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Teoria Crítica da Arquitetura AULA 01: INTRODUÇÃO AO UNIVERSO ARQUITETÔNICO CCE1722 – TÉCNICAS CONSTRUTIVAS ESTUDO DOS SOLOS • Solo é um corpo de material inconsolidado, que recobre a superfície terrestre emersa, entre a litosfera e a atmosfera. Os solos são constituídos de três fases: sólida (minerais e matéria orgânica), líquida (solução do solo) e gasosa (ar). • É produto do intemperismo sobre um material de origem, cuja transformação se desenvolve em um determinado relevo, clima, bioma e ao longo de um tempo. SOLO AREIA – SILTE - ARGILA TIPOS DE SOLO • Solos arenosos - São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração areia, de tamanho entre 0,05 mm e 2 mm, formado principalmente por cristais de quartzo e minerais primários. Os solos arenosos têm boa aeração e capacidade de infiltração de água. • Solos siltosos - São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração silte, de tamanho entre 0,05 e 0,002mm, geralmente são muito erosíveis. O silte não se agrega como as argilas e ao mesmo tempo suas partículas são muito pequenas e leves. São geralmente finos. • Solos argilosos - São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração argila, de tamanho menor que 0,002mm (tamanho máximo de um colóide). Não são tão arejados, mas armazenam mais água quando bem estruturados. São geralmente menos permeáveis, embora alguns solos brasileiros muito argilosos apresentam grande permeabilidade - graças aos poros de origem biológica. • Solos argilosos - São aqueles que tem grande parte de suas partículas classificadas na fração argila, de tamanho menor que 0,002mm (tamanho máximo de um colóide). Não são tão arejados, mas armazenam mais água quando bem estruturados. São geralmente menos permeáveis, embora alguns solos brasileiros muito argilosos apresentam grande permeabilidade - graças aos poros de origem biológica. Os diferentes tipos de solos dependem dos materiais que os constituem, dando-lhes, assim, diferentes propriedades; PROPRIEDADES • É determinada por uma escala em que as dimensões das partículas deve ser igual ou inferior a 2 mm, avaliadas pela passagem das partículas por um crivo, um instrumento como um coador; Textura do Solo CRIVOS • Depende do tamanho das partículas sólidas e da proporção de partículas minerais existentes no solo; • Refere-se a proporção relativa das fracções de areia, argila e silte. Textura do Solo • Diz respeito à quantidade de espaço existente entre as partículas do solo (pedra, areia, silte e argila) ocupado pela água e pelo ar. Porosidade do Solo Mais Poroso Menos Poroso • Diz respeito à maior ou menor capacidade que um solo possui para se deixar atravessar pela água e pelo ar. Permeabilidade Solos permeáveis • São solos que deixam-se atravessar muito facilmente pela água, tornando-se demasiado secos. Os solos arenosos são muito permeáveis e, por isso, são secos e pobres. Solos impermeáveis • São solos que retêm água em excesso, formando com ela uma pasta, tornando- se lamacentos quando recebem água e demasiado secos e estaladiços quando a perdem. Os solos argilosos são um exemplo destes solos. Solos semipermeáveis • São solos que retêm uma certa quantidade de água entre as suas partículas e permitem que a água em excesso os atravesse. É o caso dos solos calcários. Classificação quanto à permeabilidade INVESTIGAÇÃO DO SUBSOLO SONDAGENS DE PERCUSSÃO E ROTATIVAS É uma ação indispensável em qualquer tipo de obra e deve ser realizada juntamente com o estudo topográfico. É por meio dela que são determinados tipo e resistência do solo, profundidade de cada camada e presença de água no subsolo. “É o primeiro trabalho a ser feito. Não é possível executar a sondagem de modo adequado sem as referências da topografia, pois os furos para análise do subsolo têm de estar locados em pontos exatos do terreno e no nível geral em que a edificação estará” (Engº. Artur Quaresma) Sondagem SPT (standard penetration test) -NBR 6484 Esse trabalho consiste em cravar o amostrador padrão no terreno, por meio de golpes de martelo, para medir a resistência do solo. A cada metro de profundidade, se obtém uma medida de resistência. Sondagem à Percussão (SPT) Quando se encontra uma rocha, não é mais possível cravar o equipamento e se torna necessário cortar a pedra. Essa ação é a chamada sondagem rotativa. Para realizá-la, é usada coroa de diamante na ponta da tubulação fincada no solo, cortando a rocha e permitindo o aprofundamento do equipamento, que avança conforme vai rodando e cortando o minério. Sondagem Rotativa A NBR 8036/83 (Programação de sondagens de simples reconhecimento dos solos para fundações de edifícios) estabelece os números de perfurações a serem feitas, em função do tamanho do edifício, conforme segue: • No mínimo uma perfuração para cada 200m² de área da projeção em planta do edifício, até 1.200m² de área; • Entre 1.200 m² e 2.400m² fazer uma perfuração para cada 400 m² que excederem aos 1.200 m2 iniciais; • cima de 2.400m² o número de sondagens será fixado de acordo com o plano particular da construção. Em quaisquer circunstâncias o número mínimo de sondagens deve ser de 2 para a área da projeção em planta do edifício até 200m², e três para área entre 200m² e 400m². Locação e Quantidade de Furos Na maioria dos casos, a interpretação dos dados SPT visa a escolha do tipo das fundações, a estimativa das taxas de tensões admissíveis do terreno e uma previsão dos recalques das fundações. Assim, a empresa encarregada de fazer o ensaio fornece um relatório dos trabalhos e um desenho esquemático de cada furo. A partir daí, cabe ao projetista interpretar os resultados para escolher o tipo de fundação ou, se ainda achar os dados inconclusivos, pedir algum ensaio mais específico. Interpretação dos Resultados A escolha do tipo de fundação é feita analisando os perfis das sondagens, cortes longitudinais do subsolo que passam pelos pontos sondados. A pressão admissível a ser transmitida por uma fundação direta ao solo depende da importância da obra e também da experiência acumulada na região, podendo ser estabelecida em função de índice correlacionado com a consistência ou compacidade das diversas camadas do subsolo. Interpretação dos Resultados O resultado do ensaio SPT é apresentado no gráfico que chamamos de perfil geotécnico, geralmente na escala de 1:100, que é feito individualmente para cada furo. O perfil geotécnico deve vir acompanhado da planta de situação dos furos para uma melhor interpretação. Perfil Geotécnico • Planta de situação dos furos; • Perfil de cada sondagem com as cotas de onde foram retiradas as amostras; • Classificação das diversas camadas e os ensaios que as permitiram classificar; • Níveis dos terrenos e dos diversos lençóis d’água, com a indicação das respectivas pressões; • Resistência à penetração do barrilete amostrados, indicando as condições em que a mesma foi tomada. Ensaio de uma sondagem A tabela da ABNT NBR 6484/2001, faz uma síntese da classificação em função do índice de resistência. Ex em p lo d e P e rf il G eo té cn ic o