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PUC-RIO – CB-CTC G1 – FIS1061 - FÍSICA MODERNA – 16/04/2019 Nome Legível:_________________________________________Turma:___________ Assinatura:__________________________________Matrícula: _________________ AS RESPOSTAS PRECISAM SER JUSTIFICADAS A PARTIR DE LEIS FÍSICAS E CÁLCULOS EXPLÍCITOS. NÃO É PERMITIDO DESTACAR FOLHAS DA PROVA. A prova só poderá ser feita a lápis, caneta azul ou preta. Questão Valor Grau Revisão 1ª 3,0 + 0,6 2ª 3,5 3ª 3,5 TOTAL 10,0 Formulário e constantes físicas: 𝛻 × �⃗� = ( 𝜕𝑉𝑧 𝜕𝑦 − 𝜕𝑉𝑦 𝜕𝑧 ) 𝑥 + ( 𝜕𝑉𝑥 𝜕𝑧 − 𝜕𝑉𝑧 𝜕𝑥 ) �̂� + ( 𝜕𝑉𝑦 𝜕𝑥 − 𝜕𝑉𝑥 𝜕𝑦 ) �̂� ; 𝛻 ⋅ �⃗� = 𝜕𝑉𝑥 𝜕𝑥 + 𝜕𝑉𝑦 𝜕𝑦 + 𝜕𝑉𝑧 𝜕𝑧 ; 𝛻𝐹 = 𝜕𝐹 𝜕𝑥 𝑥 + 𝜕𝐹 𝜕𝑦 �̂� + 𝜕𝐹 𝜕𝑧 �̂� ; ∮ �⃗� . 𝑑𝐴⃗⃗⃗⃗ ⃗ = ∫(𝛻. �⃗� )𝑑𝑉 ; ∮ �⃗� . 𝑑𝑙⃗⃗ ⃗ = ∫(∇ × �⃗� ). 𝑑𝐴⃗⃗⃗⃗ ⃗ ; 𝛻 × (𝛻 × 𝐹 ) = 𝛻(𝛻. 𝐹 ) − 𝛻2(𝐹 ) Teorema de Gauss ∮ �⃗⃗⃗� ∙ 𝑑𝐴 = ∫ �⃗� ∙ �⃗⃗⃗� 𝑑𝑉 𝑣𝑜𝑙 ; Teorema de Stokes ∮ �⃗⃗⃗� ∙ 𝑑ℓ⃗ = ∫ (�⃗� × �⃗⃗⃗� ) ⋅ 𝑠𝑢𝑝 𝑑𝐴 Gauss: ∇. �⃗� = 𝜌 𝜀0 , ∇. �⃗� = 0 ; Faraday ∇ × �⃗� = − 𝜕�⃗� 𝜕𝑡 ; Ampere ∇ × �⃗� = 𝜇0𝐽 + 𝜇0 . 𝜀0 𝜕�⃗� 𝜕𝑡 ; 𝜕𝜌 𝜕𝑡 + 𝛻. 𝐽 = 0; 𝑆 = 1 𝜇0 �⃗� × �⃗� ; eq. de onda no vácuo: 𝜕2�⃗� 𝜕𝑥2 + 𝜕2�⃗� 𝜕𝑦2 + 𝜕2�⃗� 𝜕𝑥2 = μ0ε0 𝜕2�⃗� 𝜕𝑡2 (�⃗� ou �⃗� ) 𝐼 = 𝑃 𝐴 ; 𝑃𝑟 = 𝐹 𝐴 = 𝐼 𝑐 ; 𝐴 = 4𝜋𝑟2; 𝐴 = 𝜋𝑟2; 𝐴 = 2𝜋𝑟𝐿; 𝐼 = 𝑐𝜀0𝐸0 2 2 = 𝐸0 2 2𝑐𝜇0 ; 𝐸𝑒𝑓 = 𝐸0 √2 = 𝑐𝐵𝑒𝑓; 𝑘 = 2𝜋 𝜆 ; 𝜔 = 2𝜋 𝑇 ; 𝑣 = 𝜔 𝑘 = 𝜆𝑓; 𝐸 = 𝑐𝐵; 𝑐 = 3,0 × 108𝑚/𝑠; 𝜀0 = 8,9 × 10 −12 𝐶 2 𝑁𝑚2 ; 𝜇0 = 4𝜋 × 10 −7 𝑁 𝐴2 ; 𝐼2 = 𝐼1. (cosθ) 2 ; 𝑣 = 𝑐 𝑛 ; 𝑡𝑔 𝜃𝐵 = 𝑛𝑡 𝑛𝑖 ; 𝜃𝐵 + 𝜃𝑡 = 𝜋 2 ; 𝑑 = 𝜆𝑣á𝑐 4(𝑛𝑥−𝑛𝑦) ; 𝑑 = 𝜆𝑣á𝑐 2(𝑛𝑥−𝑛𝑦) ; 𝜑 = 2𝜋 𝜆𝑣á𝑐 𝑑. (𝑛𝑥 − 𝑛𝑦) ; 𝐼 = 𝐼𝑚á𝑥. cos 2( 𝜙 2 ); 𝜙 = 2𝜋𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 𝜆 ; 𝑡𝑔𝜃 = 𝑦 𝐿 ; 𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚𝜆; 𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 = (𝑚 + 1 2 )𝜆; 𝑚 = 0,1,2,.; 𝐼 = 𝐼0. sen2(𝑁𝜙/2) sen2(𝜙/2) ; 𝑑. 𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑚𝜆 ; 𝑚 = 0,1,2,3, ..; 𝑁𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃 = 𝑝𝜆 ; 𝑝 = 1, 2, . , 𝑁 − 1,𝑁 + 1, .. ; 𝑝 ≠ 𝑚𝑁. 2. 𝑛𝑡 . 𝐿. 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑡 = 𝑚𝜆; 2. 𝑛𝑡 . 𝐿. 𝑐𝑜𝑠𝜃𝑡 = (𝑚 + 1 2 )𝜆; 𝑚 = 0,1,2,3,4,… 𝑠𝑒𝑛(𝛼 ± 𝛽) = 𝑠𝑒𝑛𝛼. 𝑐𝑜𝑠𝛽 ± 𝑐𝑜𝑠𝛼. 𝑠𝑒𝑛𝛽; 𝑐𝑜𝑠(𝛼 ± 𝛽) = 𝑐𝑜𝑠𝛼. 𝑐𝑜𝑠𝛽 ∓ 𝑠𝑒𝑛𝛼. 𝑠𝑒𝑛𝛽 2 1ª QUESTÃO[3,0 + 0,6] Uma onda eletromagnética plana monocromática, com polarização linear e com frequência 5,0 × 1014 Hz, se propaga no vácuo tal que seu vetor de Poynting está no sentido +�̂� e tem amplitude máxima igual a 59,7 𝑊/𝑚2 na origem, para 𝑡 = 0. (a) [1,2] Escreva a expressão para o vetor de Poynting, em função do tempo e do espaço. (b) [1,2] Sabendo que a polarização está no eixo 𝑥 e que o campo elétrico é positivo na origem para 𝑡 = 0, escreva a expressão para o campo magnético, em função do tempo e do espaço. Os itens abaixo são independentes. Escolha um. Fazendo ambos, há bônus. (c) [0,6] A lei de Ampère, em sua formulação original, está dada por ∮ �⃗� ∙ 𝑑ℓ⃗ = 𝜇0𝐼 ou �⃗� × �⃗� = 𝜇0𝑗 (em sua forma diferencial). Mostre que, escrita desta maneira, a Lei de Ampère não contempla situações fora da magnetostática (densidades de corrente variáveis). (d) [0,6] A partir da Lei de Gauss na forma integral, chegue à sua formulação da forma diferencial. GABARITO (a) 𝜔 = 2𝜋𝑓 = 3,14 × 1015𝐻𝑧 ; 𝑘 = 𝜔 𝑐 = 1,05 × 107𝑟𝑎𝑑/𝑠 Como o vetor de Poyting é máximo na origem e em t = 0 (isso define a fase) e está no sentido +�̂� deve estar escrito como 𝑆 = 𝑆0 cos 2(𝑘𝑦 − 𝜔𝑡)�̂� , portanto (b) �⃗� ∥ 𝑥 . Tanto �⃗� como �⃗� são máximos (ou mínimos) em 𝑡 = 0 (condição dada pelo vetor de Poynting) mas é dito ainda que �⃗� é máximo nesse ponto. Assim, deve ter a forma �⃗� = 𝐸0 cos(𝑘𝑦 − 𝜔𝑡)�̂� e, com isso, �⃗� deve ter a forma �⃗� = 𝐸0 𝑐 cos(𝑘𝑦 − 𝜔𝑡)[�̂� × 𝑥] = 𝐵0 cos(𝑘𝑦 − 𝜔𝑡)[−�̂�]. Já conhecemos 𝑘 e 𝜔 e podemos calcular 𝐵0 pelo valor de 𝑆0: 𝑆0 = 𝐸0𝐵0 𝜇0 = 𝑐𝐵0 2 𝜇0 → 𝐵0 = √𝑆0𝜇0/𝑐 = 5,0 × 10 −7𝑇 . Portanto, (c) Tomando o divergente em ambos lados da Lei de Ampère ∇⃗⃗ ⋅ (�⃗� × �⃗� ) = 𝜇0∇⃗⃗ ⋅ 𝑗 O lado esquerdo dessa equação é nulo já que o divergente de qualquer rotacional é sempre nulo. Portanto, o lado direito teria que ser nulo, implicando ∇⃗⃗ ⋅ 𝑗 = 0 sempre, o que claramente não é satisfeito em situações físicas fora da magnetostática. (d) A Lei de Gauss é ∮ �⃗� ⋅ 𝑑𝐴 = 𝑄𝑖𝑛𝑡/𝜀0. Usando o Teorema de Gauss no lado esquerdo da equação, temos ∫ ∇⃗⃗ ⋅ �⃗� 𝑑𝑉 = 𝑄𝑖𝑛𝑡/𝜀0. Por outro lado, 𝑄𝑖𝑛𝑡 = ∫ 𝜌 𝑑𝑉 sendo 𝜌 a densidade volumétrica de carga. Portanto, ∇⃗⃗ ⋅ �⃗� = 𝜌/𝜀0. 𝑆 = 59,7 cos2(1,05 × 107𝑦 − 3,14 × 1015𝑡) �̂� [𝑊/𝑚2] (b) �⃗� = −5,0 × 10−7 cos(1,05 × 107𝑦 − 3,14 × 1015𝑡) �̂� [𝑇] 3 2ª QUESTÃO[3,5] Seja um feixe de luz monocromática tal que seu campo elétrico esteja representado por �⃗� = {40 sen(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) �̂� + 80 sen(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) �̂� }[𝑉/𝑚]. Um estudante faz algumas observações com um polarizador e com amostras de um cristal. (a) [1,0] Inicialmente sem o cristal, incidindo o feixe de luz diretamente no polarizador e analisando a luz emergente, ele mede a intensidade da luz quando o polarizador está alinhado ao eixo 𝑧. Qual é a intensidade observada, comparada com a incidente? (b) [1,0] Incidindo o feixe sobre a superfície do cristal, para um ângulo de incidência θ de 63,4o e então passando a luz refletida pelo polarizador, ele observa que a luz refletida estava polarizada no eixo 𝑧. Qual é o índice de refração do cristal e com que ângulo a luz é refratada dentro do cristal? (c) [1,5] Incidindo o feixe na direção normal à superfície de uma fina lâmina desse cristal, suspensa na atmosfera, o estudante observa que não há luz refletida pela superfície. Sabendo que o comprimento de onda da luz é 640 𝑛𝑚 e que a espessura da lâmina está no intervalo 0,9 − 1,1𝜇𝑚, encontre essa espessura. Para não depender do resultado do item anterior, tome 𝑛𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙 = 2,0. GABARITO (a) Apenas a componente 𝑧 é transmitida pelo polarizador. Como a intensidade da luz é 𝐼 = 𝑐𝜀0𝐸0 2/2 temos que, antes de passar pelo polarizador, 𝐼 = 𝑐𝜀0(𝐸0𝑧 2 + 𝐸𝑜𝑦 2 )/2 e, após passar, 𝐼′ = = 𝑐𝜀0𝐸0𝑧 2 /2, portanto 𝐼′ 𝐼 = 𝐸0𝑧 2 (𝐸0𝑧 2 +𝐸𝑜𝑦 2 ) = 20% (b) A luz incidente tem ambas polarizações, em 𝑧 e em 𝑦, sendo 𝑧 perpendicular ao plano de incidência. A luz refletida tem apenas polarização em 𝑧. O ângulo de incidência é, portanto, o ângulo de Brewster, que obedece tan 𝜃𝐵 = 𝑛𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙 𝑛𝑎𝑟 → 𝑛𝑐𝑟𝑖𝑠𝑡𝑎𝑙 = 2,0 e também 𝜃𝐵 + 𝜃𝑡 = 90° → 𝜃𝑡 = 26.6°. (c) Se não há luz refletida é porque a interferência entre o raio refletido diretamente e aquele que refrata/reflete/refrata é totalmente destrutiva. O raio diretamente refletido ganha uma fase de π por reflexão, enquanto o outro não. Assim sendo a interferência destrutiva ocorre se a diferença de caminho óptico dentro da lâmina for um número inteiro de comprimentos de onda: 2𝐿𝑛𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 = 𝑚𝜆 → 𝐿 = 𝑚𝜆 2𝑛𝑣𝑖𝑑𝑟𝑜 = 𝑚 ⋅ 640 4 = 160𝑚. No intervalo 0,9 − 1,1𝜇𝑚, o único 𝑚 que cumpre a condição é 𝑚 = 6 o que dá 𝐿 = 960𝑛𝑚. 4 3ª QUESTÃO[3,5] Em um experimentode Young, observa-se a intensidade da luz em um anteparo a 4,0 𝑚 da fenda dupla. O feixe incidente tem comprimento de onda 𝜆 = 500 𝑛𝑚. Observa-se que, a partir do eixo central, a terceira macha escura está a uma distância de 50 𝑐𝑚 do centro da figura de interferência. (a) [0,8] Qual é a diferença de caminho óptico entre os raios que chegam no ponto médio dessa terceira mancha escura? (b) [1,0] Qual é a distância 𝑑 entre as fendas? Suponha que agora há três fendas, equidistantes de 𝑑. Faça as questões a seguir literalmente, tomando como conhecido 𝜆. (c) [0,7] Escreva a expressão para o campo elétrico total em um ponto P na tela, com abertura angular θ em relação ao eixo central, escrevendo o campo elétrico da primeira fenda (a mais superior) da forma 𝐸 = 𝐸0 𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) e considerando a diferença de fase pelas fendas subsequentes. (d) [1,0] Mostre, via método de soma de fasores, que a intensidade da luz em um ponto P da tela de observação, está dado 𝐼 = 𝐼0(1 + 2cos 𝜙) 2, onde 𝜙 = 2𝜋𝑑sen𝜃/𝜆 e 𝐼0 é a intensidade de uma das fenda isoladamente. GABARITO (a) A terceira mancha escura acontece para 𝑚 + 1 2 = 2,5 ou seja Δ𝐶𝑂 = 2,5𝜆 = 1,25𝜇𝑚 (b) A condição do item anterior acontece para o ângulo tal que tan 𝜃 = 𝑦 𝐿 = 0,5 4,0 → 𝜃 = 0,124 𝑟𝑎𝑑 . Por outro lado temos 𝑑 sen𝜃 = Δ𝐶𝑂 = 1,25𝜇𝑚 → 𝑑 = 1,25𝜇𝑚 sen(0,124) → 𝑑 = 10𝜇𝑚 . (c) O campo elétrico da fenda subsequente tem uma diferença de fase de 𝜙 devido à diferença de caminho óptico de 𝑑𝑠𝑒𝑛𝜃. E o campo devido à fenda subsequente a esta ganha mais uma fase 𝜙. Assim, o campo total no ponto P é 𝐸 = 𝐸0𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) + 𝐸0𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡 + 𝜙) + 𝐸0𝑠𝑒𝑛(𝑘𝑥 − 𝜔𝑡 + 2𝜙) . (d) Via fasores, tomamos (𝑘𝑥 − 𝜔𝑡) = 0 por simplificação e a soma dos três termos estaria representada como na figura ao lado. O módulo do fasor resultante dá a amplitude do campo elétrico resultante. Vê-se que esse corresponde à base do trapézio isósceles formado na figura, onde tem-se ainda que 𝛼 = 𝜙. E assim chega-se imediatamente a que 𝐸 = 𝐸0(1 + 2 cos 𝜙) e, portanto, 𝐼 = 𝐼0(1 + 2 cos 𝜙) 2 . Pode-se chegar a esse resultado sem fazer uso do trapézio (mas sim dos fasores) escrevendo 𝐸 = 𝐸𝑥 2 + 𝐸𝑦 2 = (𝐸0 + 𝐸0 cos 𝜙 + 𝐸0 cos 2𝜙) 2 + (𝐸0 sen 𝜙 + 𝐸0 sen 2𝜙) 2 que, com mais duas linhas de manipulação, leva ao mesmo resultado.
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