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A POSSIBILIDADE DA APLICAÇÃO DA PROPOSTA DE EMENDA À CONSTITUIÇÃO N. º 56, DE 2019 ÀS ELEIÇÕES DE 2020
1. PEC 56/2019
	
	A Proposta de Emenda à Constituição nº 56 de 2019 visa acrescentar o art. 115 ao Ato das Disposições Transitórias - ADCT para prorrogar os mandatos dos atuais Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores, unificando as eleições gerais e municipais, conforme descreve o art. 1ª da proposta:
 Art. 1º O Ato das Disposições Constitucionais Transitórias passa a vigorar acrescido do seguinte art. 115:
“Art. 115. Os mandatos dos atuais Prefeitos, Vice - Prefeitos e Vereadores terminarão no dia 1º de janeiro de 2023, com a posse dos eleitos no ano anterior.”
	
	O art. 2ª da proposta em comento dispõe que a mesma entrará em vigor na data da sua publicação.
	A justificativa dessa Proposta de Emenda à Constituição é que, em primeiro lugar haverá economia significativa de recursos públicos na medida em que serão eliminados os gastos relativos aos processos eleitorais municipais realizados de forma isolada. 
Outro fator positivo citado pela proposta é que o impacto positivo será experimentado em curto prazo, pois o pleito de 2020 já não mais ocorrerá. Os valores poderão ser utilizados em serviços essenciais à população, tais como ensino, saúde e segurança pública. Além disso, é preciso considerar o momento delicado que o País atravessa. Com a supressão do pleito eleitoral de 2020, a classe política, livre dos encargos inerentes às campanhas eleitorais, poderá concentrar-se nas reformas de que a República tanto precisa.
Frise-se que, para a unificação dos mandatos de Prefeitos, Vice-Prefeitos e Vereadores com os mandatos de Governadores, Vice-Governadores, Deputados Federais e Deputados Estaduais, é desnecessária a alteração do texto permanente da Constituição, bastando o acréscimo do dispositivo proposto no Ato das Disposições Constitucionais Transitórias (ADCT).
Ademais, justifica-se que a inovação no ADCT, combinada com os arts. 27, 28 e 29 da Constituição é suficiente para atingir o objetivo colimado, qual seja, unificar as eleições municipais e as eleições gerais, em homenagem ao interesse público e aos ideais republicanos. 
2. PRINCIPIO DA ANUALIDADE ELEITORAL
	O Principio da Anualidade Eleitoral, também conhecido como principio da anterioridade eleitoral ou anterioridade constitucional em matéria eleitoral está disposto no art. 16 da Constituição de 1988 e dispões que a lei que alterar o processo eleitoral entrará em vigor na data de sua publicação, não se aplicando à eleição que ocorra até um ano da data de sua vigência. 
	Nesse sentido José Jairo Gomes afirma que essa restrição visa impedir mudanças casuísticas na legislação eleitoral que possam surpreender os participantes que se avizinha, beneficiando ou prejudicando os candidatos.
	Observa-se que a Constituição refere-se a lei que alterar o processo constitucional, ou seja qualquer norma capaz de inovar o ordenamento jurídico. Assim, excluem-se desse principio os regulamentos que são editados apenas para promover a fiel execução da lei e que não podem extrapolar os limites dela. Não podem os regulamentos criar algo novo, por isso essa regra dirige-se ao Poder Legislativo visto que apenas ao parlamento é dado o poder de inovar a ordem jurídica eleitoral.
	Este princípio é inaplicável ao poder normativo do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), logo as resoluções desse Tribunal, editadas para dar bom andamento às eleições, podem ser expedidas há menos de um ano do pleito eleitoral (art. 105 da Lei nº 9.504/1997).
Marcos Ramayana[6] sintetiza processo eleitoral da seguinte forma:
Em resumo: inicia-se o processo eleitoral com a escolha pelos partidos políticos dos seus pré-candidatos. Deve-se entender por processo eleitoral os atos que se refletem, ou de alguma forma se projetam no pleito eleitoral, abrangendo as coligações, convenções, registro de candidatos, propaganda política eleitoral, votação, apuração e diplomação.
2.4 - PRINCÍPIO REPUBLICANO
Representa a forma de governo adotada. Ensina José Jairo Gomes (2012) que as formas de governo significam o modo de atribuição do poder político-estatal. Continua, ao afirmar os fundamentos da república, entre eles a eletividade, a temporalidade no exercício do mandato e a alternância de pessoas no comando do Estado. Citando Ruy Barbosa, indica que não é o fato de coexistirem três poderes independentes e harmônicos que consolida o princípio republicano. Faz parte da forma republicana a periodicidade das eleições.
“Assim, por força do princípio republicano, de tempos em tempos devem os mandatos ser revogados coma realização de novas eleições. Nesse sentido, reza o artigo 83 da Constituição Federal que o mandato do Presidente da República é de quatro anos e terá início em primeiro de janeiro do ano seguinte ao de sua eleição. No mesmo sentido, o mandato de Governador (CF, art 28), de Prefeito (CF, art 29, I), de Deputado Estadual (CF, art 27, §1º), de Vereador (CF, art 29, I), de Deputado Federal (CF, art 44, parágrafo único) e de Senador, cujo mandato é de oito anos (CF, art 46, §1º)” (GOMES, 2008, p. 33).
Destarte, o a efetividade do princípio republicano é garantido pela eleição periódica e popular.
III – CONSIDERAÇÕES FINAIS
Conforme estudado, percebe-se a vasta importância social do arcabouço principiológico no balizamento das ações e condutas dos cidadãos e cidadãs. Da mesma sorte, os princípios do Direito Eleitoral gozam de influência social e garantem o acesso de grupos ao poder de gerir o Estado.
Mais ainda, a luta pelo poder é essencial para que as pessoas se organizem e busquem a paz social. Entretanto, para a efetividade do mesmo é preciso respeitar os princípios destacados anteriormente, objeto de estudo.
Enfim, os princípios da Democracia, da Democracia Partidária, do Estado Democrático de Direito e o Princípio republicano são imprescindíveis ao bom funcionamento do Estado Democrático de Direito. 
Com isso, notável se torna a presença dos princípios, uma vez que a desatenção a um princípio implica desobediência a um sistema de comandos, que endossam o ordenamento jurídico estatal. Por fim, os princípios eleitorais possibilitam a efetiva atuação dos cidadãos, devendo a todo custo ser aplicados, tendo em vista a paz social.

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