proposta da disciplina, pode-se dizer que:
As várias perspectivas da Psicologia representadas por esses profissionais têm o mesmo objeto de estudo, divergindo apenas quanto aos métodos a serem usados para conhecê-lo.
Como os psicólogos compreendem a queixa da mãe de maneira diferente, é necessário realizar um estudo empírico, que, adotandoa metodologia científica, produza um conhecimento confiável, que permita a opção pela explicação mais correta. 
Eles indicam uma característica importante, bastante peculiar à Psicologia, como área de conhecimento e profissão: no espaço que ela ocupa coexistem várias formas diferentes de conceituar e investigar os fenômenos psicológicos.
O único que retrata corretamente a situação apresentada pela mãe é o do psicólogo 1, já que os demais não se atêm a fatos observáveis.
As condutas dos diferentes psicólogos podem ser associadas em um procedimento comum, que permita a solução do problema da criança.
GABARITO DOS EXERCÍCIOS 2 DA
DISCIPLINA TÓPICOS DE ATUAÇÃO PROFISSIONAL – 2018/2
25) A
26) D
27) A
28) C
29) A
30) E
31) B
32) A
33) C
34) B
35) E
36) C
37) C
38) A
39) D
40) C
41) C
42) E
43) D
44) C
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