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1a Questão Quando falo que uma "cozinha" pode representar mais que uma simples prática, mas uma tradição, um preparo, um jeito, uma cultura, quero dizer que devo ter um olhar mais atento ao mundo que me cerca, notar que suas estruturas são complexas e importantes de serem analisadas. A partir da observação dos fenômenos das cozinhas contemporâneas e da interação História e Antropologia podemos definir como traços indígenas em nossa cozinha: Feijão Mandioca Arroz Peixe Porco Explicação: O aluno deverá saber que a mandioca é um alimento nativo da América do Sul e que os portugueses aprenderam a importância de seu cultivo com os indígenas. 2a Questão Sobre as tribos indígenas que ocupavam a maior parte do nosso território é correto dizer: Que a maioria ainda apresentava características de sociedades coletoras, não tendo assim nenhuma forma de produção ou cultivo. Que a maioria se apresentava como nômade ou semi-nômade. Que a maioria desconhecia qualquer método agrícola. Que a maioria apresentava características e hábitos sedentários. Que a maioria praticava apenas caça, pesca e coleta. Explicação: Como sugerido há pouco, traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, na medida em que eles não formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os tapuias pertenciam a diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os “não-tupis”, o que significa que eles eram muitas coisas. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Eram seminômades, não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só se intensificou com a chegada dos portugueses. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, além de protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira (a Confederação dos Tamoios), os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570. Gabarito Coment. 3a Questão "A economia tupinambá era basicamente de subsistência e autoconsumo. Assim, cada aldeia produzia para atender às suas necessidades, havendo poucas trocas de gêneros alimentícios com outras aldeias. A agricultura era sempre combinada às atividades de caça, pesca e coleta, e a importância de cada uma dessas fontes de alimentos variava sazonalmente." SCHWARTZ, Stuart B. Segredos Internos: Engenhos e escravos na sociedade colonial 1550 ¿ 1835. SP: Cia. Das Letras, 1988 p. 41 Considerando a prática agrária da sociedade tupinambá, as atividades agrícolas, de caça, pesca e coleta eram divididas por: Não havia esta divisão Habilidade Idade Sexo Estatuto Social Explicação: Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa. Gabarito Coment. 4a Questão As populações que ocupavam o território brasileiro antes da chegada de Cabral não possuíam escrita, por essa razão são tão importantes os relatos dos viajantes europeus para, mesmo que através da visão do outro, possamos conhecer um pouco sobre sua cultura. Sobre o cotidiano dessas populações podemos dizer que: a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e a agricultura itinerante; a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e por deconhecer a agricultura praticava o canibalismo; a maioria era nômade, praticava a caça e a coleta e desconhecia a agricultura; a maioria era seminômade, praticava a caça, a coleta e desconhecia a agricultura; a maioria era nômade, praticava a caça, a coleta e a agricultura itinerante; Explicação: Traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, na medida em que eles não formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os tapuias pertenciam a diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os “não-tupis”, o que significa que eles eram muitas coisas. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Eram seminômades, não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só se intensificou com a chegada dos portugueses. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, além de protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira (a Confederação dos Tamoios), os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570. Gabarito Coment. 5a Questão "A lingua utilizada pelos índios do litoral é uma: difere em certas partes, mas não de maneira que deixem de se entender .(...) Carece de três letras, não se acha nela F, nem L, nem R, coisa que é digna de espanto, porque assim não tem Fé, nem Lei, nem Rei e desta maneria vivem desordenadamente. (GANDAVO, Pedro de Magalhães. História da Província de Santa Cruz, 1578). Utilizando o texto como referência, podemos aferir que: I - Os europeus buscavam identificar e associar a cultura indígena à sua. II - As diferenças culturais entre portugueses e indígenas eram atribuídas à inferioridade do nativos da América. III - Os europeus analisavam que a linguagem dos índios do litoral era bastante distinta, variando significativamente de uma comunidade para outra. IV - O vocabulário da população indígena que vivia no litoral era, segundo o relato, bastante diversificado. Apenas III está correta. Apenas I está correta. Apenas II está correta. Apenas IV está correta. Todas estão corretas. Explicação: O texto expressa uma visão europeia acerca da cultura indígena, mais especificamente sobre os aspectos linguísticos. Para o observador, os indígenas que viviam no litoral possuíam uma língua bastante similar a ponto de se compreenderem. Além disso, a ausência de fonemas e vocabulários denotaria uma significativa inferioridade atribuída aos indígenas. 6a Questão Os índígenas colaboraram com os portugueses no início da colonização, trocando sua mão-de obra por artigos de pouco valor para os europeus. A explicação mais correta para essa atitude dos indígenas é: eles tinham uma concepção de valor diferente; o que não tinha valor para os europeus, para eles, era útil. eles usaram essa tática de aproximação para, a seguir, atacar os colonos europeus. eles eram muito ingênuos e achavam que se colaborassem, não seriam eliminados pelos portugueses. eles tinham curiosidade acerca daqueles produtos desconhecidos em sua cultura.eles eram naturalmente amistosos e desejavam se integrar com os recém chegados ao continente. Explicação: Quando pensamos no escambo do indígena e do português temos que perceber que cada cultura valorizava o que não possuía em seu meio, enquanto a madeira do Pau-Brasil estava disponível para o indígena, os objetos de metal e espelhos não estavam e o mesmo pensamento deve ser usado para o português, que tinha acesso aos metais e espelhos e deseja a madeira. Gabarito Coment. 7a Questão Qual era a língua falada pela maioria das populações que habitavam o litoral do território que se tornaria Brasil? tupi-guarani; macro-tupi. macro-jê; tapuia-guarani; micro-jê, Explicação: Tupi-Guarani O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. 8a Questão Enquanto os portugueses escutavam a missa com muito "prazer e devoção", a praia encheu-se de nativos. Eles sentavam-se lá surpresos com a complexidade do ritual que observavam ao longe. Quando D. Henrique acabou a pregação, os indígenas se ergueram e começaram a soprar conchas e buzinas, saltando e dançando (...) Náufragos Degredados e Traficantes (Eduardo Bueno) Este contato "amistoso" entre brancos e índios preservado: sobretudo pelo governo colonial, que tomou várias medidas para impedir o genocídio e a escravidão. até o início da colonização quando o índio, vitimado por doenças, escravidão e extermínio, passou a ser descrito como sendo selvagem, indolente e canibal. pelos colonos que escravizaram somente o africano na atividade produtiva de exportação. em todos os períodos da História Colonial Brasileira, passando a figura do índio para o imaginário social como "o bom selvagem e forte colaborador da colonização". Igreja, que sempre respeitou a cultura indígena no decurso da catequese. Explicação: Slide 20 aula 1 ¿Desde o início da colonização manifestaram-se em relação aos índios dois tipos de atitude: ¿ ¿Considerados "infantis". ¿ ¿"Imorais", justificando com isso os castigos e a escravidão a que foram submetidos. 1a Questão "Pouco fruto se pode obter deles se a força do braço secular não acudir para domá-los. Para esse gênero de gente, não há melhor pregação do que a espada e a vara de ferro." (José de Anchieta. Pedro Casaldáliga in "Na Procura do Reino") O fragmento de texto anterior, escrito nos primórdios da colonização do Brasil, refere-se: à expansão da cana-de-açúcar para o interior de Mato Grosso e a utilização de mão-de-obra indígena; à determinação dos jesuítas em pregar o Evangelho junto aos índios e negros, ampliando os horizontes da fé. à inadaptação do índio para o trabalho e a escravização do negro pelos jesuítas em suas reduções de ouro; à evangelização do negro e o apresamento de escravos pelos bandeirantes; à catequização do índio pelos jesuítas e a utilização dos silvícolas como mão-de-obra nas propriedades da Companhia de Jesus; Explicação: As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão-de-obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante muitos anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um conhecimento mais aprofundados dos povos indígenas. Gabarito Coment. 2a Questão Consistia na abertura de clareiras em determinadas áreas florestais, que em seguida eram queimadas. As cinzas resultantes desse processo eram utilizadas como fertilizantes do solo que, em seguida, era semeado pelas mulheres da aldeia. Estamos falando da: Pajelança Corvéia Queimadas Plantation Coivara Explicação: Essa técnica consistia na abertura de clareiras em determinadas áreas florestais, que em seguida eram queimadas. As cinzas resultantes desse processo eram utilizadas como fertilizantes do solo que, em seguida, era semeado pelas mulheres da aldeia. Dentre os gêneros cultivados estavam o feijão, milho, abóbora, algumas frutas e, principalmente, a mandioca - base da alimentação tupinambá e, mais tarde, de toda a colônia. 3a Questão O principal grupo/tronco linguístico encontrado pelos portugueses ao desembarcar no Brasil foram os: Juruá Gêge Tupi-Guarani Tamoios Goitacá Explicação: Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII 4a Questão As aldeias tupinambás eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa. Selecione a melhor definição para a agricultura tupinambá: era sedentária e não utilizava a coivara; era itinerante, utilizava a coivara e os homens a praticavam.era itinerante e não usava a coivara; era itinerante e utilizavam a coivara; era sedentária e utilizva a coivara; Explicação: Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa. A agricultura era uma prática que diferenciava os tupinambás dos demais povos tupi-guaranis. Para preparar o solo para a semeadura, os tupinambás desenvolveram uma técnica que rapidamente foi incorporada pelos colonos portugueses: a coivara . Por ser um grupo seminômade, praticava a agricultura intinerante. Gabarito Coment. 5a Questão Segundo Caminha os índios não tinham religião, sobre isso podemos afirmar que: ele tinha razão, os índios não tinham deuses; ele estava errado, os índios eram politeístas e suas religiões tinham alguns aspectos xamãnicos. Ele tinha razão, afinal a única religião verdadeira era a católica; ele estava errado, os índios eram monoteístas assim como os europeus; ele estava errado, os índios eram politeístas assim como os europeus; Explicação: Está questão está associada ao etnocentrismo europeu, em que observamos o mundo através de nossa própria cultura, logo, não sendo católico ou não tendo uma religião estruturada como a católica, a religião indígena não era vista como religião. Gabarito Coment. 6a Questão Um dos problemas que a população brasileira enfrentou no período colonial foi a constante escassez de alimentos. Isto ocorria, entre outros fatores, por que: A partir de meados do século XIX, o aumento dos preços do café no mercado internacional provocou uma expansão do cultivo desse grão no Brasil, levando a uma queda na produção de itens de subsistência. Em meados do século XVIII, o desenvolvimento da indústria têxtil na Inglaterra estimulou a produção pernambucana de algodão destinado à exportação, o que resultou na redução da área de plantio de produtos alimentares. Devido à carência de mão de obra, os escravos eram utilizados na exploração mineradora, na madeireira e na pecuária, o que impediu o desenvolvimento da produção de alimentos e a formação de um mercado interno nacional. Quando a exportação de açúcar se encontrava em uma fase ascendente, os esforços se canalizavam ao máximo para a sua produção, diminuindo o cultivo de outros produtos alimentícios. A transferência da corte portuguesa para o Rio de Janeiro representou um aumento no consumo de produtos alimentícios, causando um colapso na economia de subsistência do Reino Unido de Brasil e Portugal. Explicação: A principal preocupação em relação à Colônia Brasil era a plantação de cana-de-açúcar, um produto muito caro na Europa e por esse motivo muito mais importante do que a plantação de alimentos para os donos dos Engenhos. Gabarito Coment. 7a Questão Entre 1500 e 1530 Portugal não demonstrou muito interesse pelo Brasil, a Carta de Caminha não mencionava a existência de ouro ou prata. Neste período, chamado de Pré Colonial, como eram as relações econômicas entre a metrópole e a colônia? o comércio realizava-se através da troca direta ou escambo; a economia baseou-se essencialmente em atividades agrícolas; a maioria das atividades produtivas concentrava-se na economia informal; o extrativismo mineral acabou desenvolvendo um mercado de consumo interno; a expansão da pecuária impulsionou a utilização da mão-de-obra escrava africana; Explicação: Todavia, durante muitos anos, a diversidade indígena e a própria Ilha de Vera Cruz, pareciam não ter despertado o interesse da Coroa portuguesa. Como apontou Manuela Carneiro da Cunha: “todo o interesse, todo o imaginário português se concentra, à época, nas índias, enquanto espanhóis, franceses, holandeses, ingleses estão fascinados pelo Novo Mundo” (CUNHA, 1990: 92). “Em 1500, Caminha viu “gente” em Vera Cruz. Falava-se então de homens e mulheres. O escambo povoou a terra de “brasis” e “brasileiros”. Os engenhos distinguiram o “gentio” insubmisso do “índio” e do “negro da terra” que trabalhavam. [...] Pelo fim do século, estão consolidadas, na realidade, duas imagens de índios que só muito tenuamente se recobrem...” 8a Questão Após os contatos iniciais, os colonos portugueses acabaram fazendo uma distinção da população indígena em dois grandes grupos. São eles: Tupis e guaranis; Tupiguaranis e tapuias; Apaches e tupis. Guaranis e apaches; Aimorés e apaches; Explicação: O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. No outro grupo estavam os tapuias (palavra tupi que significa os ¿fugidos da aldeia¿, ou ¿aqueles de língua enrolada¿) que ocupavam regiões mais interioranas. Ao que tudo indica, os portugueses acabaram se apropriando da diferenciação que os tupi-guaranis faziam em relação aos grupos que não faziam parte da sua matriz linguística, colocando sob a mesma nomenclatura sociedades indígenas extremamente diversas como os cariris, jês, e os caraíbas. 1a Questão No momento da chegada dos portugueses ao território brasileiro estima-se que haviam cerca de 3,5 milhões de indígenas. Os Tupis ocupavam o litoral e tinham expulsado outros grupos indígenas para o interior. Dessa forma, manter relações de amizade e aliança com o grupo dominante passou a ser fundamental para os conquistadores europeus. Contudo, uma das maiores dificuldades e estranhamento dos portugueses em relação a organização dos indígenas residia: A sua culinária pouco diversificada baseada em peixes e raízes. Na ausência de uma hierarquia e estratificação social pois até mesmo o chefe da tribo caçava, pescava e roçava como os demais membros. A sua organização social fortemente hierarquizada e escravocrata. Na organização das tribos com grandes construções e estruturas de defesa e proteção. Na ausência de divisão do trabalho pois tanto os homens quanto as mulheres eram responsáveis pela agricultura e por caçar, pescar e guerrear. Explicação: Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa. A agricultura era uma prática que diferenciava os tupinambás dos demais povos tupi-guaranis. Para preparar o solo para a semeadura,os tupinambás desenvolveram uma técnica que rapidamente foi incorporada pelos colonos portugueses: a coivara . A divisão que existia era a divisão sexual, não uma hierarquização da sociedade. Gabarito Coment. 2a Questão A colaboração dos indígenas com os europeus baseada na troca de produtos por serviços ficou conhecida sob o nome de: conluio assimilação permuta servidão escambo Explicação: Escambo é a troca de produto por produto ou de produto por serviço, quando não há uma moeda ou instrumento monetário para a troca comercial. 3a Questão O primeiro grupo que os portugueses tiveram contato, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. São grupos deste troco linguístico os grupos apresentados abaixo, EXCETO: Tupinaê Nagôs Tupiniquins Tupinambás Guarani Explicação: Tupi-Guarani O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. Gabarito Coment. 4a Questão As missões eram povoados indígenas criados e administrados por padres jesuítas no Brasil Colônia, entre os séculos XVI e XVIII. Para que adotasse a fé cristã, a população indígena tinha de ser instruída e ganhava conhecimentos de leitura e escrita. Além disso, os índios reunidos nesses aldeamentos não eram escravizados, embora trabalhassem de forma sistemática. Eles viviam do cultivo da terra, se valendo de técnicas agrícolas ensinadas pelos religiosos. A descrição acima apresenta algumas características dos aldeamentos (também conhecidos como missões ou reduções). A principal função deste aldeamentos era: promover a incorporação da população indígena ao trabalho nas minas. promover a catequização da população indígena. promover a escravização da população indígena. promover a incorporação da população indígena ao trabalho na lavoura. promover a integração entre indígenas e portugueses. Explicação: Os aldeamentos, missões e reduções tinham como principal função a atuação junto à população indígena. Lá, os inativos eram mantidos livres, contudo, submetidos ao processo de catequese, ou seja, conversão à fé católica. 5a Questão Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Sobre este grupo podemos fazer as assertivas abaixo, EXCETO: Eram seminômades. Não praticavam a agricultura e tinham uma vida bélica muito desenvolvida, o que só se intensificou com a chegada dos portugueses. Os aimorés foram os únicos que estavam excluídos da proteção contra a escravização do gentio, promulgada pela Coroa portuguesa em 1570. A relação entre colonos e aimorés foi tão estremecida que, como demonstra ao protagonizarem uma das mais importantes rebeliões indígenas da história brasileira Eram os grandes parceiros comerciais dos portugueses, capturando os demais índios para a escravidão. Explicação: Ao descrever os aimorés (um dos tantos povos classificados como tapuias), o português Gabriel Soares de Souza disse:“Descendem estes aimorés de outros gentios a que chamam tapuias, dos quais nos tempos de atrás se ausentaram certos casais, e foram-se para umas serras mui ásperas, fugindo a um desbarate, em que os puseram seus contrários, onde residiram muitos anos sem verem outra gente; e os que destes descenderam, vieram a perder a linguagem e fizeram outra nova que se não entende de nenhuma outra nação do gentio de todo este Estado do Brasil”Gabriel Soares de Souza, Tratado descritivo do Brasil, 1587, pp.78-79 Gabarito Coment. 6a Questão Cada navio que aportava no Brasil deixava uma leva de europeus. Sobreviviam os que se ¿casavam¿ com as índias, aceitos pelos nativos segundo a tradição de que deveriam oferecer ao visitante uma mulher da tribo. Numa época de guerras, era vantajosa a absorção dos estrangeiros, que se tornaram peças-chave em um esquema que abrangia, além do pau-brasil, o abastecimento das naus. Os europeus pagavam com facas e espelhos. Para os índios, os objetos de metal eram um enorme avanço e os espelhos, espantosos. Estes acreditavam levar tesouros; já, para aqueles, as árvores não valiam tanto assim. Essa relação entre indígenas e europeus baseada na troca de produtos por serviços ficou conhecida como: Sesmarias Escambo Aldeamento Permuta Servidão Explicação: O período que se estende de 1500 a 1530 pode ser denominado de Pré-Colonial, pois, durante essas três décadas, o interesse português limitou-se à exploração do pau-brasil, principal produto de interesse na Europa, uma vez que era utilizado como corante vermelho e a madeira, para a construção de móveis e navios (FAUSTO, 2001, p.16-17). A extração do pau-brasil era monopólio da Coroa e a exploração era concedida a alguns arrendatários. Para a exploração, eram construídas feitorias, fortificações temporárias, que serviam para estocar a madeira. O trabalho era realizado pelos nativos em troca de utensílios como facas, espelhos e pequenos objetos sem valor, negociações que ficaram conhecidas como escambo. 7a Questão Canibalismo ritual, ou antropofagia era: Uma festa que se fazia quando o menino matava seu primeiro animal. A ideia era se alimentar (simbolicamente) das características do oponente. A prática dos índios de comerem seus inimigos para chocar aos adversários. A comemoração por ter subjugado o inimigo, sendo uma forma de pilhéria. Uma invenção portuguesa para justificar o assassinato dos ameríndios. Explicação: Junto com a guerra, os tupinambás praticavam o canibalismo ritual que causou horror e curiosidade aos colonos portugueses. Baseado na cosmogonia tupinambá, o canibalismo era um ritual antropofágico, no qual o inimigo prisioneiro de guerra era (depois de uma iniciação), morto pela sociedade vitoriosa, e tinha suas partes distribuídas dentre os indivíduos do grupo vencedor. A ideia era se alimentar (simbolicamente) das características do oponente. Gabarito Coment. 8a Questão Levando em conta as teorias apresentadas durante o curso, quantos e quais seriam os povos presentes na base da formação da identidade brasileira? Três povos, negros, brancos e Índios. Três povos, asiáticos, brancos e índios. Dois povos, índios e negros. Dois povos, brancos e índios. Dois povos, brancos e negros. Explicação: Não resta dúvida de que a colonização brasileira ocorreu com a junção dos portugueses, com os africanos escravizados e com os indígenas que já estavam aqui. 1a Questão Os habitantes do território brasileiro foram vítimas de um processo de genocídio ao longo da colonização portuguesa. O europeu, baseado em suas crenças e percepções de mundo, subestimou e tentou eliminar a cultura do outro. Ao analisarmos os dados fornecidos pelos viajantes dos séculos XVI e XVII,percebemos um significativo descréscimo da população. Os elementos que mais auxiliaram para que este genocício ocorresse podem ser associados aos seguintes fatores: I - ao emprego dos indígenas como trabalhadores nas lavouras. II - ao canibalismo e ao perfil cruel e sanguinários dos indígenas. III - às epidemias introduzidas pelos europeus. Apenas III está correta. Todas estão corretas. Apenas II e III estão corretos. Apenas I e III estão corretos. Apenas I e II estão corretos. Explicação: A população indígena sofreu um intenso processo de dizimação ao longo dos séculos. Dentre os fatores que podem ser associados a este processo estão a exploração da mão de obra indígena no trabalho dos campos e ainda, a disseminação de doenças desconhecidas pela população nativa. 2a Questão Segundo Pero Vaz de Caminha ao invés de acharem ouro e prata que sonharam nas américas acabaram por encontrar: Homens com armas poderosas o que gerou dificuldades em dominar o território Homens e mulheres pardos que não cobriam suas vergonhas Homens e mulheres brancas, mas queimadas de sol e que andavam com pequenas tangas. Homens e mulheres negras que viviam na Idade da Pedra Lascada Homens vestidos com penas que foram associados a deuses gregos Explicação: A inocência e a ausência de elementos fundamentais que – na perspectiva europeia – balizavam a noção de civilização marcaram os primeiros escritos sobre os índios. A despreocupação com a nudez foi reiterada diversas vezes na Carta de Pero Vaz de Caminha, indicando que esses homens e mulheres andavam nus por lhes faltarem a ideia de vergonha. O mesmo Caminha, assim como Vespucci e, mais tarde, Gândavo e Gabriel Soares de Souza ficaram surpresos com o fato dos tupis não terem em seu alfabeto as letras F, L e R. 3a Questão Qual a função da catequese jesuítica no Brasil? Preservar a cultura indígena pois sua manutenção era essencial para o projeto de dominação da Metrópole. Convertê-los ao catolicismo para obrigar os colonos a trocar a mão de obra escrava indígena pela africana. Deseatabilizar a cultura indígena pois dessa forma terminariam as guerras entre as tribos elevando a quantidade de convertidos à religião católica. Adaptar os indígenas à escravidão. Coube principalmente aos jesuítas a conversão dos índios ao catolicismo e adaptá-los ao modelo de sociedade portuguesa. Explicação: As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão-de-obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante muitos anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um conhecimento mais aprofundados dos povos indígenas. 4a Questão Manuela Cunha analisa as diversas percepções construídas pelo europeu sobre os índios, visões que se diferenciam de acordo com as relações estabelecidas. Escolha a opção que melhor defina a mudança dessas percepções. no início do Século XVI os eupopeus descreviam os índios como ingênuos, páginas em branco, porque eles não possuiam fé, rei ou lei e era necessário escravizá-los para praticar o escambo; no início do Século XVI os eupopeus descreviam os índios como ingênuos, páginas em branco, porque eles não possuiam fé, rei ou lei e porque as populações litorâneas aceitaram ser utilizadas como mão de obra na extração do Pau Brasil. No final do Século, com a implantação da plantation, a resitência indígena diminuiu e passaram a ser chamados de traiçoeiros, canibais e infiéis; no início do Século XVI os eupopeus descreviam os índios como ingênuos, páginas em branco, porque eles não possuiam fé, rei ou lei e porque as populações litorâneas não aceitaram ser utilizadas como mão de obra na extração do Pau Brasil. No final do Século, com a implantação da plantation, a resitência indígena aumentou e passaram a ser chamados de traiçoeiros, canibais e infiéis; no início do Século XVI os eupopeus descreviam os índios como ingênuos, páginas em branco, porque eles não possuiam fé, rei ou lei e porque as populações litorâneas aceitaram ser utilizadas como mão de obra na extração do Pau Brasil. No final do Século, com a implantação da plantation, a resitência indígena aumentou e passaram a ser chamados de traiçoeiros, canibais e infiéis; no início do Século XVI os eupopeus descreviam os índios como ingênuos, páginas em branco, porque eles não possuiam fé, rei ou lei e era necessário escravizá-los para a plantation; Explicação: A inocência e a ausência de elementos fundamentais que ¿ na perspectiva europeia ¿ balizavam a noção de civilização marcaram os primeiros escritos sobre os índios. A despreocupação com a nudez foi reiterada diversas vezes na Carta de Pero Vaz de Caminha, indicando que esses homens e mulheres andavam nus por lhes faltarem a ideia de vergonha. O mesmo Caminha, assim como Vespucci e, mais tarde, Gândavo e Gabriel Soares de Souza ficaram surpresos com o fato dos tupis não terem em seu alfabeto as letras F, L e R. Segundo esses homens, essa ausência era a comprovação de que os índios viviam sem Justiça e na maior desordem Quando passaram a escravizar os indígenas, passaram a descrever os mesmos de forma negativa por não aceitarem a escravidão. Gabarito Coment. 5a Questão "Não sepode contar nem compreender a multidão de bárbaro gentio que a natureza semeou por toda esta terra do Brasil. (...) Deus permitiu que fossem contrários uns dos outros, e que houvesse entre eles grandes ódios e discórdias, porque se assim não fosse os portugueses não poderiam viver na terra nem seria possível conquistar tanta gente. Quando os portugueses começaram a povoar a terra, havia muitos deste índios pela costa junto das Capitanias. Porque os índios se levantaram contra os portugueses, os governadores e capitães os destruíram pouco a pouco, e mataram muitos deles. Outros fugiram para o sertão, e assim ficou a costa despovoada de gentio ao longo das capitanias." (Pero de Magalhães Gandavo. "Tratado da Terra do Brasil". São Paulo: Obelisco, 1964) O relato de Gandavo sobre os índios e as suas relações com os portugueses no Brasil é do século XVI. Sobre essas relações é correto afirmar que I. os portugueses e os índios praticaram genocídio, uns em relação aos outros; II. a empresa colonizadora portuguesa teve, também, um caráter militar; III. os índios resistiram ao domínio português; IV. os índios não defenderam as suas terras situadas no litoral. Estão corretas: III e IV, somente. I e IV, somente. II e III, somente. I, II e IV, somente. I, II, III e IV. Explicação: Pelo contexto da conquista do território e pelo conhecimento acumulado do aluno, podemos perceber que a dominação territórial de Portugal na Colônia teve características militares e também queriam escravizar os indígenas, tanto que possuímos o exemplo da Confederação dos Tamoios como uma forma de resistência indígena. Gabarito Coment. 6a Questão Com relação às populações indígenas brasileiras, NÃO é correto afirmar: uma forma de resistência dos índios à presença do homem branco consistiu no seu contínuo deslocamento, para regiões cada vez mais pobres. ao longo do período colonial, em várias ocasiões os aimorés, tupis, xavantes, tupiniquins, tapuias e terenas uniram-se para enfrentar os invasores europeus. feijão, milho, abóbora e mandioca eram plantados pelas nações indígenas, sendo que a farinha de mandioca tornou-se um alimento básico na Colônia. quando os europeus chegaram aqui, encontraram uma população ameríndia homogênea em termos culturais e lingüísticos, distribuída ao longo da costa e da bacia dos Rios Paraná-Paraguai. para praticar a agricultura, os tupis derrubavam árvores e faziam a queimada, técnica que seria posteriormente incorporada pelos colonizadores. Explicação: Tupi-Guarani O primeiro, que ficou conhecido como tupi-guarani graças às semelhanças linguísticas observadas, abarcava uma série de sociedades que vivia na extensa região litorânea desde São Vicente (no sul) até o Maranhão. Tupinambás, tupiniquins, tupinaê e guaranis são exemplos de sociedades indígenas que faziam parte da família linguística tupi-guarani. Tapuias No outro grupo estavam os tapuias (palavra tupi que significa os “fugidos da aldeia”, ou “aqueles de língua enrolada”) que ocupavam regiões mais interioranas. Ao que tudo indica, os portugueses acabaram se apropriando da diferenciação que os tupi-guaranis faziam em relação aos grupos que não faziam parte da sua matriz linguística, colocando sob a mesma nomenclatura sociedades indígenas extremamente diversas como os cariris, jês, e os caraíbas. Gabarito Coment. 7a Questão Segundo Caminha os índios não tinham religião, sobre isso podemos afirmar que: ele estava errado, os índios eram monoteístas assim como os europeus; ele estava errado, os índios eram politeístas assim como os europeus; ele tinha razão, os índios não tinham deuses; ele estava errado, os ídios eram politeístas e suas religiões tinham alguns acpaectos xamãnicos. ele tinha razão, afinal a única religião verdadeira era a católica; Explicação: Está questão está associada ao etnocentrismo europeu, em que observamos o mundo através de nossa própria cultura, logo, não sendo católico ou não tendo uma religião estruturada como a católica, a religião indígena não era vista como religião. 8a Questão Os Jesuítas tiveram participação destacada na relação com os povos indígenas. Qual foi esse papel? Foram responsáveis pela preservação da memória indígena, através da formação de institutos de memória escrita e oral. Tiveram fundamental importância na aculturação indígena pois era essa a única forma de protegê-los da escravidão e da implementação do projeto colonial no Brasil. Os Jesuítas, descontentes com a situação dos povos indígenas se destacaram como lideranças revoltosas a frente destes povos, contestando assim toda a ordem colonial. Tiveram fundamental importância na aculturação dos povos indígenas, ensinando lhes a língua, a religião bem como toda a moral do dominador europeu. Tiveram o papel de se integrar as comunidades indígenas, desempenhando tal papel com tanta profundidade que ao fim haviam se transferido para as aldeias e abandonando sua vida religiosa para adotar por inteiro a vida indígena. Explicação: As constatações apontadas na tela anterior serviram como norte para a atuação dos religiosos europeus. Se por um lado a Coroa portuguesa só passou a se importar efetivamente com sua colônia americana a partir de 1530, desde os primeiros anos de contato diversos religiosos, sobretudo os jesuítas, iniciaram um intenso trabalho com os grupos indígenas que ficou conhecido como catequese. Num primeiro momento, os jesuítas visitavam as aldeias a fim de conhecer um pouco mais a cultura, hábitos e língua dos índios, aproveitando a oportunidade para fazer pregações e alguns batismos. Feito o contato inicial, os jesuítas passaram para o segundo estágio da catequese: a conversão, propriamente dita, dos índios. Para tanto, os missionários organizaram os povos indígenas em aldeamentos. O objetivo principal era incutir nesses índios valores e práticas europeias. Desse modo, os índios aldeados além de batizados, também recebiam os primeiros ensinamentos católicos, além de ler e escrever. Segundo os jesuítas, o aldeamento era fundamental, pois apenas essa estrutura permitia que os índios, de fato, tivessem um canto sistemático com os preceitos cristãos. O padre Manoel da Nóbrega foi um dos que defendeu abertamente os aldeamentos, pois, segundo ele os índios eram tão instáveis que, com a mesma facilidade que eram convertidos, logo voltavam para “sua rudeza e bestialidade”. (Padre Manoel da Nóbrega). Para facilitar a aprendizagem, muitos jesuítas recorreram às encenações teatrais, o que deu origem a um dos primeiro gêneros literários do Brasil. Nos aldeamentos, os índios ainda eram treinados para exercer ofícios como tecelões, carpinteiros e ferreiros. Depois do treino, muitos iam trabalhar para colonos sob a tutela dos jesuítas - que eram responsáveis, inclusive, pela definição do pagamento dos índios aldeados. Em muitos casos, os aldeamentos acabavam se transformando em pequenas unidades econômicas, cuja principal mão-de-obra era a indígena. Após a missa, muitos índios iam trabalhar na lavoura que garantia a subsistência de todos. Os aldeamentos também tinham como objetivo acabar com a poligamia indígena e com a liberdade sexual que existia em diferentes sociedades, incutindo o modelo cristão de família. Como a preocupação maior era a conversão dos índios, os aldeamentos recebiam indivíduos dos mais diferentes grupos e sociedades. Dessa convivência surgiu a língua geral (baseada no tupi) que durante muitos anos foi a mais falada em toda a colônia. Esse convívio mais intenso também possibilitou um conhecimentomais aprofundados dos povos indígenas. 1a Questão Durante o período colonial, o Estado português deu suporte legal a guerras contra povos indígenas do Brasil, sob diversas alegações; derivou daí a guerra justa, que fundamentou: o genocídio dos povos indígenas, que era, no fundo, a verdadeira intenção da Igreja, do Estado e dos colonizadores. uma espécie de "limpeza étnica", como se diz hoje em dia, para garantir o predomínio do homem branco na colônia. a escravização dos índios, pois, desde a antigüidade, reconhecia-se o direito de matar o prisioneiro de guerra, ou escravizá-lo. o extermínio dos povos indígenas do sertão quando, no século XVII, a lavoura açucareira aí penetrou depois de ter ocupado todas as áreas litorâneas. a criação dos aldeamentos pelos jesuítas em toda a colônia, protegendo os indígenas dos portugueses. Explicação: Seguindo as determinações tomadas pela própria Igreja Católica, em 1570, a Coroa portuguesa sancionou a lei que proibia a escravização do gentio – cujo fragmento vimos no início desta aula. Com exceção feita aos aimorés – que se recusavam militarmente à conversão católica, os índios ficavam sob a tutela da Companhia de Jesus, não podendo mais servir como escravos nos engenhos de açúcar. Gabarito Coment. 2a Questão A escravidão indígena adotada no início da colonização do Brasil foi progressivamente abandonada e substituída pela africana entre outros motivos, devido: aos grandes lucros proporcionados pelo tráfico negreiro aos capitais particulares e à Coroa. ao constante empenho do papado na defesa dos índios contra os colonos. à completa incapacidade dos índios para o trabalho. à bem-sucedida campanha dos jesuítas em favor dos índios. ao desejo manifestado pelos negros de emigrarem para o Brasil em busca de trabalho. Explicação: O aluno deverá demonstrar conhecimento do fato que o comércio africano beneficiava os mercadores portugueses, gerando muito lucro para a metropole. 3a Questão Explique por que a Coroa portuguesa só foi se preocupar, de fato, com suas terras americanas a partir de 1530. Porque em 1529 os portugueses acharam ouro na região do atual estado Minas Gerais; Porque com o início da União Ibérica a Espanha exigiu a ocupação do território brasileiro e a definição das fronteiras com as colônias espanholas; Porque era necessário acabar com a resistência dos índios que haviam se unido na Confederação dos Tamoios. Porque o rei português nomeou Tomé de Souza governador geral e este embarcou para o Brasil em 1530; Porque a partir de 1530, a concorrência do comércio do Índico trouxe inúmeros prejuízos aos portugueses, que também começavam a ter suas terras americanas invadidas por outras nações europeias; Explicação: É importante o aluno demonstrar que entende que ocupar efetivamente o território passa a ser essencial para a continuidade do projeto colonizador português em suas terras coloniais. Gabarito Coment. 4a Questão O Termo "negros da terra" empregado na documentação oficial do seculo XVII fazia referência: Aos negros da Nigéria Aos negros advindos da África subsaariana. Aos aborígines australianos Aos índios aos muçulmanos Explicação: Essa era a forma como o português chamava o índio escravizado. Gabarito Coment. 5a Questão A ocupação do interior da colônia brasileira aconteceu irregularmente, conforme o desenvolvimento das atividades econômicas. Marque a opção certa a respeito das principais atividades empreendidas pelas BANDEIRAS: a busca de uma rota comercial para o Pacífico e garantir a liberdade dos indígenas, conforme a orientação dos jesuítas; a agricultura monocultora do café e o comércio com os espanhóis no Sul; a criação dos aldeamentos, a escravidão e o teatro. garantir a instalação de núcleos coloniais familiares e o estabelecimento de acordos de paz com os indígenas; a procura de metais preciosos e a escravização dos indígenas; Explicação: O sonho do El Dorado que havia povoado a mente dos primeiros europeus que se lançaram ao mar no século XV, e que em parte havia se materializado em algumas regiões conquistadas pelos espanhóis (como Potosí), ainda acalentava o desejo de muitos colonos portugueses. Foi a procura por ouro e prata que fomentou as primeiras expedições para as regiões interioranas da colônia portuguesa. Entre os anos de 1591 e 1601, o governador geral D. Francisco de Souza armou uma série de expedições em busca de metais preciosos. A vertente paulista, chefiada por João Pereira Botafogo conseguiu encontrar algumas minas próximas à cidade de São Paulo, reacendendo o sonho português. No entanto, as expedições subsequentes não corresponderam ás expectativas criadas pelos colonos. Ainda que o ouro e a prata não tenham sido encontrados em abundância, a experiência das expedições apresentou um produto extremamente interessante para os colonos: os escravos indígenas. Após terminar seu governo, D. Francisco voltou a Portugal com o intuito de colocar em prática um projeto que visava fomentar a economia das capitanias sulistas da colônia. Com inspiração no modelo da América espanhola, o objetivo era articular diferentes setores econômicos (mineração, agricultura e indústria), tendo como base o uso da mão-de-obra indígena Gabarito Coment. 6a Questão Nos primórdios do sistema colonial, as concessões de terras efetuadas pela metrópole portuguesa objetivaram tanto a ocupação e o povoamento como a organização da produção do açúcar, com fins comerciais. Identifique a alternativa correta sobre as medidas que a Coroa portuguesa adotou para atingir esses objetivos. Vendeu as terras brasileiras a senhores de engenho já experientes, que garantiram uma produção crescente de açúcar. Armou fortemente os colonos para que pudessem defender o território e regulamentou um uso equânime e igualitário da terra entre colonos e índios aliados. Dividiu o território em governações vitalícias, cujos governadores distribuíram a terra entre os colonos portugueses. Dividiu o território em capitanias hereditárias, cedidas aos donatários, que, por sua vez, distribuíram as terras em sesmarias a homens de posses que as demandaram. Distribuiu a terra do litoral entre os mais valentes conquistadores e criou engenhos centrais que garantissem a moenda das safras de açúcar durante o ano inteiro. Explicação: O aluno deverá demonstrar que conhece o fato de a Coroa portuguesa não ter disponibilidade financeira para efetuar a colonização e por isso, ter deixado ao particular o ônus da colonização foi entregue aos particulares, através das Capitanias Hereditárias. 7a Questão No sul do país o processo de colonização foi mais tardio e demorado porque não existiam atrativos como a terra propícia ao cultivo da cana (na região Nordeste) ou o ouro e metais preciosos (na região das Minas Gerais). Em virtude disso, houve a opção prioritária pela seguinte forma de trabalho: mão-de-obra escrava indígena. mão-de-obra livre assalariada. mão-de-obra livre sob regime de parceria mão-de-obra escrava africana. mão-de-obra de cultivo familiar. Explicação: As colônias do sul do Brasil não eram tão atraentes para os portugueses. Por conta disso, o tráfico negreiro foi pouco expressivo e os habitantes da região optaram por utilizar os nativos praticandoo apresamento constante. Esta situação gerou, inclusive, conflitos com os jesuítas da região. 8a Questão "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente." (ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982, p. 89.) A assertiva que melhor explica a citação acima é: Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, explica qual era a dinâmica de funcionamento dos engenhos. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, analisa importância do trabalho escravo sendo isento em sua análise. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, explica qual era a importância do engenho para a economia colonial. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, enfatiza a importância do trabalho escravo, mas não significa que valorize seu papel na sociedade. Nesta frase Antonil, um padre jesuíta, enfatiza a importância do trabalho escravo, valorizando seu papel na sociedade. Explicação: O autor da passagem é o padre jesuíta Antonil. Embora explique a importância do escravo de origem africana no trabalhos dos engenhos, em nenhum momento reconhece a sua relevância social. Só o fato de legitimar a escravidão, mostra que não defende estes indivíduos. É significativo lembrar também que os religiosos defendiam os indígenas da escravidão, mas legitimavam o aprisionamento daqueles oriundos da África. 1a Questão "No Brasil, costumam dizer que para os escravos são necessários três PPP, a saber, pau, pão e pano. E, posto que comecem mal, principiando pelo castigo que é o pau, contudo, prouverá a Deus que tão abundante fosse o comer e o vestir como muitas vezes é o castigo" (André João Antonil, Cultura e opulência do Brasil por suas drogas e minas, 1711). Analisando a citação acima é correto afirmar que: As condições de trabalho dos escravos eram péssimas e a situação era tema de críticas constantes dos jesuítas conforme esta feita por Antonil. As condições de trabalho dos escravos eram péssimas e a situação era naturalizada pela maioria das pessoas, que defendiam a prática. As condições de trabalho dos escravos não eram tão ruins, somente aqueles que causavam mais problemas eram punidos. As condições de trabalho dos escravos eram péssimas e a situação não era tema de críticas, exceção a esta feita por Antonil. As condições de trabalho dos escravos não eram tão ruins e a punição a eles era rara, usada apenas para exemplificar e evitar fugas. Explicação: As condições de trabalho nos engenhos eram bem precárias. Segundo consenso da época eles recebiam o pão, alimento necessário à sobrevivência; o pano, a vestimenta básica para o dia a dia e o pau, castigo físico em caso de fugas, desobediência e até sadismo. 2a Questão O bandeirismo foi uma atividade paulista do século XVI e XVII. Suas expedições podem ser divididas em dois grandes ciclos: o dos capitães do mato e de prospecção; o dos capitães do mato e de caça ao índio; o de expansão das fronteiras e o de busca do ouro. da caça ao índio e o de busca do ouro; o de expansão das fronteiras e de prospecção; Explicação: As Expedições O sonho do El Dorado que havia povoado a mente dos primeiros europeus que se lançaram ao mar no século XV, e que em parte havia se materializado em algumas regiões conquistadas pelos espanhóis (como Potosí), ainda acalentava o desejo de muitos colonos portugueses. Foi a procura por ouro e prata que fomentou as primeiras expedições para as regiões interioranas da colônia portuguesa. Entre os anos de 1591 e 1601, o governador geral D. Francisco de Souza armou uma série de expedições em busca de metais preciosos. A vertente paulista, chefiada por João Pereira Botafogo conseguiu encontrar algumas minas próximas à cidade de São Paulo, reacendendo o sonho português. No entanto, as expedições subsequentes não corresponderam ás expectativas criadas pelos colonos. Escravidão indígena Ainda que o ouro e a prata não tenham sido encontrados em abundância, a experiência das expedições apresentou um produto extremamente interessante para os colonos: os escravos indígenas. Após terminar seu governo, D. Francisco voltou a Portugal com o intuito de colocar em prática um projeto que visava fomentar a economia das capitanias sulistas da colônia. Com inspiração no modelo da América espanhola, o objetivo era articular diferentes setores econômicos (mineração, agricultura e indústria), tendo como base o uso da mão-de-obra indígena (MONTEIRO: 1994, 59). Gabarito Coment. 3a Questão Monteiro (1994), em sua obra !Negros da terra", diz que todas as expedições dos bandeirantes tinham como características comuns: conseguiam muitos metais preciosos e retorno rápido para São Paulo contato com colonos de outras regiões e compra de escravos negros. nenhuma riqueza mineral e muita sabedoria o estabelecimento de uma relação amigável como todos os índios voltavam com muitos cativos e sem nenhuma riqueza mineral Explicação: De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez mais frequente o número de expedições que assaltavam aldeias indígenas transformando seus habitantes em braços para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso porque, diferentemente do que ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram no circuito comercial Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em suas lavouras. Ao invés de se lançarem para o mar, os paulistas se embrenharam sertão adentro. Gabarito Coment. Gabarito Coment. 4a Questão Os indígenas trabalhavam para os europeus no início da colonização por produtos de pouco valor comercial, mas importantes para eles. Após certo período de colaboração, várias tribos deixaram de auxiliar o que gerou uma reação violenta por parte dos colonizadores. A afirmativa que melhor explica a mudança de atitude da população indígena em relação aos portugueses é: os indígenas perceberam que poderiam conseguir lucros significativos se cobrassem em moeda por seu trabalho. os indigenas resolveram, eles mesmos, transformar aquela matéria prima (madeira) em produto manufaturado (tecido tingido, navios) e vender para a Europa. os indígenas já estavam abastecidos daqueles produtos trazidos pelos europeus e não viam, portanto, necessidade de permanecer trabalhando. Sua concepção de trabalho está relacionado ao uso, não ao valor de venda. os indígenas perceberam os reais interesses dos europeus e deixaram de colaborar. os indígenas resolveram, eles mesmos, comercializar a madeira com outros europeus conseguindo enormes lucros. Explicação: Durante séculos os indígenas foram considerados ingênuos por trabalhar em troca de produtos considerados de pouco valor pelos europeus tais como: anzóis, facas, miçangas. Para os indígenas, contudo, estes produtos eram valiosos visto que não os conheciam. Desta forma, trocaram sua força de trabalho por eles até o ponto que era interessante. Abastecidos, deixaram de colaborar com os portugueses o que gerou reação violenta dos mesmos. A lógica indígena não era sustentada pelo valor mercantil do produto e sim, pelo valor de uso dos materiais. 5a Questão Em 1549 foi instituído o governo-geral na administração da América portuguesa, que significou: uma tentativa de terceirizar a administração uma tentativa de acabar com a guerra com os Nagôs uma tentativa de centralizar a administraçãouma tentativa de destruir o governo dos Tupi. uma tentativa de criar uma república no Brasil Explicação: A ineficiência do sistema de capitanias fez com que o rei português tentasse outra forma de administração. Foi instituído o governo-geral, uma tentativa de centralizar a administração da América portuguesa. Gabarito Coment. 6a Questão Na escravização indígena no sudeste do Brasil, os colonos tiveram um difícil adversário, os: Os espanhóis, que defendiam os limites dos territórios Os padres jesuítas Os ataques dos franceses, interessados nos indígenas As tropas de polícia portuguesa Os escravos negros Explicação: Como pode ser visto no conteúdo online da disciplina na aula 2. Além das sociedades indígenas, os maiores opositores das expedições foram os missionários e demais religiosos responsáveis pela evangelização dos índios. Embora os indígenas trabalhassem em condições muito ruins nas missões e aldeamentos, ali não havia o discurso nem a prática efetiva da escravização. Soma-se a isso, nessas organizações, os índios recebiam instruções religiosas para que se convertessem ao cristianismo e passassem a seguir um padrão europeu de vida e de relação com o trabalho. Nenhuma dessas preocupações pautou a organização das expedições nos séculos XVII e XVIII. Gabarito Coment. 7a Questão Sobre a escravidão indígena é CORRETO afirmar que: os índios só forma escravizados na América espanhola; dada à tradição de liberdade, a população indígena na América protuguesa nunca pode ser submetida à escravidão, optando-se, então, pela compra de negros da África; a partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão indígena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa; o apresamento dos Guarani não pode ser considreado fator de ocupação do planalto paulista e da região Sul da América portuguesa. o início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização dos índios denominados "negros da terra" como mão-de-obra; Explicação: Por questões geomorfológicas (solo fértil e água abundante) e políticas, durante séculos XVI e XVII, a produção açucareira concentrou-se nas capitanias do nordeste da colônia, principalmente na Bahia de todos os santos e em Pernambuco. Nos primeiros anos da produção, os diferentes grupos indígenas compuseram parte significativa da mão-de-obra escrava dos engenhos açucareiros. Na realidade, o intervalo entre os anos de 1540 e 1570 marcou o apogeu da escravização indígena nesses engenhos. 8a Questão Fruto de uma importante discussão teológica em 1570 a Coroa Portuguesa: Proibiu a escravização dos gentios Impôs a obrigatoriedade de todos os indígenas cumprirem jornada de trabalho compulsório Criava o sistema assalariado para o trabalho dos indígenas Impôs um registro de escravos indígenas, limitando o número por propriedades Criou a proibição de escravização de escravos negros Explicação: Seguindo as determinações tomadas pela própria Igreja Católica, em 1570, a Coroa portuguesa sancionou a lei que proibia a escravização do gentio – cujo fragmento vimos no início desta aula. Com exceção feita aos aimorés – que se recusavam militarmente à conversão católica, os índios ficavam sob a tutela da Companhia de Jesus, não podendo mais servir como escravos nos engenhos de açúcar. 1a Questão Sobre a relação das populações indígenas com os povos europeus que aqui chegavam, pode-se dizer: Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos indígenas a uma união homogênea que visava combater todo e qualquer invasor. Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos indígenas a uma união homogênea que visava combater os colonizadores (portugueses) buscando alianças com outros povos europeus (franceses), que rivalizavam com seu dominador. Que muitos embates ocorreram levando inclusive as tribos a uma união homogênea que visava se aliar somente aos colonizadores (portugueses) e combater qualquer outro povo invasor. Que muitos embates ocorreram com algumas tribos se aliando aos colonizadores (portugueses), outras a comerciantes e possíveis conquistadores (franceses) e algumas que se recusaram a fazer alianças com qualquer um dos dois lados. Que não hove embates e as realções estabelecidas com francese e portugueses eram totalmente pacíficas e baseadas no escambo. Explicação: Exemplo de aliança Dentre os tupi-guaranis, a sociedade tupinambá acabou tornando-se uma das mais conhecidas, graças ao intenso contato com os portugueses durante os séculos XVI e XVII. O historiador Stuart Schwartz salientou que os tupinambás viviam em aldeias que possuíam de quatrocentos a oitocentos indivíduos. Tais aldeias eram divididas em unidades familiares que viviam em até oito malocas. As unidades familiares, por sua vez, estavam estruturadas pelo parentesco familiar e obedeciam à divisão sexual do trabalho: grosso modo, aos homens cabia as atividades de caça, pesca e de guerra, e às mulheres o cuidado com a agricultura e com a casa. Exemplo de resistência Como sugerido há pouco, traçar padrões culturais e sociais dos tapuias é uma tarefa muito difícil, na medida em que eles não formavam um grupo que se identificava como tal. Estudos recentes apontam que os tapuias pertenciam a diferentes troncos linguísticos, ou seja: eles eram os “não-tupis”, o que significa que eles eram muitas coisas. Um dos povos tapuias mais estudados é o aimoré devido à frequente resistência imposta ao aldeamento e catequese portuguesa. Pertencentes ao grupo etnográfico jê, os aimorés, também conhecidos como botocudos, habitavam o que hoje é o estado do Espírito Santo e o Sul da Bahia. Gabarito Coment. 2a Questão A utilização do trabalho escravo foi uma das principais características da colonização portuguesa na América. Diante dessa afirmação, analise as opções abaixo e assinale a correta. Durante toda a colonização, ou seja, entre os séculos XVI e XIX, a estrutura produtiva esteve baseada exclusivamente no trabalho indígena. O índio jamais foi escravizado na América Portuguesa. Nas primeiras décadas da colonização, a escravidão do índio foi fundamental para a consolidação da empresa mercantil na América Portuguesa. Durante toda a colonização, ou seja, entre os séculos XVI e XIX, a estrutura produtiva esteve baseada exclusivamente no trabalho do negro africano. A colonização portuguesa teve a sua estrutura produtiva baseada na escravização das mulheres. Explicação: O aluno deverá demonstrar saber que o trabalho escravo do índio e do africano ocorreram durante a história do Brasil, demonstrando também saber que apesar de o trabalho africano ter sido preponderante, ele coexistiu com o trabalho escravo indígena. Gabarito Coment. 3a Questão Os colonos que rumaram para outras capitanias, sobretudo aquelas localizadas ao sul da colônia, não respeitaram a lei de rei D. Filipe II. Se para a Coroa portuguesa e para os missionários jesuítas os índios passaram a ser vistos como gentios (ou seja, eram passíveis de salvação), para os colonos que viviam nas capitanias de São Tomé e São Vicente os grupos autóctones rapidamente passaram a ser vistos como negros da terra. Nessas localidades, os indígenas foram: Libertos e fugiram voltando para suas antigas tribos com medo de que novos ataques viessem. Escravizados pelos franceses , que dominaram o espaçopaulista, e não se viam obrigados a cumprir as ordens de El Rei. Escravizados sistematicamente e serviram de mão de obra fundamental na expansão levada a cabo pelos colonos paulistas. Escravizados pelos Jesuítas, cativos nas missões, queriam obriga-los a se converterem como era a ordem da coroa. Libertos pois os negros brasileiros mostravam mais eficiência no trabalho cotidiano que os indígenas, preguiçosos. Explicação: No caso das capitanias do Sul, é possível afirmar que a Lei de Liberdade do Gentio (sancionada em 1570) foi letra morta. De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez mais frequente o número de expedições que assaltavam aldeias indígenas transformando seus habitantes em braços para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso porque, diferentemente do que ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram no circuito comercial Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em suas lavouras. Ao invés de se lançarem para o mar, os paulistas se embrenharam sertão adentro. Gabarito Coment. 4a Questão Sobre a escravidão indígena sabemos que: tornou possível a implantação e o desenvolvimento da miscigenação na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; tornou possível a implantação e o desenvolvimento da lavoura cafeeira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; impediu a implantação e o desenvolvimento da miscigenação na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole. impediu a implantação e o desenvolvimento da lavoura açucareira na colônia, mecanismo essencial para financiar o projeto colonizador e mercantilista da metrópole; Explicação: Nos primeiros anos da produção, os diferentes grupos indígenas compuseram parte significativa da mão- de-obra escrava dos engenhos açucareiros. Na realidade, o intervalo entre os anos de 1540 e 1570 marcou o apogeu da escravização indígena nesses engenhos Gabarito Coment. 5a Questão Durante o período colonial, havia atritos entre os padres jesuítas e os habitantes locais porque: os religiosos preocupavam-se com a integração dos indígenas no mercado de trabalho assalariado e os colonos queriam escravizá-los; os colonos desejavam escravizar o negro e os jesuítas se opunham; os religiosos pretendiam escravizar tanto o negro como o índio e os colonos lutavam para receber salários dos capitães donatários; os colonos eram ateus belicosos, e os jesuítas, pacíficos católicos; os colonos pretendiam escravizar os indígenas e os padres eram contra, pois queriam aldeá-los em missões. Explicação: Além das sociedades indígenas, os maiores opositores das expedições foram os missionários e demais religiosos responsáveis pela evangelização dos índios. Embora os indígenas trabalhassem em condições muito ruins nas missões e aldeamentos, ali não havia o discurso nem a prática efetiva da escravização. Soma-se a isso, nessas organizações, os índios recebiam instruções religiosas para que se convertessem ao cristianismo e passassem a seguir um padrão europeu de vida e de relação com o trabalho. Nenhuma dessas preocupações pautou a organização das expedições nos séculos XVII e XVIII. Centenas de aldeias foram destruídas, e milhares de índios foram reduzidos ao cativeiro. Segundo Monteiro, o padre Montoya afirmava que as expedições haviam destruído 11 missões, o que significava o apresamento de praticamente 50 mil índios. Ao descrever as expedições no Rio de Janeiro, o padre Lourenço de Mendonça apontou quem 60 mil guaranis foram escravizados e levados para São Paulo (MONTEIRO: 1994, 73-74). Tais índios eram utilizados, sobretudo, na reposição da força de trabalho da região sendo poucos os que seguiam para as lavouras de cana. Gabarito Coment. 6a Questão A partir de 1530, a concorrência do comércio do Índico trouxe inúmeros prejuízos aos portugueses, que também começavam a ter suas terras americanas invadidas por outras nações europeias. Era preciso efetivar a presença da Coroa lusitana no outro lado do Atlântico a fim de garantir a posse de suas terras e de conseguir tirar mais proveito da recente aquisição. A primeira medida da coroa foi a criação de: Monarquias locais Governos ameríndios Sesmarias Governo Geral Capitanias hereditárias Explicação: A partir de 1530, a concorrência do comércio do Índico trouxe inúmeros prejuízos aos portugueses, que também começavam a ter suas terras americanas invadidas por outras nações europeias. Era preciso efetivar a presença da Coroa lusitana no outro lado do Atlântico a fim de garantir a posse de suas terras e de conseguir tirar mais proveito da recente aquisição. Cada uma dessas capitanias seria doada pelo rei a um nobre português (chamado de donatário) que deveria construir vilas, arrecadar impostos e, principalmente, redistribuir a terra para quem pudesse cultivá-la. No entanto, muitos donatários não cumpriram suas obrigações, sendo que alguns chegaram a nunca colocar seus pés em terras brasileiras. Gabarito Coment. 7a Questão Apesar da lei de 1570 proibir a escravização indígena, fora das principais colônias de produção de açúcar, em que o governo controlava mais, nas demais províncias a escravização: Foi reduzida pois o discurso cristão proibia de escravizar os indígenas, sendo todos os antigos cativos enviados para as missões para serem salvos. Se manteve em altos índices na região das Minas Gerais por conta da exploração de ouro e Prata. Foi reduzida, uma vez que o governo lentamente foi aumentando a fiscalização Se manteve em altos índices, como vemos, por exemplo, em São Paulo e Maranhão Acabou, pois os proprietários obedeceram a lei Explicação: No caso das capitanias do Sul, é possível afirmar que a Lei de Liberdade do Gentio (sancionada em 1570) foi letra morta. De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez mais frequente o número de expedições que assaltavam aldeias indígenas transformando seus habitantes em braços para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso porque, diferentemente do que ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram no circuito comercial Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em suas lavouras. Ao invés de se lançarem para o mar, os paulistas se embrenharam sertão adentro. Gabarito Coment. 8a Questão "Na primeira carta disse a V. Rev. a grande perseguição que padecem os índios, pela cobiça dos portugueses em os cativarem. Nada há de dizer de novo, senão que ainda continua a mesma cobiça e perseguição, a qual cresceu ainda mais. No ano de 1649 partiram os moradores de São Paulo para o sertão, em demanda de uma nação de índios distantes daquela capitania muitas léguas pela terra adentro, com a intenção de os arrancarem de suas terras e os trazerem às de São Paulo, e aí se servirem deles como costumam." (Pe. Antônio Vieira, CARTA AO PADRE PROVINCIAL, 1653, Maranhão.) Este documento do Padre Antônio Vieira revela: que os padres jesuítas, em oposição à ação dos colonos paulistas, contavam com o apoio do governo português na luta contra a escravização indígena.que o ponto fundamental dos confrontos entre os padres jesuítas e os colonos referia-se à escravização dos indígenas e, em especial, à forma de atuar dos bandeirantes, que tanto o padre Vieira como os demais jesuítas eram contrários à escravidão dos indígenas e dos africanos, posição que provocou conflitos constantes com o governo português; um episódio isolado da ação do padre Vieira na luta contra a escravização indígena no Estado do Maranhão, o qual se utilizava da ação dos bandeirantes para caçar os nativos; um dos momentos cruciais da crise entre o governo português e a Companhia de Jesus, que culminou com a expulsão dos jesuítas do território brasileiro; Explicação: Seguindo as determinações tomadas pela própria Igreja Católica, em 1570, a Coroa portuguesa sancionou a lei que proibia a escravização do gentio 1a Questão As capitanias hereditárias foram criadas objetivando a defesa do território e a colonização . Acabaram fracassando, isto porque: a Reforma Protestante criou um sistema de exploração do Novo Mundo que impediu a ação portuguesa na exploração colonial. a Espanha e Holanda partilharam as terras portuguesas no território brasileiro . em Portugal não existiam donatários com recursos suficientes para a exploração de áreas tão pequenas recebidas. a Igreja católica proibiu a migração de povos europeus, não portugueses , o que provocou a falta de mão de obra na colônia. houve a ausência de interesse por parte dos donatários e a descentralização administrativa. Explicação: As principais razões para esse resultado negativo foram a grande distância entre as capitanias e a metrópole; a grande área das capitanias, pois existiam algumas com mais de 400.000 km2; o desinteresse de vários donatários, que por não possuírem recursos suficientes, nem chegaram a tomar posse de suas terras, bem como a falta de recursos que garantissem investimentos e o desenvolvimento colonizador. 2a Questão " No começo, porém, a empresa colonial portuguesa não se desassociou da missão evangelizadora protagonizada pelos jesuítas com os povos indígenas que habitavam as terras brasílicas. Esse traço distintivo do Brasil Colonial teve início em 1549, ano da chegada dos primeiros padres inacianos, obedientes às resoluções emanadas do Concílio de Trento (1545-1563), que propugnava converter todos os "negros da terra" (BITTAR, Marisa. Infância, catequese e aculturação no Brasil do século XVI). Considerando o texto acima, podemos constatar que: I - Houve uma grande associação entre a empresa colonial e o processo de catequese. II - A ideia dos religiosos era converter a população nativa ao Catolicismo. III - O termo pelo qual os jesuítas identificavam os indígenas era "negros da terra". IV - O termo pelo qual os jesuítas identificavam os escravos africanos era "negros da terra". Todas as opções estão corretas. Apenas II, III e IV estão corretas. Apenas I, II e III estão corretas. Apenas I, III e IV estão corretas. Apenas I e III estão corretas. Explicação: Os indígenas eram identificados pelos religiosos e por todos os colonos como negros da terra. A expressão denota o desprezo que sentiam pela população local porque negros eram considerados inferiores assim como os indígenas. Como eles eram nativos foi inserido o termo "da terra". 3a Questão Os colonos portugueses não lograram êxito em suas investidas em busca de ouro e prata. Mas a proposta do antigo governador acabou redimensionando os objetivos das expedições para o interior. A busca por ouro deu lugar ao aprisionamento de índios. Embora os colonos utilizassem a procura por metais preciosos frente à Coroa portuguesa - que baixava inúmeras leis proibindo a escravização de indígenas ¿ as expedições organizadas pelos colonos de São Paulo se transformaram em: verdadeiras empreitadas escravizadoras de portugueses que fugiam da lei. verdadeiras empreitadas escravizadoras de indígenas. verdadeiras empreitadas escravizadoras de negros fugidos. verdadeiras empreitadas escravizadoras de Charruas argentinos, para fugir da lei portuguesa. verdadeiras empreitadas de busca de ouro e prata, liderados por indígenas. Explicação: No caso das capitanias do Sul, é possível afirmar que a Lei de Liberdade do Gentio (sancionada em 1570) foi letra morta. De acordo com Monteiro, entre os séculos XVI e XVIII era cada vez mais frequente o número de expedições que assaltavam aldeias indígenas transformando seus habitantes em braços para o “serviço obrigatório” (MONTEIRO: 1994, 57). Isso porque, diferentemente do que ocorria na região açucareira da colônia, os paulistas não se inseriram no circuito comercial Atlântico, procurando eles mesmos os braços que iriam trabalhar em suas lavouras. Ao invés de se lançarem para o mar, os paulistas se embrenharam sertão adentro. 4a Questão Durante o período colonial, o Estado português deu suporte legal a guerras contra povos indígenas do Brasil, sob diversas alegações; derivou daí a guerra justa, que fundamentou: O genocídio dos povos indígenas, que era, no fundo, a verdadeira intenção da Igreja, do Estado e dos colonizadores; o extermínio dos povos indígenas do sertão quando, no século XVII, a lavoura açucareira aí penetrou depois de ter ocupado todas as áreas litorâneas; a criação dos aldeamentos pelos jesuítas em toda a colônia, protegendo os indígenas dos portugueses; uma espécie de "limpeza étnica", como se diz hoje em dia, para garantir o predomínio do homem branco na colônia. a escravização dos índios, pois, desde a antiguidade, reconhecia-se o direito de matar o prisioneiro de guerra, ou escravizá-lo; Explicação: Seguindo as determinações tomadas pela própria Igreja Católica, em 1570, a Coroa portuguesa sancionou a lei que proibia a escravização do gentio ¿ cujo fragmento vimos no início desta aula. Com exceção feita aos aimorés ¿ que se recusavam militarmente à conversão católica, os índios ficavam sob a tutela da Companhia de Jesus, não podendo mais servir como escravos nos engenhos de açúcar. 5a Questão O sistema de capitanias hereditárias mostrou-se ineficiente e foi substituído, como modelo administrativo, em 1548,por qual outra estrutura? Governo Central Feitoria Vice-reino Ouvidoria Governo Geral Explicação: A ineficiência do sistema de capitanias fez com que o rei português tentasse outra forma de administração. Em 1548 foi instituído o governo-geral, uma tentativa de centralizar a administração da América portuguesa. Gabarito Coment. 6a Questão A Antropologia tem em torno de si uma historicidade. Como uma ciência que há muitos séculos é presente, uma vez que homens estudando a sociedade e as formas de se portar de homens em outras sociedades são comuns de Homero à Pero Vaz de Caminha. No entanto, é o movimento olonialista que dá novo impulso a estes fenômenos, lhe oferecendo formatos, relatos, discussões. Sobre a visão das sociedades estabelecidas no espaço brasileiro nos século XVI temos vários discursos que versam sobre: A descoberta do paraíso, o estranhamento com os hábitos e relatos dos degredados O inferno que os novos territórios representam, um impulso para literaturas romancescas popularizados pelas prensas e uma curiosidade sobre a força militar destes novos grupos Apontam para o papel da razão em uma sociedade e como o intelecto europeu supera o de homens de todo o mundo, inaugurando o mito ariano Esboçam os primeiros romancesda história, uma vez que estes relatos eram reformatados e lidos em praça pública. Suscita leituras de caráter religioso, reafirmando o fim do mundo e a escatologia cristã Explicação: Quando os portugueses chegam à Colônia, eles possuem a visão dos indígenas e ocorre o estranhamento das culturas encontradas dos povos autóctones 7a Questão (UNAERP-SP) Em 1534, o governo português concluiu que a única forma de ocupação do Brasil seria através da colonização. Era necessário colonizar, simultaneamente, todo o extenso território brasileiro. Essa colonização dirigida pelo governo português se deu através da: A) criação da Companhia Geral do Comércio do Estado do Brasil. B) criação do sistema de governo-geral e câmaras municipais. D) montagem do sistema colonial. C) criação das capitanias hereditárias. E) criação e distribuição das sesmarias. Explicação: A coroa portuguesa buscou a colonização inicialmente através das chamadas capitanias hereditárias. O Brasil foi fatiado em extensas faixas de território que deveriam ser povoadas e administradas pelos donatários numa empreitada particular. Este modelo não foi bem sucedido e a coroa precisou modificar a estratégia de colonização. 8a Questão Como você descreveria as realações entre portugueses e índios durante o período colonial? os portugueses, sentindo-se superiores e necessitando de mão de obra para implementar a colonização pensaram em escravizá-los mas desistiram por eles serem preguiçosos. violentas porque os índios declararam guerra aos protugueses em 1510; os portugueses, sentindo-se superiores e necessitando de mão de obra para implementar a colonização estabeleceram alianças e relações comerciais com algumas tribos litorâneas; cordiais entre os os dois grupos, afinal o Brasil é uma democracia racial; os portugueses, sentindo-se superiores e necessitando de mão de obra para implementar a colonização escravizaram os índios. Explicação: A inocência e a ausência de elementos fundamentais que – na perspectiva europeia – balizavam a noção de civilização marcaram os primeiros escritos sobre os índios. A despreocupação com a nudez foi reiterada diversas vezes na Carta de Pero Vaz de Caminha, indicando que esses homens e mulheres andavam nus por lhes faltarem a ideia de vergonha. O mesmo Caminha, assim como Vespucci e, mais tarde, Gândavo e Gabriel Soares de Souza ficaram surpresos com o fato dos tupis não terem em seu alfabeto as letras F, L e R. Segundo esses homens, essa ausência era a comprovação de que os índios viviam sem Justiça e na maior desordem 1a Questão No livro "Em Costas Negras" Manolo Florentino aborda a questão do tráfico negreiro como um sistema complexto de relações econômicas e sociais. A resposta que melhor segue a linha defendida pelo autor é: Grupos africanos estabeleceram comunidades no Brasil, seguindo o modelo tribal trazido da África. O sistema colonial buscou a estabilização, possibilitando manifestações e movimentos, mas mantendo de maneira constante seu controle sobe os mesmos. A resistência negra urbana representou para as elites brasileiras uma barreira quase instransponível a submissão dos negros. A escravidão africana foi uma alternativa econômica a dominação índigena pela dificuldade dos colonos em manterem os índios capturados e trabalhando. As sociedades organizadas do norte da África não foram envolvidas no tráfico negreiro, que ficou restrito ao cone sul do continente. Explicação: O historiador Manolo Florentino defende no livro Em costas negras que havia uma estabilização no sistema colonial, mas que ele permitia as manifestações de escravos, mantendo sempre o controle sobre os mesmos. 2a Questão Com relação à escravidão houve preferência dos africanos em relação aos indígenas. Identifique dentre as assertivas abaixo aquela que melhor explica esta opção: os africanos, embora se negassem a trabalhar porque em sua cultura o trabalho braçal não era bem aceito, apresentavam mais resultados que os indígenas. os africanos traziam mais vantagem para os portgueses que lucravam bastante com seu tráfico. os indígenas aceitaram a conversão rapidamente, por isso, passaram a ser defendidos pela Igreja Católica em detrimento dos africanos. os indígenas se negavam a trabalhar porque em sua cultura o trabalho braçal não era bem aceito. os africanos sempre foram mais fortes que os indígenas - subnutridos - por isso foram escolhidos em seu lugar. Explicação: A mão de obra dos africanos foi preferida em relação aos indígenas porque os traficantes de cativos lucravam de forma significativa com o tráfico. 3a Questão "O tráfico de escravos entre a África e o porto de Salvador crescia, e a Costa da Mina era a principal região de origem dos que desembarcavam, especialmente os oriundos dos portos de Grande Popó, Ajudá, Jaquim e Apá. Durante todo o século XVIII e os primeiros anos do seguinte a comunidade mercantil baiana reforçou seus laços comerciais e mesmo políticos com a Costa da Mina, proximidade que por vezes gerou reações da parte de Lisboa, descontente com a liberdade de comércio dos traficantes de Salvador e de suas ligações com rivais de Portugal. " (FLORENTINO, Manolo; RIBEIRO, Alexandre. ASPECTOS COMPARATIVOS DO TRÁFICO DE AFRICANOS PARA O BRASIL (SÉCULOS XVIII e XIX) A partir da leitura do texto acima, podemos concluir que: I - Havia uma disputa saudável entre os traficantes de escravos da Bahia e os portugueses. II - Os traficantes de escravos portugueses estavam incomodados com o estreitamento das relações entre os baianos e os africanos; III - A maior parte dos africanos que desembarcavam em Salvador eram oriundos da Costa da Mina. IV - Os laços comerciais entre traficantes de Salvador e Costa da MIna foram aprofundados no século XIX Apenas I e IV estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Apenas I, III e IV estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Apenas III e IV estão corretas. Explicação: Em relação à rota de escravos oriundos da África, os traficantes de Salvador começaram a ocupar os espaços deixados pelos traficantes portugueses. Isso gerou um crescente desconforto e até um pedido de intervenção por parte da Coroa. Nos séculos XVII e XVIII, os traficantes de Salvador se aproximaram da Costa da Mina de onde vinham a maior parte dos cativos. 4a Questão Os indígenas foram usados como mão de obra, sobretudo, nas pequenas e médias propriedades que tinham como objetivo produzir para: O Tráfico Atlântico A subsistência da Colônia. O Mercado Europeu A exportação e larga escala O mercado americano Explicação: Estando inseridos no desdobramento do período colonial com a exploração, desbravamento, e consequentemente, o povoamento incorpora-se a mão de obra escrava indígena. Isso favoreceu para que além de submete-los a cultura portuguesa e aos dogmas da igreja católica, como forma de "civilizá-los" , também objetivasse incorporá-los em tais povoamentos e tarefas domésticas epeuqenas produções. Desse modo, durante muitos anos a escravidão no Brasil foi vista de forma sistêmica. De um lado estavam os índios escravizados, utilizados em sua grande maioria em pequenas e médias produções, quase todas voltadas para a subsistência da colônia. Do outro estavam os africanos escravizados e seus descendentes utilizados nas atividades envolvidas com o mercado externo, como a produção de açúcar e a mineração.Ainda que essa sistematização esteja pautada em uma série de análises qualitativas da economia colonial, é importante ressaltar que tal assertiva não se aplica a todo o período de fabrico do açúcar. Ao analisar o início da produção açucareira, Stuart Schwartz chamou atenção para um fenômeno pouco estudado: o uso massivo de indígenas escravizados nos engenhos, como forma de manter a subsistência nas colonias. Gabarito Coment. 5a Questão Sobre a rota de tráfico negreiro para o Brasil podemos fazer as assertivas abaixo, EXCETO: Após a longa travessia, quando finalmente desembarcavam nos portos da América portuguesa, a situação de boa parte dos africanos era péssima. Assim que estivessem mais fortes, eram levados para os mercados onde seriam comprados. A partir de então, o destino desses africanos estava atrelado a de seu senhor e, em muitos casos, eles tinham que continuar a viagem, só que agora pelo interior do Brasil. Os africanos mais fragilizados, principalmente aqueles que haviam contraído escorbuto, passavam por um processo de quarentena em galpões localizados na região portuária. Os negros vinham em boas condições , alimentados, para serem vendidos rápido. Mas apesar disso muitos morriam de banzo, saudade de casa. Nesses locais eles recebiam uma alimentação especial para recuperar suas forças o mais rápido possível. Explicação: Sabe-se que a escravidão e as condições do tráfico negreiro foram extremamente desumanos e insalubres. Não viam os africanos como sujeitos, mas como objetos, por isso nessa relação os objetos devem estar fortes para que sejam vendidos. Logo, eles ficavam em quarentena para melhorar, se recuperarem para que fossem vendidos enquanto produto, represnetando uma grande lucratividade. Gabarito Coment. 6a Questão A substituição da mão-de-obra indígena pela africana ocorreu, sobretudo, ao(s) seguinte(s) fator(res): I. falta de adaptação do indígena ao conceito de produção com intuito de acumulação. II. menor lucro advindo do tráfico negreiro em detrimento da escravização do indígena. III. decréscimo populacional indígena em virtude de epidemias e extermínios associados aos europeus. apenas II está correta. apenas III está correta. apenas I e III estão corretas. apenas I e II estão corretas. apenas I está correta. Explicação: O genocídio foi efetuado diante do estranhamento e resistência das diferentes tribos indígenas. Para, além disso as epidemias eram comuns devido ao contato comos portugueses. E o tráfico negreiro foi extremamente nlucrativo. para, além disso a cultura d eprodução não foi incorporada pelos indígenas diantes dos valorse que estavam sendo expostos, mas mantiveram-se de certa forma, uma cocnepção voltada pelo seu modo de vida. Gabarito Coment. 7a Questão A religiosidade indígena era bastante diversificada, baseada na identificação de deuses a elementos da natureza. Em relação a essa religiosidade depois da vinda dos europeus, podemos concluir que: foi ignorada totalmente pelos missionários católicos que fingiam não ver a continuidade dessas práticas. foi aproveitada pelos missionários católicos que resolveram utilizar os mitos indígenas para a catequese. foi incorporada pelos missionários católicos que aproveitaram tais elementos na catequese no africano. foi identificada pelos missionários católicos que buscavam converter, de forma incondicional, os indígenas. foi assimilada pelos missionários católicos que ministravam para os indígenas uma variante do catolicismo. Explicação: Dessa forma, a companhia de Jesus observam a "nova cultura" para melhor adaptá-la aos dogmas católicos e para o processo de evangelização utilizando diferentes instrumento lúdicos para a aproximação. Ma sem nenhum momento favoreceria que os elemntos ritualísticos indígenas fossem reforçados . Ao contrário eles compreenderam, observaram para melhor processo de evangelização aos dogmas católicas e cultura portuguesa. Gabarito Coment. 8a Questão À medida que a empresa açucareira se expandia no Brasil, fez-se opção pela mão-de-obra escrava de origem africana, em substituição ao trabalho indígena. Esta opção pode ser explicada, porque: Os negros dominavam as técnicas do cultivo da cana, enquanto os indígenas não conheciam a agricultura, portanto, seu trabalho não era produtivo. O uso de escravos africanos alimenta o tráfico negreiro, tornando-o um dos mais lucrativos setores do comércio colonial. Os indígenas eram frágeis fisicamente e adoeciam com facilidade, já os negros tinham uma constituição física forte, propícia ao trabalho braçal. Os africanos resistiram ao escravismo através dos quilombos e das revoltas, mas foram mantidos na agricultura, porque os índios desconheciam essa atividade. Os indígenas eram selvagens e lutavam contra a escravidão, enquanto os negros eram dóceis e submissos Explicação: A partir do último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, substituída pelos africanos escravizados. Tal substituição teve uma razão principal: o tráfico negreiro era extremamente rentável. Além disso, pela fragilidade dos índígeas às epidemias. 1a Questão A escravidão dos africanos foi um ótimo empreendimento para mercadores europeus. Acerca do tráfico negreiro é correto afirmar que: I - Foi justificada pela Igreja Católica que defendia os indígenas desta prática. II - Foi combatida pela Igreja Católica que atacava os traficantes de escravos de forma sistemática. III - Foi justificada alegando que os indígenas eram preguiçosos, ou seja, não prestavam para o trabalho. Apenas I e III estão corretas. Apenas II está correta. Apenas III está correta. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O lucro com o tráfico de escravos ficava com a metrópole através de seus comerciantes, o que não ocorria com o tráfico indígena. A justificativa ideológica foi dada pela Igreja Católica que entendia que os indígenas deveriam ser isentos da prática ao contrário dos africanos. Além disso, era comum alegar que os indígenas eram preguiçosos e não poderiam ser usados para o trabalho. 2a Questão O navio negreiro ou tumbeiro foi o tipo de cargueiro usado para trazer mais de 11 milhões de africanos para serem escravizados na América. Em caravelas ou barcos a vapor, europeus, americanos e até mesmo negros se metiam no infame comércio. Os traficados eram, na maioria, meninos e jovens de 8 a 25 anos. Isso mudou nos últimos anos do tráfico. Tudo quanto se podia trazer foi trazido: o manco, o cego, o surdo, tudo; príncipes, chefes religiosos, mulheres com bebês e mulheres grávidas, disse o ex-traficante Joseph Cliffer, em depoimento ao Parlamento Britânico, em 1840." O texto acima aborda a questão da situação dos escravos na viagem. Com relação à sua vida no cativeiro, é correto afirmar que: I - Os escravos possuíam uma enorme possibilidade de conseguir a liberdade depois de chegar ao Brasil; II - A vida no cativeiro era bem insalubre e a expectativa de sobrevivência baixa. III - A jornada de trabalho nas lavouras era extenuante. Apenas II e III estão corretas. Apenas I e III estão corretas. Todas estão corretas. Apenas III está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: As condições de vida dos africanos após sua chegada eram bem difíceis. com alimentação precária e jornadade trabalho exaustiva; isso sem contar os castigos corporais. As possibilidades de conseguir a liberdade eram mínimas, aumentando um pouco nas regiões de mineração. A concessão da carta de alforria, contudo, era exceção, não regra. 3a Questão Entre os motivos da substituição dos escravos indígenas por negros nos engenhos de açúcar, podemos afirmar que: A grande circulação de dinheiro promovida pelo tráfico transatlântico de africanos escravizados Os negros aceitavam a escravidão A substituição foi feita por que os índios organizavam exércitos contra os engenhos. Porque os negros não eram considerados gente, e deveriam ser tratados como animais. A substituição foi feita porque os índios eram preguiçosos Explicação: O grande motivo sempre foi o quanto se ganha com um determinado produto atentendo o jogo de interesse dos envolvidos. Neste aspecto, isso não significa dizer que os indígena snão foram escravizados. Houve a coexistência dssas escravidões. Ou seja, os indígenas também foram escravizados, mas o lucro obtido com o tráfico negreiro dos africanos era muito mais interessantes. Gabarito Coment. 4a Questão Após a longa travessia, quando finalmente desembarcavam nos portos da América portuguesa, a situação de boa parte dos africanos era péssima. Aqueles que tinham conseguido aguentar a viagem passavam por um breve exame médico e eram rapidamente vendidos. Os africanos mais fragilizados, principalmente aqueles que haviam contraído escorbuto, passavam por um processo de quarentena em galpões localizados na região portuária. Nesses locais eles recebiam uma alimentação especial para recuperar suas forças o mais rápido possível. Assim que estivessem mais fortes, eram levados para os mercados onde seriam comprados. A partir de então, o destino desses africanos estava atrelado a de seu senhor e, em muitos casos, eles tinham que continuar a viagem, só que agora pelo interior do Brasil. Entretanto,muitos negros não sobreviviam, pois: os negros casavam entre si no período conhecido como quarentena, iniciando suas famílias. Os negros buscavam sua aoforria. Muitos deles era preferível morrer a trabalhar como escravo, pois acreditavam que a morte significava o retorno à sua terra natal, junto a seus ancestrais. Os negros acreditavam que retornariam para seu habitat na África resisitindo, então, ao que viria posteriormente, a escravidão. Os negros se rebelavam e fugiam formando os quilombos e movimentos de resistencia com luta armada. Explicação: Nem todos os africanos recém-chegados resistiam ao período da quarentena. Por isso, era comum encontrar cemitérios nas proximidades do porto. Além dos maus tratos e das doenças adquiridas durante a travessia, muitos escravos boçais, isto é africanos recém-chegados, sofriam de banzo ¿, uma doença que parecia atacar a alma de alguns africanos que, tomados por uma tristeza profunda, se deixavam morrer. Para muitos deles era preferível morrer a trabalhar como escravo, pois acreditavam que a morte significava o retorno à sua terra natal, junto a seus ancestrais. 5a Questão Os portugueses, no início da colonização, utilizaram quase que exclusivamente a mão de obra índígena. Essa postura vai ser mudada ainda no século XVI, com a introdução do escravo de origem africana nas plantações de cana-de açucar. Em relação à escravidão indígena é correto afirmar que: foi diminuindo nas áreas voltadas para a exportação, mas continuou maciça em áreas ligadas à produção interna foi diminuindo em virtude de sua pouca rentabilidade no trabralho, ou seja, inaptidão para a atividade laborativa. foi declinando com o passar dos tempos até ser completamente erradicada já no início do século XVII. foi aumentando nas áreas de lavoura a partir do século XVIII quando precisavam dos africanos para a exploração do ouro. foi aumentando na mesma proporção que o tráfico negreiro embora fosse menos lucrativa que essa atividade. Explicação: Os indígenas sabiam lidar com "desbravamento" terrotorial o que foi muito útil e foram parte essencial das missões jesuíticas e para a subsistência da colônia. Desse modo, ao analisar o início da produção açucareira, Stuart Schwartz chamou atenção para um fenômeno pouco estudado: o uso massivo de indígenas escravizados nos engenhos. Grande parte desses índios tinha origem tupi, embora alguns povos tapuias tenham sido encontrados nos registros. A partir do último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, substituída pelos africanos escravizados. Tal substituição tinha duas razões principais: Gabarito Coment. 6a Questão Se estabelecermos uma comparação do modelo de escravidão indígena e africana no século XVI no Brasil podemos afirmar que eram: A africana era mais branda que a dos índigenas Muito diferentes A indígena era mais branda que a africana No século XVI não há escravidão negra no Brasil Semelhantes Explicação: O objetivo era o mesmo: produção alimentando o pacto colonial. A substituição da mão de obra foi aos poucos. A partir do último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, substituída pelos africanos escravizados. Tal substituição tinha duas razões principais: Gabarito Coment. 7a Questão (UFPB 2008) O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a escravidão. ¿O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores ¿ e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.¿ (Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112). Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar: A) As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 1850. Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico intercontinental e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as regiões. D) Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem a carta de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba, conseguiram tornar-se grandes proprietários de terras. C) A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos altos custos para se ter escravos. B) A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à produção do café. E) Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino. Explicação: A opção E destaca as condições precárias de viagem dos escravos trazidos para o Brasil. Os traficantes economizavam nos cuidados mínimos além de amontoar a maior quantidade possível de pessoas com a intenção de maximizar os lucros obtidos com a venda destes seres humanos na colonia. 8a Questão Escravo boçal era:Escravo nascido na África Escravo recém-chegado Escravo burro Escravo nascido no Brasil Escravo inteligente Explicação: O escravo africano reém chegado ao Brasil era conhecido como "boçal". Ele mão conhecia a língua, a cultura, nem a religião. Com o passar do tempo e e com maior inserção na cultura local este escravo passava a ser chamado de ladinho. Por outro lado, o escravo nascido no Brasil era conhecido como crioulo. 1a Questão Trabalho escravo ou escravidão por dívida é uma forma de escravidão que consiste na privação da liberdade de uma pessoa (ou grupo), que fica obrigada a trabalhar para pagar uma dívida que o empregador alega ter sido contraída no momento da contratação. Essa forma de escravidão já existia no Brasil, quando era preponderante a escravidão de negros africanos que os transformava legalmente em propriedade dos seus senhores. As leis abolicionistas não se referiram à escravidão por dívida. Na atualidade, pelo artigo 149 do Código Penal Brasileiro, o conceito de redução de pessoas à condição de escravos foi ampliado de modo a incluir também os casos de situação degradante e de jornadas de trabalho excessivas. (Adaptado de Neide Estergi. A luta contra o trabalho escravo, 2007.) Com base no texto, considere as afirmações abaixo: I. O escravo africano era propriedade de seus senhores no período anterior à Abolição. II. O trabalho escravo foi extinto, em todas as suas formas, com a Lei Áurea. III. A escravidão de negros africanos não é a única modalidade de trabalho escravo na história do Brasil. IV. A privação da liberdade de uma pessoa, sob a alegação de dívida contraída no momento do contrato de trabalho, não é uma modalidade de escravidão. V. As jornadas excessivas e a situação degradante de trabalho são consideradas formas de escravidão pela legislação brasileira atual. São corretas apenas as afirmações: Apenas I, III e V Apenas I, II e III Apenas IV e V Apenas III e V Apenas I e II Explicação: A relação coma escravidão do Brasil é um processo que não teve sua extinção assim que houve a abolição, e sempre teve como características o trabalho excessivo e uma relação de sujeito e objeto. Dessa forma sabe-se que além dos escravos serem os braços e pés dos senhores, temos uma relação direta com a lucrativiadde com o trabalho escravo. Portanto, utiliza-se de quetsões como a dívida adquirida para privar o escravo de sua liberdade. E como sabem,os havia dois tipos d emão de obra escrava: indígenas e africanos. Graças à preferência senhorial, 60% dos escravos eram homens adultos e jovens. Tendo que se adaptar às condições de trabalho impostas pelos colonos, os índios escravizados deveriam realizar o cultivo extensivo da cana e depois processar seu caldo a fim de obter o açúcar. A partir do último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, substituída pelos africanos escravizados. 2a Questão Em virtude da proibição do tráfico negreiro, muitos latifundiários buscaram alternativas para manutenção de sua produção. Em relação a esse assunto é correto afirmar que: I - Teve início um crescente tráfico interno, ou seja, áreas de produção menos expressiva vendendo seus escravos para as regiões cafeeiras. II - Houve um crescente estímulo às uniões entre escravos já que, tradicionalmente, esses indivíduos tinham uma taxa de fertilidade altíssima. III - Muitos traficantes continuaram trazendo escravos para o Brasil, cobrando preços altos e inflacionando o valor da mão-de-obra. apenas II está correta. apenas III está correta. apenas I e II estão corretas. apenas I e III estão corretas. apenas I está correta. Explicação: O uso da mão de obra escrava manteve-se de maniera informal e escondida, para que mantivesse a produção. Graças à preferência senhorial, 60% dos escravos eram homens adultos e jovens. Todavia, as práticas religiosas incentivaram o casamento de muitos desses homens, fazendo que famílias escravas tivessem significativa presença nesses engenhos. Tendo que se adaptar às condições de trabalho impostas pelos colonos, os índios escravizados deveriam realizar o cultivo extensivo da cana e depois processar seu caldo a fim de obter o açúcar. A partir do último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, substituída pelos africanos escravizados. Que irá perdurar durante séculos, memso d emaniera ilegal, internamente, já que a lucratividade era alta. Gabarito Coment. 3a Questão O tráfico negreiro foi uma realidade no Brasil durante três séculos e meio. Sobre essa atividade é correto afirmar que: I - Era extremamente lucrativo embora muito africanos morressem ao longo da viagem. II - Os africanos eram transportados em condições insalubres nos tumbeiros. III - A partir do século XVIII houve maior humanização no transporte dos africanos. apenas III está correta apenas I está correta apenas I e II estão corretas apenas II está correta apenas I e III estão corretas Explicação: O tráfico negreiro além de muito lucrativo teve a desumanização durante todo o seu período, por isso que não havia preocupação coms eu transporte, muito menso d eperceber os africanos como humanos, ams sim como objetos que favoreceriam o lucro. 4a Questão O texto, a seguir, retrata uma das mais tristes páginas da história do Brasil: a escravidão. O bojo dos navios da danação e da morte era o ventre da besta mercantilista: uma máquina de moer carne humana, funcionando incessantemente para alimentar as plantações e os engenhos, as minas e as mesas, a casa e a cama dos senhores ¿ e, mais do que tudo, os cofres dos traficantes de homens.¿ (Fonte: BUENO, Eduardo. Brasil: uma história: a incrível saga de um país. São Paulo: Ática, 2003. p. 112). Sobre a escravidão como atividade econômica no Brasil Colônia, é correto afirmar: As pressões inglesas, para que o tráfico de escravos continuasse, aumentaram após 1850. Porém, no Brasil, com a Lei Eusébio de Queiróz, ocorreu o fim do tráfico intercontinental e, praticamente, desapareceu o tráfico interno entre as regiões. A mão-de-obra escrava no Brasil, diferente de outros lugares, não era permitida em atividades econômicas complementares. Por isso, destinaram-se escravos exclusivamente às plantações de cana-de-açúcar, às minas e à produção do café. Os escravos, amontoados e em condições desumanas, eram transportados da África para o Brasil, nos porões dos navios negreiros, como forma de diminuição de custos. Com isso, muitos cativos morriam antes de chegarem ao destino. A compra e posse de escravos, durante todo o período em que perdurou a escravidão, só foi permitida para quem pudesse manter um número de, pelo menos, 30 cativos. Essa proibição justificava-se, devido aos altos custos para se ter escravos. Muitos cativos, no início da escravidão, conseguiam a liberdade, após adquirirem a carta de alforria. Isso explica o grande número de ex-escravos que, na Paraíba, conseguiram tornar-se grandes proprietários de terras. Explicação: A escravidão no Brasil aconteceu em todo período colonial e Imperial, eainda temos no vasto território nacional esta prática na atualidade, mas o fato é que, a partir desse tipo de ralação foi possível atingir os diferentes interesses envolvidos, das alianças firmadas, não havendo preocupação com o transporte, com o sentido de humanidade e condições de trabalho ou qualquer fator que implicasse na preocupação com escravo propriamente dito. Essa lógica da exploração total do trabalho escravointensificou ainda mais a violência inerente à escravidão. Além da obrigação em labutar horas a fio de baixo de sol quente, chuva forte ou em dias frios, o constante reabastecimento de africanos escravizados nos portos do Brasil fez com que muitos proprietários fossem negligentes com os cuidados despendidos aos cativos. A partir do terceiro ano de trabalho, tudo o que era produzido pelo cativo representava lucro ao senhor. Este retorno financeiro relativamente rápido fez com que o escravo fosse visto como uma boa forma de investimento, o que fomentou o tráfico intercontinental de africanos por três séculos. 5a Questão A produção açucareira no Brasil se concentrou mais na região nordeste e o seu trabalho no século XVI era principalmente indígena. Sobre o regime de trabalho podemos afirmar que era: Escravista Misto Corveia Assalariado Comunitário Explicação: Como ensinado nas aulas, o trabalho na colônia era o trabalho compulsório, o trabalho escravo. 6a Questão A persistência da escravidão no Brasil foi garantida por numerosos motivos, entre os quais, a elevada violência dos senhores e seus empregos sobre os cativos. Baseados em seus conhecimentos sobre a escravidão africana no Brasil, marque a alternativa correta. a) Embora custassem elevados somas de recursos, a maioria dos escravos vivia em péssimas condições e um dos motivos por esse quadro era a fácil reposição dos escravos, ou seja, os mortos eram rapidamente substituídos por cativos oriundos da África. c) A violência da escravidão fazia que a média de vida de um cativo durasse entre sete a dez anos e havia a preferencia da captura de homens jovens. Por isso, os escravos jamais constituíam núcleos familiares. d) As péssimas condições em que os africanos escravizados eram transportados para os portos brasileiros resultava na morte da maioria deles. Contudo, tais perdas eram aceitáveis na lógica econômica de então porque aqueles que sobreviviam pagavam os custos totais da viagem. b) Frequentes nas regiões açucareiras, os acidentes de trabalho eram mais raros nas regiões mineradoras porque muitos dos africanos escravizados utilizados nessas regiões eram oriundos da Costa da Mina, onde aprenderam conhecimentos milenares sobre mineração aprendidos na África. e) Os africanos escravizados que sobreviviam à brutal viagem pelo oceano Atlântico eram imediatamente batizados e enviados para grandes mercados de escravos, onde eram leiloados. Explicação: Erro da alternativa B: os acidentes nas regiões mineradoras em tão frequentes como em outras atividades econômicas. Erro da alternativa C: existiram várias famílias escravas no Brasil Colônia. Erro da alternativa D: a maioria dos escravos sobrevivia ao trafico no Atlântico. Erro da Alternativa E: Os africanos escravizados que sobreviviam à brutal viagem pelo oceano Atlântico não eram imediatamente enviados para grandes mercados de escravos mas ficavam de quarentena, onde eram alimentados e tinham as doenças tratadas a fim de se tornarem mais valiosos. 7a Questão Quais eram as rotas mais comuns do tráfico negreiro para o Brasil? Egito e Angola Angola e Moçambique Marrocos e Egito Moçambique e Africa do Sul Angola e África do Sul Explicação: As rotas efetivadas pelo tráfico negreiro representavam os caminhos das longas travessias além mar. Nesse aspecto haviam quatro. Entre as quatro rotas, temos duas : Rota de Angola e Moçambique. Após a longa travessia, quando finalmente desembarcavam nos portos da América portuguesa, a situação de boa parte dos africanos era péssima. Aqueles que tinham conseguido aguentar a viagem passavam por um breve exame médico e eram rapidamente vendidos. Os africanos mais fragilizados, principalmente aqueles que haviam contraído escorbuto, passavam por um processo de quarentena em galpões localizados na região portuária. 8a Questão A escravidão dos africanos foi intensificada a partir da ampliação da lavoura canavieira. Em geral, os senhores de escravos brasileiros optavam por um determinado perfil de mão de obra no momento de sua compra. Sobre esta afirmativa podemos considerar como correta(s) a(s) seguinte(s) opção(ões): I - A mão de obra africana preferida era a dos homens entre a adolescência e início da idade adulta porque eram vigorosos e fortes. II - A mão de obra feminina era a mais desejada porque as mulheres poderiam gerar escravos em abundância. III - Dada à necessidade de mão de obra de forma urgente, os homens eram preferidos em relação às mulheres no momento da compra. Apenas I e III estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Apenas II está correta. Apenas III está correta. Apenas I está correta. Explicação: A força era algo essencial na visão dos senhores que consumiam a mão de obra africana,. por isso, eles definiam os homens jovens e fortes como os melhores para o trabalho braçal optando por eles em suas compras. Para conseguir cumprir a demanda da produção em larga escala, os escravos enfrentavam jornadas de trabalho que variavam de doze a dezoito horas e eram constantemente vigiados por feitores e capatazes para que otimizassem seu tempo. 1a Questão Sobre as características da sociedade escravista colonial da América portuguesa estão corretas as afirmações abaixo, À EXCEÇÃO de uma. Indique-a. Na América portuguesa, ocorreu o predomínio da utilização da mão-de-obra escrava africana seja em áreas ligadas à agro-exportação, como o nordeste açucareiro a partir do final do século XVI, seja na região mineradora a partir do século XVIII. A partir do século XVI, com a introdução da mão-de-obra escrava africana, a escravidão indígena acabou por completo em todas as regiões da América portuguesa. Em algumas regiões da América portuguesa, os senhores permitiram que alguns de seus escravos pudessem realizar uma lavoura de subsistência dentro dos latifúndios agroexportadores, o que os historiadores denominam de ¿brecha camponesa¿. Nas cidades coloniais da América portuguesa, escravos e escravas trabalharam vendendo mercadorias como doces, legumes e frutas, sendo conhecidos como ¿escravos de ganho¿. O início do processo de colonização na América portuguesa foi marcado pela utilização dos índios denominados ´´negros da terra´´ como mão-de-obra. Explicação: A escravidão indígena co-existe com a escravidão africana, tendo cada uma dela uma especificidade Tendo que se adaptar às condições de trabalho impostas pelos colonos, os índios escravizados deveriam realizar o cultivo extensivo da cana e depois processar seu caldo a fim de obter o açúcar. D3essa froma, a primeira mão d eobra escrava foi a índígena que foi substituida aos poucos devido às epidemias e a lucratividade da maõ de obra africana. Assim, a partir do último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, substituída pelos africanos escravizados, tendo como trabalho as lavouras, o trabalho braçal. Gabarito Coment. 2a Questão A escravidão de origem africana nasceu no Brasil colonial e se fortaleceu em locais conhecidos como plantation. Esses locais ganharam seu formato mais conhecido na época colonial, na região litorânea do nordeste brasileiro. Ali, a plantation pode ser definida como o sistema de plantação de cana-de-açúcar, feita em larga escala por mão-de-obra escrava de origem africana, que visava o mercado exportador europeu. plantações de cana, café e cacau feitas do sudeste do Brasil até a Amazônia, que visavamo enriquecimento dos portugueses através do uso em larga escala da mão-de-obra indígena. comércio e distribuição de mão-de-obra escrava africana para a lavoura canavieira nordestina. Esse sistema era vulgarmente conhecido como ¿tumbeiro¿ ou tráfico de escravos. Movimento de resistência africana que geraria o sistema dos quilombos. plantação de café em larga escala e com o uso da mão-de-obra africana e mestiça, que visava o mercado exportador europeu, comércio este monopolizado por Portugal. Explicação: Tal sistema já aplicado em outros colonias foi extremamente produtivo, principalmente com a experiência da mão de obra escrava africana apaa produção da cana de açucar que alimentara ao proceso d eprodução do melado e da cana de açucar. Compõem um ciclo fundamental para o pacto colonial, devido as terras favoráveis para o plantio da cana de açúcar. Não para a bprodução d ecafé que terá sua formação com o processo de imigração, e nem como forma de organização escrava para a produção. Por isso as demais respostas estão erradas. Gabarito Coment. 3a Questão Sobre a substituição da mão-de-obra escrava indígena pela africana é correto afirmar que: Se deu pelo fato dos índios apresentarem menos vigor físico que os povos africanos. Aconteceu devido à demonstração pelos povos africanos de menor resistência ao sistema escravista. Foi uma substituição plena ou seja, todos os índios foram libertos ao momento da chegada dos escravos negros. Se deu devido exclusivamente à proteção que dos jesuítas sobre os índios. Que elas conviveram durante muito tempo juntas, existindo casos relatados até o século XIX. Explicação: Tal convivência foi um fato que permitiu a aculturação do país. Enquanto tais etnias comungavam, determinados valores foram definidos entre os mesmo o hibridismo cultural. Entretanto a substituição existitu, mas foi aos poucos, não deixou de existir a mão de obra indígena.Logo, não houve a proteção pelos jesuítas e nem a sua soltura logo que inciiou-s eo período colonial, quando há a organização da administração da colonia seja pela scapitanias hereditária ou pelo governo geral. Muito menos uma substituição pela de uma mão de obra escrava uindígena pela a africana. Gabarito Coment. 4a Questão Dentre as formas de resistência negra e indígena à escravidão, pode-se destacar: A conversão de negros e índios ao catolicismo. O uso de seus conhecimentos medicinais para o auxílio aos senhores em troca de sua alforria. A prática, entre as escravas negras, de amamentar os filhos dos donos para estreitar assim seus vínculos com a família. A formação de quilombos exclusivamente por escravos negros fugidos, evitando contato com indígenas, para assim manter suas práticas culturais intactas. A recusa em desempenhar algumas das funções dadas pelo senhor, o banzo, as revoltas e a fuga para quilombos. Explicação: Nem todos os africanos recém-chegados resistiam ao período da quarentena. Por isso, era comum encontrar cemitérios nas proximidades do porto. Além dos maus tratos e das doenças adquiridas durante a travessia, muitos escravos boçais, isto é africanos recém-chegados, sofriam de banzo –, uma doença que parecia atacar a alma de alguns africanos que, tomados por uma tristeza profunda, se deixavam morrer. Para muitos deles era preferível morrer a trabalhar como escravo, pois acreditavam que a morte significava o retorno à sua terra natal, junto a seus ancestrais. Não cumprir a ordem do senhor ou a fuga são exemplos também muito claros de como o escravo resistia à escravidão. Gabarito Coment. 5a Questão A escravidão brasileira pode ser considerada: Pouco lucrativa Violenta no campo e cordial na cidade Cordial Amena Violenta Explicação: A História Social, a partir dos anos 1980, mostrou que a escravidão no Brasil foi bastante violenta, o que contrariava alguns clássicos como Gilberto Freyre, que apontava a existência de uma relação tranquila entre senhores e escravos. 6a Questão Os indígenas foram usados como mão de obra, sobretudo, nas pequenas e médias propriedades que tinham como objetivo produzir para: A subsistência da Colônia. O Mercado Europeu A exportação e larga escala O mercado americano O Tráfico Atlântico Explicação: Estando inseridos no desdobramento do período colonial com a exploração, desbravamento, e consequentemente, o povoamento incorpora-se a mão de obra escrava indígena. Isso favoreceu para que além de submete-los a cultura portuguesa e aos dogmas da igreja católica, como forma de "civilizá-los" , também objetivasse incorporá-los em tais povoamentos e tarefas domésticas epeuqenas produções. Desse modo, durante muitos anos a escravidão no Brasil foi vista de forma sistêmica. De um lado estavam os índios escravizados, utilizados em sua grande maioria em pequenas e médias produções, quase todas voltadas para a subsistência da colônia. Do outro estavam os africanos escravizados e seus descendentes utilizados nas atividades envolvidas com o mercado externo, como a produção de açúcar e a mineração. Ainda que essa sistematização esteja pautada em uma série de análises qualitativas da economia colonial, é importante ressaltar que tal assertiva não se aplica a todo o período de fabrico do açúcar. Ao analisar o início da produção açucareira, Stuart Schwartz chamou atenção para um fenômeno pouco estudado: o uso massivo de indígenas escravizados nos engenhos, como forma de manter a subsistência nas colonias. Gabarito Coment. 7a Questão À medida que a empresa açucareira se expandia no Brasil, fez-se opção pela mão-de-obra escrava de origem africana, em substituição ao trabalho indígena. Esta opção pode ser explicada, porque: Os negros dominavam as técnicas do cultivo da cana, enquanto os indígenas não conheciam a agricultura, portanto, seu trabalho não era produtivo. O uso de escravos africanos alimenta o tráfico negreiro, tornando-o um dos mais lucrativos setores do comércio colonial. Os africanos resistiram ao escravismo através dos quilombos e das revoltas, mas foram mantidos na agricultura, porque os índios desconheciam essa atividade. Os indígenas eram selvagens e lutavam contra a escravidão, enquanto os negros eram dóceis e submissos Os indígenas eram frágeis fisicamente e adoeciam com facilidade, já os negros tinham uma constituição física forte, propícia ao trabalho braçal. Explicação: A partir do último quartel do século XVI, a escravidão indígena passou a ser, em parte, substituída pelos africanos escravizados. Tal substituição teve uma razão principal: o tráfico negreiro era extremamente rentável. Além disso, pela fragilidade dos índígeas às epidemias. Gabarito Coment. 8a Questão A substituição da mão-de-obra indígena pela africana ocorreu, sobretudo, ao(s) seguinte(s) fator(res): I. falta de adaptação do indígena ao conceito de produção com intuito de acumulação. II. menor lucro advindo do tráfico negreiro em detrimento da escravização do indígena. III. decréscimo populacional indígena em virtude de epidemias e extermínios associados aos europeus. apenas I e III estão corretas. apenas I e II estão corretas. apenas III está correta. apenas II está correta. apenas I está correta. Explicação: O genocídio foi efetuado diante do estranhamento e resistênciadas diferentes tribos indígenas. Para, além disso as epidemias eram comuns devido ao contato comos portugueses. E o tráfico negreiro foi extremamente nlucrativo. para, além disso a cultura d eprodução não foi incorporada pelos indígenas diantes dos valorse que estavam sendo expostos, mas mantiveram-se de certa forma, uma cocnepção voltada pelo seu modo de vida. 1a Questão Uma das formas de organização estabelecidas entre os escravos era a chamada família extensa. Perdidos os laços africanos passavam a adotar táticas de criar conjuntos de laços amplos entre seus membros. Uma destas práticas é o: Clientelismo Pajelismo Ecumenismo Arrebatamento Apadrinhamento Explicação: Família extensa, foi uma forma muito interessante que desenvolveram em cima de uma ideia de família muito próxima daquela encontrada em diversas regiões africanas, devido ao rompimento pelo processo de escravização, encontrando no apadrinhamento e essa foi uma forma eficaz e legitima frente das autoridades, de reconstruírem a suas redes de parentesco. A resposta da questão está correta, pois atende ao que foi pedido no enunciado. 2a Questão Tal homem recebia o título de pajé ou de xamã e, graças à sua relação com forças sobrenaturais, ele gozava de posição de prestígio entre os seus, o que fazia deles um dos principais inimigos do movimento de catequese. Ainda que os missionários tentassem acabar com os poderes (simbólicos e políticos) que os pajés tinham, eles não conseguiam pois: A tradição do Pajé dizia que a mensagem dos missionários não era falsa, mas a ressignificação para o grupo, gerando sua irritação. Existiam um panteão e uma gama de rituais religiosos arraigados na identidade e organização dos grupos. Os missionários tinham como prática assassinar o pajé quando chegasse, criando um afastamento dos demais índios. O pajé conseguia materializar os espíritos da floresta, criando uma epifania sem igual no mundo cristão. Eles eram os guerreiros, então o fato dos brancos utilizarem seus serviços criava uma dúvida na divindade cristã. Explicação: Tal homem recebia o título de pajé ou de xamã e, graças à sua relação com forças sobrenaturais, ele gozava de posição de prestígio entre os seus, o que fazia deles um dos principais inimigos do movimento de catequese. Ainda que os missionários tentassem acabar com os poderes (simbólicos e políticos) que os pajés tinham, eles não conseguiram desconstruir o panteão e os rituais religiosos de muitas sociedades indígenas com as quais entraram em contato. Gabarito Coment. 3a Questão A religiosidade católica foi uma das principais caraterísticas da colonização portuguesa na América. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor aponta essa importância. A Igreja Católica foi o fundamento das relações sociais tecidas na América Portuguesa, sendo o catolicismo apropriado também pela cultura africana, que o utilizou como forma de resistência à dominação colonial. A Igreja Católica se destacou como protetora dos escravos negros e como algoz dos escravos indígenas. A Igreja Católica não acatou as ordens do Tribunal do Santo Ofício, o que transformou a América Portuguesa no refúgio ideal para os cristãos novos. A Igreja Católica se destacou como uma das instituições mais liberais da sociedade colonial, sendo a protetora tanto nos negros como dos índios. A atuação da Igreja Católica foi importante unicamente para a assistência dos mais pobres, o que aponta a caridade como a grande característica do catolicismo colonial. Explicação: A Igreja Católica foi uma das mais importantes instituições da história do Brasil. É possível armar que ela foi uma das responsáveis pela chegada dos portugueses no Novo Mundo, bem como por parte das políticas coloniais adotadas pela metrópole. Dito de outra forma, a colonização das Américas também era um movimento de conversão, de catequese dos autóctones do continente e, mais tarde, dos africanos escravizados que aqui chegavam. O fervor religioso chegou, inclusive, a colocar Igreja Católica e Coroa portuguesa em posições antagônicas (como no uso de indígenas como escravos). Dessa forma, todos os que habitassem a América portuguesa ¿ índios, africanos, portugueses, escravos e livres ¿ deveriam ser católicos. As intervenções da Inquisição durante o período colonial apontam que a Igreja levava a sério a obrigação de cuidar de seu e de assegurar que ninguém desviaria dos propósitos divinos. Gabarito Coment. 4a Questão As fugas que pretendiam negar a escravidão tinha como fim: Uma tentativa de alcançar uma vida diferente com um novo senhor. Uma alternativa de virar escravo de ganho na cidade. Uma alternativa para viver fora do cativeiro. Uma tentativa de subir para os morros e favelas, reduto onde eram protegidos. Uma alternativa tentando se alistar no exército brasileiro. Explicação: A fuga foi uma das formas mais utilizadas para resistir à escravidão, sendo uma estratégia de resistência tão frequente que os senhores utilizaram diferentes formas de lutar contra ela. Nas regiões rurais era comum que os senhores contratassem os capitães do mato ¿ homens especializados em recapturar escravos fugidos. Já nos grandes centros urbanos, a captura de escravos cava sob a incumbência da polícia. Os jornais das vilas e cidades eram repletos de anúncios feitos pelos senhores que não só denunciavam as escapadas dos escravos, como ofereciam a descrição física do fugitivo e muitas vezes algum tipo de recompensa para quem o encontrasse. Quando a captura do escravo fugido ocorria, os senhores costumavam aplicar castigos físicos violentos e obrigar o escravo a usar uma gargalheira que servia como símbolo de escravo fugido. No entanto, a despeito das punições, a fuga foi uma estratégia amplamente praticada por aqueles que viviam no cativeiro. 5a Questão Os membros de uma mesma irmandade criavam laços de amizade, parentesco e, sobretudo, solidariedade: muitas vezes, o padrinho de um recém-nascido era escolhido dentro da irmandade que os pais da criança faziam parte. Estas característica permitiam: O aparecimento dos primeiro movimentos de branqueamento, uma vez que as irmandades promoviam os casamentos de negros e brancos como base de sua política. O aparecimento de revoltas negras no Brasil, com uma grande confederação negra O entendimento de que a Igreja Católica havia mudado de lado e agora lutava pelo fim da escravidão O crescimento de associações e movimentos que lutavam contra a escravidão O crescimento de irmandades brancas, criadas para concorrer com as Igrejas dos negros e querendo manter sua hegemonia. Explicação: Já que os laços de parentesco originais haviam sido rompidos pelo processo de escravização, muitos cativos encontraram no apadrinhamento uma forma ecaz e legítima (frente os olhos dos senhores, da Igreja Católica e do Estado) de reconstruírem suas redes de parentesco. Escravos e libertos batizavam os lhos de seus companheiros sob o juramento de se responsabilizar pela criança caso algum incidente ocorresse com seus pais. O compadrio também foi utilizado como uma das estratégias na luta pela liberdade, tendo em vista que os padrinhos e madrinhas, principalmente os alforriados e livres, se comprometiam em empenhar-se pela obtenção da liberdade de seus alhados. Gabarito Coment. 6a Questão Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandadesnegras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Como? Executando comícios que defendiam o fim da escravidão e influenciaram boa parte da sociedade, como o Rio de Janeiro, primeiro local a serem libertados os escravos em 1860. Criando exércitos de Africanos para atacar os senhores. Criando um fundo de poupança para compra de escravos, assim esses passavam a ser escravos da irmandade e fazer serviços mais leves. Graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de credo, que tinham como fim comprar a alforria de um membro. Organizando a prática do colonato, em que o negro deixava de ser escravo e virava um colono do senhor, que se livrava dos seus custos. Explicação: Havia irmandades para cada categoria ocupacional, raça, nação ¿ sim, porque os escravos africanos e seus descendentes procediam de diferentes locais com diferentes culturas. As irmandades faziam mais que cultuar santos católicos e orixás, constituam-se em verdadeiras associações de classe, reservadas, que tinham por objetivo atender aos interesses de seus associados. A confraria sempre obrigou seus membros a colaborarem. Joias de entrada, anuidades, esmolas coletadas e outras formas de renda sempre foram usadas para as mais diversas finalidades: compra de alforria, realização de festejos, obrigações religiosas, pagamento de missas, caridade, vestuário etc. A resposta está correta, pois diversos escravos crioulos conseguiram obter sua liberdade graças a poupança feita pelos seus irmãos de credo e, assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava nova poupança para ajudar outra pessoa. 7a Questão As irmandades negras, criadas desde o período colonial, seguiam os mesmos preceitos religiosos das demais: todos os membros deveriam efetuar o pagamento da taxa anual ― dinheiro que seria revertido em festas, rituais fúnebres e missas das igrejas. A grande diferença dessas irmandades estava na condição de seus membros (a maioria eram escravos e/ou libertos) e o fato delas adorarem santos negros. Sobre as irmandades podemos afirmar que: enriqueceram a custa dos escravos. foram importantes formas de resistência. Foram o embrião do desenvolvimento da Umbanda. não funcionaram no auxílio aos negros. Eram organizadas nos quilombos. Explicação: Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova poupança para ajudar outra pessoa. Donde se conclui, que elas eram importante uma forma de resistência. Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. Também era nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era um momento de grande prestígio frente a seus companheiros. A devoção de escravos e libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São Elesbão e Santa Egênia terem sido construídas na região central da cidade. 8a Questão De que forma o sincretismo religioso pode ser entendido como forma de resistência? O sincretismo religioso era a forma pela qual os escravos se recusavam a passar pela catequese. O sincretismo religioso é o processo em que há o total abandono das práticas religiosas e culturais natais pelas populações escravas, que assumem por completo a religião e a cultura do colonizador. O sincretismo religioso consiste na introdução de elementos das culturas indígena e negra na religião oficial católica, uma vez que eram proibidos de praticar sua própria religião abertamente, mesclavam- na com o catolicismo. O sincretismo religioso foi a maneira que índios e africanos encontraram para manter plenamente puras suas religiões. O sincretismo religioso era a forma pela qual os colonizadores obrigavam indígenas e negros a se converterem ao catolicismo. Explicação: Primeiro é importante conceituar sobre o sincretismo por se tratar de um termo bastante complexo, se não existir um conhecimento prévio das religiões e elementos que o compõem. Em se tratando da questão proposta, a resposta sinalizada está correta, pois mostra exatamente o sincretismo como a fusão de diferentes doutrinas para a formação de uma nova, o sincretismo mantém características típicas de todas as suas doutrinas-base, sejam rituais, superstições, processos, ideologias e etc. 1a Questão De modo geral, a escravidão nunca se estabeleceu sem ter a resistência do grupo subjugado. No caso do negro africano é possível identificar as seguintes formas de resistências: jurídica, religiosa e quilombos quilombos, jurídica, banzo banzo, quilombos e religiosa partidária, religiosa e quilombos religiosa, voluntária, individual Explicação: Banzo Estado de depressão profunda que pode levar à morte. Quilombos Em muitos casos, as fugas coletivas acabam transformando-se em uma outra forma de resistência à escravidão: os quilombos também conhecidos como mocambos – comunidades formadas por escravos fugidos. Nessas comunidades, os escravos refaziam suas vidas a margem cativeiro. Lá, construíam famílias, estabeleciam laços de amizade, plantavam, criavam animais e chegavam a comercializar com povos indígenas que habitavam as redondezas ou, então, com os vilarejos próximos. Religiosa Revolta dos Malês Esse movimento, que teve a participação de escravos e libertos africanos de diferentes origens, guarda a particularidade de ter comportado um grande número de africanos nagôs na sua organização. Os nagôs eram africanos muçulmanos e por isso muitos deles sabiam ler e escrever em uma época em que a maioria dos homens brancos e livres não sabia assinar o próprio nome. Após diversos encontros e reuniões marcados em becos ou em casas sublocadas da cidade, a revolta foi marcada para o dia 25 de janeiro de 1835, dia de Nossa Senhora da Guia. A data foi especialmente escolhida porque as festas religiosas permitiam que os escravos pudessem andar com mais facilidade pelas ruas de Salvador, o que despistaria as autoridades. No entanto, na noite anterior, a revolta foi delatada para a polícia que imediatamente iniciou a busca pelos revoltosos: diversas patrulhas foram colocadas nas ruas e depois de algumas buscas os policiais encontraram sessenta africanos reunidos no porão de um sobrado. Pegos de surpresa, os africanos tiveram que antecipar o momento da batalha e saíram às ruas chamando os demais escravos para a luta. Embora o número de escravos que aderiu à luta tivesse sido alto, as autoridades (que estavam preparadas) conseguiram controlar o levante. Depois do reconhecimento dos principais líderes ― três escravos e dois libertos, todos africanos ―, os revoltosos receberam diferentes punições. Os líderes do movimento foram fuzilados, diversos africanos livres foram deportados para a África e a maioria dos escravos foi açoitada em praça pública e depois entregue aos seus senhores. Mesmo com um desfecho trágico para seus participantes, o levante dos Malês fez com que as autoridades redobrassem sua atenção e o controle sobre a população escrava, sobretudona província da Bahia. 2a Questão A combinação de crenças dos tupinambás no paraíso terrestre, com a hierarquia e os símbolos do cristianismo deu origem a qual movimento de resistência? Irmandades Missões Quilombos Santidade Revoltas Explicação: O enunciado da questão, sinaliza a combinação de crenças dos tupinambás no paraíso terrestre, com a hierarquia e os símbolos do cristianismo dando origem ao movimento de resistência. Essa combinação se dá através do sincretismo entre os dizeres e propósitos cristãos com as crenças e práticas religiosas indígenas originou-se a ¿Santidade¿ (nome dado pelos portugueses). Esse fenômeno era um culto sincrético e messiânico, no qual os índios questionavam o Deus católico e posicionavam-se contra os senhores brancos. Segundo Schwartz e Vainfas, esse movimento era uma combinação de crenças dos tupinambás no paraíso terrestre, com a hierarquia e os símbolos do cristianismo. Havia o culto em ídolos com poderes sagrados feitos de cabaça e pedra que, segundo os seguidores, dotariam os éis de força para lutar contra os brancos. Esses ¿santos¿ teriam ainda poder de vitalizar os idosos ou fazer as enxadas trabalhares sozinhas. Para tanto, era necessário entoar cantos e realizar cerimônias que podiam durar dias seguidos (regados do alto consumo de bebidas alcóolicas e infusão de tabaco), muitas vezes levando os eis ao estado de transe. O mais interessante é reconhecer as contribuições católicas deste movimento. Além dos ídolos receberem o nome de santos, os líderes do movimento proclamavam-se como ¿papas¿, chegando a nomear bispos e organizar os ¿missionários¿, que tinham a incumbência de difundir o culto em outras localidades. Houve até mesmo um caso no qual os seguidores da Santidade criaram uma igreja destinada ao culto de ¿Maria¿. (SCHWARCTZ:1993, 54-55) Gabarito Coment. 3a Questão Os indígenas causaram muito espanto aos colonizadores por seus hábitos diferentes e considerados inferiores. Com relação à religião, sobretudo, havia um grande desconforto dos europeus em virtude das crenças que eles professavam. Sobre a religião dos indígenas é correto afirmar que: I - Eram politeístas e suas divindades eram representações de forças da natureza. II - Eram adeptos da poligamia visto que não existia qualquer interdição moral a esta prática. III - Eram facilmente convertidos pelos jesuítas. Apenas a opção II está correta. Apenas a opção II e III estão corretas. Apenas a opção I está correta. Apenas a opção III está correta. Apenas a opção I e II estão corretas. Explicação: A aproximação entre portugueses e indígenas foi marcada por muitos confrontos. Uma das principais questões era a diferença entre as religiões professadas por um e outro. Os portugueses buscavam a conversão forçada por não respeitar as peculiaridades do outro. São pontos que merecem destaque em relação ao sistema de crença indígena o politeísmo, onde os deuses eram representados por forças da natureza e ainda, a inexistência de interdições morais a práticas como a poligamia e, e entre algumas tribos, à antropofagia. 4a Questão Uma alternativa que muitos escravos encontraram não só para construir suas famílias extensas, mas também para lutar pela liberdade, se deu através da filiação às: Associações de Moradores dos Subúrbios Irmandades negras católicas Associações islâmicas criadas no Brasil Fileiras do exército brasileiro Macumba criada nos Quilombos Explicação: Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova poupança para ajudar outra pessoa. Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. Também era nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era um momento de grande prestígio frente a seus companheiros. A devoção de escravos e libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São Elesbão e Santa Egênia terem sido construídas na região central da cidade. 5a Questão O filme Cafundó (2004) de Paulo Betti e Clóvis Bueno é baseado em fatos reais e trata sobre uma experiência de sincretismo religioso desenvolvida em Sorocaba, estado de São Paulo, durante o século XIX. Cafundó é inspirado em um personagem real saído das senzalas do século XIX. Um tropeiro, ex-escravo, deslumbrado com o mundo em transformação e desesperado para viver nele. Este choque leva-o ao fundo do poço. Derrotado, ele se abandona nos braços da inspiração, alucina-se, ilumina-se, é capaz de ver Deus. Uma visão em que se misturam a magia de suas raízes negras com a glória da civilização judaico-cristã. Sua missão é ajudar o próximo. Ele se crê capaz de curar, e acaba curando. O triunfo da loucura da fé. Sua morte, nos anos 40, transforma-o numa das lendas que formou a alma brasileira e, até hoje, nas lojas de produtos religiosos, encontramos sua imagem, O Preto Velho João de Camargo. Sobre o sincretismo religioso, qual das afirmativas abaixo está correta: No sincretismo religioso existe o abandono total das práticas religiosas e culturais natais das populações escravas e indígenas. No processo de sincretismo religioso ocorre a introdução de elementos das culturas indígena e negra na religião oficial católica. Assim proibidos de praticar sua própria religião abertamente, os escravos mesclavam sua religião com o catolicismo. Com o sincretismo religioso os colonizadores obrigavam indígenas e negros a se converterem ao catolicismo. O sincretismo religioso significa manter plenamente puras suas religiões. Por conta do sincretismo religioso os escravos se recusavam a passar pela catequese. Explicação: O sincretismo religioso consiste na introdução de elementos das culturas indígena e negra na religião oficial católica, uma vez que eram proibidos de praticar sua própria religião abertamente, mesclavam-na com o catolicismo. 6a Questão Muitos senhores e a própria Igreja Católica viam com bons olhos a formação das irmandades negras, pois: acreditavam que essa era mais uma forma de controlar a população liberta, já que esses homens negros passariam a ser o maior temor da sociedade tentando construir um país negro na América do sul, como a feita no Haiti. acreditavam que essa era mais uma forma de controlar a população escrava e liberta, já que esses homens negros, continuariam sobre as ordem de um homem branco, senhor absoluto da irmandade, que era o padre. acreditavam que essa era mais uma forma de controlar a população escrava, já que essas associações pregavam a aceitação da condição de escravos como parte de um plano de Deus. acreditavam que essa era mais uma forma de controlar a população escrava e liberta, já que esses homens negros passariam a compartilhar a mesma religião que seus proprietários ou ex-senhores acreditavam que essa era mais uma forma de controlar a população branca, já que esses homens não aceitavama libertação de grupos de escravos e os agrediam na rua, e agora passariam a compartilhar a mesma religião dos negros e vê-los como irmãos. Explicação: O enunciado já indica que alguns senhores e a Igreja Católica viam com bons olhos a formação das irmandades negras. É importante lembrar que Portugal já incentivava a formação delas em todas as suas colônias, onde haviam populações de origem africana. Essas irmandades iam além das práticas religiosas, pois eram comunidades que reforçavam a integração social e contribuíram fundamentalmente para o sincretismo religioso no Brasil. Fica evidente que a havia os dois lados, a dos senhores e Igreja que acreditavam que controlaria melhor o negro por compartilharem da mesma religião, já para os negros foi um espaço onde podiam reviver as suas raízes, sendo uma forma de resistência. Portanto, a única resposta que atende é a primeira, pois sinaliza que a formação dessas irmandades era mais uma forma de controlar a população escrava e liberta, já que esses homens negros passariam a compartilhar a mesma religião que seus proprietários ou ex- senhores. 7a Questão Pertencer a uma Irmandade negra significava: obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção nos quilombos e ajuda para a compra da carta de alforria: obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra os maltratos de seus senhores e ajuda para a compra da carta de alforria; obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra fugas e ajuda para a compra da carta de alforria; obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra os maltratos de seus senhores e recebimento da carta de alforria em cinco anos; Obter ajuda para os necessitados, assistência aos doentes, visita aos prisioneiros, concessão de dotes, proteção contra os maltratos de seus senhores e ajuda para fugir dos senhores. Explicação: Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova poupança para ajudar outra pessoa. Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. Também era nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era um momento de grande prestígio frente a seus companheiros. A devoção de escravos e libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São Elesbão e Santa Egênia terem sido construídas na região central da cidade. Gabarito Coment. 8a Questão Tendo como base os estudos relativos à resistência de indígenas, africanos e afrodescendentes ao sistema escravista através da religião, examine as afirmações abaixo. II Embora os africanos que foram trazidos ao Brasil fossem de diferentes povos e culturas, no Brasil, as condições de opressão vigentes na colônia permitiu exclusivamente a formação do Candomblé, religião que congregou as diferentes manifestações culturais originárias na África. Diante das afirmações acima, marque a alternativa certa. a) Todas as alternativas estão corretas. b) As alternativas I e II estão incorretas. III As irmandades eram associações religiosas que foram organizadas com frequência no período colonial da História do Brasil e era dividida entre as chamadas "Terceiras Ordens", de origem cristã, e as "irmandades de santo", reunidas em torno entidades africanas. I Existiu um numeroso grupo de africanos islamizados que foram trazidos para o Brasil como escravos e que fizeram o possível para encontrar outros muçulmanos e cultivar suas tradições e costumes em um ambiente dominado pelo catolicismo. c) As alternativas I e III estão incorretas. d) As alternativas II e III estão incorretas e) Todas as alternativas estão incorretas. Explicação: Erro da alternativa II: foram edificadas várias religiões de origem africana, tais como o Vodu e a Umbanda. Erro da alternativa III: não era possível organizar uma irmandade de orientação afrodescendente. 1a Questão Os movimentos de resistência africana à escravidão foram constantes ao longo da história brasileira. Acerca deles podemos afirmar que: I - Oscilavam entre movimentos ativos como fuga, assassinatos e passivos, negligência com o trabalho. II - Foram mais intensos a partir do século XX, com a ascensão do Abolicionismo. III - Não auxiliaram em nada os escravos no tange a melhorias de suas condições de trabalho. Todas estão corretas. Apenas III está correta. Apenas I e II estão corretas. Apenas II está correta. Apenas I está correta. Explicação: Em relação aos movimentos de resistência dos escravos de origem africana no Brasil podemos observar que variavam entre atos concretos, ou seja, fugas, assassinatos de feitores, formação de quilombos ou de resistência passiva, negligência no trabalho, boicote das atividades. Estes movimentos foram fundamentais para mudar a realidade da escravidão ao longo dos séculos. O Abolicismo foi importante para intensificar estas práticas e data do século XIX. Desta forma, apenas a opção I está correta. 2a Questão A resistência foi uma constante na vida de índios escravizados. Como exemplos de resistência indígena podemos citar: Antropofagia, isolamento e casamento com os brancos; Isolamento, catequese e enfrentamento aberto; Isolamento, antropofagia e fugas. Catequese, fugas e rejeição da religião europeia; Enfrentamento aberto, canibalismo e adoção total dos costumes europeus; Explicação: Muitas aldeias indígenas foram interiorizando sua localização para resistir aos portugueses. Através da luta e do costume antropofágico os indígenas assustavam os portugueses. A fuga dos locais de escravidão foi utilizada por índios e africanos. Gabarito Coment. 3a Questão Os africanos possuíam uma forma de religiosidade bastante distinta da imposta pelos colonos europeus. Para preservar alguns elementos dessa religiosidade eles empregaram uma forma de "camuflá-la" denominada: conversionismo. aderentismo. hibridismo sincretismo mutualismo Explicação: O Brasil colonial foi palco de umas séries de conflitos pelo modo como os portugueses ocuparam as nossas terras, e em contato com povos tão diferentes em uma terra que não era nativa de qualquer um dos envolvidos acaba por dar origem a um movimento de adaptação cultural complexo. Com relação aos negros, ficou claro que entenderam que precisam camuflar, isto é, escondendo os seus cultos dentro da religião católica, gerando uma nova religião, dessa forma ficava preservada a sua ideologia para que não fosse cruelmente reprimida pela política obrigatória da religião católica e de alguma maneira. Concluindo essa saída foi estratégica, paradespistar a sua associação com as divindades africanas às santidades europeias. Sendo também uma forma de RESISTÊNCIA. É dessa forma que se justifica a resposta da questão, pois, foi graça ao SINCRETISMO que os negros puderam manter características típicas de suas doutrinas-base, sejam rituais, superstições, processos, ideologias e etc. Gabarito Coment. 4a Questão ¿Reconhecem-se todos obedientes a um que se chama o Ganga Zumba, que quer dizer senhor grande; a este têm por seu Rei e Senhor [...] todos os que chegam a sua presença põem logo o joelho no chão e batem as palmas das mãos em sinal de seu reconhecimento e protestação de sua excelência; [ a cidade de Macaco] está fortificada por um cerco de pau-a-pique [...] e pela parte de fora toda se semeia de armadilhas de ferro e de covas tão ardilosas que perigará nelas a maior vigilância; ocupa esta cidade dilatado espaço, formado de mais de 1.500 casas.¿ O fragmento acima explica parte do funcionamento do Quilombo de Palmares sobre a autoridade de Ganga Zumba. Desta citação podemos aferir que: I - Ganga Zumba era a autoridade local e respeitado por todos. II - Este fragmento expressa a organização do quilombo baseada, provavelmente, na descrição de um estrangeiro. III - O texto apresenta o Quilombo como um espaço organizado e formado por um grupo bem grande. Apenas II está correta. Apenas I e II estão corretas. Todas estão corretas. Apenas III está correta. Apenas I está correta. Explicação: Não dispomos de descrições sobre os quilombos deixadas pelos próprios habitantes. Sua história foi contada pelos vencedores, não pelos vencidos. Pela descrição percebemos que a comunidade era bem organizada e havia uma liderança, Ganga Zumba, identificada com um monarca, um rei. 5a Questão "Os povos indígenas integrados à administração portuguesa na colônia, como aliados, tornaram-se índios aldeados e, como súditos cristãos do Rei, passaram a desempenhar diferentes papéis na nova sociedade em formação. Pouco valorizados em nossa historiografia, cuja perspectiva assimilacionista apresenta sua trajetória como um processo de perdas culturais contínuas, é surpreendente encontrá-los no século XIX, afirmando sua identadidade (...)" (ALMEIDA, Maria Regina Celestino.Os índios aldeados. Revista Tempo, p.51.) Segundo seus estudos, qual seria a melhor interpretação para a passagem acima: os índios assimilados foram determinantes para o sucesso da dominação colonial no Brasil porque atacavam seus iguais. os índios assimilados pela administração portuguesa foram continuamente atacados pelos seus iguais. os índios integrados à administração portuguesa foram interpretados pela historiografia tradicional como assimilados e sempre foram subestimados. os índios integrados à administração portuguesa nunca foram interpretados pela historiografia como aculturados. os índios assimilados foram de pouca utilidade no empreendimento colonial português porque atacavam seus iguais o que gerava revolta por parte da população. Explicação: A historiografia tradicional brasileira sempre negligenciou e subestimou os indígenas integrados à administração portuguesa visto que eram considerados como assimilados e, por conta disso, "índios" que não preservaram e guardaram suas raízes. 6a Questão As festas tinham uma função específica na sociedade brasileira. Para os escravos foi algo ainda mais intenso. As festas dos padroeiros era um dos poucos momentos em que havia liberdade para se reunir e festejar. Sobre estas festas temos que destacar o papel da(o): Governador Geral que fazia o édito de comemoração Igreja protestante Candomblé Igreja Católica Coroa que fazia comemorações nacionais Explicação: A festa era uma das formas que os negros encontraram de integrarem à sociedade. Desta maneira podiam expressar sua devoção, sua religião e ao mesmo tempo contribuíam para sua aceitação na sociedade. Essas festividades reuniam negros e mestiços, escravos libertos, na comemoração do Santo Padroeiro. Era um dos poucos momentos em que eles tinham a liberdade de se reunir e festejar, pois, essas festividades tinham o apoio da Igreja. A resposta se justifica porque a Igreja Católica detinha todo o poder, impunha os seus valores religiosos e se dependesse dela, todos deveriam se integrar ao catolicismo como forma de controle. Gabarito Coment. 7a Questão A população indígena resistiu de forma consistente à escravidão e à assimilação cultural promovida pelos portugueses. Sobre a prática da resistência indígena é correto afirmar que: I- as populações indígenas tentaram a todo custo não ter sua cultura assimiliada pelos portugueses e também, não assimilar o que lhes era passado. Foram bem sucedidos neste propósito. II - as populações indígenas mais afastadas do contato europeu conseguiram preservar elementos de sua cultura de forma mais consistente. III - A Igreja Católica auxiliou na preservação da cultura indígena devido ao respeito e tolerância religiosa que promovia. Apenas I e II estão corretas. Apenas I está correta. Apenas III está correta. Apenas II e III estão corretas. Apenas II está correta. Explicação: A população indígena que conseguiu preservar significativo afastamento geográfico dos grupos colonizadores preservou de forma mais consistente seus valores e costumes. A aproximação física levou à prática assimilacionista promovida por portugueses e pela Igreja Católica. A Igreja impunha seu credo e não respeitava os elementos religiosos dos povos indígenas. 8a Questão "Convém lembrar que, no imaginário e na expressão artística afro-brasileira, os orixás costumam ser caracterizados com atributos de santos católicos, quase todos brancos, como por exemplo o guerreiro romano, pelo qual Ogum é representado em muitos candomblés. Vários outros orixás são também caracterizados assim. Além disso o calendário da maior parte dos cultos afro- -brasileiros, como não podia ter sido diferente, é construído basicamente em cima do calendário ocidental cristão." O texto menciona a questão do sincretismo utilizado de forma sistemática pelos nativos e afrodescentes ao longo do período colonial. Relacionando o texto e seu conhecimento prévio podemos aferir que: I - O sincretismo foi uma forma de resistência cultural utilizada pelas populações oprimidas. II - Os africanos e afrodescendentes associavam os orixás a santos católicos como forma de "disfraçar" suas práticas. III - O calendário afrodescendente foi associado ao calendário cristão. Apenas I, II e III estão corretas. Apenas I está correta. Apenas II está correta. Apenas I e III estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Explicação: O sincretismo foi uma forma das populações indígenas e africanas ou afrodescendentes resistirem à assimilação cultural exercida pelos portugueses. Eles associavam os orixás aos santos católicos como forma de camuflar suas práticas e evitar a perseguição. Além disso, preservavam parte de sua cultura. 1a Questão A Igreja Católica era uma das instituições mais importantes da colônia brasileira. Sobre a sua relação com os negros podemos lembrar que: Os africanos, por não terem alma, não passaram até o século XIX pelo crivo da Igreja Católica. Os africanos eram organizados por regiões de proveniência. Seguidores do Islão eram exorcizados em praça pública, e os animistas recebiam o catecismo. Os africanos eram convertidosa força, em cerimônias de casamento públicas e sendo vendidos sempre em par. Os africanos recém-chegados eram batizados e recebiam um nome cristão que deveria levar até sua morte Os africanos antes de serem vendidos eram encaminhados para Igreja, fazendo sua catequese e depois seguiam para venda. Explicação: Havia uma preocupação da Igreja católica em fazer com que os negros e índios se convertessem a fé, além disso, havia uma confusão entre a conquista da fé e a preocupação com a expansão econômica. A conversão ao cristianismo se confundia com a submissão à coroa, aceitar o evangelho era o mesmo que aceitar a submissão. Muitos ao serem capturados já eram batizados na África ou ao chegar nos portos brasileiros, além disso, recebiam um nome e que deveriam carregar até a morte, após todo esse ritual, eram vendidos e levados para os engenhos de açúcar. 2a Questão A religião foi utilizada pelas populações nativas e afrodescendentes como forma de resistência ao domínio colonial. O termo utilizado para identificar a mescla de elementos da religião católica com aquelas praticadas pelas populações oprimidas é: Absorção. Aculturação. Aculturamento. Socialização. Sincretismo. Explicação: As populações nativas e afrodescendentes buscaram manter sua cultura através de um processo denominado de sincretismo. 3a Questão A religiosidade católica foi uma das principais caraterísticas da colonização portuguesa na América. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor aponta essa importância. A Igreja Católica se destacou como uma das instituições mais liberais da sociedade colonial, sendo a protetora tanto nos negros como dos índios. A Igreja Católica se destacou como protetora dos escravos negros e como algoz dos escravos indígenas. A Igreja Católica não acatou as ordens do Tribunal do Santo Ofício, o que transformou a América Portuguesa no refúgio ideal para os cristãos novos. A Igreja Católica foi o fundamento das relações sociais tecidas na América Portuguesa, sendo o catolicismo apropriado também pela cultura africana, que o utilizou como forma de resistência à dominação colonial. A atuação da Igreja Católica foi importante unicamente para a assistência dos mais pobres, o que aponta a caridade como a grande característica do catolicismo colonial. Explicação: A Igreja Católica foi uma das mais importantes instituições da história do Brasil. É possível armar que ela foi uma das responsáveis pela chegada dos portugueses no Novo Mundo, bem como por parte das políticas coloniais adotadas pela metrópole. Dito de outra forma, a colonização das Américas também era um movimento de conversão, de catequese dos autóctones do continente e, mais tarde, dos africanos escravizados que aqui chegavam. O fervor religioso chegou, inclusive, a colocar Igreja Católica e Coroa portuguesa em posições antagônicas (como no uso de indígenas como escravos). Dessa forma, todos os que habitassem a América portuguesa ¿ índios, africanos, portugueses, escravos e livres ¿ deveriam ser católicos. As intervenções da Inquisição durante o período colonial apontam que a Igreja levava a sério a obrigação de cuidar de seu e de assegurar que ninguém desviaria dos propósitos divinos. Gabarito Coment. 4a Questão Uma das formas de organização estabelecidas entre os escravos era a chamada família extensa. Perdidos os laços africanos passavam a adotar táticas de criar conjuntos de laços amplos entre seus membros. Uma destas práticas é o: Ecumenismo Clientelismo Arrebatamento Pajelismo Apadrinhamento Explicação: Família extensa, foi uma forma muito interessante que desenvolveram em cima de uma ideia de família muito próxima daquela encontrada em diversas regiões africanas, devido ao rompimento pelo processo de escravização, encontrando no apadrinhamento e essa foi uma forma eficaz e legitima frente das autoridades, de reconstruírem a suas redes de parentesco. A resposta da questão está correta, pois atende ao que foi pedido no enunciado. 5a Questão As irmandades negras, criadas desde o período colonial, seguiam os mesmos preceitos religiosos das demais: todos os membros deveriam efetuar o pagamento da taxa anual ― dinheiro que seria revertido em festas, rituais fúnebres e missas das igrejas. A grande diferença dessas irmandades estava na condição de seus membros (a maioria eram escravos e/ou libertos) e o fato delas adorarem santos negros. Sobre as irmandades podemos afirmar que: não funcionaram no auxílio aos negros. enriqueceram a custa dos escravos. Eram organizadas nos quilombos. Foram o embrião do desenvolvimento da Umbanda. foram importantes formas de resistência. Explicação: Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova poupança para ajudar outra pessoa. Donde se conclui, que elas eram importante uma forma de resistência. Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. Também era nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era um momento de grande prestígio frente a seus companheiros. A devoção de escravos e libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São Elesbão e Santa Egênia terem sido construídas na região central da cidade. 6a Questão Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Como? Criando exércitos de Africanos para atacar os senhores. Executando comícios que defendiam o fim da escravidão e influenciaram boa parte da sociedade, como o Rio de Janeiro, primeiro local a serem libertados os escravos em 1860. Criando um fundo de poupança para compra de escravos, assim esses passavam a ser escravos da irmandade e fazer serviços mais leves. Graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de credo, que tinham como fim comprar a alforria de um membro. Organizando a prática do colonato, em que o negro deixava de ser escravo e virava um colono do senhor, que se livrava dos seus custos. Explicação: Havia irmandades para cada categoria ocupacional, raça, nação ¿ sim, porque os escravos africanos e seus descendentes procediam de diferentes locais com diferentes culturas. As irmandades faziam mais que cultuar santos católicos e orixás, constituam-se em verdadeiras associações de classe, reservadas, que tinham por objetivo atender aos interesses de seus associados. A confraria sempre obrigou seus membros a colaborarem. Joias de entrada, anuidades, esmolas coletadas e outras formas de renda sempre foram usadas para as mais diversas finalidades: compra de alforria, realização de festejos, obrigações religiosas, pagamento de missas, caridade, vestuário etc. A resposta está correta, pois diversos escravos crioulos conseguiram obter sua liberdade graças a poupançafeita pelos seus irmãos de credo e, assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava nova poupança para ajudar outra pessoa. 7a Questão Os membros de uma mesma irmandade criavam laços de amizade, parentesco e, sobretudo, solidariedade: muitas vezes, o padrinho de um recém-nascido era escolhido dentro da irmandade que os pais da criança faziam parte. Estas característica permitiam: O crescimento de irmandades brancas, criadas para concorrer com as Igrejas dos negros e querendo manter sua hegemonia. O crescimento de associações e movimentos que lutavam contra a escravidão O aparecimento dos primeiro movimentos de branqueamento, uma vez que as irmandades promoviam os casamentos de negros e brancos como base de sua política. O aparecimento de revoltas negras no Brasil, com uma grande confederação negra O entendimento de que a Igreja Católica havia mudado de lado e agora lutava pelo fim da escravidão Explicação: Já que os laços de parentesco originais haviam sido rompidos pelo processo de escravização, muitos cativos encontraram no apadrinhamento uma forma ecaz e legítima (frente os olhos dos senhores, da Igreja Católica e do Estado) de reconstruírem suas redes de parentesco. Escravos e libertos batizavam os lhos de seus companheiros sob o juramento de se responsabilizar pela criança caso algum incidente ocorresse com seus pais. O compadrio também foi utilizado como uma das estratégias na luta pela liberdade, tendo em vista que os padrinhos e madrinhas, principalmente os alforriados e livres, se comprometiam em empenhar-se pela obtenção da liberdade de seus alhados. Gabarito Coment. 8a Questão De que forma o sincretismo religioso pode ser entendido como forma de resistência? O sincretismo religioso consiste na introdução de elementos das culturas indígena e negra na religião oficial católica, uma vez que eram proibidos de praticar sua própria religião abertamente, mesclavam-na com o catolicismo. O sincretismo religioso foi a maneira que índios e africanos encontraram para manter plenamente puras suas religiões. O sincretismo religioso era a forma pela qual os colonizadores obrigavam indígenas e negros a se converterem ao catolicismo. O sincretismo religioso era a forma pela qual os escravos se recusavam a passar pela catequese. O sincretismo religioso é o processo em que há o total abandono das práticas religiosas e culturais natais pelas populações escravas, que assumem por completo a religião e a cultura do colonizador. Explicação: Primeiro é importante conceituar sobre o sincretismo por se tratar de um termo bastante complexo, se não existir um conhecimento prévio das religiões e elementos que o compõem. Em se tratando da questão proposta, a resposta sinalizada está correta, pois mostra exatamente o sincretismo como a fusão de diferentes doutrinas para a formação de uma nova, o sincretismo mantém características típicas de todas as suas doutrinas-base, sejam rituais, superstições, processos, ideologias e etc. 1a Questão Marque entre as opções abaixo aquela que apresenta um exemplo de rebelião indígena contra a escravidão. Quilombo de Palmares. Revolta de Vila Rica. Confederação dos Tamoios. Inconfidência Mineira. Guerra de Canudos. Explicação: A história brasileira está repleta de outras tentativas de resistência indígena. Ainda no século XVI é possível destacar a Guerra dos Aimorés (1555-1673) e a Guerra dos Potiguares (1586-1599). Na centúria seguinte ocorreram o Levante dos Tupinambás (1617-1621) e a Confederação dos Cariris (1686-1692). Esses são apenas alguns exemplos de que os grupos indígenas não caram passivos ao processo de escravização dos colonos portugueses e que, em muitos casos, zeram da luta coletiva sua principal arma de resistência Gabarito Coment. 2a Questão Do ponto de vista do índio e do negro, o que representava ser ou não convertido? Significava enriquecimento, pois uma vez convertidos passavam a receber ajuda financeira constante do Vaticano. Significava a garantia de que a Igreja católica negociaria sua alforria. Significava vingança pois negros e índios podiam aprender os principais pontos do conhecimento do dominador visando a destituição do mesmo(o dominador). Significava que ao converterem-se, índios e negros passavam a gozar de certa proteção por parte da Igreja, era comum a intervenção de representantes dessa Instituição em castigos tidos como cruéis ou exagerados e, no caso dos negros, pertencer a uma Irmandade religiosa significava muitas vezes obter ajuda na compra de alforrias, garantia de funeral e enterro e, auxílio a esposa e/ou filhos menores após o falecimento do escravo homem. Significava a salvação, pois uma vez entrando em contato com os ensinamentos cristãos puderam aprimorar suas vidas. Explicação: Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova poupança para ajudar outra pessoa. Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. Também era nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era um momento de grande prestígio frente a seus companheiros. A devoção de escravos e libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São Elesbão e Santa Egênia terem sido construídas na região central da cidade. 3a Questão A Lei Eusébio de Queirós visava, a partir de 1850: permitir legalmente a eutanásia extinguir o tráfico negreiro regularizar a prática do aborto implantar o divórcio em substituição ao desquite extinguir o casamento religioso Explicação: Para além da aprovação da lei, a pressão inglesa foi importante para que ela fosse de fato seguida. Os proprietários – de terras e de escravos – dependiam do tráfico, pois, segundo Boris Fausto, pouco se preocupavam com a sua reprodução. O mercado interno de escravos era sustentado muito mais pelo tráfico que pela sua reprodução em terras brasileiras. Desta forma em poucos anos o número de cativos seria insuficiente para o trabalho nas fazendas – especialmente as de café. 4a Questão A resistência contra a escravização vem desde o início da colonização, através de formas variadas: As formas ativas podem ser exemplificadas pela negociação. As formas passivas eram fugas isoladas, assassinato de senhores e feitores, formação de quilombos, revoltas rurais e urbanas Os quilombos eram aldeamentos compostos principalmente por negros que fugiam dos latifúndios, passando a viver comunitariamente. O suicídio não pode ser considerado uma forma de resistência. A religiosidade nunca foi usada como forma de resistência por índios e afrodescendentes. Explicação: Em muitos casos, as fugas coletivas acabam transformando-se em uma outra forma de resistência à escravidão: os quilombos também conhecidos como mocambos – comunidades formadas porescravos fugidos. Nessas comunidades, os escravos refaziam suas vidas a margem cativeiro. Lá, construíam famílias, estabeleciam laços de amizade, plantavam, criavam animais e chegavam a comercializar com povos indígenas que habitavam as redondezas ou, então, com os vilarejos próximos. 5a Questão "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente" (ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982, p. 89) Analisando a assertiva acima, podemos concluir que: I - A escravização dos negros africanos fez com que os indígenas não fossem mais explorados. II - Muito utilizada na Região Nordeste, a escravidão africana teve um papel menor na exploração das minas de metais e pedras preciosas. III - As condições de vida e exploração dos africanos, apesar de cruéis, não eram criticadas pelos jesuítas. Apenas III está correta. Apenas II e III estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Apenas I está correta. Apenas I e III estão corretas. Explicação: O texto fala sobre as condições de vida dos africanos atribuindo a eles um significativo peso no processo de produção do período colonial. Justamente por esta importância, não havia limite para sua exploração e nem mesmo a Igreja, que defendia a população indígena desta situação, se manifestava sobre os problemas dos africanos. 6a Questão No ano de 1996, foram comecorados os 300 anos da morte de Zumbi, o líder maior do Quilombo de Palmares. Segundo as historiadoras Elza Nadai e Joana Neves, "o século XVI foi marcado por uma guerra sem tréguas aos quilombos de Palmares". Sobre a resistência negra à escravidão no Brasil, é correto afirmar que: além das revoltas e dos quilombos, os escravos cometiam assassinatos, crimes, suicídios, mutilações e outras formas de resistir à condição de escravo; com exceção do quilombo de Palmares, a única forma de resistência encontrada pelos escravos foi o sincretismo religioso, em que conseguiam praticar sua religião ancestral; os quilombos, centros de resistência negra que se constituíam nos matos e nas florestas, não mantinham qualquer contato com as populações das vilas e reproduziam fielmente a estrutura social das tribos da África; a fuga era a única saída para os quilombos auxiliados pelos jesuítas. a única vez em que os negros escravos se insurgiram contra a escravidão foi sob a liderança de Zumbi, que organizou a comunidade de Palmares; Explicação: A resistência dos africanos e descendentes à escravidão foi sistemática, Por vezes recorriam a fugas, formação de quilombos, assasssinato de senhores e feitores, procrastinação no trabalho e suícídios. Gabarito Coment. 7a Questão As comunidades quilombolas eram locais de resistência africana à prática da escravidão. Dentre os quilombos mais duradouros podemos citar o de: Negro Cosme. Urubu. Capela. Manuel Congo. Palmares. Explicação: Os africanos e descendentes escravizados no Brasil organizaram dezenas de comunidades quilombolas como forma de resistência. Dentre os quilomnos mais famosos e mais longevos (duradouros) é correto identificar o Quilombo de Palmares. 8a Questão Os africanos no Brasil encontraram várias formas de manifestar seu inconformismo diante da escravidão. Dentre as formas mais usuais podemos citar: I - Fugas, suicídios, infanticídios. II - Formação de quilombos. III - Estabelecimento de associações de auxílio mútuo como sindicatos, só que clandestinos. apenas I e III estão corretas. apenas I e II estão corretas. apenas I está correta. apenas III está correta. apenas II está correta. Explicação: Índios e afro-descendentes empreenderam formas de resistência, algumas similares e outras diferentes. Entre as similares, podemos citar a permanência de práticas religiosas, a recusa em desempenhar tarefas determinadas pelo senhor, as rebeliões, o infanticídio, as fugas e a permanência em quilombos. Adotadas apenas pelos afro-descendentes, podemos pensar no banzo, na “feitiçaria” e “pragas” rogadas, nos envenenamentos de senhores e na recusa das amas de leite em amamentar os lhos de seus donos. 1a Questão A história da colonização portuguesa na América foi marcada pela escravidão negra e indígena. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresente essa relação. Se por um lado, a colonização portuguesa combateu os movimentos indígenas e africanos de resistência à escravidão, também buscou negociar e pactuar acordos de convivência com esses elementos. A existência da escravidão na colonização portuguesa da América é um dado que vem sendo desmentido pela historiografia mais recente a respeito do período. As relações entre a colonização portuguesa e os movimentos anti-escravistas foi marcada única e exclusivamente pela negociação. As relações entre a colonização portuguesa e os movimentos anti-escravistas foi marcada única e exclusivamente pela repressão. Somente houve o uso da violência na repressão aos movimentos africanos. Naquilo que se refere aos movimentos indígenas sempre houve a negociação por parte da metrópole. Explicação: Anúncio de fuga escrava no jornal De forma geral, é possível armar que existiram dois tipos de fuga na história da escravidão no Brasil: - No primeiro caso, encontram-se as fugas que tinha como objetivo a reivindicação escrava por melhores condições de vida. Escravos que estivessem trabalhando mais do qual o habitual poderiam realizar pequenas escapadas e só retornar à propriedade do seu senhor mediante algum tipo de negociação. Cativos que eram impedidos de festejar ou de visitar sua família também recorriam a esse tipo de fuga para conseguir estabelecer acordos com seus senhores; O segundo tipo de fuga era aquele que pretendia negar a escravidão. Nessas circunstâncias, os escravos abandonavam a propriedade senhorial e, individualmente ou em grupo, iam buscar formas alternativas de viver fora do cativeiro. Muitos cativos se embrenhavam no meio do mato e lá construíam pequenas comunidades que caram conhecidas como quilombos ou mocambos. Outros preferiam tentar a vida em lugares mais distantes, principalmente nas grandes cidades, pois nesses espaços o escravo fugido poderia se passar por um negro liberto. Gabarito Coment. 2a Questão Sobre as fugas da escravidão podemos identificar tipos específicos como: Fugas de negros para as florestas, passando a viver em comunidades indígenas. Fugas para as Igrejas, considerados territórios sagrados e quem lá estivesse não podia ser resgatado. Fugas para tentar retornar a África, com barcos e que todas fracassaram. Fugas de índios para as cidades e denunciarem a escravidão ilegal. Fugas que tinham por objetivo a reivindicação escrava por melhores condições. Explicação: De forma geral, é possível armar que existiram dois tipos de fuga na história da escravidão no Brasil: - No primeiro caso, encontram-se as fugas que tinha como objetivo a reivindicação escrava por melhores condições de vida. Escravos que estivessem trabalhando mais do qual o habitual poderiam realizar pequenas escapadas e só retornar à propriedade do seu senhor mediante algum tipo de negociação. Cativos que eram impedidos de festejar ou de visitar sua família também recorriam a esse tipo de fuga para conseguir estabelecer acordos com seus senhores; O segundo tipo de fuga era aquele quepretendia negar a escravidão. Nessas circunstâncias, os escravos abandonavam a propriedade senhorial e, individualmente ou em grupo, iam buscar formas alternativas de viver fora do cativeiro. Muitos cativos se embrenhavam no meio do mato e lá construíam pequenas comunidades que caram conhecidas como quilombos ou mocambos. Outros preferiam tentar a vida em lugares mais distantes, principalmente nas grandes cidades, pois nesses espaços o escravo fugido poderia se passar por um negro liberto. 3a Questão A situação adversa dos escravos provocou uma série de manifestações de resistência. Os escravos, ao contrário do que possamos pensar, não aceitavam pacificamente sua condição. Dentre as formas de resistência utilizadas por estes grupos é correto indicar: I - as fugas, a formação dos quilombos e o sincretismo. II - O assassinato de feitores e o suicídio. III - A demora ao praticar as atividades solicitadas pelos senhores. Apenas II está correta. Apenas III está correta. Apenas I e II estão corretas. Apenas I está correta. Todas estão corretas Explicação: Os escravos utilizaram várias formas para resistir à escravidão, desde práticas menos visíveis como a procrastinação no trabalho e o sincretismo até aquelas mais observáveis tais como: suicídios, assassinatos e a formação de quilombos. 4a Questão (CESGRANRIO/RJ) No Brasil, o quilombo foi uma das formas de resistência da população escrava. Sobre os quilombos no Brasil, é correto afirmar que a(o): E) maior número de quilombos se concentrou na região nordeste do Brasil, em função da decadência da lavoura cafeeira, já que os fazendeiros, impossibilitados de sustentar os escravos, incentivavam-lhes a fuga. D) maior dos quilombos brasileiros, Palmares, foi extinto a partir de um acordo entre Zumbi e o governador de Pernambuco, que se comprometeu a não punir os escravos que desejassem retornar às fazendas; A) existência de poucos quilombos na região norte pode ser explicada pela administração diferenciada, já que, no Estado do Grão-Pará e Maranhão, a Coroa Portuguesa havia proibido a escravidão negra; C) população dos quilombos também era formada por indígenas ameaçados pelos europeus, brancos pobres e outros aventureiros e desertores, embora predominassem africanos e seus descendentes; B) quase inexistência de quilombos no sul do Brasil se relaciona à pequena porcentagem de negros na região, e que também permitiu que lá não ocorressem questões ligadas à segregação racial; Explicação: O quilombo dos Palmares conheceu grande importância em seu contexto histórico. Depois de uma grande luta de resistência dos quilombolas conseguiram fazer um acordo com o governador antes que fosse destruídos pelas forças opressoras do exército. 5a Questão Assinale entre as opções abaixo a única que não apresenta corretamente uma estratégia mobilizada pelos escravos para resistirem à escravidão. Incapacidade de organização social Culinária. Sincretismo religioso. Quilombos. Fugas. Explicação: Todas as alterantivas vistas como forma de resistência em nossas aulas não fala sobre a falta de organização social dos africanos, pois eles eram organizados. Possuíam organizações de Reinos e Impérios ou mesmo a organização de tribos. Poderiam ser distintas do português, entretanto era uma forma de organização social. Gabarito Coment. 6a Questão Acerca dos quilombos e quilombolas seria incorreto afirmar que: As relações entre quilombolas e grupos indígenas eram sempre de cooperação e ajuda mútua. Era muito frequente que os índios fizessem parte das expedições de caça a negros fugidos. Palmares foi o mais importante quilombo brasileiro e o maior das Américas. Um grande número de quilombos reunia não só escravos em fuga, mas também negros libertos, indígenas e brancos com problemas com a justiça. A existência de quilombolas livres, não foi incomum. No sul da Bahia, em Barra do Rio de Contas, atual Itacaré, foi descoberto, no começo do século XIX, o quilombo do Oitizeiro, onde conviviam escravos e gente livre. Explicação: Afirmar que indígenas e africanos sempre tiveram ajuda mútua é a errada principalmente por aprendermos que em diversos momentos de nossa história houve ajuda de índios para Aprisionar escravos que fugiam de seus senhores e é homogeneizar o pensamento do relacionamento entre índios e africanos, tratando os dois povos com interesses mútuos, o que não condiz com a realidade. Gabarito Coment. 7a Questão "No início do século XVII, escravos fugidos estabeleceram-se na zona na mata montanhosa e suas aldeias espalharam-se pelo interior, a sessenta quilômetros da costa e suas usinas, sendo logo conhecidos como Palmares. A primeira expedição contra Palmares, em 1612, já constatou que o quilombo era grande. O estado, ou república, como se dizia no século XVII, continuou a crescer e os holandeses chegaram a considerar Palmares um sério perigo, montando diversas expedições punitivas. Em meados da década de 1640, Palmares já compreendia nove aldeias (...) (FUNARI, Pedro Paulo. HETEROGENEIDADE E CONFLITO NA INTERPRETAÇÃO DO QUILOMBO DOS PALMARES)" Sobre o Quilombo de Palmares é correto afirmar que: I - Reunia indivíduos que escapavam da escravidão e formaram uma comunidade completamente isolada de outros grupos. II - A comunidade de Palmares foi fundada por portugueses e depois invadida por escravos fugitivos III - A comunidade de Palmares se relacionava com as comunidades vizinhas comercializando produtos. IV - O Quilombo de Palmares foi um dos mais conhecidos da nossa história. Apenas II e III estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Apenas I e IV estão corretas. Apenas III e IV estão corretas. Apenas II, III e IV estão corretas. Explicação: A comunidade de Palmares, surgida na serra da Barriga em Alagoas, foi criada por escravos fugitivos e alguns homens livres. Esta comunidade se relacionava com os grupos vizinhos comercializando seus produtos e comprando o que necessitavam para sua sobrevivência. Palmares foi um dos quilombos mais longevos existentes no Brasil, além de ser dos mais populosos. 8a Questão Entre 1554 e 1567, ocorreu uma revolta dos tupinambás contra a escravização. Estamos falando de qual movimento? Confederação dos Tamoios Revolta dos Tupis Santidade Quilombo dos Palmares Revolta da Armada Explicação: Tupis e tupinambás são nomenclaturas criadas pelos portugueses para diferenciar os indígenas "colaborativos" ou não. Aqueles enquadrados como não colaborativos, reuniram-se em um movimento de insubordinação conhecido como Confederação dos Tamoios. 1a Questão Para a grande maioria dos cativos, a resistência ao cativeiro se fazia dia a dia, da hora em que se levantava para trabalhar até o momento de se recolher para dormir. Onde quer que tenha existido escravidão também houve resistência escrava. E tal resistência foi experimentada em diferentes níveis durante toda a história da escravidão no Brasil. Como exemplos de resistência podemos citar: Quilombos, assassinatos de senhores e/ou feitores e casamentos com brancos. Os quilombos, a manutenção de hábitos culturais tais como a língua e a religião e o alto índice de reprodução entre os escravos; Fugas, quilombos e os casamentos mistos; As fugas, os casamentos mistos e as Irmandades; As Irmandades, as fugase os quilombos. Explicação: O enunciado da questão, mostra a resistência ao cativeiro que se fazia dia a dia, desde da hora em que se levantava para trabalhar até o momento de se recolher para dormir. Os africanos não aceitaram passivamente sua redução à escravidão. Em reação a isso, utilizaram diversas estratégias de resistência como a criação das irmandades das quais só eles fariam parte, a organização de fugas individuais ou coletivas e a formação de comunidades denominadas quilombos. 2a Questão Ao longo do século XVII, em especial na região das minas, o quilombo se tornou uma das principais formas de resistência à escravidão, sendo, por isso, alvo da atenção das autoridades policiais. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta a definição de "quilombo". Os quilombos eram comunidades formadas por escravos africanos que não apenas resistiam à escravidão, mas chegavam a desenvolver relações de comércio com pequenas fazendas. Os quilombos foram organizados exclusivamente pelos escravos indígenas, já que os negros africanos não eram capazes de organizar a resistência comunitária. Os quilombos se concentraram apenas na no nordeste açucareiro, que era a única região da América Portuguesa que possuía escravos. Os quilombos eram os centros de repressão organizados pelas autoridades policiais, sendo formados exclusivamente por Capitães do Mato. Os quilombos se concentraram apenas na no sul, que era a única região da América Portuguesa que possuía escravos. Explicação: Em muitos casos, as fugas coletivas acabam transformando-se em uma outra forma de resistência à escravidão: os quilombos também conhecidos como mocambos – comunidades formadas por escravos fugidos. Nessas comunidades, os escravos refaziam suas vidas a margem cativeiro. Lá, construíam famílias, estabeleciam laços de amizade, plantavam, criavam animais e chegavam a comercializar com povos indígenas que habitavam as redondezas ou, então, com os vilarejos próximos. Gabarito Coment. 3a Questão Os africanos eram trazidos ao Brasil e tentavam manter alguns traços de sua cultura, ainda que misturados aos elementos da cultura hegemônica europeia. Esse processo é denominado: degeneracionismo resistência adaptativa assimilacionismo hibridismo contaminatio Explicação: A resistência adaptativa era uma tática de preservação de seus valores culturais sem que houvesse confronto direto para mantê-los. Havia a mistura de elementos da cultura hegemônica - europeia, com aqueles dos grupos subordinados. Gabarito Coment. 4a Questão "Em 1711, Antonil afirmava que os escravos eram as mãos e os pés dos senhores de engenho, porque, sem eles no Brasil, não é possível conservar, aumentar fazenda nem ter engenho corrente" Antonil - "Cultura e Opulência do Brasil" Sobre o trabalho e a resistência do negro à escravidão, é correto afirmar que: o engenho tinha no escravo negro a base de toda a produção; qualquer reação era punida violentamente. As fugas, os quilombos e a prática do suicídio eram evidências da resistência dos negros à escravidão; a escravidão no Brasil se revestiu de grande tolerância, mestiçagem e grandes oportunidades de ascensão social para o negro após a abolição; o negro era submisso, resignado, não reagia à escravidão, ao contrário dos indígenas; o tráfico negreiro não tinha importância para a economia da metrópole. os escravos negros constituíam uma minoria nos canaviais, já que índios e trabalhadores livres eram responsáveis pelas plantations açucareiras; o negro só foi utilizado como mão-de-obra para a economia açucareira, não participando da mineração ou criação de gado que usaram, prioritariamente, trabalhadores livres; Explicação: No enunciado da questão, o texto sinaliza a fundamental importância dos escravos para a produção nos engenhos, pois essa mão-de-obra era a base que para o seu funcionamento. Lembrando que esses indivíduos eram reduzidos à escravidão, não aceitavam passivamente sua condição de cativos; muitos reagiam através de fugas, formação de quilombos, assassinatos de senhores e feitores e ainda, suicídios. 5a Questão Dentre as opções abaixo, assinalar a única correta: para os colonizadores, principalmente os senhores de engenho, o escravo africano não mostrava um melhor desempenho no trabalho na lavoura. no século XIX José de Alencar e Gonçalves Dias notabilizaram o surgimento de uma cultura brasileira onde era enaltecido o escravo negro. no século XX, Oswald de Andrade enfatizou a importância da escravidão negra com a publicação do Manifesto Antropofágico. o investimento na aquisição do negro africano não era rentável, além de ser proibido o tráfico pela Igreja Católica no período colonial. a escravidão africana se tornou predominante no espaço colonial brasileiro. Explicação: As razões que fizeram com que no Brasil colonial e mesmo durante o império a escravidão africana predominasse em lugar da escravidão dos povos indígenas podem ser atribuídas a setores da Igreja e da Coroa que se opunham à escravização indígena e, principalmente, ao alto lucro gerado pelo tráfico de escravos. 6a Questão Como sabemos, a história da escravidão foi marcada pela resistência dos escravos à condição de submissão. Marque entre as opções abaixo, aquela que melhor define as organizações comunitárias formadas pelos escravos rebeldes. Sobrados. Quilombos. Favelas. Kizombas. Senzalas. Explicação: Em muitos casos, as fugas coletivas acabam transformando-se em uma outra forma de resistência à escravidão: os quilombos também conhecidos como mocambos – comunidades formadas por escravos fugidos. Nessas comunidades, os escravos refaziam suas vidas a margem cativeiro. Lá, construíam famílias, estabeleciam laços de amizade, plantavam, criavam animais e chegavam a comercializar com povos indígenas que habitavam as redondezas ou, então, com os vilarejos próximos. Apesar de ser uma organização que foi duramente combatida pelos senhores e pelas autoridades governamentais, os quilombos não eram comunidades isoladas. Os documentos de época mostram que muitos quilombolas faziam trocas comerciais clandestinas com os engenhos, fazendas e cidades próximas. Em alguns casos, os quilombolas aproveitaram o cair da noite para visitar familiares e amigos que viviam sob o cativeiro. Em outras situações era o inverso que ocorreria: os escravos realizavam pequenas fugas e passavam algumas horas, ou até mesmo dias, nas festas que aconteciam no mocambo. Grande parte dos quilombos que foram identicados estava localizada próxima a regiões com grande concentração de escravos. Palmares, o mais conhecido quilombo da história brasileira, se formou durante o século XVII nas adjacências da zona da mata pernambucana, local de intensa produção de açúcar e, consequentemente, signicativa concentração de cativos. A região das minas, que possuía a maior concentração de escravos no século XVIII, também foi palco da formação de muitos quilombos. Além do controle da tributação sobre todo ouro e diamante que era extraído da província, as autoridades coloniais ainda se viram obrigadas a combater a criação dessas comunidades que, na maior parte dos casos, estavam muito próximas. Os quilombos mineiros não só expunham a fragilidade do controle de escravos na região, mas também causavam grandes transtornos para as vilas e cidades. As autoridades de Vila Rica (que mais tarde seriaa cidade de Outro Preto) recebiam constantes queixas de que quilombolas haviam roubado propriedades ou então estavam impedindo a passagem em alguma estrada que ligava o perímetro urbano às fazendas produtoras de gêneros alimentícios. Esses mesmos quilombolas também faziam incursões às fazendas e pequenas propriedades para resgatar familiares e amigos, e nesse vai e vem construíram redes de comércio com pequenos negociantes e produtores. 7a Questão Assinale entre as opções abaixo aquela que melhor apresenta a relação de forças que caracterizou a escravidão brasileira. Somente os escravos indígenas foram capazes de organizar estratégias de resistências à escravidão. A escravidão brasileira foi marcada pelo pacifismo, o que fez com que as relações entre senhores e escravos tenham sido sempre harmônicas. Somente os escravos africanos foram capazes de organizar estratégias de resistência à escravidão. A escravidão brasileira foi caracterizada por complexas relações entre senhores e escravos, o que envolveu a combinação entre negociação e conflitos. A escravidão brasileira foi marcada pela total incapacidade dos elementos cativos em organizar estratégias de resistência à dominação senhorial. Explicação: De forma geral, é possível armar que existiram dois tipos de fuga na história da escravidão no Brasil: - No primeiro caso, encontram-se as fugas que tinha como objetivo a reivindicação escrava por melhores condições de vida. Escravos que estivessem trabalhando mais do qual o habitual poderiam realizar pequenas escapadas e só retornar à propriedade do seu senhor mediante algum tipo de negociação. Cativos que eram impedidos de festejar ou de visitar sua família também recorriam a esse tipo de fuga para conseguir estabelecer acordos com seus senhores; O segundo tipo de fuga era aquele que pretendia negar a escravidão. Nessas circunstâncias, os escravos abandonavam a propriedade senhorial e, individualmente ou em grupo, iam buscar formas alternativas de viver fora do cativeiro. Muitos cativos se embrenhavam no meio do mato e lá construíam pequenas comunidades que caram conhecidas como quilombos ou mocambos. Outros preferiam tentar a vida em lugares mais distantes, principalmente nas grandes cidades, pois nesses espaços o escravo fugido poderia se passar por um negro liberto. 8a Questão Entre as opções abaixo, assinale aquela que apresenta um exemplo de revolta negra contra a escravidão que aconteceu no Brasil. Revolta Haitiana. Inconfidência Mineira. Revolta dos Malês. Revolução Pernambucana. Revolta de Tupac Amaru. Explicação: Revolta Haitiana - Ocorreu no Haiti e não no Brasil. Revolta de Tupac Amaru - Ocorreu no Peru e não no Brasil Inconfidência Mineira - Não era contra a escravidão Revolução Pernambucana - Foi uma Revolta emancipacionista, estavam insatisfeitos com a vinda da Família Real 1808 e a perda de prestígio da região. Revolta dos Malês Esse movimento, que teve a participação de escravos e libertos africanos de diferentes origens, guarda a particularidade de ter comportado um grande número de africanos nagôs na sua organização. Os nagôs eram africanos muçulmanos e por isso muitos deles sabiam ler e escrever em uma época em que a maioria dos homens brancos e livres não sabia assinar o próprio nome. Após diversos encontros e reuniões marcados em becos ou em casas sublocadas da cidade, a revolta foi marcada para o dia 25 de janeiro de 1835, dia de Nossa Senhora da Guia. A data foi especialmente escolhida porque as festas religiosas permitiam que os escravos pudessem andar com mais facilidade pelas ruas de Salvador, o que despistaria as autoridades. No entanto, na noite anterior, a revolta foi delatada para a polícia que imediatamente iniciou a busca pelos revoltosos: diversas patrulhas foram colocadas nas ruas e depois de algumas buscas os policiais encontraram sessenta africanos reunidos no porão de um sobrado. Pegos de surpresa, os africanos tiveram que antecipar o momento da batalha e saíram às ruas chamando os demais escravos para a luta. Embora o número de escravos que aderiu à luta tivesse sido alto, as autoridades (que estavam preparadas) conseguiram controlar o levante. Depois do reconhecimento dos principais líderes ― três escravos e dois libertos, todos africanos ―, os revoltosos receberam diferentes punições. Os líderes do movimento foram fuzilados, diversos africanos livres foram deportados para a África e a maioria dos escravos foi açoitada em praça pública e depois entregue aos seus senhores. Mesmo com um desfecho trágico para seus participantes, o levante dos Malês fez com que as autoridades redobrassem sua atenção e o controle sobre a população escrava, sobretudo na província da Bahia. 1a Questão Marque entre as opções abaixo aquela que apresenta um exemplo de rebelião indígena contra a escravidão. Confederação dos Tamoios. Inconfidência Mineira. Revolta de Vila Rica. Guerra de Canudos. Quilombo de Palmares. Explicação: A história brasileira está repleta de outras tentativas de resistência indígena. Ainda no século XVI é possível destacar a Guerra dos Aimorés (1555-1673) e a Guerra dos Potiguares (1586-1599). Na centúria seguinte ocorreram o Levante dos Tupinambás (1617-1621) e a Confederação dos Cariris (1686-1692). Esses são apenas alguns exemplos de que os grupos indígenas não caram passivos ao processo de escravização dos colonos portugueses e que, em muitos casos, zeram da luta coletiva sua principal arma de resistência Gabarito Coment. 2a Questão Do ponto de vista do índio e do negro, o que representava ser ou não convertido? Significava que ao converterem-se, índios e negros passavam a gozar de certa proteção por parte da Igreja, era comum a intervenção de representantes dessa Instituição em castigos tidos como cruéis ou exagerados e, no caso dos negros, pertencer a uma Irmandade religiosa significava muitas vezes obter ajuda na compra de alforrias, garantia de funeral e enterro e, auxílio a esposa e/ou filhos menores após o falecimento do escravo homem. Significava vingança pois negros e índios podiam aprender os principais pontos do conhecimento do dominador visando a destituição do mesmo(o dominador). Significava a garantia de que a Igreja católica negociaria sua alforria. Significava enriquecimento, pois uma vez convertidos passavam a receber ajuda financeira constante do Vaticano. Significava a salvação, pois uma vez entrando em contato com os ensinamentos cristãos puderam aprimorar suas vidas. Explicação: Mais do que ampliar as redes de parentesco, as irmandades negras tiveram papel importante na luta pela liberdade de muitos escravos. Diversos escravos africanos e crioulos conseguiram obter sua liberdade graças à poupança feita por seus ¿irmãos¿ de credo. Assim que comprava a alforria de um membro, a irmandade começava uma nova poupança para ajudar outra pessoa. Anualmente, cada irmandade fazia a festa para seu santo padroeiro. Esse era o momento mais importante de cada irmandade. Tal comemoração era composta por uma longa procissão, missa solene e grande festa com muita música, dança e batuque. Também era nessa festa que a irmandade coroava seu rei e sua rainha. Para os escolhidos, esse era um momento de grande prestígio frente a seus companheiros. A devoção de escravos e libertos fez com que algumas irmandades negras ganhassem muito prestígio e se transformassem em organizações com muito dinheiro. Um exemplo disto está no fato de que, no Rio de Janeiro, tanto a Igreja de Nossa Senhora do Rosário como a Igreja de São Elesbão e SantaEgênia terem sido construídas na região central da cidade. 3a Questão A Lei Eusébio de Queirós visava, a partir de 1850: extinguir o casamento religioso regularizar a prática do aborto extinguir o tráfico negreiro permitir legalmente a eutanásia implantar o divórcio em substituição ao desquite Explicação: Para além da aprovação da lei, a pressão inglesa foi importante para que ela fosse de fato seguida. Os proprietários – de terras e de escravos – dependiam do tráfico, pois, segundo Boris Fausto, pouco se preocupavam com a sua reprodução. O mercado interno de escravos era sustentado muito mais pelo tráfico que pela sua reprodução em terras brasileiras. Desta forma em poucos anos o número de cativos seria insuficiente para o trabalho nas fazendas – especialmente as de café. 4a Questão A resistência contra a escravização vem desde o início da colonização, através de formas variadas: O suicídio não pode ser considerado uma forma de resistência. A religiosidade nunca foi usada como forma de resistência por índios e afrodescendentes. As formas ativas podem ser exemplificadas pela negociação. As formas passivas eram fugas isoladas, assassinato de senhores e feitores, formação de quilombos, revoltas rurais e urbanas Os quilombos eram aldeamentos compostos principalmente por negros que fugiam dos latifúndios, passando a viver comunitariamente. Explicação: Em muitos casos, as fugas coletivas acabam transformando-se em uma outra forma de resistência à escravidão: os quilombos também conhecidos como mocambos – comunidades formadas por escravos fugidos. Nessas comunidades, os escravos refaziam suas vidas a margem cativeiro. Lá, construíam famílias, estabeleciam laços de amizade, plantavam, criavam animais e chegavam a comercializar com povos indígenas que habitavam as redondezas ou, então, com os vilarejos próximos. 5a Questão "Os escravos são as mãos e os pés do senhor de engenho, porque sem eles não é possível fazer, conservar e aumentar fazenda, nem ter engenho corrente" (ANTONIL, Cultura e opulência do Brasil. Belo Horizonte: Itatiaia, 1982, p. 89) Analisando a assertiva acima, podemos concluir que: I - A escravização dos negros africanos fez com que os indígenas não fossem mais explorados. II - Muito utilizada na Região Nordeste, a escravidão africana teve um papel menor na exploração das minas de metais e pedras preciosas. III - As condições de vida e exploração dos africanos, apesar de cruéis, não eram criticadas pelos jesuítas. Apenas II e III estão corretas. Apenas III está correta. Apenas I e III estão corretas. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O texto fala sobre as condições de vida dos africanos atribuindo a eles um significativo peso no processo de produção do período colonial. Justamente por esta importância, não havia limite para sua exploração e nem mesmo a Igreja, que defendia a população indígena desta situação, se manifestava sobre os problemas dos africanos. 6a Questão No ano de 1996, foram comecorados os 300 anos da morte de Zumbi, o líder maior do Quilombo de Palmares. Segundo as historiadoras Elza Nadai e Joana Neves, "o século XVI foi marcado por uma guerra sem tréguas aos quilombos de Palmares". Sobre a resistência negra à escravidão no Brasil, é correto afirmar que: com exceção do quilombo de Palmares, a única forma de resistência encontrada pelos escravos foi o sincretismo religioso, em que conseguiam praticar sua religião ancestral; além das revoltas e dos quilombos, os escravos cometiam assassinatos, crimes, suicídios, mutilações e outras formas de resistir à condição de escravo; a fuga era a única saída para os quilombos auxiliados pelos jesuítas. os quilombos, centros de resistência negra que se constituíam nos matos e nas florestas, não mantinham qualquer contato com as populações das vilas e reproduziam fielmente a estrutura social das tribos da África; a única vez em que os negros escravos se insurgiram contra a escravidão foi sob a liderança de Zumbi, que organizou a comunidade de Palmares; Explicação: A resistência dos africanos e descendentes à escravidão foi sistemática, Por vezes recorriam a fugas, formação de quilombos, assasssinato de senhores e feitores, procrastinação no trabalho e suícídios. Gabarito Coment. 7a Questão As comunidades quilombolas eram locais de resistência africana à prática da escravidão. Dentre os quilombos mais duradouros podemos citar o de: Capela. Palmares. Urubu. Negro Cosme. Manuel Congo. Explicação: Os africanos e descendentes escravizados no Brasil organizaram dezenas de comunidades quilombolas como forma de resistência. Dentre os quilomnos mais famosos e mais longevos (duradouros) é correto identificar o Quilombo de Palmares. 8a Questão Os africanos no Brasil encontraram várias formas de manifestar seu inconformismo diante da escravidão. Dentre as formas mais usuais podemos citar: I - Fugas, suicídios, infanticídios. II - Formação de quilombos. III - Estabelecimento de associações de auxílio mútuo como sindicatos, só que clandestinos. apenas II está correta. apenas I e II estão corretas. apenas I está correta. apenas I e III estão corretas. apenas III está correta. Explicação: Índios e afro-descendentes empreenderam formas de resistência, algumas similares e outras diferentes. Entre as similares, podemos citar a permanência de práticas religiosas, a recusa em desempenhar tarefas determinadas pelo senhor, as rebeliões, o infanticídio, as fugas e a permanência em quilombos. Adotadas apenas pelos afro-descendentes, podemos pensar no banzo, na “feitiçaria” e “pragas” rogadas, nos envenenamentos de senhores e na recusa das amas de leite em amamentar os lhos de seus donos. 1a Questão "No período romântico, a Literatura de cada nação europeia buscava frequentemente colocar em evidência seus respectivos heróis nacionais, representados por reis e cavaleiros andantes medievais. (...) Assim como os europeus buscavam um herói que representasse suas origens nacionais, alguns autores brasileiros faziam o mesmo [utilizando o índio]." (José Luis Jobim e Roberto Acízelo de Souza) Esta reflexão refere-se ao: Indianismo. Medievalismo. Parnasianismo. Barroco. Ultra-romantismo. Gabarito Coment. 2a Questão A definição científica de raça e os ideais igualitários herdados da Revolução Francesa acabou reacendendo os debates sobre a origem, ou origens da humanidade. O principal embate se dava entre monogenistas e poligenistas. A vertente poligenista possibilitou, ainda no século XIX, o fortalecimento de disciplinas baseadas no discurso científico. Assinale a resposta com exemplos desse movimento: Antropologia criminal - que considerava a criminalidade algo genético; Frenologia e antropometria - que calculavam a capacidade humana de acordo com o estudo do tamanho do cérebro de indivíduos dos diferentes grupos humanos; Craniologia ¿ estudo do crânio; Antropologia cultural - que considerava a criminalidade algo específico; Frenologia e antropometria - que calculavam a capacidade bélica de acordo com o estudo do tamanho do cérebro de indivíduos dos diferentes grupos humanos; Craniologia ¿ estudo do crânio. Antropologia cultural - que considerava a criminalidadealgo genético; Frenologia e antropologia - que calculavam a capacidade humana de acordo com o estudo do tamanho do cérebro de indivíduos dos diferentes grupos humanos; Craniologia ¿ estudo do crânio; Antropologia criminal - que considerava a criminalidade algo normal; Frenologia e antropometria - que calculavam a capacidade de mentir de acordo com o estudo do tamanho do cérebro de indivíduos dos diferentes grupos humanos; Craniologia ¿ estudo do crânio; Antropologia criminal - que considerava a criminalidade algo genético; Frenologia e antropometria - que calculavam a capacidade humana de acordo com o estudo do tamanho do femur de indivíduos dos diferentes grupos humanos; Craniologia ¿ estudo da caixa toráxica; Gabarito Coment. 3a Questão Entre as opções abaixo, assinale aquela que apresenta a noção através da qual Gilberto Freyre, no livro "Casa Grande e Senzala", analisou a escravidão brasileira. Escravidão policultora. Oligarquia racial. Democracia racial. Escravidão cristã. Escravidão monocultora. Gabarito Coment. 4a Questão Dentro do contexto da formulação das teorias racialistas do século XIX, o Indianismo é um movimento que pode ser entendido como: Um movimento literário que estava preocupado em recuperar as práticas e costumes indígenas. A forma por meio da qual a elite brasileira tentou recuperar a imagem do índio, tão desgastada pelo passado colonial. Uma crítica ferranha às teorias evolucionistas, pois o movimento enlatecia a figura do índio. A forma por meio da qual a elite brasileira conseguiu criar um herói nacional que representasse o ideal do brasileiro ao mesmo tempo em que não apresentava perigos políticos. Um movimento artístico que considerava o indio como a raça mais forte e superior do Brasil recém- construído. Gabarito Coment. 5a Questão Marque entre as opções abaixo aquela que apresenta o nome de dois autores que se dedicaram a refletir sobre a presença da cultura africana na identidade social brasileira. Gilberto Freyre e Nina Rodrigues. Von Martius e Nina Rodrigues. Caio Prado Jr e Gilberto Freyre. Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Jr. Nina Rodrigues e Roquette Pinto. Gabarito Coment. 6a Questão Como efeito da ideia de democracia racial, podemos apontar; O não reconhecimento do racismo como um problema estrutural na sociedade brasileira O nascimento do movimento negro A elaboração de leis segregacionistas O desenvolvimento de politicas afirmativas A inclusão racial plena no pós abolição. 7a Questão Gilberto Freyre em sua obra Casa Grande & Senzala procurou: estimular as imigrações estrangeiras , principalmente de orientais, para o desenvolvimento das atividades urbanas. despertar nos governos republicanos a idéia de criação de reservas indígenas e quilombos. defender a inexistência da chamada "democracia racial e combater a fusão dasx três raças. apresentar uma imagem positiva de um Brasil mestiço , como resultado da fusão das três raças. difundir a eugenia em sua obra, ou seja, um branqueamento racial. Explicação: Casa-Grande & Senzala é uma obra surpreendente e esclarecedora sobre a formação do povo brasileiro- com todas as qualidades e seus vícios-, e foi importantíssima para consagrar a importância do indígena- e principalmente do negro- no desenvolvimento racial e cultural do Brasil, que é um dos mais complexos do mundo. 8a Questão O movimento indianista foi uma adaptação do Romantismo à realidade brasileira, na falta do cavaleiro medieval, qual figura foi escolhida para representar o herói nacional? O africano; O mestiço. O português; O índio; O afrodescendente; 1a Questão Na obra "Os sertões" o autor usou uma linguagem rica em termos científicos, apresentou nessa obra, no qual o tema principal é a Guerra de Canudos, um verdadeiro retrato do Brasil no fim do século XIX, discutiu problemas que transcendem o conflito que ocorreu no interior da Bahia. O autor da obra foi: Machado de Assis Euclides da Cunha Gilberto Freyre Jorge Amado Silvio Romero Explicação: Considerada uma das obras-primas da literatura brasileira, 'Os Sertões" descreve as batalhas entre os homens liderados por Antonio Conselheiro e o exército brasileiro, de acordo com a visão de Euclides da Cunha. Com seu apurado estilo jornalístico-épico, traça um retrato dos elementos que compõem a guerra de Canudos: a Terra, o Homem e a Guerra. Euclides da Cunha foi o único jornalista que atentou para a valentia dos jagunços. 2a Questão Assinale a alternativa que APRESENTA os principais grupos (ou matrizes) raciais que compõem o "brasileiro", de acordo com Gilberto Freyre. Português, indígena e negro. Negro, indígena e europeu. Português, inglês e negro. Mouro, indígena e africano. Português, mouro e indígena. 3a Questão Que ciência afirmava que o progresso só seria possível em sociedades puras, sem miscigenação, e que apenas uma raça, a ariana (branca), era perfeita? A poligenia; O darwinismo espiritual. A monogamia; A monogenia; A eugenia; Gabarito Coment. 4a Questão "O indianismo dos românticos [...] denota tendência para particularizar os grandes temas, as grandes atitudes de que se nutria a literatura ocidental, inserindo-as na realidade local, tratando-as como próprias de uma tradição brasileira." (Antonio Candido, Formação da Literatura Brasileira) Considerando-se o texto acima, pode-se dizer que o indianismo, na literatura romântica brasileira: Procurou adaptar os modelos europeus à realidade brasileira. Procurou adaptar os índios à escravidão. Procurou enaltecer o papel do escravo indígena. Procurou enaltecer a rebeldia dos índios brasileiros. Procurou adaptar os modelos femininos europeus às mulheres brasileiras. 5a Questão Gilberto Freyre em sua obra casa Grande & Senzala procurou: difundir a eugenia em sua obra, ou seja, um branqueamento racial. estimular as imigrações de orientais para o Brasil para o desenvolvimento de atividades rurais. apresentar uma imagem positiva de um Brasil mestiço, como resultado da fusão das três raças. defender a inexistência da chamada " democracia racial" , combater a idéia de fusão das três raças. despertar nos governos republicanos a idéia de criação de reservas indígenas e quilombos. Explicação: Freyre apresenta a importância da casa-grande na formação sociocultural brasileira, assim como a da senzala na complementação da primeira. Além disso, Casa-Grande & Senzala enfatiza a formação da sociedade brasileira no contexto da miscigenação entre os brancos, principalmente portugueses, dos negros das várias nações africanas e dos diferentes iindígenas que habitavam o Brasil. 6a Questão O Brasil é constituído por diversidade étnico-cultural. Contudo, embora reconheçamos esta diversidade, pode-se pontuar que: A contribuição dos povos indígenas e africanos se sobrepõe àquela dos portugueses. A contribuição dos povos indígenas e europeus se sobrepõe àquela dos africanos. Diferentes povos contribuíram, em diferentesnuances, para a formação da sociedade brasileira. Houve menor contribuição dos povos indígenas. Houve maior contribuição e importância dos europeus. 7a Questão "Enfim, em finais do século XIX , se a primeira vista a noção de evolução surgia como um conceito que parecia apagar diferenças e oposições, na prática reforçou perspectivas opostas: de um lado os evolucionistas sociais, que reafirmavam a existência de hierarquias entre os homens, porém acreditavam numa unidade fundamental entre estes; de outro os darwinistas sociais, que entendiam a diferença entre as raças como uma questão essencial". Lilia Schwarcz. "Usos e Abusos da Mestiçagem e da Raça no Brasil". Sobre as noções de evolução humana de fins do século XIX é correto afirmar que: Todas as teorias desenvolvidas defendiam a existência de raças humanas que haviam evoluído a partir de uma única matriz. Todas as teorias desenvolvidas defendiam a existência de raças humanas com origens múltiplas. Todas as teorias desenvolvidas defendiam a existência de raças humanas que ocupavam lugares distintos da escala evolutiva Todas as teorias desenvolvidas defendiam a existência de uma única raça, composta pos etnias distintas. Todas as anteriores. Explicação: O enunciado da questão traz o texto ". Lilia Schwarcz sinaliza que nos finais do século XIX, se a primeira vista a noção de evolução surgia como um conceito que parecia apagar diferenças e oposições, na prática reforçou perspectivas opostas: de um lado os evolucionistas sociais, que reafirmavam a existência de hierarquias entre os homens, porém acreditavam numa unidade fundamental entre estes; de outro os darwinistas sociais, que entendiam a diferença entre as raças como uma questão essencial" Essa colocação da autora deixa claro no texto, que essa noção de evolução acabaria com a diferenças e oposições, na prática reforçou a contradição, entre a definição científica de raça e os ideais herdados da Revolução Francesa. Fica claro que a terceira proposição é a única que atende ao que propôs a questão: ¿todas as teorias desenvolvidas defendiam a existência de raças humanas que ocupavam lugares distintos da escala evolutiva¿. 8a Questão "O Romantismo exaltou uma imagem heróica, idílica dos índios. Apesar disso, seus escritores enfrentaram por todo o tempo uma questão: cultuar a imagem da barbárie ou da civilização no índio? Uma ou outra imagem foi cultivada. A imagem da barbárie foi disfarçada pelo tom épico de exaltação aos indígenas. Apesar disso, encontramos nas obras do movimento indianista a oposição de imagens do índio bárbaro (feroz) e do índio manso (domesticado) [...]". (SILVA, Edson. Bárbaros, bons selvagens, heróis. Imagens de índios no Brasil.) A passagem acima mostra a percepção do movimento do romantismo no Brasil com relação aos indígenas. Considerando a passagem é correto afirmar que: Ao exaltar a imagem do indígena, o Romantismo enfatizou a natureza cordial assumida por aqueles que já haviam sido assimilados. Ao exaltar a imagem do indígena, o Romantismo defendia que ele deveria permanecer como era naturalmente, ou seja, sem contato com a população branca. Apesar do Romantismo exaltar a imagem do indígena, não deixou de diferenciar aqueles que poderiam ser considerados civilizados, daqueles que ainda permaneciam bárbaros. Apesar do Romantismo exaltar a imagem do indígena, destacou que eles eram, em sua essência, bárbaros e que esta natureza não era fácil de mudar. Ao exaltar a imagem do indígena, o Romantismo defendia que ele deveria permanecer mantendo seus hábitos culturais a despeito da convivência com a população branca. Explicação: Os escritores do Romantismo defendiam um ideal de nacionalismo onde o indígena ganhava um papel de destaque por ser o nativo do território. Contudo, viviam um dilema em sua análise: deveriam exaltar o primitivo ou o assimilado? Em geral, apresentavam os dois modelos destacando as virtudes daqueles que já incorporaram os padrões de mansidão trazidos com a "civilização". 1a Questão A mestiçagem pode ser considerada uma singularidade na formação da identidade nacional brasileira. Varias obras, artísticas e literárias, foram produzidas a partir da ideia de uma mistura racial envolvendo europeus, negros e índios. Dentre elas, podemos citar: A origem das espécies, de Charles Darwin e A moreninha de Joaquim Manuel de Macedo. Macunaíma, de Mario de Andrade e o Guarani, de José de Alencar. Os sermões, de Padre Antônio Vieira e Tristes Trópicos, de Claude Lévi-Strauss A casa e a rua, de Roberto da Matta e Helena, de José de Alencar Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre e Dom Casmurro, de Machado de Assis. 2a Questão A questão étnica no Brasil tem provocado diferentes atitudes: I-Institui-se o ¿Dia nacional da consciência negra¿ em 20 de novembro, ao invés da tradicional comemoração de 13 de maio. Essa nova data é o aniversario da morte de Zumbi, que hoje simboliza a critica à segregação e à exclusão social. II- Um turista estrangeiro que veio ao Brasil, no carnaval, afirmou que nunca viu tanta convivência harmoniosa entre as diversas etnias. Também sobre essa questão, estudiosos fizeram diferentes reflexões: Entre nós [brasileiros], (...) a separação imposta pelo sistema de produção foi a mais fluida possível. Permitiu constante mobilidade de classe para classe e até de uma raça para outra. Esse amor, acima de preconceitos de raça e de convenções de classe, do branco pela cabocla, pela cunha, pela índia(...) agiu poderosamente na formação do Brasil, adoçando-o. (Gilberto Freire o Mundo que o português criou.) [Porém] o fato é que ainda hoje a miscigenação não faz parte de um processo de integração das ¿raças¿ em condições de igualdade social.O resultado foi que (...) ainda são pouco numerosos os seguimentos da ¿população de cor¿ que conseguiram se integrar, efetivamente, na sociedade competitiva. (Florestan Fernandes. O Negro no mundo dos brancos) Considerando as atitudes expostas acima e os pontos dos estudiosos, é correto aproximar a posição de Gilberto Freire e a de Florestan Fernandes igualmente às duas atitudes. a posição de Florestan Fernandes à atitude I e a de Gilberto Freire à atitude II. somente a posição de Florestan Fernandes a ambas as atitudes. A posição de Gilberto Freire à atitude I e a de Florestan Fernandes à atitude II. Somente a posição de Gilberto Freire a ambas as atitudes. Gabarito Coment. 3a Questão Leia a citação a seguir e escolha a alternativa que melhor explica as consequências da mestiçagem para o Brasil. "A massa de mulatos, cafuzos, caboclos, pardos e cabras, lembravam, a todo o momento, que o Brasil era uma nação majoritariamente mestiça." (Aula 6, Tela 8) A mestiçagem inviabilizava que o país galgasse o estágio supremo da civilização. A mestiçagem viabilizava o reconhecimento do Brasil como o país mais civilizado da América latina; A mestiçagem viabilizava que o país estivesse no rol dos países civilizados da Europa; A mestiçagem inviabilizava qualquer tentativa de troca comercial entre os Estados Unidos e o Brasil; A mestiçagem inviabilizava a vinda de trabalhadores europeus, sobretudo italianos, para o país; 4a Questão O Romantismo no Brasil adquiriu características próprias ao consagrar o indígena aldeado, civilizado, como herói tipicamente brasileiro e deu origem ao movimento: Idealista. Romântico nacional; Escravagista; Romântico selvagem; Indianista;Gabarito Coment. 5a Questão Em um contexto relativo à construção dos Estados Nacionais no Brasil e no mundo houve o desenvolvimento de numerosas teorias raciais científicas que buscavam explicar o Brasil, seu povo e o seu nível de desenvolvimento. Baseados em seus estudos sobre as teorias raciais científicas que fizeram parte do pensamento social brasileiro, assinale abaixo a alternativa correta: e) No contexto do final do século XIX, os abolicionistas destoavam entre os intelectuais brasileiros porque defendessem a liberdade dos negros escravizados e a transformação dos últimos em cidadãos plenos. a) Estudiosos e cientistas europeus e estadunidenses como Broca, Gobineau e Le Bon defendiam que a raça branca era a mais evoluída e propuseram a miscigenação para branquear as demais sociedades do mundo. d) Os homens de ciência do Brasil dialogaram com os teóricos e cientistas europeus e estadunidenses e, por esses motivos, apropriaram-se das contribuições dos últimos de forma quase integral. c) No imaginário brasileiro do final do século XIX, os indígenas passaram a ser vistos como símbolo de pureza nacional a partir de uma leitura oriunda dos intelectuais românticos. Tal visão idealizada excluía os indígenas que viviam no mesmo período e continuavam sendo alvos de violências. b) No contexto europeu, as teorias raciais científicas se desenvolveram a partir da apropriação de uma doutrina da igreja católica baseada na crença de que os africanos não tinham alma. Explicação: Erro da alternativa A: Broca, Gobineau e Le Bon eram contrários à miscigenação. Erro na alternativa B: as teorias racistas foram edificadas como contraponto às doutrinas religiosas. Erro na alternativa D: os tiveram que achar uma matriz teórica original, ou seja, adaptaram as teorias estrangeiras ao que combinava e descartando o que era problemático para a construção de um argumento racial no país. Erro na alternativa E: nem todos os abolicionistas estavam certos quanto à igualdade de direitos para os antigos escravos. 6a Questão Nova ciência consiste no conhecer as causas explicativas da decadência ou levantamento das raças, visando à perfectibilidade da espécie humana, não só no que respeita ao físico como ao intelectual. Os métodos têm por objetivo o cruzamento dos sãos, procurando educar o instinto sexual. Impedir a reprodução dos defeituosos que transmitem taras aos descendentes. Fazer exames preventivos pelos quais se determina a sífilis, a tuberculose e o alcoolismo, trindade provocadora da degeneração. Nesses termos, a eugenia não é outra coisa senão o esforço para obter uma raça pura e forte. Os nossos males provieram do povoamento, para tanto basta sanear o que não nos pertence. (Artigo do Dr. João Henrique, na revista Brazil Médico, em 1918. In: Negro e Negritude ¿ coord. Zilda Iokoi.) O texto acima vincula-se à concepção de que a imigração européia traria o branqueamento da população brasileira, minimizando a ideologia racista e o cientificismo. o atraso do país era resultante da miscigenação étnica, devendo-se, portanto, fortalecer o ideal de uma raça pura. a ciência, em especial a medicina, era determinante para a eliminação da desigualdade social e econômica das raças. o saneamento básico era indispensável à evolução da sociedade, pois acabaria com as diferenças e a degeneração das raças. a pobreza e a inferioridade das raças resultavam do precário desenvolvimento científico do país, negando a eugenia. Gabarito Coment. 7a Questão Sobre o romantismo brasileiro é correto afirmar que: idealizou o branco, que foi considerado o responsável pela civilização da sociedade brasileira. idealizou o cavalheiro medieval e menosprezou a cultura brasileira. idealizou o negro, que foi considerado o principal responsável pela riqueza nacional. idealizou o catolicismo, que foi considerado a grande característica da nacionalidade brasileira. idealizou o índio, que foi considerado o principal representante da genuína nacionalidade brasileira. Gabarito Coment. 8a Questão No século XIX o conceito de raça começa a ser definido e debatido. Dois grupos distintos se destacam nesse cenário de debates sobre a origem da humanidade: os monogenista e os poligenistas. Dos poligenistas, que escreviam baseados nas novas descobertas científicas, surgiram vários ramos de estudos que através da ciência buscaram provar as diferenças e a superioridade de um grupo sobre outro. Dentre esses ramos científicos destacam-se: Antropologia Criminal e Biologia Genética. Sociologia e Antropologia Cultural. Biologia Genética e Sociologia. Antropologia Criminal e Antropometria. Sociologia e Antropometria. 1a Questão No século XIX, alguns cientistas consideravam a miscigenação um erro. Dentre os cientistas que defendem esta ideia, podemos destacar: Isaac Newton Rene Descartes Levi Strauss Gobineau Darwin Gabarito Coment. 2a Questão Os embates científicos raciais se agravaram no Brasil após a abolição da escravidão, as discussões sobre raça e mestiçagem passaram a fazer parte da agenda dos assuntos ligados à cidadania brasileira. A simples importação de análises científicas feitas por europeus e estadunidenses deixou de ser suficiente. Mesmo partindo de lugares diferentes (o direito, a medicina e o jornalismo), Silvio Romero, Nina Rodrigues e Euclides da Cunha identificaram a diversidade racial ¿ principalmente a forte presença negra no Brasil ¿ como: Solução para que as palavras ordem e progresso, estampadas na bandeira do Brasil Colonial, de fato se transformassem em prática social; Solução para que as palavras ordem e progresso, estampadas na bandeira do Brasil República, de fato se transformassem em prática social; Entrave para que as palavras ordem e progresso, estampadas na bandeira do Brasil República, jamais se transformassem em prática social; Entrave para que as palavras ordem e progresso, estampadas na bandeira do Brasil República, de fato se transformassem em prática social; Entrave para que as palavras ordem e progresso, estampadas na bandeira do Brasil Imperial, de fato se transformassem em prática social; Explicação: É interessante perceber, como foram ricas e profundas as contribuições desses autores: Silvio Romero, Nina Rodrigues e Euclides da Cunha que em suas análises pesquisaram a questão da mestiçagem e o negro. Esses cientistas sociais, identificaram a diversidade racial, principalmente a forte presença negra no país e, verificaram como o ¿entrave para que as palavras ordem e progresso, estampadas na bandeira do Brasil República, de fato se transformassem em prática social¿. Portanto, a única proposição correta é a terceira. Gabarito Coment. 3a Questão Na literatura brasileira, indianismo é o termo que faz referência à idealização do indígena, por vezes retratado como um mítico herói nacional. Identifique abaixo a qual movimento literário pertence esta visão sobre os nativos: Romantismo indianista. Barroco indianista. Parnasianismo indianista. Realismo indianista. Simbolismo indianista. Explicação: O Romantismo, corrente da literatura difundida no Brasil a partir do século XIX possuía uma vertente de exaltação da nacionalidade. Nesta vertente o indígena ganhava destaque sendo enaltecido como herói nacional. 4aQuestão SOBRE A EUGENIA SERIA CORRETO AFIRMAR, EXCETO: VISAVA ENTRE OUTRAS COISAS O APERFEIÇOAMENTO DA RAÇA EM NOME DA EUGENIA FORAM ESTERILIZADOS APROXIMADAMENTE 36 MIL INDIVÍDUOS NOS EUA O PENSAMENTO EUGÊNICO NÃO ESTAVA ATRELADO A UMA VISÃO DE HIERARQUIZAÇÃO DAS RAÇAS FOI FUNDADA POR FRANCIS GALTON, PRIMO DE CHARLES DARWIN NA VISÃO DA EUGENIA OS MENOS APTOS(INFERIORES) DEVERIAM SER ELIMINADOS Explicação: Eugenia é a teoria que busca produzir uma seleção nas coletividades humanas, baseada em leis genéticas. Os europeus acreditavam que compunham um grupo humano puro, livre de hibridização, muito mais perto da perfeição e, justamente por isso, seriam responsáveis pela civilização dos demais grupos. 5a Questão "Além de atender uma demanda econômica, a entrada de imigrantes no Brasil integrava um ambicioso projeto de engenharia social dos intelectuais dessa época. Tomando a Europa como um grande modelo a ser copiado, muitos pensadores e políticos acreditavam que a imigração abriria portas para o gradual "branqueamento" da população brasileira. Nesse sentido, projetava-se a expectativa racista de diminuir a "negativa" presença de negros e mulatos na formação do povo brasileiro." Assinale a opção contendo somente intelectuais cujo pensamento pode ser identificado a essa afirmação? Caio Prado Júnior, Manoel Bonfim e Capistrano de Abreu. Gilberto Freyre, Nina Rodrigues e Silvio Romero. Nina Rodrigues, Euclides da Cunha e Silvio Romero Manoel Bonfim, Capistrano de Abreu e Florestan Fernandes. Euclides da Cunha, Caio Prado Júnior e Gilberto Freyre. Gabarito Coment. 6a Questão Há uma encruzilhada de três estradas sob a minha cruz de estrelas azuis: três caminhos se cruzam - um branco, um verde e um preto ¿ três hastes da grande cruz/ E o branco que veio do norte, e o verde que veio da terra, e o preto que veio do leste derivam, num novo caminho, completam a cruz/ unidos num só, fundidos num vértice.(Guilherme de Almeida, Raça.) Nessa visão poética da história do povo brasileiro, o autor critica o papel desempenhado pelos jesuítas sobre portugueses, índios e negros na época colonial. elogia o movimento nacionalista que resultou na implantação de regimes políticos autoritários no Brasil. refere-se ao domínio europeu e à condição subalterna dos africanos na formação da nacionalidade. expressa idéias e formas estéticas do movimento romântico do século XIX, que enaltecia a cultura negra. trata dos seus três grupos étnicos, presentes desde a colonização, mesclados numa síntese nacional. Explicação: A visão do Romantismo sobre a mistura racial é bem fantasiosa e idealizada. Desta forma, percebemos que existe uma idealização no processo de composição da sociedade, como se fosse igualitária. 7a Questão Marque entre as opções abaixo aquela que apresenta o nome de dois pensadores brasileiros que se dedicaram ao tema da miscigenação. Sérgio Buarque de Holanda e Caio Prado Jr. Caio Prado Jr e Gilberto Freyre. Gilberto Freyre e Arthur Ramos. Arthur Ramos e Florestan Fernandes. Sérgio Buarque de Holanda e Florestan Fernandes. Explicação: Esses autores realizaram seus estudos sobre a sociedade e cultura brasileira buscando entender que a miscigenação das três raças fazia parte da formação do Brasil. Essa visão que tomava a miscigenação como elemento fundametal para a análise da sociedade brasileira foi uma característica do pensamento social durante a década de 30. Gilberto Freyre escreveu o estudo Casa Grande e Senzala que alcançou grande repercussão no país e contribuiu para uma visão em que a convivência entre as raças no caso brasileiro teria sido menos violenta e mais conciliadora se comparada com outras nações da região. Gabarito Coment. 8a Questão "A posição não se limitava aos jorrnais. Nina Rodrigues publicava em 1894, As raças humanas e a responsabilidade penul no Brasil, onde não só defendia só a proeminência do médico na atuação penal, como advogava a existência de dois códigos no país - um para negros, outro para brancos -, correspondentes aos diferentes graus de evoluqão apresentados por esses dois grupos. Falando, portanto, de um lugar respeitado e privilegiado, esses intelectuais entendiam a questão nacional a partir da raça e do indivíduo, mascarando uma discussão mais abrangente sobre a cidadania, que se' impunha no contexto de implantação da jovem República." ( SCHWARCS , Lilia M. USOS E ABUSOS DA MESaIÇAGEM E DA MÇA NO BRASIL uma história das teorias raciais em finais do século XIX. ) O texto apresenta a análise da historiadora sobre um importante conjunto de ideias de finais do século XIX e X que enaltecia a diferença racial e a discriminação. Este conjunto de ideias foi conhecido como: teorias raciais. teorias etnológicas. teorias éticas. teorias etnográficas. teorias miscigenatórias. Explicação: As teorias raciais buscavam sempre tipificar uma determinada raça, e classifica-la como inferior, mostrando os quesitos pelos quais uma raça seria considerada superior. Com forte influencia europeia, as raças arianas eram sempre consideradas como superiores no referente as raças africanas, sempre pejoradas. 1a Questão "Do ponto de vista sociológico, o Brasil se constituiu sobre o mito da democracia racial principalmente depois da publicação de Casa grande e senzala de Gilberto Freyre (2003). De acordo com Florestan Fernandes (1965) o ideal de miscigenação fora difundido como mecanismo de absorção do mestiço não para a ascensão social do negro, mas para a hegemonia da classe dominante. " Analisando a passagem acima podemos afirmar que: o mito da democracia racial não melhorou a situação dos negros no período pós escravidão porque enfatizou os maus tratos sofridos por eles no período colonial. o mito da democracia racial melhorou a situação dos negros no período pós escravidão porque reforçou a ideia da convivência pacífica entre senhores e escravos. o mito da democracia racial não melhorou a situação dos negros no período pós escravidão porque enfatizou a luta dos cativos pela liberdade negada pelo dominador. o mito da democracia racial melhorou a situação dos negros no período pós escravidão apesar de reforçar a ideia da convivência pacífica entre senhores e escravos. o mito da democracia racial em nada melhorou a situação dos negros no período pós escravidão, ao contrário, reforçou a ideia de uma suposta convivência pacífica. Explicação: O mito da democracia racial, segundo leituras mais modernas não ajudou a diminuir as diferenças históricas alimentadas pela escravidão. Ajudou, na verdade, a perpetuar as diferenças ao forjar uma suposta convivência harmônica e pacífica onde o senhor era um bom senhor e o escravo, submisso. 2a Questão O conceito de alteridade é bastante empregado quando falamos das relações entre nativos e europeus. Podemos compreender esse conceito com a seguinte aplicação: aproximação em relação ao outro e tentativa de identificação. . afastamento em relação ao outro acompanhado de um sentimento de aversão. afastamento em relação ao outro e busca por assimilá-lo. afastamento e aproximação simultâneis em relação ao outro e preocupação em integrá-lo. aproximação em relação ao outro com respeito às suas peculiaridades. Explicação: O termo alteridade remete ao respeito às diferenças. Atualmente este termo tem sido trabalho como umdos princípios fundamentais para o respeito à diferença, se referindo a ética diante da diversidade cultural 3a Questão Parte dos estudos patrocinados pelo Projeto UNESCO comprovou a inexistência da Democracia Racial no Brasil. No entanto, os trabalhos feitos na década de 1970 realizaram importante critica a tais estudos, ao mostrar que os fatores econômicos que protagonizavam as análises não eram suficientes para responder as razões que levariam à discriminação racial no Brasil.diante disso, temos duas grandes cocnepções sobre o precocneito, entre elas a que influencio o Projeto de pesquisa da UNESCO FOI: preconceito de origem democracia racial a desconstrução do monopólio de Gilberto Freyre e Arthur Ramos abolicionismo preconceito de marca Explicação: Antônio Sérgio Guimarães pontuou duas grandes contribuições deste Projeto para os estudos das questões raciais no Brasil: a desconstrução do monopólio de Gilberto Freyre e Arthur Ramos, cuja autoridade analítica passou a ser dividida com outras correntes das ciências sociais como Donald Pierson e Florestan Fernandes. 4a Questão O Brasil se constituiu sobre o mito da democracia racial principalmente depois da publicação de Casa grande e senzala de Gilberto Freyre. Sobre este conceito podemos afirmar que: I - Pouco ajudou a melhorar a situação dos negros no Brasil ao forjar a ideia de uma convivência pacífica entre senhores e escravos. II - O mito da democracia defendia a tese de que os senhores não destratavam seus escravos e os escravos eram submissos ao seu senhor. III - A mestiçagem era uma prova cabal de que houve uma interação positiva entre senhores e escravos. Todas estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Apenas I está correta. Apenas I e III estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O mito da democracia racial, embora seja um marco para a Sociologia nacional, pouco auxiliou na melhoria da situação da população negra no Brasil. Ao indicar que a convivência entre negros escravos e colonizadores era harmônica, ele estabelece dois padrões: o do escravo submisso e o do senhor complacente. 5a Questão Sobre Arthur Ramos podemos afirmar que: Foi o responsável pela criação do mito da democracia racial no Brasil; Chamou a atenção para desigualdade socioeconômica vivida pelos negros na sociedade brasileira; Demonstrou a pequena participação do negro na sociedade brasileira; Negou a existência de mestiçagem e de sincretismo religioso no Brasil. Defendeu explicações biologizantes para explicar os comportamentos sociais dos afrodescendentes; Explicação: O autor demonstra que a desigualdade seria um fato que provocaria ausências, desposses e desigualdades que fomentam um abismo social econômico. Dessa forma, o autor, no que diz respeito à questão do negro no Brasil, Arthur Ramos não só trouxe importantes contribuições, como também chamou atenção para a desigualdade socioeconômica vivida por este setor da população brasileira. Segundo Luitgarde Barros, ao repudiar qualquer tipo de explicação biologizante dos comportamentos sociais, Arthur Ramos fez uma análise critica da obra de Nina Rodrigues, ao mesmo tempo em que foi seu principal divulgador. Em 1934, um ano após Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, Ramos publicou O Negro no Brasil (1940). Nele, o autor demonstrou a grande importância do negro na formação da sociedade brasileira, dando especial relevo à mestiçagem e ao sincretismo religioso. Gabarito Coment. 6a Questão No que se refere à construção da ideia de democracia racial e racismo no Brasil podemos afirmar que: I - o mito da democracia racial continua inquestionável no Brasil de hoje. II - A ideia de Gilberto Freyre de que havia uma democracia racial no Brasil nunca foi aceita. III - O racismo mascarado desempenhou importante papel na perpetuação das desigualdades no Brasil Apenas I e II estão corretas. Apenas I está correta. Apenas II está correta. Apenas III está correta. Apenas II e III estão corretas. Explicação: O racismo continua no Brasil e ainda, como denunciou Florestan Fernandes, de forma mascarada. Esta forma de disfarce ajudou a perpetuar diferenças e desigualdades e a teoria da democracia racial legitimou esta prática. Durante muiro tempo, esta teoria foi aceita e disseminada. Nos dias de hoje, contudo, os movimentos negros lutam para expurgá-la. 7a Questão Sobre a execução do projeto UNESCO, a única alternatica incorreta é: O projeto foi elaborado no contexto pós Segunda Guerra Mundial para tentar discutir a questão racial no Mundo. Parte dos resultados obtidos com as pesquisas do projeto atesataram a inexistência da Democracia Racial no Brasil. O projeto visava analisar as relações raciais no Brasil, que até então era visto como um local em que tal temática era harmoniosa. O projeto permitiu que muitos cientsitas sociais fizessem estudos comparados sobre as relações raciais no Brasil. O projeto visava analisar as relações raciais no Brasil, que era visto como um local extremamente racializado, sobretudo quando comparado com os EUA. Explicação: A UNESCO, ÓRGÃO INTERNACIONAL, MEDIANTE AO MITO DA DEMOCRACIA RACIAL, BUSCOU ENFATIZAR COMO TAIS PENSAMENTOS AINDA CONFIGURAM TODA UMA ESTRUTURA SOCIAL NO bRASIL. pORTANTO, ALÉM DE ANALISAR TAL FATO, BUSCOU NOVAS SAÍDAS DIANTE DO PRECOCNEITO RACIAL. 8a Questão Esta obra, publicada em 1933, rompe com o discurso racial que dominava as ciências humanas no país e inaugura um novo olhar sobre a miscigenação e as relações sociais e étnicas no Brasil. Ressalta a mestiçagem e defende a existência de um equilíbrio nas relações étnicas que caracterizaria o Brasil. Estamos falando de: Os Sertões, de Euclides da Cunha Cultura do povo brasileiro, de Manoel Bonfim O elemento português do Brasil de Silvio Romero Casa Grande e Senzala de Gilberto Freyre A origem das espécies, de Charles Darwin Explicação: A democracia racial, parte da ideia que haveria uma harmonia entre as raças no Brasil, devido a miscegenação e convivência harmoniosa. Tal paradigma surgio a partir do Livro Casa grande e Senzala de Gilberto Freyre. Por isso que as demais respostas estão incorretas. 1a Questão Antes de Gilberto Freyre, Manoel Bonfim defendeu a miscigenação brasileira, ele: Afirmava que a mestiçagem da sociedade brasileira impedia o progresso do país; Afirmava que inferioridade de raças não existia e que o progresso brasileiro só viria com a universalização da educação. Afirmava que somente a pureza de raça garantiria o progresso brasileiro; Afirmava que era necessário estimular a vinda de imigrantes europeus para o Brasil para ¿branquear¿ a população; Afirmava que a mestiçagem era a desgraça do Brasil. Explicação: Freyre defende quea miscegenação é o que caracteriza a identidade e formação do povo brasileiro e por isso haveria a democracia racial. É possível afirmar também que a grande inovação de Gilberto Freyre residiu, justamente, no exame equilibrado dos dois extremos da sociedade brasileira. Era a primeira vez que um estudo analisava as contribuições dos escravos negros e, consequentemente, das heranças africanas no Brasil - na mesma chave utilizada para falar de brancos e indígenas. Junto com essa nova abordagem, a forma por meio da qual Freyre construiu sua análise tambémo distanciava dos cientistas sociais da época. Escrito de forma ensaística, com uma narrativa que muitas vezes se confunde com romances do século XIX, Casa Grande e Senzala é um verdadeiro inventário da vida íntima brasileira. Segundo o autor, o Brasil nascera da tecnologia indígena empregada na produção da mandioca, do leite das amas negras que alimentaram os meninos das famílias patriarcais, das experiências sexuais desses mesmos meninos com as mulatas do país. A intimidade brasileira estava impregnada pela mestiçagem e isso não fazia o Brasil menos civilizado do que os países europeus. Na realidade, a mestiçagem era a brasilidade. Longe de esgotar as possibilidades de interpretação da polêmica obra clássica de Gilberto Freyre - o que seria uma tarefa hercúlea -, é importante pontuar o impacto que Casa Grande e Senzala trouxe para o cenário intelectual brasileiro. Já Manoel Bonfim, por sua vez, médico e educador, em 1905, Bomfim publicou um estudo no qual desvinculava o atraso do Brasil (e do restante da América Latina) à ideia de inferioridade racial. Embora fizesse uso de termos médicos e científicos, o autor propôs uma leitura sociológica da pretensa inferioridade do Brasil em relação aos países desenvolvidos da Europa. Era a primeira vez que a "incivilidade" brasileira não passava por questões relacionadas à diversidade racial que compunha o país. De tal forma, Bomfim não só defendia a miscigenação brasileira, como desacreditava na inferioridade das raças e assegurava que o Brasil só conseguiria mudar os rumos de sua história caso fizesse uma revolução baseada na universalização da educação. 2a Questão Em fins do século XIX e início do século XX, teóricos como Sílvio Romero, Nina Rodrigues e Euclides da Cunha, estudaram a sociedade brasileira e construíram um discurso que possibilitou o surgimento de teorias raciais científicas que desvalorizavam/inferiorizavam negros e mestiços. Qual foi a forma de pensamento existente que fundamentou tais teorias. O Iluminismo. O Evolucionismo. O Relativismo. O funcionalismo. O Idealismo. Explicação: O darwinismo social acredita na premissa da existência de sociedades superiores às outras e que, nessa condição, as que se sobressaem física e intelectualmente devem e acabam por se tornar as governantes, enquanto as outras - menos aptas - deixariam de existir porque não eram capazes de acompanhar a linha evolutiva da sociedade; entrariam em extinção acompanhando o princípio de seleção natural da Teoria da Evolução. Gabarito Coment. 3a Questão Na década de 1950, a UNESCO patrocinou um conjunto de pesquisas sobre as relações raciais no Brasil e concluiu que: No Brasil há oportunidades iguais para brancos, negros e mestiços; No Brasil, a discriminação racial está associada à discriminação econômica. Por ser uma sociedade mestiça, no Brasil não há discriminação racial; Por ser uma sociedade mestiça, no Brasil não há discriminação econômica; No Brasil não há discriminação racial, apenas econômica; Explicação: A relação do Brasil além de ter a questão da "cor da pele", por isso racial, tem econômica associando negro e pobreza como pares constantes na discriminação no Brasil. Parte dos estudos patrocinados pelo Projeto UNESCO comprovou a inexistência da Democracia Racial no Brasil. No entanto, os trabalhos feitos na década de 1970 realizaram importante critica a tais estudos, ao mostrar que os fatores econômicos que protagonizavam as análises não eram suficientes para responder as razões que levariam à discriminação racial no Brasil. Dito de outra forma, os estudos que se iniciaram na década de 1970 afirmavam que a raça (como construção social) era, sim, um fator de distinção na sociedade brasileira; o pertencimento a determinada classe não dava conta de explicar o racismo no Brasil. A aparente harmonia racial no Brasil fazia do país uma espécie de "laboratório vivo". De tal modo, os objetivos do Projeto UNESCO era determinar os fatores econômicos, sociais, políticos, culturais e psicológicos que favoreciam ou não a existência de relações harmoniosas entre raças e grupos étnicos. Para tanto, jovens cientistas sociais brasileiros e estrangeiros se incumbiram de analisar a significativa mobilidade e integração do negro na sociedade brasileira (GUIMARÃES, 2004). 4a Questão Em "A Integração do Negro na Sociedade de Classes", Florestan Fernandes analisou os meios pelos quais parte da população negra da cidade de São Paulo integrou-se à sociedade capitalista. Segundo o sociólogo: A maior parte dos homens e mulheres egressos do cativeiro teve modesta inserção na sociedade capitalista graças à cor da sua pele; A maior parte dos homens e mulheres egressos do cativeiro teve modesta inserção na sociedade capitalista graças aos casamentos mistos de brasileiros com os imigrantes europeus, sobretudo os italianos. A maior parte dos homens e mulheres egressos do cativeiro teve ampla inserção na sociedade capitalista graças à cor da sua pele; A maior parte dos homens e mulheres egressos do cativeiro teve rápida inserção na sociedade capitalista graças à sua boa aceitação dos patrões; A maior parte dos homens e mulheres egressos do cativeiro teve modesta inserção na sociedade capitalista graças à preguiça inerente aos afrodescendentes; Explicação: Em A integração do Negro na sociedade de Classes (1964), Florestan analisou os meios pelos quais parte da população negra da cidade de São Paulo integrou-se à sociedade capitalista. Ao trabalhar com inúmeros estudos de caso, o sociólogo mostrou que a maior parte dos homens e mulheres egressos do cativeiro teve uma modesta inserção na sociedade capitalista graças à cor da sua pele e à evidente preferência dos patrões por funcionários brancos. 5a Questão De acordo com Oracy Nogueira: A "cor branca facilita a ascensão social, porém, não a garante, por si mesma; de outro lado, a cor escura implica antes numa preterição social que numa exclusão incondicional de seu portador." (NOGUEIRA, 1988). Ou seja, segundo o autor: A cor da pele só influencia o desempenho socioeconômico de indivíduos que tenham entre 18 e 24 anos. A cor da pele e o desempenho socioeconômico dos indivíduos não estão relacionados; A cor da pele e o desempenho socioeconômico dos indivíduos estão em desacordo; A cor da pele não influencia o desempenho socioeconômico dos indivíduos; A cor da pele influencia o desempenho socioeconômico dos indivíduos; Explicação: Grosso modo, as conclusões de Oracy Nogueira apontavam que negros e mestiços compunham a grande maioria da população que exercia atividades subalternas, enquanto os brancos ocupavam lugar de destaque. De acordo com o próprio autor: "cor branca facilita a ascensão social, porém, não a garante, por si mesma; de outro lado, a cor escura implica antes numa preterição social que numa exclusão incondicional de seu portador " (NOGUEIRA, 1998). Observa-se, então, que, segundo as pesquisas de Oracy Nogueira, a cor da pele tinha forte inuência no desempenho socioeconômico dos indivíduos. 6a Questão Ao longo das décadas de 1920 e 1930, o médico baiano Artur Ramos de Pereira Araújo se destacou no pensamento social brasileiro, principalmente naquilo que se refere ao papel do negro na formação do Brasil. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta a síntese do pensamento de Artur Ramos de Pereira Araújo. Arthur Pereira Ramos de Araújo foi o principal representante brasileiro do darwinismo social, sendo o responsável pela inserçãode Cesare Lombroso no debate intelectual nacional. Artur Ramos Pereira de Araújo negou qualquer tipo de explicação biologizante dos comportamentos sociais, sendo especialmente crítico aos estudos de Nina Rodrigues. Artur Ramos Pereira de Araújo esteve alheio aos debates intelectuais, sendo tão somente um médico especializado nos estudos sobre a febre amarela. Junto com Caio Prado Jr, Artur Pereira de Araújo foi um dos principais representantes do marxismo brasileiro, principalmente naquilo que se refere aos estudos sobre as classes operárias. Artur Ramos Pereira de Araújo foi um defensor do higienismo cientificista, especialmente naquilo que se refere à afirmação da inferioridade racial do negro. Explicação: Tal autor demonstra o quanto é perigoso a construção de determinados argumentos no meio social que fomentariam e legitimariam a desigualdade social poir meio dos argumentos do determinismo biológico. Arthur Ramos de Pereira Araújo nasceu em Alagoas no ano de 1903, estudou medicina na Bahia e, com 23 anos, se fez médico ao defender a tese intitulada Primitivo e Loucura ¿ obra que recebeu elogios de importantes especialistas no assunto, como Sigmund Freud e Levi-Brhul. Desde cedo Arthur Ramos estreitou suas relações com a intelectualidade internacional e, durante a década de 1920, lecionou em diferentes universidades estadunidenses. Defensor ferrenho da Antropologia Participativa e utilizando inúmeros recursos metodológicos da psicologia e psiquiatria, Ramos atuou em diferentes áreas das ciências humanas, consagrando-se como um grande estudioso da cultura brasileira. No que diz respeito à questão do negro no Brasil, Arthur Ramos não só trouxe importantes contribuições, como também chamou atenção para a desigualdade socioeconômica vivida por este setor da população brasileira. Segundo Luitgarde Barros, ao repudiar qualquer tipo de explicação biologizante dos comportamentos sociais, Arthur Ramos fez uma análise critica da obra de Nina Rodrigues, ao mesmo tempo em que foi seu principal divulgador. Gabarito Coment. 7a Questão Observe as assertivas abaixo e indique aqueles que se referem ao mito da democracia racial. I - O mito da democracia racial é uma maneira de entender que somos uma sociedade hierarquizada, ou seja, possuímos os dominadores e os dominados. II - Para Gilberto Freyre, as relações entre brancos e negros sempre foram íntimas, carregadas de afeições, ainda que às vezes violentas e brutais. III - A teoria desenvolvida por Freyre atribui uma visão romantizada da realidade, tornando invisíveis várias formas de violência praticadas por brancos europeus em relação aos negros. Todas estão corretas. Apenas III está correta. Apenas I está correta. Apenas II está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O mito da democracia racial estabelece uma sociedade hierarquizada onde existem senhores e escravos. Apesar disso, segundo esta teses, as relações entre eles eram harmoniosas, íntimas, mesmo que ocorressem atos de violência de tempos em tempos. Desta forma, podemos dizer que a visão de Gilberto Freyre era romantizada, fantasiosa e escondia os atos brutais dos quais os escravos foram vítimas. 8a Questão Sabe ¿se que a sociedade brasileira foi edificada sobre o preconceito racial, o qual tem trazido muitas exclusões sociais e muitas lutas sociais. Desse modo, ao longo da constituição do povo brasileiro houve um pensamento paradigmal definido como democracia social, elaborado por: Castro Alves Roberto da Matta Florestan Fernandes Gilberto Freyre Darcy Ribeiro Explicação: A Democracia Racial foi elaborada pelo Giberto Freyre, a partir do seu livro Casa Grande e Senzala. Tal cocneito partia do princípio das diferentes raças conviverem harmoniosamente por ter a misceganação como base da formação do povo brasileiro. 1a Questão Em fins do século XIX e início do século XX, teóricos como Sílvio Romero, Nina Rodrigues e Euclides da Cunha, estudaram a sociedade brasileira e construíram um discurso que possibilitou o surgimento de teorias raciais científicas que desvalorizavam/inferiorizavam negros e mestiços. A respeito desses teorias podemos afirmar que: Herdeiras do evolucionismo, essas teorias explicaram a diversidade étnica e cultural do Brasil. Herdeiras do evolucoinismo, essas teorias serviram como base para explicar a colonização brasileira. Herdeiras do evolucionismo, essas teorias foram logo descartadas pela dificuldade em comprová- las. Herdeiras do evolucionismo, essas teorias raciais definiram, no Brasil, uma identidade nacional pautada na superioridade branca, legitimaram o passado escravista recente, e explicaram a não inserção política e social de determinados grupos, mesmo após a proclamação da República. Herdeiras do evolucionismo, essas teorias, no Brasil, vigoraram apenas entre o grupo citado pois não foi possível disseminá-la em amplos setores da sociedade. Explicação: O darwinismo social acredita na premissa da existência de sociedades superiores às outras e que, nessa condição, as que se sobressaem física e intelectualmente devem e acabam por se tornar as governantes, enquanto as outras - menos aptas - deixariam de existir porque não eram capazes de acompanhar a linha evolutiva da sociedade; entrariam em extinção acompanhando o princípio de seleção natural da Teoria da Evolução. Gabarito Coment. 2a Questão "Nos anos 1930, há um ponto de viragem no pensamento nacional, no qual a temática racial não deixa de ser central, mas é reconfigurada. (...) A mestiçagem passa a ser eleita como expressão nacional e, nesta interpretação, a obra Casa-Grande & Senzala de Gilberto Freyre é dotada de importância simbólica fundamental, valorizando as influências africanas, indígenas e portuguesas na consolidação de uma ideia de brasilidade singular e positivada." A teoria que se origina nesse momento, baseada na obra de Freyre é: Eugenia. Darwinismo social; Democracia plena; Freyrianismo; Democracia racial; Explicação: Esta ideologia serviu muito bem aos interesses políticos do governo getulista (marcado pelo nacionalismo e pelo populismo), que, embora difundisse a ideia do Brasil como um país desprovido de discriminação racial, deixava muito claro que cada raça tinha um lugar determinado a ocupar na sociedade brasileira. Só assim, a harmonia defendida por Freyre continuaria "reinando". Gabarito Coment. 3a Questão A miscigenação entre as diversas raças, no território brasileiro, tem sido historicamente usada como argumento para afirmação de inexistência de preconceito racial no Brasil. Assinale a teoria que melhor representa a afirmação. Teoria do Branqueamento; Teoria Eugênica; Teoria da Evolução. Darwinismo Social; Teoria da Democracia Racial; Explicação: Esta ideologia serviu muito bem aos interesses políticos do governo getulista (marcado pelo nacionalismo e pelo populismo), que, embora difundisse a ideia do Brasil como um país desprovido de discriminação racial, deixava muito claro que cada raça tinha um lugar determinado a ocupar na sociedade brasileira. Só assim, a harmonia defendida por Freyre continuaria "reinando". Gabarito Coment. 4a Questão A busca da identidade nacional brasileira foi um dos principais debates acadêmicos das primeiras décadas do século XX. Grandes intelectuais como Nina Rodrigues, profundamente influenciadospor estudos da Biologia, percebiam na miscigenação das raças os males da sociedade brasileira e o motivo do subdesenvolvimento do país. Contrário a essas ideias, Manoel Bomfim emerge com novas explicações para o atraso brasileiro fora das explicações biológicas. Marque a alternativa que contém a explicação de Bomfim para o atraso brasileiro. O atraso brasileiro é consequência do clima Tropical, predominante quente e úmido que fez surgir nos trópicos uma população preguiçosa e pouco inteligente. O atraso brasileiro reside na economia baseada na agricultura de exportação e na pouca industrialização do Brasil. O atraso brasileiro é decorrente da grande riqueza de seu subsolo de suas terras que causou o parasitismo de toda uma população. O atraso brasileiro deve-se sobretudo a grande presença de negros e mestiços na sua população. O atraso brasileiro deve-se a falta de investimentos do Governo na educação pública e no desenvolvimento de todo o conjunto de sua população. Explicação: Médico e educador, em 1905, Bomm publicou um estudo no qual desvinculava o atraso do Brasil (e do restante da América Latina) à ideia de inferioridade racial. Embora zesse uso de termos médicos e cientícos, o autor propôs uma leitura sociológica da pretensa inferioridade do Brasil em relação aos países desenvolvidos da Europa. Era a primeira vez que a "incivilidade" brasileira não passava por questões relacionadas à diversidade racial que compunha o país. De tal forma, Bomm não só defendia a miscigenação brasileira, como desacreditava na inferioridade das raças e assegurava que o Brasil só conseguiria mudar os rumos de sua história caso zesse uma revolução baseada na universalização da educação. Gabarito Coment. 5a Questão Manoel Bomfim, Arthur Ramos e Gilberto Freyre romperam com as ideias científicas racialistas do final do século XIX e início do século XX.Gilberto Freyre, com a publicação do seu Livro Casa Grande e Senzala, impactou o cenário intelectual da primeira metade do século XX ao analisar a mestiçagem de forma positiva. Segundo as ideias de Freyre: A mestiçagem deu origem a uma raça inferior. A mestiçagem era positiva pois acabava com as contradições entre a Casa Grande e a Senzala. A mestiçagem era a causa do atraso social e econômico brasileiro. A mestiçagem contribuiu para o fim das desigualdades raciais no Brasil. A mestiçagem era a brasilidade. A civilização genuinamente brasileira era mestiça. Explicação: Freyre em seus estudos constitui o conceito de miscegenação como base da formação do povo brasileiro, caracterizando o que identifica a sociedade brasileira. É possível afirmar também que a grande inovação de Gilberto Freyre residiu, justamente, no exame equilibrado dos dois extremos da sociedade brasileira. Era a primeira vez que um estudo analisava as contribuições dos escravos negros e, consequentemente, das heranças africanas no Brasil - na mesma chave utilizada para falar de brancos e indígenas. Junto com essa nova abordagem, a forma por meio da qual Freyre construiu sua análise também o distanciava dos cientistas sociais da época. Escrito de forma ensaística, com uma narrativa que muitas vezes se confunde com romances do século XIX, Casa Grande e Senzala é um verdadeiro inventário da vida íntima brasileira. Segundo o autor, o Brasil nascera da tecnologia indígena empregada na produção da mandioca, do leite das amas negras que alimentaram os meninos das famílias patriarcais, das experiências sexuais desses mesmos meninos com as mulatas do país. A intimidade brasileira estava impregnada pela mestiçagem e isso não fazia o Brasil menos civilizado do que os países europeus. Na realidade, a mestiçagem era a brasilidade. Longe de esgotar as possibilidades de interpretação da polêmica obra clássica de Gilberto Freyre - o que seria uma tarefa hercúlea -, é importante pontuar o impacto que Casa Grande e Senzala trouxe para o cenário intelectual brasileiro. Gabarito Coment. 6a Questão Do ponto de vista sociológico, o Brasil se constituiu sobre o mito da democracia racial [...] o ideal de miscigenação fora difundido como mecanismo de absorção do mestiço não para a ascensão social do negro, mas para a hegemonia da classe dominante. O mito da democracia racial assentou-se sobre dois fundamentos: 1) o mito do bom senhor; 2) o mito do escravo submisso. Um dos primeiros a difundir esta ideia no Brasil foi: Gilberto Freyre. Nina Rodrigues. Cesar Lombroso. José de Alencar. Darci Ribeiro Explicação: O mito da democracia racial foi difundido no Brasil principalmente depois da publicação de Casa grande e senzala de Gilberto Freyre 7a Questão Entre as opções abaixo, assinale aquela que apresenta o nome do autor responsável pela criação do polêmico argumento que definiu o Brasil como uma "democracia racial". Gilberto Freyre. Silvio Romero. Nina Rodrigues. Artur Ramos Pereira de Araújo Graça Aranha. Explicação: Gilberto Freyre ao escrever seu livro Casa grande e Senzala define a convivência harmoniosa entre as distintas raças e por isso haveria uma democracia racial. À forma menos determinista de compreender os processos sociais, Freyre adicionou as histórias que ouvira quando menino e uma dose cavalar de fontes documentais pouco exploradas até então. O resultado disso foi uma análise da sociedade e da história brasileira feita pelo e para o Brasil. Segundo o autor, o Brasil nascera da tecnologia indígena empregada na produção da mandioca, do leite das amas negras que alimentaram os meninos das famílias patriarcais, das experiências sexuais desses mesmos meninos com as mulatas do país. A intimidade brasileira estava impregnada pela mestiçagem e isso não fazia o Brasil menos civilizado do que os países europeus. Na realidade, a mestiçagem era a brasilidade. Longe de esgotar as possibilidades de interpretação da polêmica obra clássica de Gilberto Freyre - o que seria uma tarefa hercúlea -, é importante pontuar o impacto que Casa Grande e Senzala trouxe para o cenário intelectual brasileiro. Se por um lado Nina Rodrigues foi o primeiro intelectual a fazer um estudo sistêmico da presença africana no Brasil, Freyre foi o primeiro que apresentou essa herança africana de forma positiva e em profundo diálogo com as demais esferas formativas do país. Dito de outra forma, Freyre introduziu uma ideia de civilização genuinamente nacional, na qual as ascendências indígena e africana compartilhavam com a europeia o protagonismo na trajetória brasileira. Se difencidis demais autores, das alternativas, e por isso respostas erradas. Gabarito Coment. 8a Questão (Enem PPL) A população negra teve que enfrentar sozinha o desafio da ascensão social, e frequentemente procurou fazê-lo por rotas originais, como o esporte, a música e a dança. Esporte, sobretudo o futebol, música, sobretudo o samba, e dança, sobretudo o carnaval, foram os principais canais de ascensão social dos negros até recentemente. A libertação dos escravos não trouxe consigo a igualdade efetiva. Essa igualdade era afirmada nas leis, mas negada na prática. Ainda hoje, apesar das leis, aos privilégios e arrogâncias de poucos correspondem o desfavorecimento e a humilhação de muitos. CARVALHO, J. M. Cidadania no Brasil: o longo caminho. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2006. (adaptado) Em relação ao argumento de que no Brasil existe uma democracia racial, o autor demonstra que esse modelo de democraciafoi possibilitado pela miscigenação. essa dinâmica política depende da participação ativa de todas as etnias. essa ideologia equipara a nação a outros países modernos. esse mito camuflou formas de exclusão em relação aos afrodescendentes. essa peculiaridade nacional garantiu mobilidade social aos negros. Explicação: O autor do texto refuta a ideia de que existia uma democracia racial. Ele assinala que coube à população negra e mestiça buscar alternativas de ascensão, através do samba, do futebol, ou seja, em áreas bem específicas. Desta forma, a suposta harmonia nas relações escravos e senhores era inexistente e camufla a verdade da exclusão perpetuada. 1a Questão Manoel Bonfim foi um pensador atípico no cenário intelectual brasileiro da transição do século XIX para o século XX. Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta as especificidades do pensamento de Manoel Bonfim. Manoel Bonfim era o único pensador brasileiro da época que não era sócio do Instituto Histórico e Geográfico brasileiro. Manoel Bonfim afirmou o princípio da inferioridade racial do brasileiro através de argumentos pretensamente científicos. Manoel Bonfim era o único pensador brasileiro da época que criticava a influência da Igreja Católica na formação da nação brasileira. Manoel Bonfim negou o princípio da inferioridade racial do brasileiro utilizando argumentos sociológicos para interpretar a realidade nacional. Manoel Bonfim foi o primeiro a utilizar as categorias do marxismo na interpretação da realidade brasileira. Explicação: Manoel Bonfim partindo de pressupostos teóricos desmistifica a democracial racial e o determinismo que hierarquiza as diferenças raciais. Médico e educador, em 1905, Bomfim publicou um estudo no qual desvinculava o atraso do Brasil (e do restante da América Latina) à ideia de inferioridade racial. Embora fizesse uso de termos médicos e científicos, o autor propôs uma leitura sociológica da pretensa inferioridade do Brasil em relação aos países desenvolvidos da Europa. Era a primeira vez que a "incivilidade" brasileira não passava por questões relacionadas à diversidade racial que compunha o país. De tal forma, Bomfim não só defendia a miscigenação brasileira, como desacreditava na inferioridade das raças e assegurava que o Brasil só conseguiria mudar os rumos de sua história caso fizesse uma revolução baseada na universalização da educação Gabarito Coment. 2a Questão Parte dos estudos patrocinados pelo Projeto UNESCO comprovou a inexistência da Democracia Racial no Brasil. No entanto, os trabalhos feitos na década de 1970 realizaram importante critica a tais estudos, ao mostrar que os fatores econômicos que protagonizavam as análises não eram suficientes para responder as razões que levariam à discriminação racial no Brasil.diante disso, temos duas grandes cocnepções sobre o precocneito, entre elas a que influencio o Projeto de pesquisa da UNESCO FOI: preconceito de origem a desconstrução do monopólio de Gilberto Freyre e Arthur Ramos abolicionismo democracia racial preconceito de marca Explicação: Antônio Sérgio Guimarães pontuou duas grandes contribuições deste Projeto para os estudos das questões raciais no Brasil: a desconstrução do monopólio de Gilberto Freyre e Arthur Ramos, cuja autoridade analítica passou a ser dividida com outras correntes das ciências sociais como Donald Pierson e Florestan Fernandes. 3a Questão O conceito de alteridade é bastante empregado quando falamos das relações entre nativos e europeus. Podemos compreender esse conceito com a seguinte aplicação: afastamento em relação ao outro e busca por assimilá-lo. afastamento em relação ao outro acompanhado de um sentimento de aversão. aproximação em relação ao outro com respeito às suas peculiaridades. aproximação em relação ao outro e tentativa de identificação. . afastamento e aproximação simultâneis em relação ao outro e preocupação em integrá-lo. Explicação: O termo alteridade remete ao respeito às diferenças. Atualmente este termo tem sido trabalho como um dos princípios fundamentais para o respeito à diferença, se referindo a ética diante da diversidade cultural 4a Questão "Do ponto de vista sociológico, o Brasil se constituiu sobre o mito da democracia racial principalmente depois da publicação de Casa grande e senzala de Gilberto Freyre (2003). De acordo com Florestan Fernandes (1965) o ideal de miscigenação fora difundido como mecanismo de absorção do mestiço não para a ascensão social do negro, mas para a hegemonia da classe dominante. " Analisando a passagem acima podemos afirmar que: o mito da democracia racial não melhorou a situação dos negros no período pós escravidão porque enfatizou os maus tratos sofridos por eles no período colonial. o mito da democracia racial em nada melhorou a situação dos negros no período pós escravidão, ao contrário, reforçou a ideia de uma suposta convivência pacífica. o mito da democracia racial não melhorou a situação dos negros no período pós escravidão porque enfatizou a luta dos cativos pela liberdade negada pelo dominador. o mito da democracia racial melhorou a situação dos negros no período pós escravidão apesar de reforçar a ideia da convivência pacífica entre senhores e escravos. o mito da democracia racial melhorou a situação dos negros no período pós escravidão porque reforçou a ideia da convivência pacífica entre senhores e escravos. Explicação: O mito da democracia racial, segundo leituras mais modernas não ajudou a diminuir as diferenças históricas alimentadas pela escravidão. Ajudou, na verdade, a perpetuar as diferenças ao forjar uma suposta convivência harmônica e pacífica onde o senhor era um bom senhor e o escravo, submisso. 5a Questão O Brasil se constituiu sobre o mito da democracia racial principalmente depois da publicação de Casa grande e senzala de Gilberto Freyre. Sobre este conceito podemos afirmar que: I - Pouco ajudou a melhorar a situação dos negros no Brasil ao forjar a ideia de uma convivência pacífica entre senhores e escravos. II - O mito da democracia defendia a tese de que os senhores não destratavam seus escravos e os escravos eram submissos ao seu senhor. III - A mestiçagem era uma prova cabal de que houve uma interação positiva entre senhores e escravos. Apenas II e III estão corretas. Apenas I e III estão corretas. Apenas I está correta. Todas estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O mito da democracia racial, embora seja um marco para a Sociologia nacional, pouco auxiliou na melhoria da situação da população negra no Brasil. Ao indicar que a convivência entre negros escravos e colonizadores era harmônica, ele estabelece dois padrões: o do escravo submisso e o do senhor complacente. 6a Questão Sobre Arthur Ramos podemos afirmar que: Chamou a atenção para desigualdade socioeconômica vivida pelos negros na sociedade brasileira; Negou a existência de mestiçagem e de sincretismo religioso no Brasil. Demonstrou a pequena participação do negro na sociedade brasileira; Defendeu explicações biologizantes para explicar os comportamentos sociais dos afrodescendentes; Foi o responsável pela criação do mito da democracia racial no Brasil; Explicação: O autor demonstra que a desigualdade seria um fato que provocaria ausências, desposses e desigualdades que fomentam um abismo social econômico.Dessa forma, o autor, no que diz respeito à questão do negro no Brasil, Arthur Ramos não só trouxe importantes contribuições, como também chamou atenção para a desigualdade socioeconômica vivida por este setor da população brasileira. Segundo Luitgarde Barros, ao repudiar qualquer tipo de explicação biologizante dos comportamentos sociais, Arthur Ramos fez uma análise critica da obra de Nina Rodrigues, ao mesmo tempo em que foi seu principal divulgador. Em 1934, um ano após Casa Grande e Senzala, de Gilberto Freyre, Ramos publicou O Negro no Brasil (1940). Nele, o autor demonstrou a grande importância do negro na formação da sociedade brasileira, dando especial relevo à mestiçagem e ao sincretismo religioso. Gabarito Coment. 7a Questão No que se refere à construção da ideia de democracia racial e racismo no Brasil podemos afirmar que: I - o mito da democracia racial continua inquestionável no Brasil de hoje. II - A ideia de Gilberto Freyre de que havia uma democracia racial no Brasil nunca foi aceita. III - O racismo mascarado desempenhou importante papel na perpetuação das desigualdades no Brasil Apenas I está correta. Apenas III está correta. Apenas I e II estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Apenas II está correta. Explicação: O racismo continua no Brasil e ainda, como denunciou Florestan Fernandes, de forma mascarada. Esta forma de disfarce ajudou a perpetuar diferenças e desigualdades e a teoria da democracia racial legitimou esta prática. Durante muiro tempo, esta teoria foi aceita e disseminada. Nos dias de hoje, contudo, os movimentos negros lutam para expurgá-la. 8a Questão Sobre a execução do projeto UNESCO, a única alternatica incorreta é: Parte dos resultados obtidos com as pesquisas do projeto atesataram a inexistência da Democracia Racial no Brasil. O projeto permitiu que muitos cientsitas sociais fizessem estudos comparados sobre as relações raciais no Brasil. O projeto visava analisar as relações raciais no Brasil, que era visto como um local extremamente racializado, sobretudo quando comparado com os EUA. O projeto foi elaborado no contexto pós Segunda Guerra Mundial para tentar discutir a questão racial no Mundo. O projeto visava analisar as relações raciais no Brasil, que até então era visto como um local em que tal temática era harmoniosa. Explicação: A UNESCO, ÓRGÃO INTERNACIONAL, MEDIANTE AO MITO DA DEMOCRACIA RACIAL, BUSCOU ENFATIZAR COMO TAIS PENSAMENTOS AINDA CONFIGURAM TODA UMA ESTRUTURA SOCIAL NO bRASIL. pORTANTO, ALÉM DE ANALISAR TAL FATO, BUSCOU NOVAS SAÍDAS DIANTE DO PRECOCNEITO RACIAL. 1a Questão Sobre a influência das culturas afro-descendente e indígena na composição atual da sociedade brasileira, é correto afirmar: Que a cultura indígena marca com sua influencia a nossa sociedade, enquanto a afro-descendente desapareceu completamente. Que a cultura afro-descendente marca com sua influência a nossa sociedade, enquanto a indígena desapareceu completamente. Que ambas foram completamente aniquiladas e completamente apagadas do nosso registro histórico. Que a indígena está presente apenas em nomes de ruas, bairros e cidades e que a africana exclusivamente na música e nas danças. Que estas culturas permanecem muito presentes em nossa composição atual. Podendo estas serem notadas em hábitos culinários, lingüísticos, religiosos, bem como outras formas culturais. Explicação: O aluno deverá demonstrar que conhece as contribuições culturais dos indígenas e dos afro- descendentes para a cultura brasileira. O costume de descansar em redes é outra herança dos povos indígenas Além da influência indígena na culinária brasileira, herdamos também a crença nas práticas populares de cura derivadas das plantas. Por isso sempre se recorre ao pó de guaraná, ao boldo, ao óleo de copaíba, à catuaba, à semente de sucupira, entre outros, para curar alguma enfermidade. A culinária brasileira herdou vários hábitos e costumes da cultura indígena, como a utilização da mandioca e seus derivados (farinha de mandioca, beiju, polvilho), o costume de se alimentar com peixes, carne socada no pilão de madeira (conhecida como paçoca) e pratos derivados da caça (como picadinho de jacaré e pato ao tucupi), além do costume de comer frutas (principalmente o cupuaçu, bacuri, graviola, caju, açaí e o buriti). A bagagem cultural africana marcou profundamente nossa história, além do óbvio, conta Costa e Silva. ¿Devemos aos africanos a forma de construir a casa rústica; importantes técnicas agrícolas e pecuárias; as forjas de ferro; a maneira de peneirar o ouro nos garimpos; o modo de nos comportarmos, de gostar da rua. A influência é rural e urbana. Recebemos milhares de africanos de regiões diferentes, em períodos distintos, e cada povo deixou um legado. O povo da Alta Guiné tinha a cultura do arroz, e quando foi trazido para o Maranhão, deixou lá essa marca. O forte na Costa do Benin era o inhame, o dendê e a malagueta, e como eles vieram para a Bahia, o dendê se tornou uma marca da região. Cabe destacar também que a influência foi recíproca, pois o povo africano herdou de nós a mandioca, a batata-doce, o caju e o abacaxi. Na música temos o samba, o maracatu, o frevo¿ 2a Questão Sobre a a formação da identidade brasileira podemos afirmar que: Sem negar que diferentes culturas deram origem ao brasileiro é, entretanto, necessário perceber que as relações entre esses diferentes povos não foi pacífica, conflitos, hierarquizações, desigualdades, injustiças e discriminações ocorreram. Que índios, negros e brancos desempenharam um papel semelhante pois a relação entre as três etnias se deu de forma pacífica. Sem negar a contribuição cultural de brancos e negros, a cultura indígena prevaleceu sobre ambas por que os índios enquanto nativos tinham um conheciemento maior da terra. A junção das três culturas originou um povo mestiço e orgulhoso do fato das relações entre os três povos terem acontecido de forma pacífica, sem conflitos, hierarquizações, desigualdades, injustiças e discriminações. Sem negar a contribuição cultural de negros e índios, o português, por ser o colonizador, impôs sua cultura sobre as duas outras etnias eliminando qualquer traço das mesmas. Explicação: Essa questão pode ser vista nas diversas Revoltas que ocorreram e também na prática do racismo na sociedade brasileira. É preciso entender os conflitos que estiveram envolvidos na formação do Brasil, questionando o modelo da miscigenação que buscava ressaltar a pacífica convivência entre os distintos elementos que formaram a identidade brasileira. 3a Questão O SPI (Serviço de Proteção ao Índio) fez o trabalho inicial em relação ao modelo de proteção aos indígenas. Um dos nomes que aparece como destaque neste período é: Noel Nutels. General Rondon. Roberto da Matta. Rui Sabino. Darci Ribeiro. Explicação: Um dos principais nomes do SPI (Serviço de Proteção ao Índio) em seus primeiros tempos era o General Rondon. 4a Questão Sobre a questão indígena na contemporaneidade brasileira podemos afirmar: Estipulados em uma população de aproximadamente um milhão de indivíduos, os indígenas hoje buscam o enfrentamento direto e armado com o Estado porque ainda sofrem grandes obstáculos no exercício de sua autonomia. Embora a presença indígena e o legado por eles deixado na história e nos costumes dos brasileiros sejam cada vezmais reconhecidos, ainda falta muito para que sua integração seja feita de forma efetiva, levando em consideração não só os interesses da União, mas a diversidade indígena em suas múltiplas facetas. Os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade atual. A busca de compreensão da cultura indígena sempre foi uma preocupação dos governos brasileiros. Até 2004, cerca de 100% das terras indígenas foram demarcadas. A demarcação das terras é o procedimento legal pelo qual a União determina oficialmente os limites de uma área indígena. Explicação: A questão salienta que a preservação indígena já atingiu melhores patamares de debate, contudo, ainda devemos caminhar no que tange à integração desta população. Gabarito Coment. 5a Questão Sobre a política nacional indigenista nacional é incorreto afirmar que: garantia aos povos indígenas isolados do exercício de sua liberdade e de suas atividades tradicionais sem a obrigatoriedade de contatá-los. garantia da proteção e conservação do meio ambiente nas terras indígenas. respeito ao cidadão indígena, suas comunidades e organizações. reconhecimento da organização social, costumes, línguas, crenças e tradições dos povos indígenas. aceleração do processo de integração dos povos indígenas à civilização nacional. Explicação: Segundo o Estatuto dos Índios a aceleração do processo de integração dos povos indígenas à civilização nacional não é algo desejável. Devemos respeitar suas especificidades e características. 6a Questão O que a ECO-92 representou para as populações indígenas no que diz respeito à sua relação com questões da modernidade? Reconheceu as práticas de cultivo indígenas como preservadoras da biodiversidade e determinou a aplicação das mesmas fora das reservas. Representou uma série de incentivos financeiros constantes às populações indígenas de áreas preservadas, das quais se tornaram então responsáveis e cuidadoras. Dentro do contexto do meio ambiente também foram incluídas temáticas relativas a saneamento básico, tratamento de esgoto, despoluição de rios, lagoas, baías e oceanos, reciclagem de lixo etc., ou seja medidas que possibilitassem não só a proteção do meio ambiente mas também melhorassem a qualidade de vida, inclusive de populações indígenas que estivessem alijadas desses serviços. Representou maiores ofertas de trabalho para os indígenas, já que incentivou a transferência de empresas para regiões das reservas. A ECO-92 ensinou às populações indígenas como lidar com o meio-ambiente de uma maneira contemporânea, desconstruindo velhos hábitos que se mostravam predatórios. Explicação: A contextualização da questão sinaliza que a ECO 92, representou para as populações indígenas no que diz respeito à sua relação com questões da modernidade. Ela trouxe temáticas pertinentes para toda população mundial e que também tornaram-se demandas para os grupos indígenas como despoliução dos rios, saneamento e preservação. O intuito seria melhor as condições de sobrevivência destes grupos. Gabarito Coment. 7a Questão Lei nº 5.371 foi criada em de 5 de Dezembro de 1967 e tem como objetivo estabelecer um órgão do governo brasileiro que lida com todas as questões referentes às comunidades indígenas e às suas terras INDIO EM AÇÂO FUNABEM ENADE ENEM FUNAI Explicação: A FUNAI substitui o SPI no que tange à proteção da população indígena e seus valores. Este órgão foi criado na década de 60. Gabarito Coment. 8a Questão Podemos dizer que a influência da cultura indígena pode ser percebida de forma mais claro em algumas regiões do Brasil, como por exemplo: o norte e o sul. o norte e o nordeste. o centro-oeste e o sudeste. o sul e o sudeste. o norte e o centro-oeste. Explicação: A população indígena, ao longo da colonização, tendeu a migrar para áreas mais interiorizadas com o propósito de escapar do assédio europeu. Desta forma, as regiões Centro-Oeste e Norte mantiveram mais traços e costumes indígenas em comparação com as demais. 1a Questão Sobre a participação das comunidades indígenas na ECO-92, é correto afirmar: Sua participação não se limitou a apenas este evento. Os povos indígenas realizaram ações e eventos paralelos para definir estratégias de lutas e de apresentação de suas propostas. Não desejavam ser considerados vítimas, mas sim, assumir responsabilidades sobre suas ações, assim como ser consultados quanto a políticas públicas e decisões que venham a interferir em seu território e sua cultura. Sua participação não foi permitida, uma vez que a organização do evento não acreditava que poderiam contribuir com o mesmo. Não houve participação alguma de indígenas na Conferência, pois eles não reconheciam aquele espaço como legítimo para debater suas questões. Houve uma participação massiva de indígenas de todas as regiões do país, que viam na Conferência o único canal de negociação possível e legítimo para suas questões. A eco-92 nada acrestou sobre os direitos indígenas e os referentes à terra. Explicação: A população indígena não restringiu sua atuação a este evento. Várias lideranças buscam alterar o papel de vitimismo a eles atribuído, configurando também sua responsabilidade como atores da História. Gabarito Coment. 2a Questão "O Brasil não terá índios no final do século XXI (...) E por que isso? Pela razão muito simples que consiste no fato de o índio brasileiro não ser distinto das demais comunidades primitivas que existiram no mundo. A história não é outra coisa senão um processo civilizatório, que conduz o homem, por conta própria ou por difusão da cultura, a passar do paleolítico ao neolítico e do neolítico a um estágio civilizatório." (Hélio Jaguaribe, cientista político, Folha de S. Paulo, 2 de setembro de 1994) Pode-se afirmar, segundo o texto, que: Jaguaribe é de opinião que, até o final do século XXI, seja feita uma limpeza étnica no Brasil. Jaguaribe acredita na inevitabilidade do processo de aculturação dos índios e de sua incorporação à sociedade brasileira. Jaguaribe propõe ideias inadequadas, pois deseja o confinamento de tribos. Jaguaribe propõe que haja integração e que ela resulte de decisão autônoma das comunidades indígenas. A ideia de Jaguaribe é anticonstitucional, pois fere o direito à identidade cultural dos índios. Explicação: Jaguaribe entende que, como qualquer grupo humano, os indígenas serão integrados. Segundo ele, este seria um processo natural e já vivenciado na trajetória evolutiva de outros segmentos. Gabarito Coment. 3a Questão Na ata de criação do SPI consta o nome do órgão como Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos Trabalhadores Nacionais. O objetivo era, portanto, aproveitar a mão de obra indígena na agricultura e adaptar os nativos ao convívio em sociedade. Para isso foram criadas escolas e oficinas de trabalho - e também se construíram casas. As aldeias foram fragmentadas, separando famílias e misturando etnias. Assinale a reposta que MELHOR DEFINE o resultado dessa iniciativa. O SPI impediu o extermínio da população nativa, protegendo fisicamente os índios em áreas demarcadas. Mas o projeto de integração foi prejudicial para a aculturação indígena.O SPI impediu o extermínio da população nativa, protegendo fisicamente os índios em áreas demarcadas. Mas o projeto de integração fomentou a disseminação da cultura indígena. O SPI promoveu o extermínio da população nativa, ameaçando fisicamente os índios em áreas demarcadas. Mas o projeto de integração foi prejudicial para a cultura indígena. O SPI impediu o extermínio da população nativa, protegendo fisicamente os índios em áreas demarcadas. Mas o projeto de integração foi prejudicial para o desenvolvimento econômico nos estados onde ficavam essas áreas. O SPI impediu o extermínio da população nativa, protegendo fisicamente os índios em áreas demarcadas. Mas o projeto de integração foi prejudicial para a cultura indígena. Explicação: Por ser o primeiro órgão criado com a intenção de proteger a população indígena, ainda gozava de certo amadorismo em suas ações. Desta forma, a preservação indígena era a prioridade, sem a preocupação com a manutenção de seus valores culturais. 4a Questão O Movimento negro unificado se posicionou contra as teorias de branqueamento, social e culturalmente, defendendo: A criação de instituições voltadas, exclusivamente, para a educação de afrodescendentes. O direito de voto dos negros A assimilação dos negros na sociedade, com a adoção de valores europeus estabelecidos como a religião católica. A adoção do cristianismo como valor nacional A Valorização das tradições de origem africana Explicação: Essa questão pode ser vista no slide 5 da aula 8 Movimento Negro Unificado: ¿Outra perspectiva ideológica: valorização da cultura afro-brasileira. ¿Palavra de ordem: ¿derrubar o mito da democracia racial¿. ¿¿Consciência negra¿. Gabarito Coment. 5a Questão Qual era o principal objetivo da Serviço de Proteção ao Índio (SPI)? Proteger os índios da escravidão que estava ocorrendo no Sul do Brasil e promover a integração dos mesmos, transformando-os em proprietários rurais ou urbanos; Transformá-los em trabalhadores braçais da ferrovia Madeira-Mamoré; Proteger os índios da escravidão que estava ocorrendo no Norte do Brasil e promover a integração dos mesmos, transformando-os em proprietários rurais ou urbanos; Eliminar os posseiros que ameaçavam invadir reservas indígenas da região sul do país. Proteger os trabalhadores que construíam a ferrovia Madeira-Mamoré dos ataques de tribos hostis; Explicação: O SPI foi a primeira iniciativa para proteção indígena. Desta forma, atacava problemas mais urgentes como a utilização da mão de obra indígena em condições adversas. Tentava integrar esta população sem qualquer preocupação com a preservação da sua cultura. Gabarito Coment. 6a Questão O movimento negro tem atuado de forma decisiva no debate das questões raciais brasileiras. Ainda que pesquisas acadêmicas já apontassem para a existência de preconceito racial na sociedade, coube ao movimento negro: Estimular as pesquisas acadêmicas sobre o assunto, restringindo a questão racial ao debate nesta esfera. Propor a ampliação das cotas, não somente raciais, mas também por gênero. Defender o princípio da democracia racial, exposto por Gilberto Freyre. Rejeitar as politicas afirmativas, o que tem levado a extinção das politicas de cotas. O papel de ampliar esta discussão, trazendo estas questões para a esfera publica que se traduziriam na pressão pelas leis contra as praticas racistas. Explicação: Como pode ser visto em nossa aula teletransmitida e também no slide 3 da aula 8, o Movimento Negro busca uma forma de denunciar as práticas racistas e pressionar o poder público para proteger aqueles que são vítimas dessa realidade social brasileira. Gabarito Coment. 7a Questão No tocante a questão indígena, a Constituição Brasileira propôs diversas inovações, dentre as quais podemos citar: A demarcação de terras indígenas desconsiderando as regiões originais que as tribos habitavam. A escolha aleatória de terras para a demarcação das reservas indígenas. A inserção do índio no mercado de trabalho. A obrigatoriedade do ensino religioso nas terras indígenas O reconhecimento da diversidade cultural indígena e do direito a preservação de suas tradições. Explicação: A Constituição reconheceu que os grupos indígenas são diversos entre si e que possuem características culturais que necessitam ser sistematicamente mantidas e preservadas. Gabarito Coment. 8a Questão "...aquela parcela da população brasileira que apresenta problemas de inadaptação à sociedade brasileira, motivados pela conservação de costumes, hábitos ou meras lealdades que a vinculam a uma tradição pré- colombiana.". Esta definição, presente no texto "Culturas e línguas indígenas do Brasil", é de qual antropólogo brasileiro? Silvio Romero Roberto da Matta Fernando Henrique Cardoso Darcy Ribeiro Nina Rodrigues Explicação: A resposta da questão está na aula online 8 Na década de 1950, o antropólogo brasileiro Darcy Ribeiro baseou-se na definição elaborada pelos participantes do II Congresso Indigenista Interamericano, no Peru, em 1949, para assim definir, no texto "Culturas e línguas indígenas do Brasil 1a Questão Em relação às terras tradicionalmente ocupadas pelos índios podemos afirmar que: Na legislação brasileira terra indígena é "a terra tradicionalmente ocupada pelos índios, por eles habitada em caráter permanente, utilizada para as suas atividades produtivas, imprescindível à preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem-estar e para à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições." As terras indígenas poderão, com autorização do Congresso Nacional e ouvidas as comunidades afetadas, ter seus recursos hídricos aproveitados, excluídos os potenciais energéticos, ficando-lhes contudo assegurada participação nos resultados da lavra, na forma da lei. As terras indígenas terão prioridade na autorização ou concessão para pesquisa e lavra dos recursos e jazidas de minerais garimpáveis, nas áreas onde estejam atuando, as cooperativas de atividade garimpeira. As terras indígenas são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis, ressalvadas as hipóteses previstas em lei complementar. As terras indígenas poderão, após deliberação do Congresso Nacional, ser desocupadas em caso de catástrofe ou epidemia que ponha em risco sua população, ou no interesse da soberania do País, garantido, em qualquer hipótese, o retorno imediato logo que cesse o risco. Explicação: No enunciado da questão, fica evidente que se trata das terras indígenas ocupadas tradicionalmente. Portanto, as terras estabelecidas como indígenas são aquelas que foram historicamente ocupadas por esta população. Onde exercem suas práticas de sobrevivência e manutenção dos seus valores culturais. Gabarito Coment. 2a Questão O movimento negro unificado sofreu influencias, sobretudo: Das ideias de assimilação do período Vargas Do movimento francês anti-apartheid Do mito da democracia racial Do movimento negro norte americano Da Frente Negra Chilena Explicação: Essa resposta pode ser vista no slide 4 da aula 8 Movimento Negro Unificado (1978) ¿Influência de movimentos negros de outros contextos (em especial,norte-americano). ¿Impacto das pesquisas sociológicas sobre as desigualdades raciais. ¿O MNU apontava o negro como vítima da discriminação no trabalho, na abordagem policial e em outros âmbitos da sociedade. Gabarito Coment. 3a Questão O Serviço de Proteção aos Índios e Localização dos Trabalhadores Nacionais (SPILTN, a partir de 1918 apenas SPI) foi criado, a 20 de junho de 1910, pelo Decreto nº 8.072, tendo por objetivo prestar assistência a todos os índios do território nacional (Oliveira, 1947). O projeto do SPI instituía a assistência leiga, procurando afastar a Igreja Católica da catequese indígena, seguindo a diretriz republicana de separação Igreja-Estado. A idéia de transitoriedade do índio (Oliveira, 1985) orientava esse projeto: a política indigenista adotada iria civilizá-lo, transformaria o índio num trabalhador nacional. A partir da leitura do texto acima, podemos aferir que: I - Havia a preocupação com a integração do indígena na sociedade respeitando seus valores e seus costumes. II - Havia a preocupação com a integração do indígena na sociedade estabelecendo um projeto de civilizar os nativos. III - O SNI buscava afastar a Igreja dos indígenas seguindo as premissas do Estado laico. Apenas III está correta. Apenas I e III estão corretas. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Explicação: O SNI foi criado no início do século XX e tinha como propósito integrar os indígenas à sociedade brasileira. Entretanto, esta integração se daria sem respeitar seus hábitos e costumes; ao contrário, pretendia eliminar estes elementos sob a desculpa de "civilizá-los". Além disso, levando em consideração a premissa de que somos um Estado laico, ou seja, sem religião oficial, promovia um afastamento da Igreja Católica e das suas atividades de catequese das comunidades indígenas. 4a Questão No que diz respeito à demarcação das terras tradicionalmente ocupadas pelos índios podemos afirmar que: I - Terra Indígena (TI) é uma porção do território nacional, de propriedade da União, habitada por um ou mais povos indígenas, por ele(s) utilizada para suas atividades produtivas II - Terra Indígena é uma porção imprescindível à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e necessária à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. III - Por se tratar de um bem da União, a terra indígena é inalienável e indisponível, e os direitos sobre ela são imprescritíveis. Apenas I e II estão corretas. Todas estão corretas. Apenas II está correta. Apenas III está correta. Apenas I está correta. Explicação: Sobre as terras indígenas podemos definí-las como: porção do território nacional, de propriedade da União, habitada por um ou mais povos indígenas, por ele(s) utilizada para suas atividades produtivas. Éuma porção imprescindível à preservação dos recursos ambientais necessários a seu bem-estar e necessária à sua reprodução física e cultural, segundo seus usos, costumes e tradições. Por se tratar de um bem da União, a terra indígena é inalienável e indisponível, e os direitos sobre ela são imprescritíveis. 5a Questão Baseados em seus estudos sobre a chamada "questão indígena" no Brasil do final do século XIX e do século XX, marque a alternativa abaixo correta. c) Antropólogos importantes como Heloísa Alberto Torres, Darcy Ribeiro, Roberto Cardoso de Oliveira, Eduardo Galvão fizeram parte do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) e trabalharam para estimular a integração dos índios à sociedade nacional. b) O militar Cândido Rondon foi um dos organizadores do Serviço de Proteção aos Índios (SPI), órgão fundado em 1910, e essa instituição federal tinha como meta proteger os índios frente à escravização que estava ocorrendo no norte do país e a promoção à integração dos nativos, a fim de torna-los um proletário rural ou urbano. e) A política estatal de demarcar as terras indígenas tem sido uma solução eficiente para os problemas dos nativos brasileiros e o processo de para uma terra ser reconhecida e demarcada como indígena requer um acordo entre os nativos e os funcionários de Estado. a) A partir da proibição da lei portuguesa que proibiu a escravização dos nativos dos brasileiros em 1570, os indígenas passaram a viver de forma autônoma e paralela à história do Brasil, situação que mudou a partir do século XX e das viagens dos chamados "sertanistas". d) A Fundação nacional do Índio (FUNAI), criada em 1967, teve como principal objetivo era servir como tutora dos índios brasileiros e tal instituição representou uma mudança no padrão de relacionamento entre indígenas e o Estado brasileiro uma vez que os primeiros passaram a direcionar as políticas públicas voltadas às suas demandas. Explicação: O equívoco da alternativa A está no fato da ideia que os indígenas permaneceram autônomos e paralelos. Na verdade, os nativos permaneceram agentes ativos da sociedade brasileira através de movimentos políticos, trabalhando em iniciativas como o extrativismo vegetal e no pensamento dos românticos. O equívoco da alternativa C: os antropólogos citados criticaram a postura de SPI de buscar a integração dos índios ao modo de vida ocidental. O equívoco da alternativa D: FUNAI manteve a política tradicional do estado brasileiro de manter uma tutela autoritária e com pouco diálogo com as comunidades nativas. O equívoco da alternativa E: o o processo de para uma terra ser reconhecida e demarcada como indígena é longo e cheia de tramites burocráticos. Além disso, interesses do empresariado rural se fazem valer para dificultar tal processo. 6a Questão O SPI foi um dos primeiros órgãos criados para administrar a questão indígena no Brasil. Seu modelo, depois debatido e reformulado quando foi substituído pela FUNAI, previa: O não reconhecimento das tribos indígenas, a fim de assimila-los. A defesa do direito de autodeterminação dos povos indígenas. A busca pelo direito de voto dos indígenas A integração do indígena a sociedade brasileira O isolamento dos indígenas Explicação: O modelo do SPI prioriza a preservação física da população indígena, em detrimento dos elementos culturais. Gabarito Coment. 7a Questão Sobre a Fundação Nacional do Índio ¿ FUNAI é correto afirmar que: I - É o órgão indigenista oficial do Estado brasileiro. II - Foi o órgão que substituiu o SPI a partir de 1967. III - Sua função institucional é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil. IV - Cabe à FUNAI promover estudos de identificação e delimitação, demarcação, regularização fundiária e registro das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas. Apenas I, III e IV estão corretas. Todas estão corretas. Apenas II, III e IV estão corretas. Apenas I, II e III estão corretas. Apenas II e IV estão corretas. Explicação: A Fundação Nacional do Índio ¿ FUNAI é o órgão indigenista oficial do Estado brasileiro. Criada por meio da Lei nº 5.371, de 5 de dezembro de 1967, vinculada ao Ministério da Justiça, é a coordenadora e principal executora da política indigenista do Governo Federal. Sua missão institucional é proteger e promover os direitos dos povos indígenas no Brasil. Cabe à FUNAI promover estudos de identificação e delimitação, demarcação, regularização fundiária e registro das terras tradicionalmente ocupadas pelos povos indígenas, além demonitorar e fiscalizar as terras indígenas. A FUNAI também coordena e implementa as políticas de proteção aos povo isolados e recém-contatados. 8a Questão Durante todo o período colonial, os portugueses e colonos nascidos na América utilizaram os índios não só como mão de obra barata (ou então escrava), mas também fizeram uso de seus saberes. São exemplo desses saberes: A coivara. A capoeira; O canibalismo; O uso da pólvora; A capivara; Explicação: Durante todo o período colonial, os portugueses e colonos nascidos na América utilizaram os índios não só como mão de obra barata (ou então escrava), mas também fizeram uso de seus saberes. A técnica da coivara foi levada a proporções imensas. Como pode ser visto tanto na aula 1 como na aula 8 1a Questão "Mais uma vez, nós, os povos indígenas, somos vítimas de um pensamento que separa e que tenta nos eliminar cultural, social e até fisicamente. A justificativa é a de que somos apenas 250 mil pessoas e o Brasil não pode suportar esse ônus (¿) É preciso congelar essas ideias colonizadoras, porque elas são irreais e hipócritas e também genocidas. (¿) Nós, índios, queremos falar, mas queremos ser escutados na nossa língua, nos nossos costumes." (Marcos Terena, presidente do Comitê Intertribal Articulador dos Direitos Indígenas na ONU e fundador das Nações Indígenas, Folha de S. Paulo, 31 de agosto de 1994) Pode-se afirmar, segundo a leitura do texto, que: Terena propõe que a integração indígena deve ser lenta, gradativa e regressiva. Terena quer transformar o Brasil numa terra só de índios, pois pretende mudar até mesmo a língua do país. Terena defende que a sociedade brasileira deve respeitar a cultura dos índios. Terena propõem ideias inadequadas, pois deseja a aculturação feita pela "civilização branca". Terena compreende que a melhor solução é que os brancos aprendam a língua tupi para entender melhor o que dizem os índios. Explicação: Terena defende que a população indígena, em sua diversidade, deve ter suas características e elementos culturais preservados e respeitados pelos demais componentes da população brasileira. Gabarito Coment. 2a Questão Assinale a opção que indica corretamente quais foram os principais motivos que levaram à extinção do Serviço de Proteção aos Índios (SPI) em 1967, dando lugar à Fundação Nacional do Índio (FUNAI): I - Má gestão e falta de recursos II - corrupção funcional e vulnerabilidade do órgão. III - A necessidade de uma renovação nos quadros burocráticos do Estado. IV - necessidade de um órgão mais enérgico para implantar as políticas indigienistas. Apenas I e II estão corretas. Apenas II, III e IV estão corretas. Apenas III e IV estão corretas. Todas estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Explicação: O SPI foi extinto no ano de 1967 e substituído pela FUNAI. Os motivos que teriam levado a esta extinção são; falta de recursos, mau gerenciamento dos recursos existentes, fragilidade do órgão e ainda, mudança na política em relação aos indígenas, eliminando a prática de assimilação cultural. 3a Questão O SPI (Serviço de Proteção ao Índio) fez o trabalho inicial em relação ao modelo de proteção aos indígenas. Um dos nomes que aparece como destaque neste período é: Roberto da Matta. Noel Nutels. General Rondon. Rui Sabino. Darci Ribeiro. Explicação: Um dos principais nomes do SPI (Serviço de Proteção ao Índio) em seus primeiros tempos era o General Rondon. 4a Questão Sobre a questão indígena na contemporaneidade brasileira podemos afirmar: Estipulados em uma população de aproximadamente um milhão de indivíduos, os indígenas hoje buscam o enfrentamento direto e armado com o Estado porque ainda sofrem grandes obstáculos no exercício de sua autonomia. Embora a presença indígena e o legado por eles deixado na história e nos costumes dos brasileiros sejam cada vez mais reconhecidos, ainda falta muito para que sua integração seja feita de forma efetiva, levando em consideração não só os interesses da União, mas a diversidade indígena em suas múltiplas facetas. A busca de compreensão da cultura indígena sempre foi uma preocupação dos governos brasileiros. Até 2004, cerca de 100% das terras indígenas foram demarcadas. A demarcação das terras é o procedimento legal pelo qual a União determina oficialmente os limites de uma área indígena. Os índios do Brasil, por serem em pequena quantidade e terem sido facilmente dominados, não tiveram nenhum tipo de influência sobre a constituição da sociedade atual. Explicação: A questão salienta que a preservação indígena já atingiu melhores patamares de debate, contudo, ainda devemos caminhar no que tange à integração desta população. Gabarito Coment. 5a Questão Sobre a política nacional indigenista nacional é incorreto afirmar que: aceleração do processo de integração dos povos indígenas à civilização nacional. reconhecimento da organização social, costumes, línguas, crenças e tradições dos povos indígenas. respeito ao cidadão indígena, suas comunidades e organizações. garantia aos povos indígenas isolados do exercício de sua liberdade e de suas atividades tradicionais sem a obrigatoriedade de contatá-los. garantia da proteção e conservação do meio ambiente nas terras indígenas. Explicação: Segundo o Estatuto dos Índios a aceleração do processo de integração dos povos indígenas à civilização nacional não é algo desejável. Devemos respeitar suas especificidades e características. 6a Questão O que a ECO-92 representou para as populações indígenas no que diz respeito à sua relação com questões da modernidade? Reconheceu as práticas de cultivo indígenas como preservadoras da biodiversidade e determinou a aplicação das mesmas fora das reservas. Representou uma série de incentivos financeiros constantes às populações indígenas de áreas preservadas, das quais se tornaram então responsáveis e cuidadoras. Representou maiores ofertas de trabalho para os indígenas, já que incentivou a transferência de empresas para regiões das reservas. Dentro do contexto do meio ambiente também foram incluídas temáticas relativas a saneamento básico, tratamento de esgoto, despoluição de rios, lagoas, baías e oceanos, reciclagem de lixo etc., ou seja medidas que possibilitassem não só a proteção do meio ambiente mas também melhorassem a qualidade de vida, inclusive de populações indígenas que estivessem alijadas desses serviços. A ECO-92 ensinou às populações indígenas como lidar com o meio-ambiente de uma maneira contemporânea, desconstruindo velhos hábitos que se mostravam predatórios. Explicação: A contextualização da questão sinaliza que a ECO 92, representou para as populações indígenas no que diz respeito à sua relação com questões da modernidade. Ela trouxe temáticas pertinentes para toda população mundial e que também tornaram-se demandas para os grupos indígenas como despoliução dos rios, saneamento e preservação. O intuito seria melhor as condições de sobrevivência destes grupos. Gabarito Coment. 7a Questão Lei nº 5.371 foi criada em de 5 de Dezembro de 1967 e tem como objetivo estabelecer um órgão do governo brasileiro que lida com todas as questões referentes às comunidades indígenas e às suas terras FUNAI ENEM ENADEFUNABEM INDIO EM AÇÂO Explicação: A FUNAI substitui o SPI no que tange à proteção da população indígena e seus valores. Este órgão foi criado na década de 60. Gabarito Coment. 8a Questão Podemos dizer que a influência da cultura indígena pode ser percebida de forma mais claro em algumas regiões do Brasil, como por exemplo: o norte e o sul. o norte e o centro-oeste. o centro-oeste e o sudeste. o norte e o nordeste. o sul e o sudeste. Explicação: A população indígena, ao longo da colonização, tendeu a migrar para áreas mais interiorizadas com o propósito de escapar do assédio europeu. Desta forma, as regiões Centro-Oeste e Norte mantiveram mais traços e costumes indígenas em comparação com as demais. 1a Questão A Lei do Sexagenário: Determinava que todos os escravos, homens e mulheres, com mais de setenta anos estariam automaticamente livre; Determinava que alguns escravos, homens ou mulheres, com mais de sessenta anos estariam automaticamente livre; Determinava que alguns escravos, homens ou mulheres, com mais de setenta anos estariam automaticamente livre; Determinava que todos os escravos, homens e mulheres, com mais de sessenta anos estariam automaticamente livre; Determinava que todos os escravos, homens e mulheres, com mais de sessenta anos poderiam comprar sua alforria; Explicação: Também conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe, a Lei dos Sexagenários, aprovada em 1885, previa liberdade aos sujeitos escravizados que tivessem mais de sessenta anos de idade e estabelece também normas para libertação gradual dos cativos, mediante indenização. O objetivo, contudo, era conter os abolicionistas mais radicais. Mesmo assim a lei não atinge sua principal proposta e o movimento abolicionista ganha cada vez mais força no final do século XIX. 2a Questão Leia abaixo um trecho de uma entrevista de Abdias do Nascimento, escritor, político e militante do movimento negro: "Os cultos afro-brasileiros eram uma questão de polícia. Dava cadeia. Até hoje, nos museus da polícia do Rio de Janeiro ou da Bahia, podemos encontrar artefatos cultuais retidos. São peças que provavam a suposta delinquência ou anormalidade mental da comunidade negra. Na Bahia, o Instituto Nina Rodrigues mostra exatamente isso: que o negro era um camarada doente da cabeça por ter sua própria crença, seus próprios valores, sua liturgia e seu culto. Eles não podiam aceitar isso." (Retirado do Portal Afro) Assinale a opção que MELHOR representa a fala de Abdias do Nascimento. Ao chegarem ao Brasil e passarem a conviver com os europeus, os africanos escravizados foram paulatinamente perdendo seus traços culturais originais, adotando ao final integralmente a cultura europeia. Apesar da escravidão a que estavam sujeitos, os africanos sempre tiveram autonomia para praticar seus cultos religiosos. Ao serem escravizados os africanos abdicaram de toda sua cultura. Mesmo com todo o tipo de repressão a que estavam sujeitos, os africanos escravizados ainda buscaram manter vivas suas tradições culturais religiosas. Nina Rodrigues e seus seguidores estavam certos ao afirmarem que os africanos eram degenerados por não aceitarem a cultura europeia como superior às suas. Explicação: Na Bahia, o Instituto Nina Rodrigues mostra exatamente isso: que o negro era um camarada doente da cabeça por ter sua própria crença, seus próprios valores, sua liturgia e seu culto. Eles não podiam aceitar isso." (Retirado do Portal Afro) Assinale a opção que MELHOR representa a fala de Abdias do Nascimento. Essa parte da pergunta já indica a resposta Gabarito Coment. 3a Questão Uma importante ação dos movimentos e organizações negras foi recuperar importantes figuras negras da história do Brasil. Hoje, a figura que melhor representa a luta dos afrodescendentes é: João Cândido. Abdias do Nascimento. Zumbi dos Palmares. Princesa Isabel. José do Patrocínio. Explicação: Zumbi dos Palmares tornou-se um símbolo da luta da população negra contra a escravidão no Brasil. Algumas figuras históricas foram resgatadas pelo movimento negro, na tentativa de se criar uma identidade com respaldo histórico. Gabarito Coment. 4a Questão Como a Lei Áurea lidou com os proprietários de escravos? Não ressarciu os proprietários imediatamente, mas após vários protestos eles foram indenizados; Ressarciu todos os proprietários parcialmente; Ressarciu alguns proprietários, somente aqueles que tinham até cinquenta escravos. Ressarciu todos os proprietários integralmente; Não ressarciu os proprietários; Explicação: A abolição da escravidão causou uma verdadeira comoção na população brasileira. Missas e festas foram realizadas para comemorar o feito que, além de acabar com o escravismo, não ressarciu nenhum proprietário. Estava totalmente extinta uma instituição que vigorou por mais de trezentos e cinquenta anos. 5a Questão Observe os versos abaixo retirados da música "Todo Camburão Tem Um Pouco De Navio Negreiro" (Marcelo Yuka e O Rappa). É mole de ver Que em qualquer dura O tempo passa mais lento pro negão Quem segurava com força a chibata Agora usa farda Engatilha a macaca Escolhe sempre o primeiro Negro pra passar na revista Pra passar na revista Todo camburão tem um pouco de navio negreiro Todo camburão tem um pouco de navio negreiro. Analisando os versos acima podemos concluir que os compositores desejam demonstrar: I - O fim da escravidão no Brasil não foi acompanhado de medidas para inserir os africanos escravizados na sociedade. II - Um dos principais exemplos da permanência do preconceito contra os negros no Brasil após o fim da escravidão pode ser encontrado na violência policial, que durante todo o século XX incidiu muito mais nos descendentes de africanos que sobre a população branca. III - O Abolicionismo foi bem sucedido na libertação dos escravos, mas não conseguiu auxilliar em uma maior participação dos ex-cativos Apenas II e III estão corretas. Apenas I e III estão corretas. Todas estão corretas. Apenas III está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O movimento Abolicionista foi bem sucedido na disseminação das ideias contra a escravidão e ainda, na contribuição para a criação de leis que extinguissem a prática definitivamente. Apesar disso, grande parte dos ex-escravos não foi inserido adequadamente na sociedade e passou a trabalhar em segmentos subalternos. Vemos nos dias de hoje uma permanência deste modelo segregacionista através da violência policial que atinge, sobretudo, os afrodescendentes. 6a Questão Analise as afirmativas abaixo: I - Em 1871, o Senado Brasileiro promulgou a lei do ventre livre, que libertou as crianças nascidas à partir daquela data II - Os descendentes diretos de escravos eram proibidos de fazer parte dos movimentos abolicionistas. III - Em 1885 foi promulgada a lei dos sexagenários. Esta lei pouco alterou a estrutura da escravidão, pois libertava apenas as mulheres com mais de 60 anos. IV - A abolição da escravidão, ocorrida em 1888, extinguiu o cativeiro mas não significou a inclusão social dos escravos libertos. Estão corretas as afirmativas: III e IV I e IV II e III II e IV I e II Explicação: Por pressões sociais e dos próprios escravos e seus descendentes,podemos afirmar que a abolição da escravatura foi um processo gradual, marcado por algumas leis. Dentre elas, destacamos a do Vente Livre (1871) , dos sexagenários (1885), que libertava todos os escravos com mais de 60 anos de idade e, finalmente, a Lei do Ventre Livre (1888), que libertava todos os escravos. Apesar, a abolição irrestrita, essa lei não garantiu a igualdade de direitos e oportunidades aos negros e seus descendentes. 7a Questão "Na década de 1980, foi fundado o Movimento Negro Unificado que, com outras organizações parecidas, inclusive movimentos e ONGs que trabalham com a dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras, tem lutado para que negros e mestiços tenham a mesma oportunidade que o restante da população brasileira." Essa afirmação abaixo comprova: Que a luta contra a discriminação no Brasil está longe de terminar. Que no Brasil, a discriminação é econômica e não racial; Que graças à luta do Movimento Negro, não há mais discriminação racial no Brasil; Que não há discriminação racial no Brasil; Que no Brasil há igualdade de oportunidades para brancos, negros e mestiços; Explicação: A questão já possui em seu corpo o entendimento para que a resposta possa ser marcada. Pela leitura, percebemos que a discriminação e o preconceito ainda hoje existem. 8a Questão A Lei Áurea não garantiu a cidadania e o fim das discriminações aos afro-brasileiros. Selecione abaixo o melhor exemplo para essa afirmação. Revolta dos Malês. Quilombo dos Palmares. Confederação do Equador. Revolta da Chibata. Revolta da Armada. Explicação: A Lei Áurea, assinada em 1888, não garantiu os direitos iguais entre brancos e negros no Brasil, em fins do século XIX, nem no XX. A Revolta da Chibata, por exemplo, ocorrida no início do século XX, representa a luta dos negros contra os castigos físicos sofridos por essa população na Marinha. A historiografia mostra que esses castigos estão ligados ao racismo e ao preconceito. 1a Questão Marque entre as opções abaixo aquela que apresente o evento histórico que marcou a resistência negra durante o governo republicano no Brasil. Revolta da Chibata. Lei Áurea. Quilombo de Palmares. Guerra do Paraguai. Revolução Mallet. Explicação: A Revolta da Chibata foi um motim de marinheiros no ano de 1910 contra a utilização dos castigos físicos, as chibatadas, para punir os marinheiros, na sua grande maioria negros. Essa reivindicação buscava se opor a herança da escravidão que ainda permanece no início do século XX, apesar da escravidão ter sido extinta no Brasil em 1888. 2a Questão A escravidão foi abolida em 1888, mas anos depois, no inicio da república, seu legado ainda se fazia presente. Em 1910 eclode uma revolta na Armada, e dentre seus principais motivos podemos destacar: A proibição dos negros de ingressarem no exército A prática de castigos corporais na marinha A manutenção da proibição de casamentos inter-raciais A luta pelo voto negro O impedimento dos negros de atuar em combate Explicação: O movimento negro referido é a Revolta da Chibata, que foi motivada pelos castigos físicos que os negros recebiam na marinha. João Cândido, líder do movimento, descendente de escravos, denunciou os maus tratos que os negros sofriam na marinha. Gabarito Coment. 3a Questão Em 1978 as escadarias do Teatrro Municipal de São Paulo foi palco de ato público que convocava homens e mulheres negras a reagir à violência racial, a qual eram submetidos. Naquele momento a sociedade brasileira era apresentada: a mudanças nas estruturas curriculares das escolas brasileiras com a obrigatoriedade da Disciplina Cultura Negra no Brasil. ao primeiro órgão público voltado para o apoio dos movimentos sociais brasileiros, o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra. a uma legislação anti-racista, como por exemplo a Lei Caó , a tipificação do racismo como crime. a inúmeros projetos que beneficiaram a população negra, como por exemplo cotas para negros nas universidades públicas. ao Movimento Negro contra a Discriminação Racial (MNU) . Foi um marco para a esperança de negros e negras brasileiras na luta contra o racismo e o preconceito. Explicação: O MNU aparece trazendo propostas . Criado em 07 de julho de 78 , em ato público com cerca de duas mil pessoas, em frente ao Teatro Municipal de São Paulo, se propunha a "ser uma organização de lutas e denúncias em todos os campos onde haja opressão e perseguição do negro, ou seja, um órgão de forte representatividade da população negra em sua luta pela liberdade". 4a Questão Leia a afirmativa a seguir: "A população pobre frequenta escola pobre, os negros pobres frequentam escolas ainda mais pobres (...) toda vez que o ensino propicia uma diferenciação de qualidade, nas piores soluções encontramos uma maior proporção de alunos negros." (ROSEMBERG, apud SCHWARCZ, 2012, p. 90). Ela comprova que:: a luta contra a discriminação no Brasil está longe de terminar; não há discriminação racial no Brasil. no Brasil, a discriminação é econômica e não racial; no Brasil há igualdade de oportunidades para brancos, negros e mestiços; graças à luta do Movimento Negro, não há mais discriminação racial no Brasil; Explicação: A resposta esta relacionada a pergunta feita. Mostrando que a desigualdade e o preconceito existem até os dias de hoje. 5a Questão Segundo a Lei do Ventre Livre: Todos os senhores deveriam ficar com os recém-nascidos até eles completarem dezoito anos de idade; Todos os senhores deveriam ficar com os recém-nascidos até eles completarem oito anos de idade; Todos os senhores deveriam escolher se queriam ou não ficar com os recém-nascidos até eles completarem dezoito anos de idade; Todos os senhores deveriam escolher se queriam ou não ficar com os recém-nascidos até eles completarem oito anos de idade; Todos os senhores deveriam ficar com os recém-nascidos até eles completarem vinte e um anos de idade; Explicação: Para garantir que receberiam bons cuidados e que não seriam separados das mães, todos os senhores deveriam car com os recém-nascidos até eles completarem oito anos de idade. Depois disso, o senhor de sua mãe poderia escolher receber 600 mil réis do governo e dar a liberdade total para a criança ou então utilizar os serviços dessa criança até ela completar vinte e um anos. 6a Questão Sobre a Frente Negra Brasileira é incorreto afirmar que: Para Frente Negra Brasileira a cultura era concebida a par¬tir de um modelo teórico que pressupunha a ideia de progresso e tinha como modelo a civilização ocidental. A Frente Negra apoiava a integração do negro por meio da aquisição de comportamentos tidos como civilizados da classe média, apontando o trabalho como meio de combater o preconceito. A Frente Negra Brasileira defendia a ideia, de que deveria se fomentar a raça brasileira a partir da miscigenação e, muitas vezes, considerava ser o próprio grupo atrasado culturalmente. A Frente Negra trata-se de um movimento impactado pela estética e ideologia do movimento negro norte-americano e que sofria influência da luta pela independência de países africanos e das pesquisas sociológicas brasileiras que traziam à tona as desigualdades raciais do país. Apontando o negro como vítima da discriminação no trabalho, na abordagempolicial e em outros âmbitos da sociedade. A Frente Negra, ao mesmo tempo em que denunciava o preconceito racial, estipulava como modelo as formas de comportamento próprias da classe média branca que deveriam ser adotadas pelos negros, como forma de garantir respeito social. Explicação: Em julho de 1978, fundou-se em São Paulo o Movimento Negro Unificado Contra a Discriminação Racial (MNUCDR) que, no ano seguinte, em seu Primeiro Encontro Nacional, passa a ser denominado de Movimento Negro Unificado (MNU), sendo o segundo grande movimen¬to negro no país que estabeleceria suas atividades em vários estados da Federação. Trata-se de um movimento impactado pela estética e ideologia do movimento negro norte-americano e que sofria influência da luta pela independência de países africanos. É importante notar que este movimento também sofreu influência das pesquisas sociológicas brasileiras que traziam à tona as desigualdades raciais do país. Apontando o negro como vítima da discriminação no trabalho, na abordagem policial e em outros âmbitos da sociedade. Gabarito Coment. 7a Questão Analise as assertivas abaixo: I. A campanha abolicionista no Brasil era reforçada pelo vergonhoso fato do Brasil ser o único país a manter a escravidão na década de 80 do século XIX. II. Os participantes do movimento abolicionista eram um grupo heterogêneo. Reuniam desde profissionais liberais a intelectuais brasileiros. III. No meio abolicionista, já no século XIX, existia a preocupação com a vida dos negros após sua libertação, ou seja, com sua inserção na sociedade. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas. Todas estão corretas. Apenas I e III estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Explicação: O abolicionismo no Brasil ganhou força na segunda metade do século XIX. Nesta época ganhou destaque o fato do país ter mantido o modelo escravista enquanto nennhum outro Estado seguia ainda a prática. Os abolicionistas não formavam um grupo homogêneo; participavam desde pessoas abastadas até membros da classe média. Muitos pensadores deste grupo já compreendiam que não bastava libertar os escravos e sim, buscar alternativas para suas vidas após a liberdade. 8a Questão Analise as assertivas abaixo tendo como referência o movimento Abolicionista do Brasil: I - O movimento abolicionista foi obra de intelectuais, jornalistas, políticos e escritores, restringindo-se aos teatros e salões elegantes, ou seja, não atingiu as camadas mais populares da sociedade. II - A Abolição, apesar de obtido a liberdade dos escravos, foi limitada. Não houve mudança de estruturas e não trabalhou para a eliinação do racismo. III - Após a Abolição da escravidão, a maioria dos ex escravos passou a desempenhar inferiores. Apenas II está correta. Todas estão corretas. Apenas II e III estão corretas. Apenas I e II estão corretas. Apenas III está correta. Explicação: O abolicionismo organizou-se como conjunto de ideias entre grupos intelectualizados da sociedade. Não permaneceu, contudo, restrito a estes segmentos. Obtive vitórias significativas como a definitiva liberdade de escravos, entretanto, não mudou as estruturas que mantinham excluídos os ex-cativos. A inserção destes na sociedade e no mercado de trabalho não foi bem sucedida, o que manteve seu papel de subalternos na República nascente. I 1a Questão No clássico O Abolicionismo, Joaquim Nabuco, ao citar Eusébio de Queirós, autor da lei que pôs fim ao tráfico negreiro intercontinental, afirma que "as nações como os homens devem prezar a sua reputação" e acrescenta: "... mas, a respeito do Tráfico, a verdade é que não salvamos um fio sequer da nossa. O crime nacional não podia ter sido mais escandaloso, e a reparação não começou ainda. No processo do Brasil um milhão de testemunhas hão de levantar-se contra nós, dos sertões da África, do fundo do oceano, dos barracões da praia, dos cemitérios das fazendas, e esse depoimento mudo há de ser mil vezes mais valioso para a história do que todos os protestos de generosidade e nobreza d´alma da Nação inteira." (NABUCO, Joaquim. O Abolicionismo. Petrópolis: Vozes, 1977. p. 120.) A respeito desse movimento, assinale a alternativa INCORRETA: os abolicionistas brasileiros conquistaram importantes apoios internacionais para a causa, facilitados pelas ligações de Joaquim Nabuco, que desde 1882 havia se tornado membro efetivo da British and Foreign Anti-Slavery Society; na concepção de Joaquim Nabuco, um dos líderes do movimento, este restringiu-se a abolir o cativeiro, sem pensar medidas efetivas e complementares para a população a ser libertada. O movimento abolicionista teve início imediatamente após a promulgação da lei Eusébio de Queirós e ganha força durante a Guerra do Paraguai, conquistando adeptos entre a elite política do Partido Liberal e líderes há muito identificados com a causa como Luís Gama; segundo Joaquim Nabuco, um dos líderes do movimento, este em sua primeira fase não contou com o apoio político dos dois tradicionais partidos, o Liberal e o Conservador; um dos marcos importantes desse movimento foi a fundação, por Joaquim Nabuco e André Rebouças, da Sociedade Brasileira contra a Escravidão, que lançou um jornal de divulgação intitulado ¿O Abolicionista¿; Explicação: A COMPREENSÃO DOS IDEQAIS ABOLICIONISTAS TRAZEM JOAQUIM NABUCO COMO UM DOS GRANDES EXPOENTES QUE BUSCOU POLÍTICAS VOLTADAS PARA A INCLUSÃO DO NEGRO NA SOCIEDADE BRASILEIRA. 2a Questão Assinale a resposta que demonstra a relação entre a escravidão e a Revolta da Chibata. O presidente Hermes da Fonseca sofreu pressões de vários setores da sociedade para encerrar o mais rápido possível o movimento revoltoso. Um claro resquício da escravidão. Assim que os marinheiros se renderam, Hermes da Fonseca expulsou da Marinha todos os envolvidos e promoveu a prisão de vários deles. Um claro resquício da escravidão. Muitos dos envolvidos acabaram morrendo encarcerados ou foram executados pelas forças oficiais. Um claro resquício da escravidão. Os revoltosos ameaçaram bombardear capital do país se não tivesse as suas reivindicações a atendidas. Um claro resquício da escravidão. Embora o uso da chibata como castigo na Armada brasileira já houvesse sido abolido em um dos primeiros atos do regime republicano, na prática, os marinheiros, cuja grande maioria era formada por homens negros e mestiços, continuavam a receber as punições. Um claro resquício da escravidão. Explicação: A historiografia aponta que há um claro resquício entre escravidão, preconceito racial e a Revolta da Chibata, em razão dos castigos físicos que eram aplicados à população negra na Marinha. Gabarito Coment. 3a Questão Abdias do nascimento, um dos principais ativistas negros da história do Brasil, fundou, em 1948. O Jornal O quilombo. Nele, jornalistas tanto negros quanto brancos, debatiam importantes questões para a valorização de uma identidade negra. A influência norte-americana era notável neste e em outras publicações do mesmo gênero, que pode ser percebida: No estimulo a atos de violência para a obtenção de direitos raciais. Na defesa do direito de voto aos negros, negado desde a constituição de 1891 Na defesa de uma estética negra, recusando os padrões estabelecidos pela cultura branca e europeia. Nas propostas de criações de cargos de trabalho ocupados exclusivamente por negros Na busca pela extinção das leis segregacionistas brasileiras.Explicação: Abdias do Nascimento foi um importante líder negro no Brasil, que fundo o Jornal O Quilombo, em 1948. Este funcionou entre 1948 e 1950. Nesse periódico, exaltava-se a cultura negra e estética, recusando os padrões da cultura branca. 4a Questão Após a abolição, alguns periódicos da chamada Imprensa Negra tinham como principais objetivos: Denunciar situações de preconceito racial, ajudar na educação e aumentar a autovalorização da população negra e mestiça; Denunciar situações de preconceito racial, ajudar na fuga para os quilombos e aumentar a autovalorização da população negra e mestiça. Denunciar situações de rebelião escrava, ajudar na educação e aumentar a autovalorização da população negra e mestiça; Denunciar situações de escravidão, ajudar na educação e aumentar a autovalorização da população negra e mestiça; Denunciar situações de preconceito racial, ajudar na compra de alforrias e aumentar a autovalorização da população negra e mestiça; Explicação: No entanto, em periódicos como O Clarim d´Alvorada, A Liberdade, a Sentinela, O Alnete, e O Baluarte, jornalistas e intelectuais negros não só denunciavam situações de preconceito racial, como também usavam o jornal para ajudar na educação e aumentar a autovalorização da população negra e mestiça ¯ questões que não tinham espaço nos outros jornais brasileiros. Alguns periódicos chegaram a abrir espaços para que seus leitores publicassem poemas e contos. E não foi por acaso que muitos jornais da imprensa negra faziam menção constante aos abolicionistas brasileiros. 5a Questão O processo de Abolição da escravidão no Brasil foi lento e apresentou várias etapas. Sobre este processo é correto afirmar que: I - O movimento abolicionista preocupava-se apenas em promover a fugas dos escravos cativos. II - O movimento abolicionista, além de promover as fugas de escravos, tentava criar leis para resolver definitivamente a situação dos cativos. III - A Lei dos sexagenários, que libertava os escravos com mais de 60 anos,- teve pouco efeito prático visto que poucos homens depois de anos de trabalho chegavam a esta idade. Apenas II e III estão corretas. Apenas II está correta. Apenas III está correta. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O Abolicionismo promoveu uma série de ações ao longo do século XIX com intuito de libertar, através de fugas, e estimular a criação de leis para resolver a situação dos cativos. Uma das leis criadas neste período, a Lei dos Sexagenários, era, na verdade, um engodo. Poucos escravos conseguiam chegar à idade de 60 anos. O trabalho era exaustivo e insalubre. 6a Questão Leia as assertivas abaixo sobre a escravidão e o movimento abolicionista e, a seguir, responda: I - O escravo africano era propriedade exclusiva dos senhores no período anterior à Abolição. II - O trabalho escravo foi extinto no Brasil a partir da criação da Lei Áurea. III - O Abolicionismo foi de extrema importância para o fim da escravidão no Brasil. Apenas II e III estão corretas. Todas as opções estão corretas. Apenas I e III estão corretas. Apenas I está correta. Apenas I e II estão corretas. Explicação: O movimento abolicionista foi determinante para a concretização do fim da escravidão. Várias leis foram criadas a partir da segunda metade do século XIX e aquela que concretizou o fim da escravidão denominou-se Lei Áurea. Neste interim, todos os escravos eram reconhecidos como propriedade exclusiva dos seus senhores. 7a Questão O ano de 1910 foi marcado pela luta dos marinheiros brasileiros pelo fim dos castigos corporais. Embora o uso da chibata como castigo na Armada brasileira já houvesse sido abolido em um dos primeiros atos do regime republicano, na prática, os marinheiros, cuja grande maioria era formada por homens negros e mestiços, continuavam a receber as punições. Era um claro resquício da escravidão. O líder dessa rebelião foi: José Pedro; João Pedro; José Cândido; João Cândido; Pedro Cândido. Explicação: O líder da Revolta da Chibata foi o marinheiro João Cândido, descendente de escravos, que denunciou os castigos corporais na Marinha. Gabarito Coment. 8a Questão Como eram propagados os ideais e as práticas abolicionistas no Brasil? Através de musicais e de propaganda de rua; Através de jornais e de musicais; Através de revistas e de musicais; Através de associações abolicionistas e de jornais; Através de associações abolicionistas e do rádio. Explicação: A incerteza quanto à manutenção da escravidão facilitou a propagação dos ideais e práticas abolicionistas. Prossionais e intelectuais que eram contrários à escravidão no Brasil organizaram associações e jornais por meio dos quais pudessem divulgar suas ideias. Conforme mencionado, muitos descendentes diretos da escravidão zeram parte deste movimento. Periódicos como A Gazeta da Tarde, cujo editor era José do Patrocínio, e A Redenção foram instrumentos importantes na luta abolicionista. Em pouco tempo, o número de associações abolicionistas cresceu. Tais organizações não apenas faziam denúncias contra a escravidão por meio dos artigos escritos nos jornais, dos discursos feitos em praça pública e das peças teatrais encenadas em importantes teatros do Brasil, realizavam também festas e reuniões nas quais arrecadam dinheiro que seria usado na compra da alforria de alguns escravos. 1a Questão O Brasil ainda não conseguiu extinguir o trabalho em condições de escravidão, pois ainda existem muitos trabalhadores nessa situação. Com relação a tal modalidade de exploração do ser humano, analise as afirmações abaixo. I. As relações entre os trabalhadores e seus empregadores marcam-se pela informalidade e pelas crescentes dívidas feitas pelos trabalhadores nos armazéns dos empregadores, aumentando a dependência financeira para com eles. II. Geralmente, os trabalhadores são atraídos de regiões distantes do local de trabalho, com a promessa de bons salários, mas as situações de trabalho envolvem condições insalubres e extenuantes. III. A persistência do trabalho escravo ou semi-escravo no Brasil, não obstante a legislação que o proíbe, explica -se pela pouca competitividade do mercado globalizado. Está correto o que se afirma em: I, II e III. I e II, somente. I, somente. II, somente. II e III, somente. Explicação: O trabalho escravo no Brasil ainda persiste em algumas regiões e está marcado pela relação não formal entre patrão e empregado. Tal situação pode ser exemplificada com o endividamento do empregado nos barracoes de latifundios e a permanência desse indivíduo nessa relação por muito tempo. Gabarito Coment. 2a Questão Qual país exerceu grande pressão sobre o Brasil para a abolição da escravidão? Estados Unidos; Portugal; Inglaterra. Espanha; França; Explicação: Existe uma vertente historiográca que defende que o Movimento Negro surgiu ainda sob a égide da escravidão, por meio da participação negra no movimento abolicionista. Fundado na Inglaterra, no início do século XIX, o abolicionismo foi um movimento que pregava o m do cativeiro. Tal movimento existiu em diferentes partes do mundo e foi fundamental para a abolição da escravidão em diversos países americanos. No Brasil não foi diferente.3a Questão Uma das principais ações do Teatro Experimental do Negro foi: Permitir que a população negra tivesse acesso ao teatro, pois somente os brancos podiam frequentar e assistir peças teatrais; Discutir, através de peças, a condição do escravo no Brasil; Lutar pela abolição da escravidão. Provar que o Brasil tinha talentosos atores, poetas, bailarinos e músicos negros; Angariar fundos para as campanhas abolicionistas; Promover peças nas quais atores brancos interpretavam papéis negros. Explicação: Porém, o fechamento da FNB e dos jornais da imprensa negra não representou o m da luta da população negra. Em 1944, Abdias do Nascimento fundou o Teatro Experimental do Negro. Além de recuperar heranças africanas como o candomblé, o TEN promoveu congressos e, principalmente, provou que o Brasil tinha talentosos atores, poetas, bailarinos e músicos negros, incomodando muitas emissoras de televisão e jornais do Brasil. 4a Questão Nos últimos anos, o movimento negro ganhou poder e influência na sociedade brasileira, o que provocou várias mudanças na sociedade brasileira. Entre as opções abaixo, assinale aquele que apresenta uma dessas mudanças. a inauguração de um monumento em homenagem ao padre jesuíta José de Anchieta, que foi um dos principais defensores dos negros durante o período colonial. a transformação do dia 21 de março, dia do início da Revolta dos Malês (1835), em feriado nacional. o reconhecimento das religiões afro-brasileiras como o sistema religioso oficial do Estado brasileiro. a lei 11.645, de 2008, que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro- brasileira na educação básica brasileira. a mudança no calendário do carnaval, que desde 2007 acontece duas vezes por ano, o que é fundamental para a afirmação da identidade negra. Explicação: A lei que nos referimos é a 11.645, de 2008, que estabeleceu a obrigatoriedade do ensino de história e cultura afro-brasileira na educação básica brasileira. Gabarito Coment. 5a Questão Grupos ou pessoas que defendiam, no final do século XIX, o fim da escravidão e a libertação dos escravos. Eram pessoas envolvidas na política, no sistema judiciário ou até mesmo profissionais liberais. Muitos deles eram descendentes de africanos cativos. Este grupo dedicado à causa escrava era chamado de: Defensores da liberdade. Libertadores. Defensores da autonomia. Liberacionistas. Abolicionistas. Explicação: O grupo de indivíduos dedicados à causa da libertação dos escravos era chamado de Abolicionistas. 6a Questão Antes da abolição, intelectuais se engajaram na luta pela liberdade, e o número de associações abolicionistas crescia. Estas associações buscaram formas diferenciadas de lutar contra a escravidão tais como: O estimulo a vinda de africanos, revogando a lei Eusébio de Queiros As sucessivas greves trabalhistas A destruição dos pelourinhos A Publicação de periódicos como A gazeta da Tarde A Revolta da Chibata Explicação: No pós abolição, o Brasil vivenciou o surgimento de movimentos que defendiam o fim das práticas racistas, as melhores condições de vida e de trabalho para a população negra e de lazer. Um desses movimentos pode ser visto na formação de uma imprensa negra, que buscava defender um padrão de beleza negro, contra a cultura branca e europeia. Gabarito Coment. 7a Questão A Lei do Sexagenário: Determinava que todos os escravos, homens e mulheres, com mais de sessenta anos poderiam comprar sua alforria; Determinava que todos os escravos, homens e mulheres, com mais de sessenta anos estariam automaticamente livre; Determinava que todos os escravos, homens e mulheres, com mais de setenta anos estariam automaticamente livre; Determinava que alguns escravos, homens ou mulheres, com mais de sessenta anos estariam automaticamente livre; Determinava que alguns escravos, homens ou mulheres, com mais de setenta anos estariam automaticamente livre; Explicação: Também conhecida como Lei Saraiva-Cotegipe, a Lei dos Sexagenários, aprovada em 1885, previa liberdade aos sujeitos escravizados que tivessem mais de sessenta anos de idade e estabelece também normas para libertação gradual dos cativos, mediante indenização. O objetivo, contudo, era conter os abolicionistas mais radicais. Mesmo assim a lei não atinge sua principal proposta e o movimento abolicionista ganha cada vez mais força no final do século XIX. 8a Questão "Na década de 1980, foi fundado o Movimento Negro Unificado que, com outras organizações parecidas, inclusive movimentos e ONGs que trabalham com a dupla discriminação sofrida pelas mulheres negras, tem lutado para que negros e mestiços tenham a mesma oportunidade que o restante da população brasileira." Essa afirmação abaixo comprova: Que graças à luta do Movimento Negro, não há mais discriminação racial no Brasil; Que no Brasil há igualdade de oportunidades para brancos, negros e mestiços; Que a luta contra a discriminação no Brasil está longe de terminar. Que não há discriminação racial no Brasil; Que no Brasil, a discriminação é econômica e não racial; Explicação: A questão já possui em seu corpo o entendimento para que a resposta possa ser marcada. Pela leitura, percebemos que a discriminação e o preconceito ainda hoje existem. 1a Questão Leia as afirmações abaixo referentes à contribuição dos índios e africanos à formação da cultura brasileira: I Religiosidade, música, culinária, algumas técnicas de produção e confecção de objetos, além de traços físicos, compõem a herança cultural da África ao Brasil. II Contribuição dos indígenas à formação da cultura brasileira se limita as palavras em tupi-guarani incorporadas ao português. III Instrumentos musicais africanos (tambor, berimbau, agogô e o reco-reco) juntaram-se aos de origem portuguesa (pandeiro, viola e rabeca) e, atualmente, ambos fazem parte da cultura brasileira. IV Os indígenas contribuíram para a formação da cultura brasileira por meio das palavras incorporadas ao português, bem como através da culinária, técnicas cultivo e conhecimentos de plantas medicinais. V O Brasil sofreu influencia direta dos indígenas, africanos e europeus. Contudo, as culturas indígena, africana e europeia não estabeleceram relações entre si. Assinale a opção em que todas as afirmações são verdadeiras: I, III e IV II, III e V II, III e IV I, II e V III, IV e V Explicação: É evidente que a nossa cultura brasileira é fruto de heranças africanas e indígenas, sendo que as contribuições africanas são mais visíveis porquê se trata de reinvenções feitas por ela no Brasil, a tal ponto que é dito que o Brasil não existiria sem as Áfricas. As populações indígenas também deixaram contribuições fundamentais, embora menos visível e mais regionalizada. Lembrando que as festas populares na realidade é uma mistura de práticas africanas com os costumes indígenas. Não resta dúvida, de que a proposição que atende ao que propôs a questão é a penúltima: I; II e IV 2a Questão "O sincretismo, elemento essencial de todas as formas de religião, está muito presente na religiosidade popular, nas procissões, nas comemorações dos santos, nas diversas formas de pagamento de promessas, nas festas populares em geral. Constatamos que o sincretismo constitui umadas características centrais das festas religiosas populares. Nas religiões afro-brasileiras o sincretismo é uma forma de relacionar o africano com o brasileiro, de fazer alianças como o escravo aprendeu na senzala e nos quilombos ¿sem se transformar naquilo que o senhor desejava¿ (FERRETTI, Sergio E. SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO E RESISTÊNCIA CULTURAL) O texto menciona a prática do sincretismo no Brasil, associado a uma forma de resistência cultural dos nativos indígenas e negros. Dentre as religiões sincréticas relacionadas aos cultos afro podemos mencionar: Umbanda e Candomblé Kimbanda e Catolicismo. Santeria e Catolicismo. Candomblé e Catolicismo. Umbanda e Catolicismo. Explicação: O sincretismo religioso foi bastante presente no Brasil colonial e imperial. Era a forma encontrada pelos africanos, afrodescentes e indígenas de resistir à escravidão preservando sua cultura. As religiões remanescentes no Brasil atual e que apresentam elementos desta prática são a Umbanda e o Candomblé. 3a Questão Entre as opções abaixo, assinale aquela que melhor apresenta exemplos de práticas culturais que a sociedade brasileira herdou da cultura africana. Samba e Futebol. Futebol e Carnaval. Samba e Capoeira. Carnaval e Samba. Capoeira e Futebol. Explicação: A contribuição africana é evidente, principalmente, na culinária, dança, religião, música e língua, essa matriz africana teve um papel importante na formação da identidade cultural afro-brasileira, pois eles possuíam uma grande diversidade cultural por pertencerem a diversas etnias com idiomas e tradições distintas, pois, eram oriundos de diversas regiões do continente africano. Lembrando por exemplo que o samba originou dos antigos batuques trazidos pelos africanos que vieram como escravos para o Brasil. Entre as opções que responde à questão proposta: é o samba e a capoeira. 4a Questão Os africanos trouxeram diferentes tipos de tambores e outros tantos instrumentos musicais que permitiram que a música brasileira se tornasse tão diversificada. Assinale a opção que contenha APENAS exemplos de instrumento musicais afro-brasileiros. Atabaque, fagote e pandeiro; Cuíca, berimbau e flauta. Oboé, pandeiro e cuíca; Berimbau, agogô e fagote; Atabaque, agogô e cuíca; Explicação: O fagote é um instrumento musical da família dos sopros. O oboé é um instrumento musical de sopro Agogô instrumento idiofone afro-brasileiro com duas campânulas de ferro percutidas por vareta de metal; gã, gongom. A cuíca ou puíta (em Angola pwita) é um instrumento musical, semelhante a um tambor, com uma haste de madeira presa no centro da membrana de couro Atabaque é um instrumento musical de percussão afro-brasileiro O berimbau ou hungo é um instrumento de corda de origem angolana A flauta é instrumento musical de sopro feito de diversos tipos de madeiras com formato de um tubo oco com orifícios 5a Questão "(...) A Anistia internacional afirma que, com a Constituição de 1988, 'o Brasil adotou as leis mais progressistas para a proteção dos direitos humanos na América latina', No entanto persiste um enorme fosso entre o espírito dessas leis e sua implementação, diz a organização." (Folha de São Paulo, 27/02/2008) Tomando como base a afirmação acima, assinale a alternativa que melhor a explica. A Constituição de 1988 extinguiu todas as práticas discriminatórias ou racistas no Brasil. Práticas discriminatórias e/ou racistas estão extintas ou pelo menos são punidas pelas autoridades que, desde 1988, têm como ferramenta a Constituição Brasileira; Práticas discriminatórias e/ou racistas estão extintas no Brasil; Práticas discriminatórias e/ou racistas nunca existiram no Brasil; Práticas discriminatórias e/ou racistas deveriam estar extintas ou pelo menos punidas pelas autoridades que, desde 1988, têm como ferramenta a Constituição Brasileira; Explicação: "(...) A Anistia internacional afirma que, com a Constituição de 1988, 'o Brasil adotou as leis mais progressistas para a proteção dos direitos humanos na América latina', No entanto persiste um enorme fosso entre o espírito dessas leis e sua implementação, diz a organização." (Folha de São Paulo, 27/02/2008) Demonstra que atos de disciminação e de racismo deveriam ser punidos, entretanto demonstra que as leis não são efetivas 6a Questão A políitica adotada no Brasil e em vários países do mundo com o propósito de compensar grupos prejudicados ao longo da história é denominada de: Ação de reparação. Ação afirmativa. Política de reparação de danos. Ação compensatória. Política de recompensas. Explicação: Ações afirmativas são atos ou medidas especiais e temporárias, tomadas ou determinadas pelo estado, espontânea ou compulsoriamente, com os objetivos de eliminar desigualdades historicamente acumuladas, garantir a igualdade de oportunidades e tratamento, compensar perdas provocadas pela discriminação e marginalização ... 7a Questão Ao retratar a trajetória do samba no Brasil, o cantor e compositor Cartola mostrou que o ritmo musical que nasceu com as quitandeiras baianas na Praça Onze conseguiu vencer os preconceitos e ganhar o estrangeiro. Hoje, o samba é uma das marcas do Brasil. Cite outros exemplos do legado afrodescendente: Maracás e feijoada; Jongo e cuscuz; Acarajé e atabaques. Capoeira e pato ao tucupi; Taioba e vatapá; Explicação: O contexto da questão, sinaliza a trajetória do samba no Brasil; o compositor e cantor Cartola sinalizou que o ritmo musical nasceu com as quitandeiras baianas na Praça Onze conseguiu vencer os preconceitos e ganhar o estrangeiro. Hoje, esse legado da cultura brasileira foi graças aos frutos da herança africana, por exemplo o acarajé é um dos quitutes mais tradicionais da culinária baiana e é um prato típico africano que pode ser oferecido à orixás. Já o Atabaque no Candomblé é um tambor usado nas festas religiosas dos negros de origem Gege, Ketu e Angola. Portanto, a única opção de resposta e a última proposição:Acarajé e atabaques. Gabarito Coment. 8a Questão Dentre as políticas públicas adotadas e apoiadas pelo governo brasileiro a partir da década de 90, que visavam atender a demandas específicas do movimento negro, NÃO pode ser destacado: O Grupo de Trabalho Interministerial ¿ GTI (colegiado composto por oito integrantes da sociedade civil e dez representantes governamentais) A 3ª Conferência Mundial contra o Racismo, Discriminação Racial, Xenofobia e Formas Correlatas de Intolerância, sob os auspícios da ONU, realizada em Durban, África do Sul. A Conferência Rio-Eco-92. A realização do1º Seminário Nacional de Saúde da População Negra, realizado em agosto de 2004, sob a gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, quando foi instalado o Comitê Técnico de Saúde da População Negra do Ministério da Saúde. A instituição de cotas raciais em universidades estaduais. Explicação: O enunciado sinaliza as várias políticas adotadas e apoiadas pelo governo brasileiro a partir da década de 90, mencionando ainda que a Constituição de 1988, foi inovadora ao dar tratamento mais rigoroso aos entraves decorrentes da discriminação racial, pois até então o preconceito racial era tratado como contravenção penal, e não como crime. Já a Lei n.º 7.716, de 5 de janeiro de 1989 (Lei Caó), que definiu os crimes resultantesde preconceito de raça ou de cor. Nas proposições ficam claras as medidas adotadas pelo governo para a adoção de políticas públicas, EXCETO a proposição sobre a Conferência Rio-Eco-92 que foi realizada no Rio de Janeiro sobre o Meio Ambiente e o Desenvolvimento. 1a Questão Além do samba outros ritmos fazem parte da cultura brasileira. Assinale a opção que contenha APENAS exemplos do legado rítmico afro-brasileiro. Tango, hip hop e jongo; Reggae, salsa e axé music; Rap, hip hop e reggae. Rap, maxixe e pagode; Axé music, jongo e pagode; Explicação: Reggae, rap, hip-hop são expressões musicais de outros países, não são afro-brasileiras. 2a Questão Apesar de políticas afirmativas direcionadas à população negra, esse público ainda é minoria nas universidades federais. Estudo realizado pela pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre o perfil dos estudantes de graduação mostra que 8,72% deles são negros. Os brancos são 53,9% , os pardos 32% e os indígenas menos de 1%. Qual e a política afirmativa que visa corrigir essa disparidade? cotas para afro-descendentes e indígenas. cotas para indígenas; cotas para afro-descendentes e bolsas para indígenas; cotas para afro-descendentes; cotas para africanos e indígenas; Explicação: No enunciado da questão, fica evidente que se trata de políticas afirmativas direcionadas à população negra, esse público ainda é minoria nas universidades federais. Estudo realizado pela pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) sobre o perfil dos estudantes de graduação mostra que 8,72% deles são negros. Os brancos são 53,9% , os pardos 32% e os indígenas menos de 1%. Com certeza, a política afirmativa que visa corrigir essas disparidades, são as cotas são para afrodescendentes e indígenas. Gabarito Coment. 3a Questão Lei que no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática ¿História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena¿. Lei 18902 Lei 12831 Lei 9394 Lei 11645 Lei 87935 Explicação: Altera a Lei no 9.394, de 20 de dezembro de 1996, modificada pela Lei no 10.639, de 9 de janeiro de 2003, que estabelece as diretrizes e bases da educação nacional, para incluir no currículo oficial da rede de ensino a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena” Gabarito Coment. 4a Questão Entre as opções abaixo, assinale aquela que apresenta corretamente um exemplo de herança africana na cultura brasileira. Samba. Música erudita. Macarronada. Ópera. Dança Flamenga. Explicação: O samba (palavra que também tem origem africana e signica divertir-se) talvez seja o maior exemplo disso. Visto em nossa aula online 10 5a Questão Assinale a opção que exemplifica uma política de ação afirmativa em vigor no Brasil. PROUNI (Programa Universidade para Todos); Bolsa família; FIES (Fundo de Financiamento Estudantil); CLT (Consolidação das Leis do Trabalho; Sistema de cotas em universidades públicas. Explicação: O sistema de cotas é o único relacionado à ideia de raça, de cor no Brasil. Os outros exemplos estão relacionados à condição social. 6a Questão A implementação das Políticas de ação afirmativa no Brasil foi acompanhada por uma série de críticas na esfera acadêmica e nos veículos midiáticos. Assinale o argumento que NÃO foi utilizado pelos questionadores destas políticas: É difícil mensurar brancos e negros num país marcado pela miscigenação. As políticas de ação afirmativa ferem a forma como os brasileiros pensam, a partir da democracia racial, as relações raciais. Reconhecer a existência de 'raças' na esfera pública através das políticas de ação afirmativa aumenta o racismo. A racialização é constituinte da sociedade brasileira, promovendo e perpetuando a desigualdade. Portanto, torna-se fundamental tanto políticas universalistas, quanto soluções específicas no enfrentamento do racismo e das desigualdades no país. No Brasil há racismo e desigualdades sociais, mas políticas universalistas podem resolver estes problemas. Explicação: A racialização é constituinte da sociedade brasileira, promovendo e perpetuando a desigualdade. Portanto, torna-se fundamental tanto políticas universalistas, quanto soluções específicas no enfrentamento do racismo e das desigualdades no país. Essa afirmação está correta, pois essa é a justificativa de acordo com aqueles que defendem as ações afirmativas. Gabarito Coment. 7a Questão "O sincretismo, elemento essencial de todas as formas de religião, está muito presente na religiosidade popular, nas procissões, nas comemorações dos santos, nas diversas formas de pagamento de promessas, nas festas populares em geral. Constatamos que o sincretismo constitui uma das características centrais das festas religiosas populares. Nas religiões afro-brasileiras o sincretismo é uma forma de relacionar o africano com o brasileiro, de fazer alianças como o escravo aprendeu na senzala e nos quilombos sem se transformar naquilo que o senhor desejava¿ (FERRETTI, Sergio E. SINCRETISMO AFRO-BRASILEIRO E RESISTÊNCIA CULTURAL) A partir da leitura do texto podemos aferir que: I - O sincretismo não é um fenômeno exclusivo desta ou daquela prática religiosa. II - O sincretismo no Brasil é manifestado pelas práticas de procissões, comemorações de santos e promessas. III - Nas religiões de origem afro, o sincretismo é uma forma de se distanciar da influência colonial portuguesa. IV - Nas religiões de origem afro, o sincretismo é um maneira de relacionar os africanos aos colonizadores. Apenas I, II e IV estão corretas. Apenas I, II e III estão corretas. Apenas I e IV estão corretas. Apenas II, III e IV estão corretas. Apenas I, III e IV estão corretas. Explicação: Em relação à prática do sincretismo sabemos que este fenômenos é universal e se apresenta em todas as manifestações religiosas. No caso do Brasill visualizamos esta situação em várias práticas tais como: procissões e comemorações em homenagens aos santos. Percebemos que os africanos, assim como os indígenas, utilizaram o sincretismo para não perder suas raízes. Conseguiam, desta forma, manter parte da sua cultura preservada. 8a Questão "Em 2009, uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo concluiu que o Brasil não é um país racista, mas um lugar onde existe racismo. Dentre as pessoas entrevistadas, 97% afirmaram não ter nenhum tipo de preconceito racial, mas 98% afirmou conhecer alguém que pratica ou já praticou discriminação racial. Tal constatação é uma contradição, que acaba se tonando a base das relações raciais no Brasil." Essa afirmação nos permite concluir que: O racismo no Brasil está restrito a determinadas regiões; O racismo no Brasil é transparente; O racismo no Brasil está acabando. O racismo no Brasil é cheio de sutilezas; O racismo no Brasil é muito brando; Explicação: Como pode ser visto no texto, muito afirmam já ter de visto alguém sofrer racismo,