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paper Estágio III Gestão Educacional

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DIMENSÕES DA GESTÃO ESCOLAR E SUAS COMPETÊNCIAS
Silvane Inês Caczmareki
Prof. Orientador: Maria Iara Schmegel Moreira
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Licenciatura em Pedagogia (FLX1067/6) – Paper de Estágio III 
01/10/2019
RESUMO
Este artigo faz uma análise sobre a importância do papel de toda a equipe que compõe a Gestão Escolar dentro da instituição e como isso é importante para o trabalho produtivo e para um bom clima organizacional. O gestor educacional deve liderar uma gestão participativa e democrática na relação com os professores, funcionários e com a comunidade, mostrando-se positivo e confiante no desenvolvimento dos trabalhos, atuando como mediador, compartilhando suas idéias sabendo ouvir, sendo aberto e flexível à contribuição de todos para que os profissionais da escola e a comunidade se sintam valorizados, reconhecidos e motivados para que a escola atinja um processo de ensino e aprendizagem de sucesso.
Palavras-chave: Gestão Escolar. Escola. Professores
1 INTRODUÇÃO
O tema escolhido para o Estágio Curricular Obrigatório III –GESTÃO EDUCACIONAL , aborda assuntos que se correlatam às Dimensões da Gestão Educacional e suas compentências.
A área de concentração está inserida na formação e profissionalização docente, onde as metodologias são amplas e pode-se trabalhar temas diversificados, não apenas limitando-se a uma área específica.
A justificativa para a escolha do tema baseou-se nas diversas competências da Gestão Escolar, em relação a sua complexidade.
O tema escolhido articula-se com o tema trabalhado nos estágios I e II, onde foi escolhido trabalhar a importância da Literatura Infantil, a importância de incentivar os alunos a praticar a leitura, as perguntas nas entrevistas enfocam o tema da literatura, e de que forma a gestão escolar trabalha e incentiva os professores neste sentido.
Quanto à natureza a pesquisa foi básica, quantitativa, descritiva e observatória. Os materiais e métodos utilizados forão as 24 horas de observação e as 15 horas de entrevistas.
O Estágio III-Gestão Educacional foi realizado na Escola de Ensino Fundamental Catulino Pereira da Rosa, localizada na Cidade de Dom Feliciano, Rio Grande do Sul.
A equipe gestora é composta pela Diretora Geral, Vice-Diretora, Diretora do EJA, e Supervisora Educacional, não possui Orientadora e nem Coordenadora Pedagógica.
A Escola possui uma boa estrutura física e pedagógica. A equipe trabalha em sintonia, mas a falta de um Orientador Educacional é sentida visivelmente.. Sendo assim, a equipe se desdobra como pode, todas atendem à pais e alunos.
Os Objetivos foram os seguintes:
Explicar o que é um Estágio, e a importância que têm na formação do futuro profissional da Educação.
Estimular a Gestão Escolar, a incentivar a leitura, fazendo com que os professores façam sua parte em relação a esta prática pedagógica;
Descrever as atribuições de cada integrante da Gestão Escolar, e como é a convivência entre os três.
Observar como resolvem os problemas em relação aos alunos e os conflitos que ocorrem nas famílias;
Distinguir as atribuições de cada componente da gestão escolar, mesmo a escola não podendo contar com orientador educacional.
Os sistemas educacionais, como um todo, e os estabelecimentos de ensino, como unidades sociais especiais, são organismos vivos e dinâmicos, fazendo parte de um contexto socioeconômico e cultural marcado não só pela pluralidade , como pela controvérsia que vêem, também, a se manisfestar na escola, portanto, como tais características devem ser também as escolas entendidas. Ao serem vistas como organizações vivas, caracterizadas por uma rede de relações entre todos os elementos que nela atuam ou interferem direta ou indiretamente, a sua direção demanda um novo enfoque de organização e é está a necessidade que a gestão escolar procura responder. Ela abrange, portanto, a dinâmica das interações, em decorrência do que o trabalho, como prática social, passa a ser o enfoque orientador da ação de gestão realizada na organização de ensino.
É possível afirmar que, tendo em vista o momento de transição entre esses dois enfoques, a escola se defronta muitas vezes,ainda, com um sistema contraditório em que as forças de tutela ainda se fazem presentes, ao mesmo tempo em que os espaços de abertura são criados., e a escola é instigada a assumir ações para as quais ainda não desenvolveu as competências necessárias. Portanto, a escola e seus dirigentes se defrontam com a necessidade de desenvolver novos conhecimentos, habilidades e atitudes que não dispõe mais de modelos e sim de concepções.
Começaremos a falar sobre a importância dos estágios para a formação inicial do futuro pedagogo, frente as diversas atividades e responsabidades a que ele se destinou e escolheu. Ser um educador comprometido , responsável e ético, sabedor de todas as dificuldades que a Educação Brasileira enfrenta, mas consciente de sua escolha e de seus compromissos.
No momento em que escolhemos ser educadores, estamos conscientes de que teremos que enfrentar um Organização Educacional desestruturada, onde tudo esta bem explicado no papel, mas na prática funciona bem diferente.
Portanto sabemos que não iremos subir do primeiro para o ultimo degrau da escada, e sim que será um percurso lento, onde o que irá ser mais importante neste caminho é a nossa conduta etica e responsável, e a motivação em trabalhar como educadora ou educador comprometidos, porque escolhemos esta profissão sabendo muito bem de todos os problemas que rodeiam a Educação Brasileira.
Após, seguiremos nos objetivos que foram definidos, e dando seguência, trataremos das vivências do Estágio , das impressões e após concluiremos.
ÁREA DE CONCENTRAÇÃO: FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA
Tendo como tema deste último estágio As Dimensões da Gestão Escolar e suas Competências, trataremos do assunto de uma forma bem realista e sem ilusionismos. 
De acordo a forma de contratação dos Gestores no Município de Dom Feliciano, a democracia anda longe de ser vivenciada.
Os Diretores ou Diretoras são contratados não pelo espírito de liderança, ou por suas atitudes já vivenciadas pela comunidade, e sim por meios políticos. Não queremos desfazer das qualidades destes gestores, mas sabe-se muito bem que todos podem ser gestores, mas nem todos possuem o perfil de um gestor.
Este tema será tratado com maiores detalhes no decorrer do trabalho.
2.1 ESTÁGIO E DOCÊNCIA: DIFERENTES CONCEPÇÕES
Entendemos que o estágio se constitui como um campo de conhecimento, o que significa atribuir-lhe um estatuto epistemológico que supera sua tradicional redução à atividade prática instrumental. Enquanto campo de conhecimento, o estágio se produz na interação dos cursos de formação com o campo social no qual se desenvolvem as práticas educativas. Nesse sentido, o estágio poderá se constituir em atividade de pesquisa. Para fundamentar essa concepção, proceder-se-á a uma análise dos diferentes enfoques que o estágio tem historicamente recebido nos cursos de formação de professores: Até há um ano atrás eu tinha certeza de que estava tendo uma boa formação. Agora estou chocada com realidade daquelas crianças, e nem sei por onde começar. Na prática a teoria é outra”. (Relato de uma colega acadêmica em estágio supervisionado II. Ensino Fundamental I.2019/1)
Assim como foi dito nas páginas anteriores, muitos alunos que entram em curso de licenciatura, possuem uma ideia totalmente diferente do que é a pratica docente no dia-a-dia.
O estágio sempre foi identificado como a parte prática dos cursos de formação de profissionais em geral, em contraposição à teoria. Não é raro ouvir-se dos alunos que concluem seus cursos se referirem a estes como ‘teóricos’, que a profissão se aprende ‘na prática’, que certos professores e disciplinas são por demais ‘teóricos’. Que ‘na prática a teoria é outra’. No cerne dessa afirmação popular, está a constatação, no caso da formação de professores, de que o cursonão fundamenta teoricamente a atuação do futuro profissional nem toma a prática como referência para a fundamentação teórica. Ou seja, carece de teoria e de prática.
O Curso de Pedagogia traz em sua grade curricular, desde o primeiro ano, disciplinas que contam com atividades práticas, a fim de superar a tão problemática dicotomia entre teoria e prática, tema de altas discussões, debates e pesquisas, sendo um dos grandes desafios de muitos cursos de graduação, de um modo geral. Essas atividades têm por objetivo proporcionar aos alunos a realização de estágios durante todo o percurso acadêmico, a fim de aproximá-los do contexto escolar e assim, trabalhar com disciplinas técnicas e pedagógicas.
Pimenta e Lima (2004) abordam que o estágio é a parte prática dos cursos de formação de profissionais e que muitos cursos, na sua grade curricular, dão ênfase a um aglomerado de disciplinas isoladas entre si, sem articular a teoria e a prática, como saberes que se complementam. E mais, para as disciplinas teóricas há uma carga horária maior que para as práticas, tornando assim o estágio burocrático - “estágio à distância”. Portanto, de acordo com Pimenta e Lima “o estágio tem de ser teórico-prático, ou seja, que a teoria é indissociável da prática” (2004, p. 34). Porém, para concebermos essa ideia, precisa-se entender o conceito de prática e de teoria a partir do conceito de práxis, “que aponta para o desenvolvimento do estágio como uma atitude investigativa, que envolve a reflexão e a intervenção na vida da escola, dos professores, dos alunos e da sociedade” (PIMENTA; LIMA, 2004, p. 34).
Pensar no papel do estágio nos cursos de formação de professores é uma tarefa difícil, porém deixa-se claro que um bom professor não se faz apenas com teorias, mas principalmente com a prática, e mais ainda, pela ação-reflexão, diálogo e intervenção, em busca constante de um saber teórico e saber prático. Como também, o saber docente não é só formado pela prática, mas nutrido pelas teorias.
É essencial que a educação seja vista como fator de desenvolvimento e (trans)formação humana. Para tanto, um ponto crucial é que os cursos de formação orientem seus professores para que eles convivam com seus alunos, observando seus comportamentos, conversando, questionado e indagando suas experiências, a fim de auxiliar, orientar para o desenvolvimento e aprendizagem nos momentos de estágio, formando um professor comprometido e consciente de sua prática em sala de aula.
2.2 Diretores escolares em um contexto da reforma da Educação
Quando se perguntou à equipe diretiva da Escola sobre o incentivo á leitura, disseram que isso é feito durante as reuniões de conselho de classe e que os professores estão cientes da importância de estimular o aluno em relação a leitura.
Contudo fica a dúvida: os professores começam a usar esta pratica pedagógica do incentivo a leitura, através da sacolinha literária, ou maletinha, e seguem neste ritmo, ou apenas tem a duração de um trimestre?
Quando se fala que a motivação do professor precisa vir de dentro dele, e que é ele o grande incentivador de práticas educativas que realmente façam a diferença.
A Gestão caminha á passos muito rápidos, existe muita burocracia em relação ao funcionamento da escola. Isso precisa ser feito por alguém, e esse alguém é a Diretora e a Vice-diretora. A supervisora leva trabalho para casa. Não consegue fazer tudo somente na escola. E é justamente aqui que entra o papel da coordenadora pedagógica e da secretária da educação. 
No município onde ocorreu o estágio, existem 6 escolas polo, uma trabalhando em turno integral, mas atende somente os anos iniciais do Fundamental I. Outras contam com 200, 300 alunos. Somente uma a segunda maior tem 500 alunos. 
E cada escola independente do numero de alunos, possui uma diretora e uma vice-diretora, uma supervisora, 2 secretárias, 3 serventes, e três cozinheiras. As escolas menores ficam com pessoal parado, enquanto as maiores não dão conta do recado.
O desafio de conciliar a massificação do acesso à escola pública no Brasil à melhoria da performance de seus alunos lançou a gestão escolar em uma transição ainda pouco compreendida por seus operadores. De um lado, ela tem de superar os efeitos da sua submissão às políticas de gestão da pobreza, tanto assistencialistas quanto de controle social, que marcaram os anos de 1980 e 1990. De outro lado, tem de enfrentar os efeitos nada irrelevantes do fracasso das políticas orientadas para a construção da autonomia escolar, intentadas desde o contexto da redemocratização do país.
Na passagem dos anos de 1980 para os anos de 1990, o que parece ter sido perdido é o otimismo em relação a um modelo mais participativo que pudesse resultar em processos de inovações produzidas pelo coletivo de professores, pais e alunos, levando a uma ressignificação da noção de autonomia, agora entendida menos como resultado da participação coletiva, e mais como sinônimo da responsabilização de cada escola pela qualidade do ensino. E, junto com isso, a valorização de um diretor com maior competência para conduzir processos de inovação definidos por decisões que não necessariamente são compartilhadas pelas comunidades escolares, estando mais sintonizadas com os sistemas de incentivos e punições decorrentes das avaliações. Desse quadro surge um diretor cada vez mais exposto a cobranças derivadas de sistemas de responsabilização que acabam por colocar em permanente xeque a própria ideia de autonomia. Daí se segue, como desdobramento quase inevitável, a desqualificação da própria noção de autonomia, e sua gradual substituição por desenhos de políticas educacionais baseadas em um maior controle a partir do centro do sistema, com repercussão tanto na dimensão pedagógica quanto na administrativa. Evidência disso é a crescente submissão da escola aos sistemas de avaliação de resultados acadêmicos e ao controle externo exercido sobre sua rotina administrativa.
No que diz respeito ao pensamento de Anísio Teixeira, Souza (2006) ressalta que, embora o pensador defenda que na administração estabelece-se uma relação de poder e que este é exercido pela pessoa que administra, há distinção entre a administração de uma fábrica e a administração de uma escola, reafirmando a natureza pedagógica desta. Para SOUZA (2006, p. 48), as ideias de Anísio Teixeira “demonstram que a administração escolar é, antes de tudo, uma ferramenta a serviço do desenvolvimento pedagógico da escola e não possui uma razão própria alheia ao trabalho docente e à função educativa da instituição”
Souza (2006) apresenta um levantamento do perfil da gestão escolar no Brasil, a partir de publicações e estudos realizados no período de 1930 a 2004. Esse perfil revela que a administração escolar passou a ser denominada de gestão escolar a partir da década de 1980. Das variadas concepções pedagógicas que marcaram (e ainda marcam) nossa história educacional, há que se destacar a concepção tecnicista da educação que, como bem sabemos, teve grande influência no processo educacional brasileiro, sobretudo na década de 1970. Segundo SAVIANI (2007, p. 380), “[...] a pedagogia tecnicista buscou planejar a educação de modo que a dotasse de uma organização racional capaz de minimizar as interferências subjetivas que pudessem pôr em risco sus eficiência.
 A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – LDBEN, nº 9394/1996, dispõe sobre a possibilidade da participação da comunidade escolar e local por meio de conselhos escolares ou equivalentes: a eficiência.”
Art. 14. Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do ensino público na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes princípios: (...) II - participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou equivalentes
Ora, não basta a legislação apontar a possibilidade de uma gestão compartilhada na escola se está se vê, constantemente, tendo que atender a uma infindável lista de novos procedimentos e/ou projetos a serem implementadospor ela, ignorando-se, muitas vezes, a sua tão propalada autonomia. Fica demarcado, assim, um aspecto preponderantemente administrativo-financeiro dos conselhos escolares, em detrimento dos aspectos administrativos e pedagógicos.
No projeto de Estágio foram descritas as atribuições de cada integrante que compõe a Gestão Educacional, mas raras são as escolas que podem contar com todos. Fica a pergunta? Quem mais sai perdendo dentro desta desorganização? Obviamente é o aluno, que não tendo suportes torna-se agressivo, desestimulado, sem estímulo, pois sabemos como muitos vivem em casa, maioria não tem apoia da família, entre tantos absurdos que acontecem. No momento em que o aluno tem aquele suporte, dos profissionais adequados, onde existe a mediação aluno pai e direção, os problemas acabam diminuindo, quem sabe até um dia deixariam de existir. 
Isso é comparado a uma novela que não tem data para acabar. Essas políticas postas em papéis e engavetadas, acontecem há anos e anos. É preciso uma revolução na Educação Brasileira. Exemplos bons não faltam. Exemplos de países onde a Educação está acima de tudo e os índices de analfabetismo chegam a zero.
3 INDICADORES DE QUALIDADE DA EDUCAÇÃO
Os Indicadores da Qualidade na Educação estão sendo utilizados no Programa Nacional da Escola Básica, baseiam-se numa visão ampla de qualidade educativa e, por isso, abrangem sete dimensões: ambiente educativo; prática pedagógica e avaliação; ensino e aprendizagem da leitura e da escrita; gestão escolar democrática; formação e condições de trabalho dos profissionais da escola; ambiente físico escolar; acesso e permanência dos alunos na escola.
Quanto ao Ambiente educativo, os indicadores se referem ao respeito, à alegria, à amizade e solidariedade, à disciplina, ao combate à discriminação e ao exercício dos direitos e deveres. Em relação à Prática pedagógica e avaliação: os indicadores refletem coletivamente sobre a proposta pedagógica da escola, sobre o planejamento das atividades educativas, sobre as estratégias e recursos de ensino-aprendizagem, os processos de avaliação dos alunos, incluindo a autoavaliação, e a avaliação dos profissionais da escola. O enfoque dado ao Ensino e aprendizagem da leitura e da escrita, refere-se à prática de garantir que todos os alunos aprendam. Para a ação se concretizar, a escola precisa ter uma proposta pedagógica com orientações transparentes para a alfabetização inicial. A escola pode implementar as orientações da proposta pedagógica para a alfabetização inicial, buscando as orientações nos momentos de avaliação e reuniões pedagógicas alusivas a este contexto; cuidando, também para que os planos de aula e outras concepções de alfabetização inicial sejam organizados ponderando as orientações da proposta pedagógica.
 Para que o plano de alfabetização funcione, serão viabilizados para os alunos materiais variados de leitura nas salas de aula: livros diversificados (com e sem palavras, de prosa, de poesia); revistas; gibis; suplementos infantis de jornais; cartelas com nomes dos alunos; letras móveis; jogos com letras e palavras; produções das próprias crianças, com desenhos e escritas; dicionários. Os alunos participarão de projetos ou atividades nas quais poderão conhecer e praticar os diferentes usos da leitura e da escrita cotidianamente.
 Porém, não é tão simples situar claramente um limite separando o que é estar alfabetizado do que é não estar alfabetizado. Mas a escola precisa definir essa fronteira. Por exemplo ao questionar se o aluno é capaz de escrever sem copiar um pequeno texto que seja compreensível, ainda que contenha falha ortográfica; se o aluno é capaz de ler (com fluência suficiente para compreender) um pequeno texto escrito em linguagem familiar. A ocorrência de que muitos alunos até chegam a se alfabetizar, mas não desenvolvem adequadamente sua capacidade de leitura e escrita ao longo do ensino fundamental, justifica-se pelo fato de que os educandos têm dificuldade de compreender o que leem e dificuldade de se expressar. Por isso, é fundamental que todos os professores constituam um plano de progressão das habilidades de leitura e escrita dos alunos, colocando finalidades para a série, ano ou ciclo. Na escola, as crianças precisam ter contato com diferentes textos, ouvir histórias, observar adultos lendo e escrevendo. A leitura e a escrita são capitais para o aprendizado de todos os assuntos escolares e não escolares. Por isso, em cada ano/série, o aluno precisa ampliar cada vez mais sua capacidade de ler e escrever. Assim, em sua proposta pedagógica, a escola precisa situar claramente o que os alunos devem aprender em cada etapa, até a conclusão do ensino fundamental.
Devemos, porém, enfatizar que não existe um modelo único para a escola de qualidade. Qualidade é um conceito ativo, que deve ser construído e reconstruído continuadamente. Cada escola tem autonomia para refletir, indicar e atuar no caminho e encontro da qualidade da educação. A escola necessita ter uma estratégia compartilhada entre os professores para fazer os alunos progredirem na leitura e na escrita, buscando envolver as famílias, que podem exercer um papel respeitável, estimulando o aprendizado de leitura e escrita de seus filhos.
Todo o processo educativo inclui o conceito de direção para seu bom funcionamento, contribuindo para atingir seus objetivos de formação. Pensando o papel e a função dos gestores da escola, eles têm a função de incentivar e motivar as potencialidades individuais e promover as relações dentro da mesma para que a transformação social se concretize, começando pela escola e atingindo a comunidade em que está inserida. Não é uma tarefa fácil, mas é preciso ter determinação para conduzir o processo de forma administrativa e pedagógica.
4 VIVÊNCIAS DO ESTÁGIO
O III e último estágio na Graduação de Licenciatura Plena em Pedagogia, com o tema: Dimensões da Gestão Educacional e suas Competências, foi realizado na Instituição concedente, Escola Municipal de Ensino Fundamental Catulino Pereira da Rosa, onde também pude realizar os estágios I e II. Como foi um estágio até então diferente, em se tratando de observar a Gestão da Escola, como trabalham, o dia-a-dia, a correria, o excesso de regras a serem cumpridas, além de toda a parte que envolve funcionários, alunos, pais...foi de extrema importância para mim, que estou na segunda Licenciatura e Cursando a Terceira. 
Observar a equipe trabalhando tendo várias limitações no que se refere aos recursos, e a falta de profissionais para completar o quadro da Gestão, fez com que pudesse chegar a uma conclusão: não importa se falta um profissional, muitas vezes existem todos eles trabalhando e a equipe não se entende. Tendo em vista o caos em que se encontra a Educação, ainda assim, pode-se ver que onde trabalham profissionais empenhados, éticos e comprometidos, a escola funciona bem, dentro dos limites.
Aspectos Negativos:
Falta de profissional para um planejamento das atividades escolares;
Participação ativa da comunidade na escola;
Organizar reuniões com os professores sem pressa;
Formação continuada para os professores;
Falta de um Orientador Educacional;
Implantar o projeto mais alfabetização;
Observei toda a equipe, desde as secretárias até a Diretora. Acompanhei três conselhos de classe, muito bem conduzidos, mas a falta de tempo deixa a desejar. A sobrecarga que cada um tem faz com que esses encontros sejam apenas para avaliar o aluno. Não focando nas práticas do professor. Mas isso a supervisora observa e cobra, quando é necessário.
Outro grande problema é a reprovação e a evasão escolar. Dom Feliciano possui o IDEB, mais baixo do Rio Grande do Sul. O IDHM, também se encontra entre os piores.
Isso vem acontecendo há anos. O que a secretária da Educação está fazendo em relação á isso. Como professores temos quase que a obrigação de passar alunos que não tem condições. Tudo isso com a desculpa do IDEB. Onde este está a cada ano pior.
Esses motivos as vezes fazem com queo professor desanime. Mas ao acordar no dia seguinte sabemos que é nossa a responsabilidade de mudar, dando a nossa contribuição.
Quanto aos objetivos, acredito que alguns foram reforçados e outros atingidos. Em relação ao incentivo da leitura, fiz o que estava ao meu alcance. Contudo sabemos que muitas coisas independem da boa vontade dos professores e da Gestão Escolar, há muitos entraves que dificultam a realização de alguns projetos.
Concluindo este Estágio posso dizer que foi bem proveitoso e bem aproveitado, onde pude vivenciar tudo o que a Gestão realiza. Sendo assim, e tendo boas impressões de toda a escola, conclui esta etapa com satisfação e êxito.
5 IMPRESSÕES DO ESTÁGIO (considerações finais)
Em relação as impressões do Estágio acredito que já foi relatado e para reforçar posso dizer que foram positivas em todos os sentidos (tendo suas limitações).
O cidadão torna-se instrumento de garantia de eficiência quando passa a gerenciar a escola. Não cabe a ele apenas a busca pelos direitos, cabe, assim, o dever de torná-la eficiente e produtiva. À escola, por sua vez, cabe o papel de formar os futuros cidadãos. Todavia, a escola que comumente é vista como um espaço de preparação para uma cidadania que virá, como um espaço de formação do devir-cidadão, aquele que “um dia” se tornará pleno de seus direitos, apresenta-se, também, no campo das possibilidades, como espaço privilegiado da ação.
Consideramos que ser um gestor educacional vai muito além de um mero cargo ou uma profissão de grande responsabilidade. Ser gestor implica em ser autêntico, com visão, ser líder, pois o líder envolve a todos no trabalho, fazendo das suas ações um exemplo, tornando importante cada membro de sua equipe, motivando para que todos os envolvidos acreditem no seu próprio valor pessoal e profissional para uma gestão de qualidade.
Ser sujeito é participar e fazer parte das ações e é isso que a escola e a legislação anseiam ao implantar a gestão escolar, por isso que não é um trabalho fácil, mas que exige comprometimento e ações concretas por parte de todos os envolvidos, garantindo a tão desejada educação de qualidade por parte de todos.
Se fosse ensinar a uma criança a beleza da música não começaria com partituras, notas e pautas. Ouviríamos juntos as melodias mais gostosas e lhe contaria sobre os instrumentos que fazem a música.
Aí, encantada com a beleza da música, ela mesma me pediria que lhe ensinasse o mistério daquelas bolinhas pretas escritas sobre cinco linhas. Porque as bolinhas pretas e as cinco linhas são apenas ferramentas para a produção da beleza musical. A experiência da beleza tem de vir antes.
Rubem Alves
REFERÊNCIAS
BRASIL. Lei 9394/96 - Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional.
http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf . Acesso em 30/04/2008.
BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional: Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, que estabelece as diretrizes e bases da educação.
_______. Lei nº 9394. Aprovada em 20 de dezembro de 1996. Fixa Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Diário Oficial da União, Brasília.
PIMENTA, S. G.; LIMA, M. S. L. Estágio e Docência. 2ª Ed. São Paulo: Cortez, 2004.
SAVIANI, D. A nova lei da educação: trajetória, limites e perspectivas. 3. ed. Campinas: Autores Associados, 1997.
SOUZA, Ângelo Ricardo De. A natureza política da gestão escolar e as disputas pelo poder na escola. Rev. Bras. Educ., Rio de Janeiro , v. 17, n. 49, Apr. 2012 . Available from . access on 09 Aug. 2014. http://dx.doi.org/10.1590/S1413- 24782012000100009
O desejo que move os poetas não é ensinar, esclarecer, interpretar. O desejo que move os poetas é fazer soar de novo a melodia esquecida.
Rubens Alves
ANEXOS
Foto-Equipe diretiva- EMEF Catulino Pereira da Rosa
Foto- Conselho de Classe
Foto – EMEF Catulino Pereira da Rosa

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