Buscar

CIDADANIA - DIREITO ELEITORAL (NP2)

Esta é uma pré-visualização de arquivo. Entre para ver o arquivo original

CIDADANIA – DIREITOS POLÍTICOS (NP2)
12/04/2019
I. COMPETÊNCIA PARA LEGISLAR NO DIREITO ELEITORAL.
Competência para legislar, competência para legislar no Direito Eleitoral é PRIVATIVA da União. 
(art. 22, I, “a”, CF).
A Lei Complementar pode autorizar os estados a legislar sobre tais matérias.
OBS: Município não pode legislar nem com autorização de lei complementar.
Art. 22. Compete privativamente à União legislar sobre:
I - direito civil, comercial, penal, processual, eleitoral, agrário, marítimo, aeronáutico, espacial e do trabalho;
Parágrafo único. Lei complementar poderá autorizar os Estados a legislar sobre questões específicas das matérias relacionadas neste artigo.
É proibida Medida Provisória sobre Direito Eleitoral
Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.   
§ 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:   
I - relativa a:    
a) nacionalidade, cidadania, direitos políticos, partidos políticos e direito eleitoral; 
b) direito penal, processual penal e processual civil;   
À partir de 2020 não poderá haver coligação para sistema proporcional, mas apenas para o sistema majoritário.
II. CRIAÇÃO DOS PARTIDOS POLÍTICOS.
Existe INGERÊNCIA ESTATAL nos partidos políticos no Brasil?
R: SIM, ainda que mínima, pois deverá haver dentro do seu estatuto a proteção a soberania nacional, ao pluripartidarismo, ao regime democrático de direito e direitos fundamentais da pessoa humana, como preleciona o caput do art. 17 da CF.
Art. 17. É livre a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo, os direitos fundamentais da pessoa humana e observados os seguintes preceitos:  
I - caráter nacional;
II - proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes;
III - prestação de contas à Justiça Eleitoral;
IV - funcionamento parlamentar de acordo com a lei.
§ 1º É assegurada aos partidos políticos autonomia para definir sua estrutura interna e estabelecer regras sobre escolha, formação e duração de seus órgãos permanentes e provisórios e sobre sua organização e funcionamento e para adotar os critérios de escolha e o regime de suas coligações nas eleições majoritárias, vedada a sua celebração nas eleições proporcionais, sem obrigatoriedade de vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, distrital ou municipal, devendo seus estatutos estabelecer normas de disciplina e fidelidade partidária.    
§ 2º Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral.
§ 3º Somente terão direito a recursos do fundo partidário e acesso gratuito ao rádio e à televisão, na forma da lei, os partidos políticos que alternativamente:       
I - obtiverem, nas eleições para a Câmara dos Deputados, no mínimo, 3% (três por cento) dos votos válidos, distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação, com um mínimo de 2% (dois por cento) dos votos válidos em cada uma delas; ou 
II - tiverem elegido pelo menos quinze Deputados Federais distribuídos em pelo menos um terço das unidades da Federação.  
§ 4º É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar.
§ 5º Ao eleito por partido que não preencher os requisitos previstos no § 3º deste artigo é assegurado o mandato e facultada a filiação, sem perda do mandato, a outro partido que os tenha atingido, não sendo essa filiação considerada para fins de distribuição dos recursos do fundo partidário e de acesso gratuito ao tempo de rádio e de televisão.   
Caput (art. 17), PLURIPARTIDARISMO NÃO SE CONFUNDE COM PLURALISMO POLÍTICO.
PLURIPARTIDARISMO, é a existência de vários partidos políticos, considera-se um limite constitucional a criação dos partidos políticos.
PLURALISMO POLÍTICO, é a existência de várias Ideologias, que devem coexistir de maneira harmônica e são representadas pela existência de sindicatos, diversas religiões, associações (Rotary, lions, maçonaria), movimentos (liberais, feminista, LGBT, monarquista, conservador), e, também de diversos partidos políticos. Trata-se de fundamento da República Federativa do Brasil (art. 1º, V, CF). É vedado aos partidos políticos pregarem a existência de um só partido.
Inciso I (art. 17) – Caráter Nacional. O Brasil é uma República Federativa, e por ser uma Federação deve-se respeitar o caráter nacional, a Federação vedada o direito a secessão, daí a diferença entre Federação e Confederação, na confederação o direito a secessão é mantido (direito de divisão).
Inciso II (art. 17) - Proibição de recebimento de recursos financeiros de entidade ou governo estrangeiros ou de subordinação a estes.
§ 4º - É vedada a utilização pelos partidos políticos de organização paramilitar. Não pode uso de uniforme militar em partido político. 
§ 2º - Os partidos políticos, após adquirirem personalidade jurídica, na forma da lei civil, registrarão seus estatutos no Tribunal Superior Eleitoral. Não adquirem personalidade jurídica no TSE, a personalidade jurídica ocorre com o registro dos seus atos constitutivos de acordo com a lei civil, ou seja, no cartório de registro das pessoas jurídicas. Após tal criação de acordo com a lei civil é que se faz o registro no TSE, e somente após o ok do TSE é que o partido passará a ter direito do uso de siglas e terá seu número registrado, podendo após tais atos participar das eleições.
III. VOTO NO EXTERIOR E VOTO EM TRÂNSITO.
Voto no Exterior é diferente de Voto em Trânsito.
Voto no Exterior 
- Significa a possibilidade de votar para Presidente/Vice mesmo fora do País origem. 
- É necessário que seja informada a Justiça Eleitoral antes da data da votação.
- Sendo necessário mínimo de 30 eleitores inscritos para que haja cessão eleitoral.
- Ocorrerão nos Consulados e nas Embaixadas no exterior.
Voto em Trânsito
- Voto dentro do Brasil.
- Poderá ser dentro do Estado ou em Estado Diverso.
- Dentro do Estado, vota-se para todos os cargos.
- Estado Diverso, somente para Presidente/Vice, equipara-se neste ponto ao Voto no Exterior.
IV. FUNÇÕES DA JUSTIÇA ELEITORAL
1. Função Administrativa: Organizar as Eleições.
2. Função Jurisdicional: Dirimir Conflitos, conferindo-lhes solução definitiva.
3. Função Normativa/Regulamentar: É a capacidade da Justiça Eleitoral editar normal que regulamentarão as Eleições, (p.u, art. 1º, Código Eleitoral). Expedir normas que irão auxiliar/regular o tramite das eleições.
Código Eleitoral
Art. 1º Este Código contém normas destinadas a assegurar a organização e o exercício de direitos políticos precipuamente os de votar e ser votado.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral expedirá Instruções para sua fiel execução.
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,
IX - expedir as instruções que julgar convenientes à execução deste Código; 
Lei 9.504/97
Art. 105.  Até o dia 5 de março do ano da eleição, o Tribunal Superior Eleitoral, atendendo ao caráter regulamentar e SEM restringir direitos ou estabelecer sanções distintas das previstas nesta Lei, poderá expedir todas as instruções necessárias para sua fiel execução, ouvidos, previamente, em audiência pública, os delegados ou representantes dos partidos políticos.  
- Tal regulamento não poderá restringir direitos e nem estabelecer sanções.
4. Função Consultiva: (não confundir com jurisdição voluntária), significa fazer uma pergunta a justiça eleitoral e ela irá responder, coisa que não ocorreria se fosse jurisdição voluntária. 
- Somente o TSE e o TER é quem poderão responder tais consultas. NUNCA PODERÁ PELO JUIZ ELEITORAL.
	TSE
Código Eleitoral
Art. 23 - Compete, ainda, privativamente, ao Tribunal Superior,
XII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas
que lhe forem feitas em tese por autoridade com jurisdição, federal ou órgão nacional de partido político;
- A consulta será em TESE, sendo vedado a mesma versar sobre um caso concreto.
- A Resposta dessa consulta não vincula o Tribunal. Pois em uma consulta é impossível versar sobre todas as possibilidades que a vida real poderá trazer, os aspectos reais de tal consulta serão em tese, haja vista a proibição de versar sobre um caso concreto em si.
Legitimidade para formular perguntas perante o TSE:
Autoridade com Jurisdição Federal (Presidente/Vice da República, Senador, Deputado Federal).
Órgão Nacional de Partido Político (Diretório Nacional de Partido Político também chamado de Executiva Nacional).
- Somente poderá ser feita tais consultas por Autoridade com Jurisdição Federal (Presidente da República, Senador e Deputado Federal) ou Órgão Nacional de Partido Político (diretório nacional de partido político/Executiva Nacional).
	TRE
Art. 30. Compete, ainda, privativamente, aos Tribunais Regionais:
VIII - responder, sobre matéria eleitoral, às consultas que lhe forem feitas, em tese, por autoridade pública ou partido político;
- Vale as mesmas característica para o TSE
- As consultas serão em TESE;
- A resposta não vincula o Tribunal;
Muda somente a legitimidade para consultar:
- Partido político
- Autoridade Pública (Deputado Estadual, Governador)
O Presidente da República pode perguntar ao TER?
R: SIM, quem pode mais também pode menos.
OS LEGITIMADOS A QUESTIONAR O TSE PODERÃO PERGUNTAR AO TRE, PORÉM, OS LEGITIMADOS A QUESTIONAR TÃO SOMENTE O TRE NÃO PODERÃO QUESTIONAR O TSE.
26/04/2019
V. PRAZO PARA ALISTAMENTO E ALGUMAS PECULIARIDADES.
LEI. 9.504/97
Art. 91. Nenhum requerimento de inscrição eleitoral ou de transferência será recebido dentro dos cento e cinqüenta dias anteriores à data da eleição.
Parágrafo único. A retenção de título eleitoral ou do comprovante de alistamento eleitoral constitui crime, punível com detenção, de um a três meses, com a alternativa de prestação de serviços à comunidade por igual período, e multa no valor de cinco mil a dez mil UFIR.
Não se pode alistar (inscrição) e nem transferir o título dentro dos 150 dias anteriores à data das eleições.
Faltando 151 dias ou mais, poderá normalmente.
Código Eleitoral
Art. 8º O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento sobre o valor do salário-mínimo da região, imposta pelo juiz e cobrada no ato da inscrição eleitoral através de selo federal inutilizado no próprio requerimento.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo primeiro dia anterior à eleição subseqüente à data em que completar dezenove anos.  PRAZO ERRADO.
Art. 4º São eleitores os brasileiros maiores de 18 anos que se alistarem na forma da lei.
- O prazo ref. ao p.ú do art. 8º, está errado, pois hoje é contado 151 dias, conforme art. 91 da lei. 9504/97.
- Poderá se alistar com 19 anos, a lógica é incentivar a participação do maior número de pessoas possíveis, a ideia é ampliara participação democrática.
- A pessoa que completar 19 anos e não estiver alistada, poderá fazê-lo no prazo dos 151 dias anteriores as eleições (neste caso não irá pagar multa), mas se se alistas após esse prazo irá pagar multa normalmente, sendo portanto vedado o alistamento dentro dos 150 dias anteriores as eleições, já que neste período o sistema fica bloqueado para receber novos alistamentos assim como para efetuar transferências.
Resolução TSE, 21.538/03
Art. 15. O brasileiro nato que não se alistar até os 19 anos ou o naturalizado que não se alistar até um ano depois de adquirida a nacionalidade brasileira incorrerá em multa imposta pelo juiz eleitoral e cobrada no ato da inscrição.
Parágrafo único. Não se aplicará a pena ao não alistado que requerer sua inscrição eleitoral até o centésimo quinquagésimo primeiro dia anterior à eleição subsequente à data em que completar 19 anos (Código Eleitoral, art. 8º c.c. a Lei nº 9.504/1997, art. 91).
- Naturalizado tem 01 ano contado da sentença da sua naturalização para se alistas, sob pena de multa.
VI. TRANSFERÊNCIA.
Condições ou Requisitos para Transferência do Título de Eleitor:
1. Solicitação no cartório eleitoral do novo domicílio.
2. Apresentar prova de quitação com a Justiça Eleitoral. 
3. Três meses de residência no local. Comprovado com mera declaração.
4. 01 ano desde o alistamento ou última transferência.
OBS: Se, o requerente for servidor civil ou militar, não serão exigidos os requisitos de três meses de residência e tampouco de um ano de inscrição ou da última transferência (aplicável aos membros da família do servidor).
VII. PECULIARIDADES DO CÓDIGO ELEITORAL.
Código Eleitoral.
Art. 5º Não podem alistar-se eleitores:
I - os analfabetos; (Vide art. 14, § 1º, II, "a", da Constituição/88. ERRADO. A constituição não veda seu alistamento, mas torna-o facultativo.
II - os que não saibam exprimir-se na língua nacional; Corrente Minoritária, somente índio integrado vota; Corrente majoritária (atual), todo brasileiro deverá votar, independente de falar ou não a língua portuguesa.
III - os que estejam privados, temporária ou definitivamente dos direitos políticos.
Parágrafo único - Os militares são alistáveis, desde que oficiais, aspirantes a oficiais, guardas-marinha, subtenentes ou suboficiais, sargentos ou alunos das escolas militares de ensino superior para formação de oficiais.
 Art. 6º O alistamento e o voto são obrigatórios para os brasileiros de um e outro sexo, salvo:
I - quanto ao alistamento:
        a) os inválidos; Deficiência, a CF prega como absolutamente competente.
        b) os maiores de setenta anos;
        c) os que se encontrem fora do país.
II - quanto ao voto:
        a) os enfermos;
        b) os que se encontrem fora do seu domicílio;
        c) os funcionários civis e os militares, em serviço que os impossibilite de votar.
OBS: Na Constituição art. 14 trata do alistamento e votos em conjunto, aqui no Código Eleitoral eles são diferenciados.
Art. 7º O eleitor que deixar de votar e não se justificar perante o juiz eleitoral até 30 (trinta) dias após a realização da eleição, incorrerá na multa de 3 (três) a 10 (dez) por cento sobre o salário-mínimo da região, imposta pelo juiz eleitoral e cobrada na forma prevista no art. 367.   
PRAZO ERRADO. Hoje o prazo é de 60 Dias, será de 30 dias o prazo para o eleitor que estiver fora do país, contados da data de seu retorno.    
§ 1º Sem a prova de que votou na última eleição, pagou a respectiva multa ou de que se justificou devidamente, não poderá o eleitor:
I - inscrever-se em concurso ou prova para cargo ou função pública, investir-se ou empossar-se neles;
II - receber vencimentos, remuneração, salário ou proventos de função ou emprego público, autárquico ou para estatal, bem como fundações governamentais, empresas, institutos e sociedades de qualquer natureza, mantidas ou subvencionadas pelo governo ou que exerçam serviço público delegado, correspondentes ao segundo mês subsequente ao da eleição;
III - participar de concorrência pública ou administrativa da União, dos Estados, dos Territórios, do Distrito Federal ou dos Municípios, ou das respectivas autarquias;
IV - obter empréstimos nas autarquias, sociedades de economia mista, caixas econômicas federais ou estaduais, nos institutos e caixas de previdência social, bem como em qualquer estabelecimento de crédito mantido pelo governo, ou de cuja administração este participe, e com essas entidades celebrar contratos;
V - obter passaporte ou carteira de identidade;
VI - renovar matrícula em estabelecimento de ensino oficial ou fiscalizado pelo governo;
VII - praticar qualquer ato para o qual se exija quitação do serviço militar ou imposto de renda.
§ 2º Os brasileiros natos ou naturalizados,
maiores de 18 anos, salvo os excetuados nos arts. 5º e 6º, nº 1, sem prova de estarem alistados não poderão praticar os atos relacionados no parágrafo anterior.
§ 3º Realizado o alistamento eleitoral pelo processo eletrônico de dados, será cancelada a inscrição do eleitor que não votar em 3 (três) eleições consecutivas, não pagar a multa ou não se justificar no prazo de 6 (seis) meses, a contar da data da última eleição a que deveria ter comparecido.                   
§ 4o O disposto no inciso V do § 1o não se aplica ao eleitor no exterior que requeira novo passaporte para identificação e retorno ao Brasil. 
VIII. JUSTIFICATIVA DOS VOTOS.
Art. 7º, Caput.
JUSTIFICATIVA DOS VOTOS
- Prazo será de 60 dias para justificar.
- Prazo será de 30 dias para o eleitor que estiver fora do país, contados da data de seu retorno.
- Conta-se 03 eleições (por turno), ou seja, três faltas injustificadas terá o título cancelado.
IX. ORGANIZAÇÃO DA JUSTIÇA ELEITORAL.
Art. 118, CF
Art. 118. São órgãos da Justiça Eleitoral:
I - o Tribunal Superior Eleitoral; Fica em Brasília.
II - os Tribunais Regionais Eleitorais; Um Tribunal Regional por Capital.
III - os Juízes Eleitorais;
IV - as Juntas Eleitorais. Órgãos Colegiado de 1ª Instância.
Juízes Eleitorais + Juntas Eleitorais = 1ª Instância (órgão colegiado de 1ª Instância).
Tribunais Regionais Eleitorais (TRE) = 2ª Instância (um TRE por Capital).
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) = Instância Especial (fica em Brasília).
JUNTA ELEITORAL
Art. 36, Código Eleitoral
 Art. 36. Compor-se-ão as juntas eleitorais de um juiz de direito, que será o presidente, e de 2 (dois) ou 4 (quatro) cidadãos de notória idoneidade.
§ 1º Os membros das juntas eleitorais serão nomeados 60 (sessenta) dia antes da eleição, depois de aprovação do Tribunal Regional, pelo presidente deste, a quem cumpre também designar-lhes a sede.
§ 2º Até 10 (dez) dias antes da nomeação os nomes das pessoas indicadas para compor as juntas serão publicados no órgão oficial do Estado, podendo qualquer partido, no prazo de 3 (três) dias, em petição fundamentada, impugnar as indicações.
§ 3º Não podem ser nomeados membros das Juntas, escrutinadores ou auxiliares:
 I - os candidatos e seus parentes, ainda que por afinidade, até o segundo grau, inclusive, e bem assim o cônjuge;
 II - os membros de diretorias de partidos políticos devidamente registrados e cujos nomes tenham sido oficialmente publicados;
 III - as autoridades e agentes policiais, bem como os funcionários no desempenho de cargos de confiança do Executivo; Policiais e Funcionário de Cargos de Confiança do Poder Executivo. Pode os servidores do poder executivo integrar a junta eleitoral? PODE, desde que não seja cargo de confiança.
 IV - os que pertencerem ao serviço eleitoral.
Art. 37. Poderão ser organizadas tantas Juntas quantas permitir o número de juízes de direito que gozem das garantias do Art. 95 da Constituição, mesmo que não sejam juízes eleitorais.
Parágrafo único. Nas zonas em que houver de ser organizada mais de uma Junta, ou quando estiver vago o cargo de juiz eleitoral ou estiver este impedido, o presidente do Tribunal Regional, com a aprovação deste, designará juizes de direito da mesma ou de outras comarcas, para presidirem as juntas eleitorais.
- Uma circunscrição pode ter mais uma junta eleitoral, ex. Ribeirão Preto tem mais de uma junta eleitoral.
- A primeira junta eleitoral é presidida por Juiz Eleitoral, as demais são presididas por juízes de Direito.
Art. 40. Compete à Junta Eleitoral;
        I - apurar, no prazo de 10 (dez) dias, as eleições realizadas nas zonas eleitorais sob a sua jurisdição.
        II - resolver as impugnações e demais incidentes verificados durante os trabalhos da contagem e da apuração;
        III - expedir os boletins de apuração mencionados no Art. 178;
        IV - expedir diploma aos eleitos para cargos municipais.
Parágrafo único. Nos municípios onde houver mais de uma junta eleitoral a expedição dos diplomas será feita pelo que for presidida pelo juiz eleitoral mais antigo, à qual as demais enviarão os documentos da eleição.
- A Junta Eleitoral que expede os diplomas de eleitos no município.
- A Junta foi criada para ajudar na contagem dos votos, apesar de hoje não haver necessidade já que utilizamos urnas eletrônicas.
Expede Diplomas:
TSE, para Presidente
TRE, para Governador
Junta, para Prefeito/Vereador.
COMPOSIÇÃO: TSE e TER;
	COMPOSIÇÃO DO TSE:
Art. 119. O Tribunal Superior Eleitoral compor-se-á, no mínimo, de sete membros, escolhidos:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
a) três juízes dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal;
b) dois juízes dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça;
II - por nomeação do Presidente da República, dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Supremo Tribunal Federal.
Parágrafo único. O Tribunal Superior Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente dentre os Ministros do Supremo Tribunal Federal, e o Corregedor Eleitoral dentre os Ministros do Superior Tribunal de Justiça.
Caput.
- Sete membros no mínimo, ou seja, o TSE pode ser expandido.
Inciso I.
Eleição por Voto Secreto:
- 03 Juízes, dentre os Ministros do STF.
- 02 juízes, dentre os Ministros do STJ.
Inciso II.
Nomeados pelo Presidente da República:
- 02 juízes, dentre 06 advogados indicados pelo STF.
OBS: O Presidente receberá duas listas tríplices, ou seja, duas listas com três nomes de advogados de idoneidade moral e notável saber jurídico, do STF. O Presidente escolherá 01 nome de cada lista, totalizando 02 nomeados pelo Presidente.
OBS 2: Não tem quinto constitucional do MP. Neste caso do TSE vem da carreira da Advocacia.
O que é QUINTO CONSTITUCIONAL?
R: Certos Tribunais (Ex.: TJ) temos um quinto dos seus membros que vem das carreiras de Ministério Público ou Advogado. NÃO PRESTA CONCURSO. VIRA DESENBARGADOR SEM A NECESSIDADE DE PRESTAR CONCURSO.
O Presidente e o Vice Presidente do TSE, sempre serão Ministros do STF. ELEITOS.
O Corregedor do TSE, será escolhido dentre os Ministros do STJ. ELEITOS.
	COMPOSIÇÃO DO TRE:
Haverá um TRE na Capital de cada Estado e Distrito Federal.
Art. 120. Haverá um Tribunal Regional Eleitoral na Capital de cada Estado e no Distrito Federal.
§ 1º - Os Tribunais Regionais Eleitorais compor-se-ão:
I - mediante eleição, pelo voto secreto:
 a) de dois juízes dentre os desembargadores do Tribunal de Justiça;
 b) de dois juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo Tribunal de Justiça; 
II - de um juiz do Tribunal Regional Federal com sede na Capital do Estado ou no Distrito Federal, ou, não havendo, de juiz federal, escolhido, em qualquer caso, pelo Tribunal Regional Federal respectivo;
III - por nomeação, pelo Presidente da República, de dois juízes dentre seis advogados de notável saber jurídico e idoneidade moral, indicados pelo Tribunal de Justiça.
§ 2º - O Tribunal Regional Eleitoral elegerá seu Presidente e o Vice-Presidente- dentre os desembargadores.
- 02 Juízes, dentre Desembargadores do STJ. POR ELEIÇÃO, MEDIANTE VOTO SECRETO.
- 02 Juízes, dentre juízes de direito, escolhidos pelo TJ. POR ELEIÇÃO, MEDIANTE VOTO SECRETO.
- 01 Juíz do TRF com sede na Capital, ou, não havendo, de Juiz Federal escolhido pelo TRF. ESCOLHIDO, NÃO É VOTADO.
1ª Possibilidade - Se tiver na Capital um TRF, será escolhido um desembargador do TRF.
Se, Não Houver,
2ª Possibilidade – Será Escolhido um Juiz Federal pelo TRF.
- 02 Juízes, dentre 06 advogados indicados pelo TJ. Sendo 02 listas com 03 nomes, ou seja, 02 listas tríplices, preparada pelo Tribunal de Justiça TJ.
- O Presidente e o Vice do TRE, será sempre DESEMBARGADORES.
- Corregedor do TRE dependerá de Regimento Interno.
PEGADINHA:
Quem nomeia o advogado do TRE?
R: Presidente da República. A FGV vai dizer que será atos do Governador.
OBS: O Presidente nomeia advogados para o TRE
e para o TSE. 
03/05/2019
X. CONEXÃO - PROCESSAMENTO CRIME COMUM E CRIME ELEITORAL.
Conexão será: Intersubjetiva, Teleológica, Objetiva ou Probatória.
Antigamente Crime Comum e Crime Eleitoral se processavam separadamente, crime comum ia para a Justiça Comum e o crime eleitoral para a Justiça Eleitoral.
Hoje Crime Comum e Crime Eleitoral se processam conjuntamente na Justiça Eleitoral.
Crime Comum CONEXO com Crime Eleitoral vai para a Justiça Eleitoral (Decisão STF, Março de 2019).
A Justiça Eleitoral que irá apreciar se há ou não conexão entre crimes comuns e eleitorais.
Tal competência é fixada na CF, sendo, portanto, COMPETÊNCIA ABSOLUTA.
Em tese poderia se argumentar que todos os atos até então praticados pela justiça comum seriam NULOS, a Justiça Eleitoral poderá: 1º Se entender que não há conexão o crime eleitoral processa-se na JE e o crime comum na JC, 2º poderá ratificar os atos decisórios tomados pela justiça anterior (sem anular os feitos da LAVA JATO).
XI. FIDELIDADE PARTIDÁRIA.
Lei. 9.096/95, (alteração em 29, Setembro de 2015 pela lei 13.165). 
Art. 22-A.  Perderá o mandato o detentor de cargo eletivo que se desfiliar, sem justa causa, do partido pelo qual foi eleito.               
Parágrafo único.  Consideram-se justa causa para a desfiliação partidária somente as seguintes hipóteses:                
I - mudança substancial ou desvio reiterado do programa partidário;         
II - grave discriminação política pessoal; e                
III - mudança de partido efetuada durante o período de trinta dias que antecede o prazo de filiação exigido em lei para concorrer à eleição, majoritária ou proporcional, ao término do mandato vigente.  
Esta Lei regula quem irá ou não perder o mandato por Infidelidade ao Partido.
Caput. 
Mudar de Partido Político SEM JUSTA CAUSA, GERA PERDA DO MANDATO.
Mudar de Partido Político COM JUSTA CAUSA, NÃO GERA PERDA DO MANDATO.
Parágrafo Único. 
Consideram-se Justa Causa:
I. Mudança Substancial ou desvio reiterado do programa partidário.
II. GRAVE Discriminação Política Pessoal. PERSEGUIÇÃO PESSOAL.
III. Mudança de Partido efetuado durante o período de 30 Dias que antecede o prazo de Filiação para concorrer eleição Majoritária ou Proporcional, ao término do mandato vigente. 
(Período: 06 meses que antecedem o pleito, pois há a necessidade de 06 meses de filiação partidária para participar das eleições pelo partido em que se houver filiado). ANTES DESSES 06 MESES É QUE SERÁ CONTADO ESSES 30 DIAS.
- Majoritária ou Proporcional. 
OBS: Antigamente podia mudar de partido caso o candidato migrasse para um partido novo (recém-criado), neste caso não perdia no mandato. HOJE É CONSIDERADO INFIDELIDADE, ou seja, não mais se enquadra como justa causa, portanto perde-se o mandato nestes casos também (haja vista a mesma não se enquadrar entre as opções de justas causas descritas na lei). - Migrar para Partido Novo hoje é considerado INFIDELIDADE.
Segundo STF (maio de 2015), o mandato pertence ao partido quando o mandato for Sistema Proporcional, e pertencerá ao candidato quando for Sistema Majoritário.
Segundo art.22-A L9.096 (setembro de 2015), considera INFIDELIDADE ao Partido, seja Majoritário ou Proporcional.
- EFEITO BACKLASH
- O Professor Augusto entende que esta é uma hipótese de Efeito Backlash (Reação Legislativa).
XII. EFEITO BACKLASH OU REAÇÃO LEGISLATIVA.
Efeito Backlash ou Reação Legislativa.
Quando o Legislativo edita uma Lei que se opõe a uma decisão do STF.
A Reação Legislativa ou Efeito Backlash, existe para fazer frente ao ativismo judicial, de modo que o Poder Legislativo realça a separação dos Poderes previsto na Constituição.
Ex: Vaquejada, lei do Ceará regulamentando o Esporte e o STF julgando inconstitucional essa Lei, posteriormente veio Emenda Constitucional 96/2017. Vejamos:
Art. 225
§ 7º Para fins do disposto na parte final do inciso VII do § 1º deste artigo, não se consideram cruéis as práticas desportivas que utilizem animais, desde que sejam manifestações culturais, conforme o § 1º do art. 215 desta Constituição Federal, registradas como bem de natureza imaterial integrante do patrimônio cultural brasileiro, devendo ser regulamentadas por lei específica que assegure o bem-estar dos animais envolvidos.
Para existir o Efeito Backlash, serão necessárias duas condições, estas editadas pelo próprio STF, ou seja, é possível que o Legislativo se contrapõe ao que o STF decidiu anteriormente, pois o STF não vincula o Legislativo em sua atividade Típica (Legislar), mas vincula o Legislativo nas atividades (Atípicas) ou seja administrativa.
1º CONDIÇÃO, Se Emenda à Constituição deverá obedecer ao Rito aplicado (ex. Quórum), assim como respeitar Cláusulas Pétreas. Emenda à Constituição pode ser objeto de ADI (Ação Direta de Inconstitucionalidade).
2º CONDIÇÃO, Se Lei Infraconstitucional, nascerá com presunção de INCONSTITUCIONALIDADE, para afastar tal presunção o Congresso deverá demonstrar que os fatos ou argumentos, situação fática jurídicos que existiam à época da decisão do STF não existem mais, ou seja, foram modificadas desde a decisão do STF.
OBS: Em Regra as Leis Infraconstitucionais nascem com presunção de CONSTITUCIONALIDADE.

Teste o Premium para desbloquear

Aproveite todos os benefícios por 3 dias sem pagar! 😉
Já tem cadastro?

Outros materiais