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Prezados alunos, segue roteiro para estudo visando à prova NP: CONCEITO DE DIREITO: Direito é o princípio de adequação da pessoa à vida social. Direito Objetivo: a norma (ou conjunto de normas) de ação ditada pelo Poder Público. Direito Subjetivo: faculdade de exercer em favor do indivíduo o comando emanado do Estado. Direito Público: é o direito que tem por finalidade regular as relações do Estado com outro Estado, ou as do Estado com seus cidadãos e atua na tutela do bem coletivo. EX.: direito constitucional, o direito administrativo, o direito penal, o direito processual civil, o direito processual penal, o direito internacional público, o direito internacional privado e o direito tributário. Direito Privado: é o que disciplina as relações entre pessoas singulares, nas quais predomina imediatamente o interesse de ordem particular. Ex.: direito privado, o direito civil, o direito comercial, o direito agrário, o direito aeronáutico e o direito do trabalho. E o Direito Civil propriamente dito, o que seria? “Embora o direito civil se tenha como um dos ramos do direito privado, a rigor é mais do que isto. Enfeixa os princípios de aplicação corrente, de aplicação generalizada e não restritiva à matéria cível. OBJETIVO DO CC: é a tutela da pessoa humana *LINBD – LEI DE INTRODUÇÃO ÀS NORMAS DO DIREITO BRASILEIRO. Objetivo da LINBD: preocupa-se com a própria norma jurídica. VIGÊNCIA, APLICAÇÃO, EFICÁCIA E INTERPRETAÇÃO DA LEGISLAÇÃO; *VIGÊNCIA: A lei só ganha vigência depois da vacatio legis (lapso temporal para que as pessoas tenham conhecimento de sua existência). O momento da existência não se confunde com a vigência. Depois de promulgada, a lei precisa de um iter legislativo para que as pessoas tenham conhecimento da norma para, somente depois, passar a ter vigência: publicação → lapso temporal (vacância/vacatio legis) → vigência. Começa a vigorar em todo o país em 45 dias depois de publicada. Em estados estrangeiros: 3 meses da publicação. Regra: toda lei tem que ter um prazo de vacatio legis, e este prazo tem que estar expresso em dias. *INTERPRETAÇÃO: é a atividade de buscar o sentido e o alcance de uma norma que já existe. toda interpretação é sociológica e teleológica. (Impacto que a norma terá na comunidade / deve atender aos fins sociais a que a norma se destina.) 1- interpretação ampliativa: (AMPLIA O SENTIDO DA NORMA) a norma que diga respeito aos direitos fundamentais individuais ou sociais. EX.: direito à escola a partir dos 6 anos. 2-interpretação declaratória (só faz o que está previsto na lei / o limite é a lei) : as normas de Direito Administrativo se submetem a uma interpretação declarativa, por conta do princípio da legalidade. 3-interpretação restritiva (é do jeito que está na lei): as normas que estabeleçam privilégio, sanção, renúncia, fiança e aval se submetem a interpretação restritiva. Ex.: fiador, não posso estender isso aos filhos. *APLICAÇÃO: em regra geral aplica-se a lei brasileira dentro do território brasileiro. Existe exceções. *EFICÁCIA: REVOGAÇÃO DA LEI; Uma vez cumprida a vacatio legis e entrando em vigor, a lei continuará vigendo até que venha outra e, expressa ou tacitamente, a revogue. (princípio da continuidade) No sistema brasileiro só se admite a revogação de uma lei através de outra lei. §1º → a lei posterior revoga a anterior quando expressamente o declare, quando seja com ela incompatível ou quando regule inteiramente a matéria de que tratava a lei anterior. A revogação é gênero da qual ab-rogação e derrogação são espécies: *Ab-rogação: é a revogação total da lei. *Derrogação: é a revogação parcial da lei. APLICAÇÃO DA LEI NO TEMPO: PRINCÍPIO DA IRRETROABILIDADE DA LEI E DIREITO ADQUIRIDO, COISA JULGADA E ATO JURÍDICO PERFEITO; IRRETROATIVIDADE DAS LEIS, é a regra, de modo que as leis novas não alcançam os fatos pretéritos / PASSADO. Exceção: expressa disposição neste sentido e que a retroação não prejudique o ato jurídico perfeito, a coisa julgada e o direito adquirido. *Direito adquirido: é aquele que se incorporou ao patrimônio do particular. Todo direito adquirido é patrimonial. *Coisa julgada: é a qualidade que reveste os efeitos decorrentes de uma decisão judicial contra a qual não cabe mais impugnação dentro dos mesmos autos. É a decisão que não cabe mais recurso. *Ato jurídico perfeito: é o ato pronto e acabado, já tendo exaurido seus efeitos. O ato jurídico perfeito não pode ser atingido pelos efeitos de uma lei nova, pois ele não mais produz efeitos. MÉTODOS DE INTEGRAÇÃO DA LEI (ANALOGIA, COSTUMES E PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO); Art. 4º, LINDB → quando a lei for omissa, o juiz decidirá o caso de acordo com a analogia, os costumes e os princípios gerais de direito Integrar é preencher uma lacuna. ANALOGIA: é primeiro mecanismo de integração. É o preenchimento da lacuna através da comparação. Por meio da analogia, compara-se uma determinada hipótese, não prevista em lei, com outra, já contemplada em lei. O seu fundamento é a igualdade jurídica. analogia legis: comparando-se uma situação atípica com uma outra situação típica. analogia iuris: compara-se a situação não prevista em lei com os valores do sistema e não com um dispositivo legal. Ex.: união homoafetiva COSTUMES: são os usos cotidianos locais, ou seja, os usos reiterados de uma comunidade. *Costumes secundum legem: são os costumes determinados na lei. PRINCÍPIOS GERAIS DO DIREITO: São, na verdade, postulados universais. *não lesar a ninguém; *dar a cada um o que é seu; *viver honestamente. PRINCÍPIOS BASILARES DO CC/02: SOCIALIDADE, OPERABILIDADE E ETICIDADE; *Socialidade: O princípio da socialidade orienta à prevalência de interesses e valores coletivos em detrimento daqueles individuais. A ênfase desse princípio é a coexistência humana, visando à preservação da vida em sociedade, respeitando os limites da expressão da individualidade. Na verdade, ressalta o significado social do Direito, característica que destaca o Código Civil de 2002. *Eticidade: O princípio da eticidade tem como base a pessoa humana como portador de valores, os quais devem ser considerados pelo julgador. Atribuiu-se à ética a função de paradigma de comportamento moral. Esse princípio orienta a busca da equidade na solução de conflitos, conferindo ao magistrado poderes para que desenvolva respostas mais justas ou equitativas. *Operabilidade: O princípio da operabilidade orienta a fluidez do processo no âmbito jurisdicional, visto que parte da pressuposição de que o Direito foi criado para ser executado (efetivado), desvencilhando-se do abstrato ou indeterminado. INTERPRETAÇÃO DO DIREITO CIVIL À LUZ DOS PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS; Presenciamos em nossa doutrina atual a sobreposição do denominado DIREITO CIVIL CONSTITUCIONAL, isto é, um direito civil interpretado e aplicado à luz dos valores constitucionais, reconhecido nos meios acadêmicos e também pelos Tribunais. Na metodologia da interpretação do Código Civil destacam-se hoje os princípios constitucionais e os direitos fundamentais, os quais se impõem às relações interprivadas, aos interesses particulares, de modo a fazer prevalecer uma verdadeira “constitucionalização” do direito privado. CARACTERÍSTICAS E ELEMENTOS DA LEI; FONTES DO DIREITO: *Primária: LEI – civil Law *Secundária: DOUTRINA (é o trabalho dos juristas, dos estudiosos do Direito), JURISPRUDÊNCIA (é o conjunto de decisões similares sobre a mesma matéria dos tribunais), COSTUMES CARACTERÍSTICAS DAS LEIS *GENERALIDADE (dirige-se a todos os cidadãos, tendo eficácia erga omnes) *IMPERATIVIDADE (é um imperativo, impondo deveres e condutas), *PERMANÊNCIA (perdura até que seja revogada por outra ou perca a eficácia), *COMPETÊNCIA (deve emanar de autoridade competente, com o respeito ao processo de elaboração) *AUTORIZAMENTO (a norma autoriza ou desautoriza determinada conduta). A Lei é formada pelos seguinteselementos: a) disposições (palavras reveladoras da regra jurídica); b) sanção (ato pelo qual o chefe do Poder Executivo manifesta sua concordância com a lei elaborada pelo Poder Legislativo); c) promulgação (ato pelo qual se declara a existência a existência da lei, e se ordena seu cumprimento); d) publicação (ato pelo qual se torna a lei conhecida e vigente) Classificação das leis: *NORMAS COGENTES (ou de ordem pública) são aquelas que atendem mais diretamente ao interesse geral, merecendo aplicação obrigatória. *NORMAS DISPOSITIVAS (também chamadas supletivas, interpretativas ou de ordem privada) são aquelas que interessam somente aos particulares. PERSONALIDADE CIVIL E CAPACIDADE JURÍDICA. Art. 2º A PERSONALIDADE CIVIL da pessoa começa do nascimento com vida; mas a lei põe a salvo, desde a concepção, os direitos do nascituro. *Teoria natalista: sustenta que a personalidade só seria adquirida a partir do nascimento com vida. Teoria clássica. *Teoria concepcionista: nascituro seria considerado pessoa desde a concepção, inclusive para efeitos patrimoniais, razão pela qual o nascituro seria titular de direito e não de mera expectativa. – é a mais aceita atualmente. Nascituro tem direitos a alimentos (lei dos alimentos gravídicos); tem direito a indenização por dano moral CAPACIDADE JURÍDICA: Art. 1o Toda pessoa é capaz de direitos e deveres na ordem civil. É possibilidade de titularizar pessoalmente relações jurídicas de conteúdo patrimonial. A titularidade de capacidade jurídica não pressupõe a titularidade de personalidade, Temos 2 tipos de capacidade: *Capacidade de direito: é a capacidade que todos têm, é uma capacidade genérica, geral, para titularizar obrigações e direitos. Só é perdida com a morte *Capacidade de fato: (nem todos têm), traduz a aptidão para pessoalmente praticar atos da vida civil. A falta desta gera incapacidade absoluta ou relativa. A capacidade de fato condiciona-se à capacidade de direito. Pode ter capacidade de direito, sem capacidade de fato. Capacidade jurídica = de direito + de fato = capacidade plena (18 anos). Obs.: AUSÊNCIA DE CAPACIDADE: possui um significado genérico. FALTA DE LEGITIMIDADE: está ligada a prática de um ato específico. Exemplos: é o caso de dois irmãos, de sexo diferente que mesmo capazes, não podem casar entre si
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