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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DO ___ JUIZADO ESPECIAL CÍVEL DA COMARCA DE VARZEA GRANDE/MT
xxxxxx, brasileiro, solteiro, portador do RG nº xxxxx SSP/SP e CPF nº xxxxxxx, endereço eletrônico xxxxxx residente e domiciliado no endereço completo xxxxxx, por meio de sua advogada infra-assinado, procuração em anexo, com endereço profissional na rua xxxxx vem respeitosamente perante VOSSA EXCELÊNCIA propor:
AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E MORAIS
em face da EMPRESA DE CONFIANÇA FORMATURAS., pessoa jurídica, situada a rua S, 11, Santa Cruz II, CEP: 78077-110, pelos fatos e direitos que passa a expor e requerer:
1- JUSTIÇA GRATUITA
O requerente encontra-se desempregado, não possuindo condições financeiras para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios, sem prejuízo do seu sustento e de sua família. Nesse sentido, junta-se declaração de hipossuficiência (Doc. X)
Por tais razões, pleiteia-se os benefícios da Justiça Gratuita, assegurados pela Constituição Federal, artigo 5º, LXXIV e pela Lei 13.105/2015 (CPC), artigo 98 e seguintes
2- DOS FATOS:
Em Novembro de 2015 o DEMANDANTE firmou com o Demandado um contrato de prestação de serviços, cujo objeto foi a foto e filmagem da sua colação de grau realizada em 02 de Março de 2016, no Centro Universitário de Várzea Grande - UNIVAG.
Ressalta-se que, em momento algum, a empresa levou um contrato para que os formandos ou que a comissão de formatura assinasse, o representante da empresa, Nelson da Silva Martins Junior, levou apenas uma proposta e um anexo de adesão contratual, em que os formandos contratantes preencheram seus dados, conforme documento anexo.
Pelo mencionado pacto o Demandado se comprometeu em fazer a cobertura fotográfica total da Colação de Grau, além de levar a equipe de profissionais, incluindo fotógrafos profissionais, itens para a decoração, canudos e cadeiras.
Por sua vez, o Requerente pagaria pelos serviços na data da entrega das fotos, tendo sido estipulado que a fotografia tamanho 20x30 teria o valor de R$ 18,00 e o álbum luxo, o valor de R$ 220,00 conforme proposta anexa.
Ocorre que, no mês de Maio, depois de o Requerente ter cobrado a empresa, a respeito das fotos, foi avisado que suas fotos estavam prontas (conforme conversas, via WhatsApp, anexas). Chegando lá, o Autor foi surpreendido com a informação de que, infelizmente, suas fotos realizadas no estúdio, na data da colação, teriam sido perdidas, pois o cartão de memória da câmera teria queimado.
A empresa, pediu, ainda, mais 20 dias para mandar para São Paulo e tentar recuperar o cartão. Porém, em 24/05/2016 o dono da empresa, Nelson da Silva Martins Júnior, ligou para o Requerente e informou que não seria possível recuperar nenhuma foto, e que era para o Requerente procurar seus direitos na justiça, afinal, ele não é e nem seria o primeiro e nem o último a processar a empresa.
Vale salientar que a colação de grau, como todo evento, é programado a partir de uma data previamente informada, para que familiares sejam convidados para a cerimônia solene.
Logo, os avós do Requerente, pessoas idosas, viajaram do Rio de Janeiro até Várzea Grande, e, para tanto, investiram em passagens aéreas.
Diante de tamanho desrespeito, desprezo e descaso demonstrado por meio de todas as informações relatadas acima, agora trazidas a esse Exmo. Juízo, cenário comum em situações semelhantes nas relações de consumo, não vê o DEMANDANTE alternativa a não ser socorrer-se da Justiça para ver o seu caso solucionado e reparar os danos sofridos em virtude do descumprimento do pacto contratual celebrado.
3- DA RESPONSABILIDADE CIVIL DO PRESTADOR DE SERVIÇO
A priori, deve-se tem em mente o cerne do Instituto Responsabilidade Civil, que, por sua vez, alberga os argumentos de que toda Pessoa Jurídica que tem o lucro como sua principal razão de existir, deve assumir os riscos do exercício de sua atividade. Assim é regida a atividade empresarial.
Ressalta-se, que a relação travada entre as partes em litigio é de CONSUMO, já que o contrato celebrado é de PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE FOTOGRAFIA, o que atrai a aplicação DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR ao caso vertente.
Estabelecem os artigos 6.º e 14º do Código de Defesa do consumidor, respectivamente:
“Art. 6º São direitos básicos do consumidor:...
VI- a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;
“Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.
§ 1º O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:
I - o modo de seu fornecimento;
II - o resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam;
III - a época em que foi fornecido.”
Deste modo, resta claro que a não entrega do material, que a empresa exigiu EXCLUSIVIDADE, ensejou a falha na prestação do serviço e assim, quebra contratual por parte do Contratado.
O fato do fornecedor do serviço ter perdido as fotos tiradas na Colação de Grau do consumidor caracteriza SERVIÇO DEFEITUOSO, sujeitando a prestadora à responsabilidade pelos danos causados, independentemente da aferição de culpa.
Neste sentido já se pronunciou a jurisprudência:
“APELAÇÃO CÍVEL - AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS MATERIAIS E MORAIS - FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE FILMAGEM E FOTOGRAFIA EM CASAMENTO - SENTENÇA DE PROCEDÊNCIA -DANOS MORAIS - PRETENSÃO DE REDUÇÃO DO QUANTUM INDENIZATÓRIO - NÃO ACOLHIDA - VALOR CORRETAMENTE ARBITRADO PELO JUÍZO SINGULAR - VALOR DA INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS - IMPOSSIBILIDADE DE REDUÇÃO - AUSÊNCIA DE PROVAS ACERCA DA QUALIDADE DE PARTE DO MATERIAL - JUROS MORATÓRIOS - IRRESIGNAÇÃO ACOLHIDA - RECURSO PARCIALMENTE PROVIDO
(TJ-PR - AC: 4486002 PR 0448600-2, Relator: Denise Kruger Pereira, Data de Julgamento: 25/02/2010, 8ª Câmara Cível, Data de Publicação: DJ: 352)”
Insta salientar que os avós do Autor, pessoas idosas, vieram somente para evento da colação de grau, e com certeza, com o intuito de eternizar o momento através das fotos, que hoje, não existem.
Desta feita, o Requerente aceita refazer as fotos, porém, o ônus das passagens não podem recair novamente sobre os familiares do autor, e assim, requer o pagamento das passagens aéreas pela empresa ré.
4- DO DANO MORAL
Cumpre-nos esposar em breves linhas a respeito do dano moral:
A personalidade é um bem extrapatrimonial resguardado, acima de tudo, pela Constituição Federal, dentre os direitos fundamentais e princípios da República Federativa do Brasil, essencialmente por meio da dignidade da pessoa humana(CF, art. 1º, III).
A dignidade da pessoa humana abarca toda e qualquer proteção à pessoa, seja física, seja psicológica. Tanto que dela decorrem os direitos individuais e dentre eles encontra-se a proteção à personalidade, cabendo indenização em caso de dano, conforme estabelece o art. 5º, inc. V:
“Art. 5º (...)
V - é assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou à imagem;”
Privilegiando os aludidos dispositivos está o Código Civil:
“Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito.”
“Art. 927. Aquele que, por ato ilícito (arts. 186 e 187), causar dano a outrem, fica obrigado a repará-lo.”
Todo o aborrecimento e EXPECTATIVA gerada pelo registro das fotos no dia do evento, bem como a FRUSTRAÇÃO pela não concretização e reparação do dano causam tamanha angustia ao Requerente, por motivos óbvios:
1. Destarte, sua colação ocorreu em 02 de Março de 2016, e DA TURMA INTEIRA, O REQUERENTE É O ÚNICO que não tem e nem terá nenhum registro deste momento tão especial na vida de um acadêmico, a concretização do sonho;
2. O DEMANDANTE cumpriucom o que foi estabelecido pela empresa, que era exclusividade na prestação do serviço, e hoje, não possui fotos.
É sabido, Excelência, que o mero aborrecimento não causa qualquer dano moral. Porém, o presente caso está longe de se configurar um mero aborrecimento, restando o sentimento de impotência, raiva e descaso que aflige o DEMANDANTE, pois, é certo que, aquele momento no qual o DEMANDADO se comprometeu a registrar em fotos, de forma EXCLUSIVA, um momento único e de extrema importância para todo acadêmico.
A indenização consiste numa compensação, numa tentativa de substituir o sofrimento por uma satisfação, além do aspecto retributivo e verdadeiramente punitivo no tocante ao causador do dano que, vendo-se obrigado a indenizar os danos causados, certamente entenderá que ainda se faz valer as normas editadas e vigentes em nosso ordenamento jurídico.
Neste sentido tem se decidido a nossa jurisprudência:
“TRATA-SE DE AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. ALEGA A RECLAMANTE QUE TRÊS MESES APÓS COLAR GRAU EM DIREITO, A EMPRESA RECLAMADA CONTRATADA PARA REGISTRAR O EVENTO AGENDOU VISITA PARA A APRESENTAÇÃO DO ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS DA FORMATURA. FRISA QUE NO MOMENTO DA VISITA CONSTATOU QUE AS FOTOS APRESENTADAS NÃO SE REFERIAM À SUA PESSOA E QUE O SEU ÁLBUM HAVIA SIDO PERDIDO PELA RECLAMADA. DESTA FORMA, AFIRMA QUE FICOU SEM QUALQUER REGISTRO DA DATA DE SUA COLAÇÃO DE GRAU, VISTO QUE A RECLAMADA DETINHA EXCLUSIVIDADE PARA FOTOGRAFAR E FILMAR O EVENTO. PROJETO DE SENTENÇA JULGOU PROCEDENTE A AÇÃO A FIM DE CONDENAR A RECLAMADA AO PAGAMENTO DE R$ 1.000,00 A TÍTULO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. JUIZ A QUO HOMOLOGOU A SENTENÇA ALTERANDO O VALOR INDENIZATÓRIO PARA O MONTANTE DE R$ 2.500,00. INSURGÊNCIA RECURSAL QUE PUGNA PELA IMPROCEDÊNCIA DA DEMANDA OU, SUBSIDIARIAMENTE, PELA MINORAÇÃO DO VALOR INDENIZATÓRIO E ALTERAÇÃO DA INCIDÊNCIA DOS JUROS MORATÓRIOS. RECLAMADA SUSTENTA QUE NÃO HOUVE SEQUER CONTRATAÇÃO COM A RECLAMANTE, NÃO HAVENDO QUE SE FALAR EM DESCUMPRIMENTO CONTRATUAL CAPAZ DE GERAR INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS. RELAÇÃO CONSUMERISTA. INCIDÊNCIA DO CÓDIGO DE DEFESA DO CONSUMIDOR. DA ANÁLISE DOS AUTOS, VERIFICA-SE QUE É ESCORREITA A SENTENÇA RECORRIDA AO CONSIDERAR A EXISTÊNCIA DE RELAÇÃO CONTRATUAL ENTRE AS PARTES, BEM COMO AS FALHAS NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DA RECLAMADA. ANTE O CONJUNTO PROBATÓRIO TRAZIDO PELA RECLAMANTE, VERIFICA-SE QUE HOUVE A CONTRATAÇÃO DOS SERVIÇOS DE FOTOS E VÍDEOS DA EMPRESA, INCLUSIVE RESTANDO DEMONSTRADO O ENORME INTERESSE DA CONSUMIDORA NA AQUISIÇÃO DO ÁLBUM DE FOTOGRAFIAS TIRADAS EM SUA FORMATURA. AINDA, CONFORME OBSERVADO NOS E-MAILS ANEXADOS AOS MOVS. 17.2 AO 17.9, RESTOU INCONTROVERSO OS FATOS RELATADOS COM RELAÇÃO AO ENVIO DO ÁLBUM QUE SE REFERIA À TERCEIRA PESSOA, ASSIM COMO O FATO DE QUE A EMPRESA FICOU DE VERIFICAR SE ENCONTRAVA AS FOTOGRAFIAS PERTENCENTES À RECLAMANTE, DEIXANDO-A SEM RESPOSTA POR VÁRIOS MESES. NESTE PONTO, TEM-SE CORROBORADO A FALHA NA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DA RECLAMADA, IMPONDO O DEVER DE INDENIZAR, NOS TERMOS DO ART. 14 DO CDC. DANO MORAL CONFIGURADO. O ARBITRAMENTO DA INDENIZAÇÃO PELO DANO MORAL DEVE SEMPRE TER O CUIDADO DE NÃO PROPORCIONAR, POR UM LADO, O ENRIQUECIMENTO ILÍCITO DO AUTOR EM DETRIMENTO DO RÉU, NEM POR OUTRO, A BANALIZAÇÃO DA VIOLAÇÃO AOS DIREITOS DO CONSUMIDOR. TAMBÉM DEVE SER CONSIDERADA A DUPLA FINALIDADE DO INSTITUTO, QUAL SEJA, A REPARATÓRIA EM FACE DO OFENDIDO E A EDUCATIVA E SANCIONATÓRIA QUANTO AO OFENSOR. EM FACE DO EXPOSTO, O VALOR ARBITRADO NÃO MERECE MINORAÇÃO. POR FIM, ARGUIÇÃO DE RETIFICAÇÃO DA INCIDÊNCIA DE JUROS DE MORA AFASTADA. SENTENÇA QUE APLICOU DEVIDAMENTE A DATA DA INCIDÊNCIA DE CORREÇÃO MONETÁRIA E JUROS MORATÓRIOS, CONFORME INTELIGÊNCIA DO ENUNCIADO 12.13 (A) DAS TURMAS RECURSAIS DO PARANÁ. SENTENÇA MANTIDA PELOS PRÓPRIOS FUNDAMENTOS. RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO. SERVINDO A PRESENTE COMO VOTO. CONDENO A RECORRENTE AO PAGAMENTO DE HONORÁRIOS ADVOCATÍCIOS, OS QUAIS FIXO EM 20% SOBRE O VALOR DA CONDENAÇÃO. CONFORME PREVISÃO DO ART. 4º DA LEI ESTADUAL 18.413/2014, NÃO HAVERÁ DEVOLUÇÃO DAS CUSTAS RECURSAIS. UNÂNIME, COM DETERMINAÇÃO DE EXPEDIÇÃO DE OFÍCIO À PROMOTORIA DE JUSTIÇA DE DEFESA DO CONSUMIDOR DO ESTADO PARANÁ, PARA OS DEVIDOS FINS. RESULTADO: RECURSO CONHECIDO E DESPROVIDO O julgamento foi presidido pela Sr.ª Juíza Fernanda de Quadros Jorgensem Geronasso, com voto, e dele participaram o Sr.º Juiz Aldemar Sternadt., O VALOR ARBITRADO NÃO MERECE MINORAÇÃ (TJPR - 1ª Turma Recursal - 0029223-28.2014.8.16.0182/0 - Curitiba - Rel.: Fernando Swain Ganem - - J. 22.06.2015)
(TJ-PR - RI: 002922328201481601820 PR 0029223-28.2014.8.16.0182/0 (Acórdão), Relator: Fernando Swain Ganem, Data de Julgamento: 22/06/2015, 1ª Turma Recursal, Data de Publicação: 25/06/2015)”
“APELAÇÃO CÍVEL. DIREITO PRIVADO NÃO ESPECIFICADO. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO. FALHA NA PRESTAÇÃO DE SERVIÇO CONFIGURADA. HIPÓTESE DE DANO MORAL PURO. CONDENAÇÃO AO PAGAMENTO DE REPARAÇÃO MANTIDA. VALOR IGUALMENTE MANTIDO. DENUNCIAÇÃO DA LIDE. Não havendo na apólice cláusula expressa de exclusão de cobertura pelos danos morais, estão eles compreendidos, no caso, na rubrica: RESPONSABILIDADE CIVIL. Aplicação do verbete de súmula nº 402 do STJ. UNÂNIME. APELO PROVIDO EM PARTE.(Apelação Cível Nº 70062567425, Décima Primeira Câmara Cível, Tribunal de Justiça do RS, Relator: Katia Elenise Oliveira da Silva, Julgado em 03/12/2014).
(TJ-RS - AC: 70062567425 RS, Relator: Katia Elenise Oliveira da Silva, Data de Julgamento: 03/12/2014, Décima Primeira Câmara Cível, Data de Publicação: Diário da Justiça do dia 09/12/2014)”
Fazendo analogia à uma cerimônia de casamento, que também é um evento importante e marcante na vida de uma pessoa, temos a seguinte jurisprudência:
“CIVIL. PROCESSO CIVIL. DIREITO DO CONSUMIDOR. CASAMENTO. CONTRATAÇÃO DE FILMAGEM E FOTOGRAFIA. ÁLBUM E DVD. DANO MATERIAL E MORAL. POSSIBILIDADE. NÃO PARTICIPAÇÃO DO CASAL NO EVENTO DANOSO. EFETIVA DOR. ANGÚSTIA. MAIS QUE MERO ABORRECIMENTO. RECURSO PROVIDO. 1. ESPERA-SE QUE NO DIA DO CASAMENTO OS FATOS DECORRAM SEM VEXAME, SEM SOFRIMENTO OU HUMILHAÇÃO, POIS É CERTO QUE A NORMALIDADE EM MOMENTO ÍMPAR DA VIDA CIVIL E COM AMPLO CONGRAÇAMENTO DE FAMÍLIAS SEJA DE PROFUNDA ALEGRIA E NÃO DE TRISTEZA. 2. A INCERTEZA DE NÃO TER A RECORDAÇÃO DO CASAMENTO REGISTRADO NO ÁLBUM POR FOTOS E NO DVD POR IMAGENS, NUMA RELAÇÃO DE CONSUMO, CARACTERIZA DANO MORAL OBJETIVAMENTE, POIS NÃO PARTICIPOU O PÓLO ATIVO, ORA RECORRENTE, PARA A OCORRÊNCIA DO EVENTO DANOSO. 3. EFETIVA DOR INTENSA GERADORA DE ANGÚSTIA EXCESSIVA PARA QUALQUER SER HUMANO NORMAL.
(TJ-DF - Apelação com Revisão nº 0023464-2005, Data de Publicação: 24/03/2008, DJ-e Pág. 211)”
Isto tudo revela que o ser humano tem uma esfera de valores próprios que são postos em sua conduta não apenas em relação ao Estado, mas, também, na convivência com os seus semelhantes. Respeitam-se, por isso mesmo, não apenas aqueles direitos que repercutem no seu patrimônio material, de pronto aferível, mas aqueles direitos relativos aos seus valores pessoais, que repercutem nos seus sentimentos, postos à luz diante dos outros homens.
Assim sendo, restam fartamente configurados os danos morais sofridos pelo DEMANDANTE, razão ante a qual se requer a condenação da empresa DEMANDADA.
Presentes os requisitos ensejadores do dano moral, quais sejam, o dano sofrido, a culpa exclusiva da ré e o nexo causal e a culpa, hão de ser arbitrados, a bem do DEMANDANTE e como forma de fazer valer o Estado Democrático de Direito, ressarcimento por danos morais no importe que Vossa Excelência entender por direito estipular.
5. DO PEDIDO
Diante do exposto, requer a VOSSA EXCELÊNCIA:
a) A citação da parte ré para comparecer à audiência de conciliação ou à audiência de instrução e julgamento, sob pena de revelia (serem julgados verdadeiro todos os fatos descritos nesta petição);
b) seja JULGADA TOTALMENTE PROCEDENTE a referida ação com reconhecimento do serviço defeituoso e que seja a DEMANDADA condenada ao PAGAMENTO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS no valor a ser arbitrado por VossaExcelência, tendo em vista a má prestação do serviço, a fim de responder não só a efetiva reparação do dano, mas também ao caráter preventivo-pedagógico do instituto, no sentido de que no futuro o fornecedor de serviços tenha mais cuidado e zelo com o consumidor;
c) Inversão do ônus da prova conforme o art. 6º, VIII, do CDC que constitui direito básico do consumidor a facilitação da defesa dos seus direitos em juízo;
Protesta-se provar o alegado, por todos os meios de provas em direito admitidos, especialmente pelo depoimento pessoal do representante legal da reclamada, oitiva das testemunhas, juntada de documentos.
Dá-se à causa o valor de R$ xxxxx (xxxxxx REAIS).
Nestes termos,
Pede deferimento.
Várzea Grande, 01 de Junho de 2016.
Advogado
OAB nº

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