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Resumo da obra A vida de David Gale

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Resumo do Filme A vida de David Gale, com a análise jurídica com enfoque nos direitos da pessoa humana, mediante os conhecimentos obtidos na disciplina História do Direito e Diretos Humanos.
David Gale é um professor universitário de filosofia, considerado um intelectual renomado, frequentou as universidades de Harvard e Oxford, publicou livros e foi um militante político contra a pena de morte no Texas, um dos estados com o maior número da pena de morte dos Estados Unidos.
Após ter sofrido uma acusação falsa de estupro de uma aluna da faculdade, sua mulher o abandona, virando alvo de muitas criticas principalmente com a perda do seu emprego Gale é acusado e sentenciado à morte por estupro e assassinato de sua ex-colega de trabalho Constance, portadora de Leucemia, que ajudava a combater o sistema de pena de morte.
Gale pede ao seu advogado que solicite entrevistas para o jornal, onde apenas Bistey Bloom poderia ser a jornalista para relatar seus últimos dias de vida e a sua versão dos fatos cometidos, escolhendo-a, pois ela tinha sido liberada da prisão por não revelar fatos que jurou não contar de uma investigação, sendo uma pessoa de muita confiança para contar sua história.
Bistey Bloom acompanhada de um estagiário que o jornal manda para a sua segurança e ajuda, inicia as investigações do caso, ouvindo as versões de Gale sobre o ocorrido, onde ela descobre que Constance por ser portadora de Leucemia, tinha pouco tempo de vida, e decide tirar sua vida se acorrentando e engolindo as chaves, e colocando um saco para que morra sufocada, toda a cena é gravada por seu marido, onde ao invés entregar o vídeo para a polícia, deixa Gale sendo acusado pelos fatos. 
Bistey Bloom tenta entregar as filmagens para que o estado não aplique a pena de morte injustamente, porém não consegue chegar a tempo e Gale morre então Bistey e a equipe de jornais publicam sobre as filmagens, provando a inocência de Gale e as falhas do sistema das penas de morte.
O filme desenvolve uma crítica às falhas do sistema de pena de morte dos Estados Unidos, principalmente infringindo os direitos humanos e a dignidade da pessoa humana. 
Os Direitos Humanos são inalienáveis, é são direitos de todos os indivíduos, impendentemente do seu estatuto, etnia, religião ou origem. Não podem ser retirados quaisquer que sejam os crimes que eventualmente determinada pessoa tenha cometido.
A declaração Universal dos Direitos Humanos, adaptada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em dezembro de 1948, reconhece o direito de cada pessoa à vida, afirmando que ninguém deverá ser sujeitado à tortura ou a tratamento ou castigo cruel, desumano e degradante A pena de morte viola esses direitos.
Quatro tratados internacionais proíbem a pena de morte, pelo menos em tempos de paz. Um deles, no âmbito da ONU: o Segundo Protocolo Opcional ao Pacto Internacional dos Direitos Civis e Políticos (1989), e três acordos regionais, um na Organização dos Estados Americanos e dois na Europa. O tratado das Nações Unidas foi ratificado por 81 países, de todos os continentes.
A adesão a esses acordos é voluntária. Contudo, além dos tratados formais, desde 2007 a Assembleia Geral da ONU aprova resoluções recomendando que todas as nações adotem moratória nas execuções. Esses documentos não têm a força obrigatória da lei, mas possuem considerável influência política. Ir contra eles significa desrespeitar a opinião pública internacional.
A pena de morte foi excluída dos castigos que o Tribunal Criminal Internacional estará autorizado a impor, mesmo tendo ele jurisdição em casos de crimes extremamente graves, como crimes contra a humanidade, incluindo genocídio e violação das leis de conflito armado.
A ideia de pena de morte já vem desde XVIII A.C., o Código de Hamurabi é o primeiro conjunto de leis escritas de que se tem notícia, da região mesopotâmica. A pena de morte era aplicada a 30 tipos de crime, punindo severamente. O código era baseado no “olho por olho, dente por dente”, com penas que eles julgassem proporcionais à ilegalidade cometida.
Em 621 a.C. O código draconiano de Atenas – primeiro da capital grega, sentenciava todo criminoso à morte. Para Drácon, nenhum crime seria perdoável. Seu sucessor, Sólon, promoveu uma reforma jurídica, e a punição capital permaneceu para assassinos.
A Lei das XII Tábuas foi o primeiro conjunto legal de Roma, aprovado em 452 a.C., que também punia com execução. Crianças que nascessem disformes podiam ser assassinadas pelo próprio pai, sendo em geral afogadas; e a pena capital era dada até a quem proferisse falso testemunho.
Um dos primeiros a abolir a pena de morte, o imperador inglês Guilherme, o Conquistador, substituiu a execução sumária em 1066 pela tortura, castração e perda dos olhos. Seu filho, Henrique I, no entanto, retomou a condenação e até expandiu a lista de crimes passíveis de morte.
Durante a Idade Média, a Igreja Católica regia e dirigia a vida das pessoas, julgando quem ameaçasse suas doutrinas. Todos os suspeitos eram perseguidos, e os condenados poderiam ser mortos na fogueira, queimados em praça pública, como um espetáculo. Muitos cientistas foram considerados hereges e, portanto, executados.
Considerado o pai do movimento pela abolição de tortura e pena de morte, o italiano Cesare Beccaria (1738-1794) evocou ideais do Iluminismo e inclusive do filósofo Montesquieu para afirmar que a pena capital seria tirânica. Seu pensamento se espalhou pela Europa e chegou até Thomas Jefferson, que ecoou a luta do pensador na América.
A guilhotina foi sugerida como método “mais humano” de decapitação pelo médico francês Joseph-Ignace Guillotin, baseada em um instrumento visto na Alemanha. O modelo foi bastante usado durante a Revolução Francesa, em especial no período de Terror (1792-1794), cujo líder era Robespierre, e o alvo, os inimigos do movimento revolucionário.
A cadeira elétrica ainda é usada em execuções nos EUA, país que inventou o método pelo qual 2.000 volts percorrem o corpo do réu. Além dela, enforcamento, câmaras de gás, injeção letal e fuzilamento. Dos 50 estados, 32 ainda sentenciam à morte. Na China, país que mais executa, se mata por fuzilamento e injeção letal. As legislações estaduais diferem entre si, mas podem levar à morte: homicídio qualificado, atos terroristas, crimes de guerra, tráfico de drogas, genocídio, espionagem.

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