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Erik Erikson e a Personalidade

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ERIK ERIKSON E A 
PERSONALIDADE
Disciplina: Psicologia da Personalidade
Prof.: Me. Bruno Garcia
(1902 – 1994)
Introdução
• Assim como outros autores neoanalíticos, Erikson levou 
o pensamento analítico a outras fases além da infância;
• A fase adulta não seria simplesmente um resultado das 
vivências infantis, mas um processo de desenvolvimento 
contínuo; 
Sobre o Autor
• Frankfurt, 1902;
• Padrasto judeu / abandonado pelo 
pai / bullying na escola por ser 
judeu e bullying no templo por não 
ser um judeu legítimo;
• Sentimento de “não 
pertencimento”;
• Estudou artes plásticas;
• Conheceu Freud e Anna Freud 
em Viena em 1927;
• Em 1933 emigrou para Boston 
(EUA) para fugir dos nazistas;
• Não tinha diploma de bacharel, 
porém atuou como docente em 
Harvard, UC e Yale;
• Desenvolveu sua teoria da 
personalidade adotando o 
ponto de vista do ciclo de vida
Formação da Personalidade
• Erikson rejeitava a ideia de que a 
personalidade era formada na 
infância (fixa e determinada);
• Defendeu que a formação 
personalidade é um processo que 
ocorre de ao longo da vida por meio 
de experiências e mudanças 
significativas;
• A responsabilidade do indivíduo 
sobre sua vida e personalidade;
• As Crises do Ego;
• A personalidade se forma em 8 
estágios durante o ciclo de vida. O 
produto de cada estágio depende do 
anterior e da forma de superar as 
crises do Ego;
• Baseado nos estágios freudianos; 
Confiança x Desconfiança
• 0 a 1 ano;
• Relação bebê-ambiente 
(alimentação/sono/excreção);
• Satisfação das necessidades;
• Relação mãe-bebê (satisfação das necessidades x 
desamparo/insegurança);
• Habilidade do ego a ser desenvolvida: esperança e 
confiança;
• Não superação: dificuldade em confiar no mundo;
• Análoga a fase oral de Freud;
Autonomia x Vergonha
• 1 a 3 anos;
• A criança começa a ter controle sobre seu próprio corpo;
• A necessidade dos pais ensinarem a controlar os 
impulsos;
• Diferenciar o “certo” (apropriado) do “errado” 
(inapropriado);
• Habilidade a ser desenvolvida: ordenar o desejo;
• A punição ou controle excessivo dos pais pode gerar 
sentimento de inadequação e despreparo;
• Análoga a fase anal freudiana;
Iniciativa x Culpa
• 4 a 5 anos;
• Criança aprende a interagir, planejar e relacionar-se com 
seus pares. 
• Reconhece independência e autonomia em si, mas 
percebe a existência do outro como autonomia 
também;
• Tomar iniciativa e decisões / autoestima/ planos;
• Habilidade a ser desenvolvida: intencionalidade;
• Análoga a fase fálica freudiana;
Destreza x Inferioridade
• 5 anos até a puberdade;
• O prazer com as atividades (esporte e escola);
• Solucionar problemas e desenvolver 
habilidade / competências;
• Não superação: inferioridade, incapacidade e 
inadaptação;
• Habilidade a ser desenvolvida: competências;
• Análoga a fase da latência freudiana;
Identidade x Confusão de Papéis
• Adolescência;
• Os múltiplos papéis e a construção identitária
(filho, aluno, amigos etc);
• Quem eu sou x quem quero ser;
• Amizades, sexualidade e carreira profissional;
• Crise = incerteza sobre si;
• Habilidade a ser desenvolvida: autoconsciência;
• Análoga a fase genital freudiana;
Intimidade x Isolamento
• Adulto jovem;
• Relações mais profundas com as pessoas, as 
relações de intimidade e companheirismo;
• Os relacionamentos amorosos afetivos 
longos/duradouros;
• Crise = A incapacidade de criar laços sociais / 
isolamento, solidão e superficialidade / medo 
de se abrir e rejeição;
• Habilidade a ser desenvolvida: amor;
Generatividade x Estagnação
• Adulto (meia idade);
• A valorização da capacidade de “doar-se”;
• Família/ filhos/ trabalhos;
• Fazer algo para o mundo / alteridade;
• Crise = ausência de sentido nas coisas, 
metas superficiais, estagnação;
• Habilidade = Proteção e apoio;
Integridade x Desesperança
• Idoso;
• Quando as experiências acumuladas ganham 
sentido e integração;
• A sabedoria e as decisões;
• Crise = Não fiz “nada” na minha vida / 
Desesperança / Já não tenho tempo;
• Habilidade = sabedoria;
Considerações Finais
• Erikson ressaltou um resultado equilibrado entre os extremos de cada 
fase, adaptativo e flexível.
• A maturidade verdadeira não exclui os extremos, mas os integra;
• A importância da cultura/história e relações sociais no processo de 
construção identitária;
• Uma abordagem vinculada ao desenvolvimento humano comum (e não 
patológico, disfuncional);
Referências
FRIEDMAN, H.S. Teorias da personalidade: da teoria clássica à pesquisa moderna. 
São Paulo: Pretince Hall, 2004.
SCHULTZ, D.; SCHULTZ, S. Teorias da Personalidade. São Paulo: Cengage
Learning, 2011.

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