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Fontes estatais do Direito

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Introdução ao Direito 
 
 
 
 
FONTES ESTATAIS DO DIREITO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 
 
 
Sumário 
 
Introdução .................................................................................................................................... 2 
 
Objetivos ....................................................................................................................................... 2 
 
1. Fontes do Direito ...................................................................................................................... 2 
1.1. Classificação das Fontes .................................................................................................... 3 
1.2. Fontes Estatais do Direito .................................................................................................. 3 
 
Exercícios ...................................................................................................................................... 6 
 
Gabarito ........................................................................................................................................ 6 
 
Resumo ......................................................................................................................................... 7 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 
 
Introdução 
Nesta apostila faremos um estudo sobre as fontes do Direito. Falaremos 
sobre seu conceito e sobrea classificação das diferentes fontes do Direito, de forma a 
identificar sua origem e relevância para o ordenamento jurídico. Em um segundo 
momento, daremos enfoque nas fontes estatais do Direito, especificando-as e 
apontando as principais características destas fontes. 
Objetivos 
• Tratar do conceito de fonte; 
• Identificar as diferentes fontes do Direito, a partir de sua classificação; 
• Compreender as fontes estatais do Direito. 
 
1. Fontes do Direito 
Quando estudamos o Direito somos apresentados a uma série de disciplinas 
da Zetética e da Dogmática jurídica. Todas reúnem caminhos para apresentar as 
mais diversas fontes do Direito. 
Mas fica o questionamento, o que queremos dizer quando falamos em fontes 
do Direito? Este é um tema que reúne divergências na literatura. 
 
SAIBA MAIS! 
 
 
 
As classificações não são unânimes e muitas vezes se apresentam até 
contraditórias. Entretanto torna-se relevante conhecer a principal classificação 
apresentada pela maioria da doutrina. 
Vale ressaltar que embora a Lei seja a fonte principal do Direito, o 
ordenamento brasileiro admite (e incentiva) o uso de outras fontes. 
 
Fonte tem origem na palavra latina fons, fontis 
Significado: Nascente de água 
Logo, Fonte do Direito seria “origem do Direito”. 
 
 
3 
 
1.1. Classificação das Fontes 
Seguindo a classificação adotada por grande parte da literatura, podemos 
dividir as fontes do Direito em: fontes materiais (fatores ambientais que determinam 
a origem do Direito) e fontes formais (meios de conhecimento do Direito). 
Os críticos desta divisão partem do princípio que uma norma deve ser 
originada de uma estrutura de poder. Logo, as fontes materiais não teriam força para 
se constituir como fonte, pois as fontes materiais seriam apenas estudos políticos, 
sociais e econômicos que auxiliam e condicionam a criação de regras jurídicas. 
Merece destaque a classe Fontes Históricas do Direito abordada por alguns 
autores. Nesta classificação estariam reunidas todas as normas de importância 
histórica que também servem de subsidio ao jurista. Um exemplo seria todo o 
ordenamento jurídico do Direito Romano, uma das fontes históricas mais 
importantes de todo Direito moderno. 
As fontes Materiais são constituídas pela própria sociedade. Reúne os 
aspectos históricos, racionais e ideais que serão incorporados pela norma. Já as 
fontes formais são as fontes primárias do ordenamento jurídico que reúnem as 
normas em vigor. 
Dentro das fontes formais ainda temos uma subdivisão: Fontes formais 
escritas (estatais) e fontes formais não escritas (não estatais). As fontes estatais são 
aquelas emanadas pelo Estado, reúne as leis em sentido amplo e a jurisprudência. As 
fontes não estatais são aquelas presenciadas e vividas pela sociedade, reúne os 
costumes, os princípios gerais do Direito e a fonte negocial. 
Devido à importância para o ordenamento jurídico, vamos focar nosso estudo 
nas fontes estatais do Direito. 
 
1.2. Fontes Estatais do Direito 
As fontes formais escritas dependem da atividade do poder legislativo do 
Estado. São normas escritas, que possuem vigência e validade dentro do território 
do Estado. Estas fontes formam o ordenamento jurídico, sendo impostas à 
sociedade e dotadas de coerção. 
Dentro do ordenamento jurídico brasileiro, a Lei é considerada a fonte mais 
importante, pois reúne todos os requisitos de segurança que uma norma jurídica 
pode ter. 
• Ser escrita; 
• Ser abstrata; 
• Ser geral. 
 
4 
 
Assim, toda lei deve permitir sua aplicabilidade no futuro, sendo abstrata, e 
poder abranger toda a sociedade, atendendo ao princípio da igualdade. 
Dentro deste conceito, a literatura ainda classifica as leis em quatro 
subgrupos: leis constitucionais, leis infraconstitucionais (sentido estrito), medidas 
provisórias, tratados internacionais, decretos regulamentares e normas internas. 
Por isso se trata de leis em sentido amplo, sendo não apenas aquelas 
emanadas pelo Poder Legislativo (lei em sentido estrito), mas também toda norma 
jurídica escrita, independente de quem a tenha elaborado. 
As leis constitucionais são aquelas que fundamentam o sistema jurídico da 
sociedade. Através do princípio da supremacia constitucional, todas as normas 
vigentes devem ser materialmente e formalmente compatíveis com a Constituição. 
Em outras palavras, em uma sociedade que tenha como norma fundamental a 
constituição, não é permitida a existência de normas jurídicas antagônicas às 
normas constitucionais. 
Já as leis infraconstitucionais (sentido estrito) agrupam todas as leis que 
emanam do Poder Legislativo: as leis ordinárias, as leis complementares e as leis 
delegadas. Quando em maioria simples, são as chamadas leis ordinárias que reúnem 
regras sobre assuntos gerais. As leis complementares exigem quórum especial e 
regram temas específicos e privativos. Nesta categoria, temos também as leis 
delegadas, que são matérias elaboradas pelo Presidente após solicitação e 
respectiva aprovação do Congresso para fazê-la. 
 Temos também as medidas provisórias que são editadas pelo Presidente da 
República, quando presentes os requisitos de urgência e relevância do tema. 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
 
Os decretos regulamentares são normas editadas pelo chefe do poder 
executivo, com o objetivo de regulamentar as leis, não podendo inovar no 
ordenamento jurídico. Por fim, assim como os decretos, as normas internas não são 
leis no sentido estrito da palavra, mas têm como objetivo regulamentar situações 
De acordo com o artigo 62 da Constituição Brasileira, a 
medida provisória é um ato unilateral do Presidente da 
República que tem força de lei. Deve versar sobre temas 
urgentes e relevantes a serem submetidos ao 
Congresso Nacional. 
 
 
5 
 
administrativas, podendo ter edição por outras autoridades, distintas do chefe do 
Poder Executivo. 
 
SAIBA MAIS! 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Outra fonte formal estatal do Direito é a Jurisprudência, que é o conjunto de 
decisões reiteradas, proferidas por determinado tribunal e sobre umdeterminado 
tema. A jurisprudência tem sua relevância por ser construída de acordo com o 
cotidiano dos juristas frente ao fenômeno jurídico. Destacamos, contudo, que apesar 
da importância persuasiva, a jurisprudência não será necessariamente vinculante, 
sendo a vinculação exceção que deve estar prevista em lei ou no texto 
constitucional. 
 
FIQUE ATENTO! 
 
 
 
 
 
No Brasil, os tratados e convenções internacionais, 
após serem ratificados pelo Congresso Nacional, 
possuem o seguinte tratamento: 
1) Se versarem sobre direitos humanos: 
1.1) Terão status constitucional, se a aprovação se der 
pelo procedimento de emenda constitucional, após 
2004. 
1.2) Terão status supralegal, se aprovados por 
procedimento diverso ou se aprovados pelo 
procedimento de emenda constitucional, antes de 
2004. 
2) Se versarem sobre outros temas, terão status de lei 
ordinária. 
 
Súmula Vinculante: 
Súmulas são elaboradas por qualquer tribunal, quando 
este reconhecer a relevância do tema, a reiteração de 
questões semelhantes e a necessidade de tornar claro o 
entendimento adotado pelo respectivo tribunal. 
Contudo, em 2004 foi criada a Súmula vinculante que 
obriga a Administração Pública e todos os Juízes e 
Tribunais a seguir o que foi determinado pela Súmula 
editada pelo Supremo Tribunal Federal. 
 
6 
 
 
 Já os precedentes são decisões tomadas em casos anteriores e que são 
utilizadas como argumento em outro julgamento, servindo de exemplo para 
questões semelhantes. Vale ressaltar que só há um precedente quando uma decisão 
extrapola a lei escrita, criando uma nova situação normativa, ou seja, decisões que 
apenas aplicam as normas escritas não podem ser consideradas precedentes 
jurídicos. 
 Vale ressaltar que há uma discussão na literatura sobre a classificação 
da Doutrina entre as fontes do Direito. Para alguns autores a Doutrina figura entre as 
fontes estatais do Direito, pois seria uma produção intelectual dos juristas na 
interpretação do fenômeno jurídico. 
Contudo para outra parcela de autores, a doutrina não teria a mesma força de 
uma norma que deve ser seguida. Não podemos negar a relevância da doutrina para 
o ordenamento jurídico, pois é a forma de expressar entendimentos e interpretações 
da norma jurídica, preenchendo lacunas e permitindo a evolução de todo sistema 
jurídico. 
Exercícios 
1. Qual a classificação das fontes do Direito mais utilizada pela 
literatura? 
 
2. O que seriam as leis infraconstitucionais? Qual sua relevância dentro 
do ordenamento jurídico? 
 
3. A doutrina pode ser classificada como uma fonte estatal do Direito? 
Qual sua importância para o ordenamento jurídico? 
Gabarito 
1. Apesar de ser um tema controverso, grande parte da literatura divide 
as fontes do Direito em fontes materiais (fatores ambientais que determinam a 
origem do Direito) e fontes formais (meios de conhecimento do Direito). 
 
2. As leis infraconstitucionais são todas as leis que compõem o sistema 
jurídico e que estão abaixo da Constituição Federal. São leis editadas pelo Poder 
Legislativo, versando sobre temas de relevância jurídica para a sociedade. 
 
7 
 
3. A classificação da doutrina é tema de discussão pela literatura, uma 
parcela de autores posiciona a doutrina como fonte estatal do Direito por ser uma 
atividade interpretativa do poder judiciário, contudo, como não possui força de 
norma alguns autores não a consideram como uma fonte forma do Estado. A 
doutrina é a forma de expressão de entendimentos e interpretações dos juristas 
sobre a letra da lei, sendo o meio de manutenção da atualidade do sistema jurídico. 
Resumo 
Nesta apostila estudamos as Fontes do Direito. Iniciamos com um estudo 
sobre o que seria uma fonte do Direito, percebendo que existe uma divergência na 
literatura quanto à classificação. 
Seguindo a linha majoritária dos autores, vimos que as fontes do Direito 
podem ser classificadas em: materiais e formais. Destacamos a importância das 
fontes históricas do Direito ao reunir as legislações antigas que influenciaram o 
sistema jurídico. 
Vimos que as fontes materiais são aquelas que reúnem os aspectos da própria 
sociedade, são os elementos históricos, racionais e ideais que fornecem subsídios 
para criação das demais fontes do Direito. 
Já as fontes formais são aquelas que compõem o ordenamento jurídico, são 
as normas vigentes. Podem ser divididas em fontes escritas e não escritas. 
Começando pela Lei, vimos que é a fonte primária do sistema jurídico 
brasileiro, pois reúne todos os requisitos de segurança de uma norma jurídica. 
A lei em sentido amplo pode então ser classificada como constitucional, 
infraconstitucional ou lei em sentido estrito, decretos regulamentadores e normas 
internas. 
Já a jurisprudência é o conjunto de decisões reiteradas adotadas por 
determinado tribunal e que podem, ou não, possuir efeito vinculante, obrigando as 
instâncias inferiores a segui-los. 
Por fim vimos que a doutrina é considerada uma fonte estatal por uma 
parcela da literatura, sendo responsável pela manutenção da atualidade jurídica 
através das interpretações realizadas pelos juristas, mas a posição é controversa, 
sendo certo que outra parcela atribui caráter meramente persuasivo e de 
atualização do conhecimento. 
 
 
 
8 
 
Referências bibliográficas 
JusBrasil. Você sabe a diferença entre precedente, jurisprudência e súmula? Disponível em: 
<https://elainenogueira.jusbrasil.com.br/artigos/429649935/voce-sabe-a-diferenca-entre-precedente-
jurisprudencia-e-sumula>. Acesso em: 04/02/2019 às 11h45min. 
DINIZ, Maria Helena. Compêndio de introdução ao estudo do direito. 12ª ed. São Paulo: Saraiva, 2000. 
DireitoNet. As fontes do direito e a sua aplicabilidade na ausência de norma. Disponível em: 
<https://www.direitonet.com.br/artigos/exibir/5763/As-fontes-do-direito-e-a-sua-aplicabilidade-na-ausencia-de-
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MACHADO, Hugo de Brito. Introdução ao Estudo do Direito. 2ª ed. São Paulo: Atlas, 2004. 
Planalto Federal. Constituição Federal. Disponível em: 
<http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/Constituicao/Constituicao.htm>. Acesso em: 03/02/2019 às 11h30min. 
REIS FRIEDE, André Carlos. Lições esquematizadas de introdução ao estudo do direito. 4. ed. - Rio de Janeiro: 
Freitas Bastos Editora, 2016.

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