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DIREITO ADMINISTRATIVO 1
RESUMO: AULAS 4 /6
PARTE 3
(ATENÇÃO: Este material destina-se ao acompanhamento em sala de aula, 
para melhor compreensão é necessária a utilização do texto constitucional e legislação em vigor, além da doutrina
indicada e a jurisprudência)
ORGANIZAÇÃO DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA BRASILEIRA
QUADRO GERAL ELUCIDATIVO
 ADMINISTRAÇÃO
 PÚBLICA
 DIRETA INDIRETA 
 * UNIÃO * AUTARQUIAS
 * ESTADOS * FUNDAÇÕES
 * DISTRITO FEDERAL *EMPRESAS PÚBLICAS 
 * MUNICÍPIOS *SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
 
ATENÇÃO:
 
1. Há também entendimentos no sentido de reconhecer a Administração Pública
decorrente dos Serviços Públicos prestados por concessionárias e permissionárias.
2. Art. 175 (CF/88) : Incumbe ao Poder Público, na forma da lei, diretamente ou sob regime de
concessão ou permissão, sempre através de licitação, a prestação de serviços públicos
(ver também a Lei 8987/95).
3. Concessão de serviço público : a delegação de sua prestação, feita pelo poder
concedente, mediante licitação, na modalidade de concorrência, à pessoa jurídica ou
consórcio de empresas que demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e
risco e por prazo determinado;
4. Concessão de serviço público precedida da execução de obra pública : a construção,
total ou parcial, conservação, reforma, ampliação ou melhoramento de quaisquer obras de
interesse público, delegada pelo poder concedente, mediante licitação, na modalidade de
concorrência, à pessoa jurídica ou consórcio de empresas que demonstre capacidade para
a sua realização, por sua conta e risco, de forma que o investimento da concessionária
seja remunerado e amortizado mediante a exploração do serviço ou da obra por prazo
determinado;
5. Permissão de serviço público : a delegação, a título precário, mediante licitação, da
prestação de serviços públicos, feita pelo poder concedente à pessoa física ou jurídica que
demonstre capacidade para seu desempenho, por sua conta e risco.
6. Art. 223 (CF/88): Compete ao Poder Executivo outorgar e renovar concessão, permissão e
autorização para o serviço de radiodifusão sonora e de sons e imagens, observado o
princípio da complementaridade dos sistemas privado, público e estatal.
... § 5º O prazo da concessão ou permissão será de dez anos para as emissoras de
rádio e de quinze para as de televisão.
7. Há também o “Terceiro Setor” ou Setor “S”, ainda que não integrantes da
Administração Pública, desempenham atividades em parceria e relevantes para o Poder
Público, São exemplos deste setor “S”: as Organizações Sociais (OS), Serviços Sociais
Autônomos, as Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
1
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: Supondo que uma OSCIP firmou
contrato de parceria com o governo federal e logo após a
parceria necessite contratar novos funcionários, neste caso, será
necessária a realização de Concurso Público? Justifique:
(reposta no final)
 
1. DIRETA:
 - PESSOAS POLÍTICAS: União, Estados, Distrito Federal e Municípios.
 - Ver art. 18 da CF/88
- ORGANIZAÇÃO POLÍTICO-ADMINISTRATIVA:
 * UNIÃO;
 * ESTADOS;
 * DISTRITO FEDERAL; Pessoas Políticas, integrantes da Administração Pública Direta
 * MUNICÍPIOS. 
ESTRUTURA POLÍTICA DO ESTADO BRASILEIRO – BREVES NOÇÕES
QUADRO ELUCIDATIVO
ENTIDADE
DA
FEDERAÇÃO
CRIAÇÃO
(*)
ORGANIZAÇÃO
INTERNA
PODERES
LEGISLATIVO EXECUTIVO JUDICIÁRIO
UNIÃO CONST.
FED.
CONST. FED.
E LEIS
FEDERAIS
CONG.
NACIONAL
CÂM. DEP E
SEN. FED.
ART.44
PRESIDENTE
DA REPÚBLICA
E
MINISTROS
DE ESTADO
ART.76
ART. 92, 
INCISOS
I ao VI
ESTADOS
a)CONST.FED.
b)PLEBISCITO 
 e LEI 
COMPLEM.
FEDERAL
 ART. 18, §3º
CONST. FED.,
CONST. ESTADUAL
 E
LEIS ESTADUAIS
ART. 25
ASSEMBLEIA
LEGISLATIVA
DEP.
ESTADUAIS
ART.27
GOVERNADOR
E
SECRETÁRIOS
ESTADUAIS
ART. 92, VII
DISTRITO
FEDERAL
CONST.
FED.
CONST. FED.,
LEI ORGÂNICA
 E
LEIS DISTRITAIS
ART. 32, § 1º
CÂMARA
LEGISLATIVA
DEP.
DISTRITAIS
ART.32
GOVERNADORE
SECRETÁRIOS
DISTIRTAIS
ART. 92, VII
C/C
ART.21, XIII
MUNICÍPIOS
a)CONST.FED.
b)LEICOMP.FED
 + ESTUDO DE
VIABILIDADE +
PLEBISCITO +
LEI ESTADUAL
ART. 18, § 4º
CONST. FED.,
CONST. ESTADUAL
LEI ORGÂNICA
 E
LEIS MUNICIPAIS
ART. 29
CÂMARA 
MUNICIPAL
VEREADORES
ART. 29
PREFEITO
E
SECRETÁRIOS
MUNICIPAIS
NÃO
POSSUI
 Ver sistema constitucional de repartição de competências.
Descentralização e Desconcentração Administrativa:
- A descentralização e a desconcentração administrativa é uma técnica de distribuição de
atribuições do centro para fora do centro. 
 
- Na Descentralização administrativa o ente federado transfere a outra pessoa jurídica,
pública ou privada, o exercício de uma determinada atribuição. 
 A Descentralização poderá dar-se por:
2
 A) Outorga: Neste caso temos a necessidade de criação de uma entidade da
administração indireta. (Art. 37, XIX e XX da CF/88)
 B) Delegação (colaboração): Ocorre por contrato ou ato administrativo, tal como na
concessão de serviço público.
- Na Desconcentração administrativa ocorre a distribuição interna da atribuição
administrativa, no âmbito da mesma pessoa jurídica. Neste caso, temos a criação de
órgãos públicos
- A criação e extinção de órgãos públicos decorre da lei, a iniciativa é do chefe do poder. 
Atenção:
* Importante ver o Art. 48, XI (necessidade de lei para a criação de órgãos públicos);
* Ver também o Art. 84, VI (decreto autônomo)
* Lembre-se da “simetria constitucional”, aplicável aos Governadores e Prefeitos.
* Os Órgãos Públicos são criados e extintos por lei. 
Art. 48. Cabe ao Congresso Nacional, com a sanção do Presidente da República,
não exigida esta para o especificado nos arts. 49, 51 e 52, dispor sobre todas as
matérias de competência da União, especialmente sobre:
XI – criação e extinção de Ministérios e órgãos da administração
pública; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
 * Não há possibilidade de extinção de órgãos públicos por Decreto Autônomo:
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
VI – dispor, mediante decreto, sobre: (Redação dada pela Emenda Constitucional
nº 32, de 2001)
a) organização e funcionamento da administração federal, quando não implicar
aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; (Incluída pela
Emenda Constitucional nº 32, de 2001)
b) extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos; (Incluída pela Emenda
Constitucional nº 32, de 2001)
Parágrafo único. O Presidente da República poderá delegar as atribuições
mencionadas nos incisos VI, XII e XXV, primeira parte, aos Ministros de Estado, ao
Procurador-Geral da República ou ao Advogado-Geral da União, que observarão os
limites traçados nas respectivas delegações.
ÓRGÃOS PÚBLICOS PODEM SER PARTES PROCESSUAIS?
a)- Independentes: Têm suas competências definidas pelo texto constitucional e são 
representativos dos três poderes do Estado. São considerados o mais alto escalão do 
governo, sem qualquer subordinação hierárquica ou funcional e sujeitos apenas ao 
controle constitucional de um sobre o outro. Entram nessa categoria as Casas Legislativas,a Chefia do Executivo (tendo seus agentes inseridos por meio de eleições) e os Tribunais.
b)- Autônomos: estão localizados na cúpula da administração e gozam de autonomia 
administrativa, técnica e financeira, estando subordinados diretamente à chefia dos órgãos
independentes. São exemplos: os Ministérios, o Serviço Nacional de Informações e o 
Ministério Público.
c)- Superiores: são órgãos de direção, controle e comando, porém sujeitos à subordinação 
e ao controle hierárquico de suas chefias. Além disso, não possuem autonomia 
administrativa nem financeira. É o caso das coordenadorias, gabinetes e departamentos.
3
d)- Subalternos: exercem atribuições de mera execução e possuem reduzido poder 
decisório. Eles encontram-se subordinados hierarquicamente aos órgãos superiores de 
decisão. São exemplos as seções de expediente, de material, de portaria etc.
Pesquisa: www.wikipedia.com
Art. 70 (CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL – LEI 13.105/15). Toda pessoa que se encontre no
exercício de seus direitos tem capacidade para estar em juízo.
- Regra: Órgãos públicos não podem ser partes processuais por que não possuem personalidade
jurídica.
- Exceção: É possível que, alguns órgãos públicos, possuam a chamada “personalidade
judiciária”, habilitando-os a participarem no pólo passivo ou ativo do processo. Entretanto,
segundo a doutrina e a jurisprudência deverão preencher alguns requisitos: (ÓRGÃOS
POLÍTICOS OU AUTONÔMOS)
a) tenha sua estrutura prevista na Constituição; (Câmara dos Deputados, Assembleia Legislativa
etc.)
b) competências Constitucionais;
c) agindo na defesa de sua independência ou funcionamento.
* Câmara dos Deputados, Senado Federal, Ministério da Fazenda, Secretarias Estaduais,
etc.
Súmula 525 do STJ:
A Câmara de Vereadores não possui personalidade jurídica, apenas personalidade judiciária,
somente podendo demandar em juízo para defender os seus direitos institucionais.
 
Exercício de Fixação de Conteúdo: (gabarito no final) 
- Julgue Certo ou Errado: 
 1 - (TRE/2013 – Cespe)
A centralização é a situação em que o Estado executa suas tarefas diretamente, por
intermédio dos inúmeros órgãos e agentes administrativos que compõem sua estrutura
funcional. (_______)
 2 - (TRT/2013 – Cespe) A concessão de serviço público a particulares é classificada como
descentralização administrativa por delegação ou colaboração (______)
 
2. INDIRETA:
- Autarquias, Fundações Públicas, Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
- Ver art. 37, Incisos XIX e XX da CF/88
ENTIDADE --->
CARACTER.
AUTARQUIA FUNDAÇÃO
PÚBLICA
EMPRESA
PÚBLICA
SOCIEDADE
ECON. MISTA
ÁREA ADMINISTRATIV
A
DIR. SOCIAIS ATIVIDADE
ECONÔMICA
OU SERV.
PÚBLICO
ATIVIDADE
ECONÔMICA
OU SERV.
PÚBLICO
EXEMPLO BANCO
CENTRAL
IBGE BNDES PETROBRAS
PESSOA
JURÍDICA
DIREITO
PUBLICO
DIREITO
PÚBLICO OU
PRIVADO
DIREITO
PRIVADO
DIREITO
PRIVADO
CAPITAL PÚBLICO PÚBLICO PÚBLICO MAJORITÁRIO
4
PÚBLICO
CONCURSO
PÚBLICO
SIM SIM SIM SIM
REG.JURÍDIC
O (REGRA)
ESTATUTO ESTATUTO CONTRATUAL CONTRATUAL
CRIAÇÃO LEI ESPECÍFICA AUTORIZAÇÃ
O
LEGISLATIVA
AUTORIZAÇÃ
O
LEGISLATIVA
AUTORIZAÇÃ
O
LEGISLATIVA
 A responsabilidade civil objetiva decorre do serviço público prestado (Art. 37, § 6º da
CF/88)
AGÊNCIAS REGULADORAS ( LEI 9986/00):
Em regra, as Agências Reguladoras são criadas como Autarquias Especiais
*(Ver art. 5º e 9º da Lei n. 9986/2000)
Art. 5º: 
O Presidente ou o Diretor Geral ou Diretor-Presidente (CD I) e os demais membros do
Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) serão brasileiros, de reputação ilibada, formação
universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais
serão nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e por ele
nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do art.
52 da Constituição Federal. 
Art. 9º:
Os Conselheiros e os Diretores somente perderão o mandato em caso de renúncia, de
condenação judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar. Por
essas razões, João das Neves não poderia ter sido exonerado pelo governador.
Como sabido, discricionariedade é a margem de liberdade que a lei confere ao
administrador para integrar a vontade da lei nos casos concretos conforme
parâmetros/critérios de conveniência e oportunidade. 
Assim, desde que observados alguns parâmetros, a escolha do dirigente é ato
discricionário do chefe do Poder Executivo. Isto porque, como sabido, discricionariedade
não se confunde com arbitrariedade. Desse modo, ainda que discricionária a escolha deve
atentar para o caráter técnico do cargo a ser ocupado, vez que as Agências reguladoras se
caracterizam por um alto grau de especialização técnica no setor regulado, que, obviamente,
para o seu correto exercício, exige uma formação especial dos ocupantes de seus cargos.
Por essas razões, afigura-se bastante claro que, no caso proposto, a escolha do
governador vai de encontro aos critérios previstos para a escolha dos dirigentes, visto que
a nomeação de um cardiologista, ainda que renomado, para exercer o cargo de diretor de uma
agência reguladora de transportes públicos concedidos, não obedece à exigência de que o
nomeado tenha alto grau de especialização técnica no setor regulado, inerente ao regime jurídico
especial das agências. Inclusive, nesse sentido, dispõe o art. 5º da Lei n. 9986/2000: 
O Presidente ou o Diretor Geral ou Diretor-Presidente (CD I) e os demais membros do
Conselho Diretor ou da Diretoria (CD II) serão brasileiros, de reputação ilibada, formação
universitária e elevado conceito no campo de especialidade dos cargos para os quais
serão nomeados, devendo ser escolhidos pelo Presidente da República e por ele
nomeados, após aprovação pelo Senado Federal, nos termos da alínea f do inciso III do art.
52 da Constituição Federal. 
 - Como sabido, é uma características das agências reguladoras, a estabilidade reforçada
dos dirigentes. Trata-se de estabilidade diferenciada, caracterizada pelo exercício de
mandato a termo, na qual se afigura impossível a exoneração ad nutum que, em regra,
5
costuma ser inerente aos cargos em comissão. Desse modo, os diretores, na forma da
legislação em vigor, só perderão os seus cargos por meio de renúncia, sentença transitada
em julgado por meio de processo administrativo, observados a ampla defesa e o
contraditório. No mesmo sentido, dispõe expressamente o art. 9º, da Lei n. 9986/2000 
ATENÇÃO:
ASSOCIAÇÃO PÚBLICA: (Ver também o art. 241 da C.F. e Lei 11.107/05)
 A Associação Pública é criada por meio de consórcio público, conforme Art. 1º, § 1º, da
Lei n. 11.107/2005 c/c Art. 41 do Código Civil, possui personalidade jurídica de direito
público e, portanto, admite que lhe seja outorgado o Poder de Polícia. 
 A Associação Pública poderá delegar a instituições privadas, apenas os atos materiais do
poder de polícia, sendo certo ainda que o Art. 4º, XI, c, da Lei n. 11.107/2005, admite a
autorização da delegação dos serviços do consórcio.
 Não pode a instituição privada que recebeu a delegação aplicar multas ou outras
espécies de sanções.
Ex. Um Município se associa a outro Município limítrofe para desenvolver um sistema de
segurança no trânsito e delega a uma empresa privada a instalação das câmeras de
velocidade. A multa será aplicada pela Associação Pública. A empresa priva cuidará do
monitoramento. 
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP):
Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP) é a qualificação jurídica
conferida pelo Poder Público, por ato administrativo, às pessoas privadas sem fins
lucrativose que desempenham determinadas atividades de caráter social, atividades estas
que, por serem de relevante interesse social, são fomentadas pelo Estado. A partir de tal
qualificação, tais entidades ficam aptas a formalizar “termos de parceria” com o Poder
Público, que permitirá o repasse de recursos orçamentários para auxiliá-las na consecução
de suas atividades sociais. 
As OSCIPs integram o que a doutrina chama de “Terceiro Setor”, isto é, uma nova forma de
organização da Administração Pública por meio da formalização de parcerias com a
iniciativa privada para o exercício de atividades de relevância social. Sendo assim, como as
ideias de “mútua colaboração” e a ausência de “contraposição de interesses” são
inerentes a tais ajustes, o “termo de parceria” tem sido considerado pela doutrina e pela
jurisprudência como espécies de convênios e não como contratos, tendo em vista a
comunhão de interesses do Poder Público e das entidades privadas na consecução de tais
atividades. 
Contudo, apesar de desnecessária a licitação formal nos termos da Lei n. 8666/93, não se
pode olvidar que deverá a administração observar os princípios do art. 37 da CRFB/88 na
escolha da entidade além de, atualmente, vir prevalecendo o entendimento da doutrina, da
jurisprudência e dos Tribunais de Contas no sentido de que, ainda que não se deva realizar
licitação nos moldes da Lei n. 8.666/93, deverá ser realizado procedimento licitatório
simplificado a fim de garantir a observância dos princípios da Administração Pública, como
forma de restringir a subjetividade na escolha da OSCIP a formalizar o “termo de parceria”. 
PRIVILÉGIOS DAS ENTIDADES AUTÁRQUICAS E FUNDAÇÕES PÚBLICAS: 
1. IMPENHORABILIDADE
2. IMUNIDADE TRIBUTÁRIA
3. PRERROGATIVA DE FORO
4. EXECUÇÃO POR PRECATÓRIO JUDICIAL
*Atenção: 
6
* Segundo a jurisprudência alguns destes privilégios podem ser estendidos às Empresas
estatais, desde que, desempenhem serviços públicos.
* Empresas Estatais: São as Empresas Públicas e Sociedades de Economia Mista.
* As Sociedades de Economia Mista e as Empresas públicas, desempenham atividade
econômica. Os seus presidentes ou dirigentes não podem ser submetidos ao processo de
escolha pelo Poder Legislativo.
Consórcios Públicos e Convênios:
CONSTITUIÇÃO FEDERAL:
Art. 241. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios disciplinarão por meio de
lei os consórcios públicos e os convênios de cooperação entre os entes federados,
autorizando a gestão associada de serviços públicos, bem como a transferência total ou
parcial de encargos, serviços, pessoal e bens essenciais à continuidade dos serviços
transferidos. (AUTARQUIA EXECUTIVA)
A associação pública criada por meio de consórcio público, conforme Art. 1º, § 1º, da Lei n.
11.107/2005 c/c Art. 41 do Código Civil, possui personalidade jurídica de direito público e,
portanto, admite que lhe seja outorgado o Poder de Polícia.
O Art. 4º, XI, c, da Lei n. 11.107/2005, admite a autorização da delegação dos serviços do
consórcio.
Lei n. 11.107/2005
Art. 1 o 
 Esta Lei dispõe sobre normas gerais para a União, os Estados, o Distrito Federal e os 
Municípios contratarem consórcios públicos para a realização de objetivos de interesse 
comum e dá outras providências.
 § 1o O consórcio público constituirá associação pública ou pessoa jurídica de direito 
privado.
 § 2o A União somente participará de consórcios públicos em que também façam parte 
todos os Estados em cujos territórios estejam situados os Municípios consorciados.
 § 3o Os consórcios públicos, na área de saúde, deverão obedecer aos princípios, 
diretrizes e normas que regulam o Sistema Único de Saúde – SUS.
 Os consórcios públicos poderão emitir documentos de cobrança e exercer
atividades de arrecadação de tarifas e outros preços públicos pela prestação de
serviços ou pelo uso ou outorga de uso de bens públicos por eles administrados ou,
mediante autorização específica, pelo ente da Federação consorciado.
 Os consórcios públicos poderão outorgar concessão, permissão ou autorização de
obras ou serviços públicos mediante autorização prevista no contrato de consórcio
público, que deverá indicar de forma específica o objeto da concessão, permissão ou
autorização e as condições a que deverá atender, observada a legislação de normas
gerais em vigor.
AGÊNCIAS REGULADORAS E AGÊNCIAS EXECUTIVAS
As AGÊNCIAS REGULADORAS são criadas por lei e com personalidade jurídica de direito público,
qualificando-se como “Autarquias Especiais” e integram a administração indireta. 
* Atenção apesar de serem criadas como Autarquias especiais, não há esta
obrigatoriedade.
OBJETIVO: Regular e fiscalizar a atividade de determinado setor da economia. 
As AGÊNCIAS REGULADORAS possuem poderes especiais, em face da autonomia que lhe é
conferida, bem como, o provimento de seus cargos diretivos que ocorre por mandato certo e impede
a exoneração “ad nutum”. Entretanto se submetem ao sistema de controle externo e interno.
7
Os diretores são nomeados pelo Chefe do Poder Executivo e depende de aprovação no Senado, a
perda do cargo se dá por renúncia do sentença judicial.
 As AGÊNCIAS EXECUTIVAS, não se qualificam na estrutura da Administração Pública. A Agência
Executiva é, na verdade, uma qualificação dada para a autarquia ou fundação que tenha um contrato de
gestão com seu órgão supervisor, no caso um ministério ou secretaria. As Agências Executivas mantém um
contrato de gestão com a Administração Direta ao qual estão vinculadas, cumprindo metas de
desempenho, redução de custos e eficiência. Nesse caso ser uma agência executiva é apenas
uma qualificação dada por um Ministro de Estado.
BIBLIOGRAFIA:
1. Meirelles, Hely L. – Curso de Direito Administrativo – Ed. Malheiros.
2. Knoplock, Gustavo M. – Manual de Direito Administrativo – Ed. Campus. 
3. Di Pietro, Maria S. Z. – Direito Administrativo – Ed. Atlas.
4. Mello, Celso Antônio Bandeira de. Curso de Direito Administrativo – Ed. Malheiros.
5. Oliveira, Rafael Carvalho Rezende - Curso de Direito Administrativo – Ed. Método.
6. Nohara, Irene Patrícia – Direito Administrativo – Ed. Saraiva – 7ªEd. /2017
7. Marinela Fernanda - Direito Administrativo – Ed. Impetus – 7ªEd. / 2013
INTERNET:
1. www.stf.jus.br
2. www.planalto.gov.br
Gabarito – 
EXERCÍCIO DE FIXAÇÃO: Supondo que uma OSCIP firmou contrato de parceria com o governo federal e logo
após a parceria necessite contratar novos funcionários, neste caso, será necessária a realização de Concurso
Público? Justifique: (reposta no final)
Não. Porque a OSCIP não integra a Administração Pública.
Exercício de Fixação:
1. Certo
2. Certo
8

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