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FISIOLOGIA DO ENVELHECIMENTO Profa. Dra. Fabiola Cunha EXISTEM VÁRIOS ESTUDOS, PORÉM SEM CONCORDÂNCIA EM COMO E PORQUE ENVELHECEMOS. PAI, VOCÊ VAI FICAR VELHO? PORQUÊ? AÍ FALA PORQUE FICAMOS VELHOS ? QUEM É VELHO NO BRASIL? • “idoso” no Brasil é toda e qualquer pessoa a partir dos 60 anos de idade. Determinado pela PNI e pelo Estatuto do Idoso, leis vigentes. • A determinação cronológica é realizada para facilitar a organização de serviços assistenciais e distribuição de alguns benefícios. • O limite etário segue orientação da OMS, países desenvolvidos (EUA, Japão, Canadá, países europeus, etc) é considerada a partir dos 65 anos e, países em desenvolvimento, limite etário é de 60 anos. • Devido às diferentes condições de vida, em especial os economicamente menos favorecidos (mais pobres), gerar um “envelhecimento mais precoce”. Logotipo anterior DOIS MODELOS SÃO PROPOSTOS CAUSAS INTERNAS CAUSAS EXTERNAS CAUSAS INTERNAS: GENÉTICA INÍCIO DA VIDA → PERFEITA FUNÇÃO = TODOS SISTEMAS EM NÍVEIS IDEAIS ENVELHECIMENTO → FALHAS NO FUNCIONAMENTO = ↓ Nº DE CÉLULAS. CAUSAS EXTERNAS: AGRESSÕES E DANOS AGRESSÕES E DANOS POR FATORES AMBIENTAIS. ALTERAÇÕES: RADIAÇÕES, SUBSTÂNCIAS QUÍMICAS. ALTERAÇÕES GRADATIVAS NO DNA ↓ FUNÇÃO CELULAR ENVELHECIMENTO INTRODUÇÃO • Modificações são influenciadas por fatores: 1. genéticos, 2. ambientais, 3. dietéticos, 4. saúde, 5. estresse, 6. inúmeros outros elementos. INTRODUÇÃO • O número de células é gradualmente reduzido, restando menos células funcionais no organismo; – Queda da massa corporal e aumento do tecido adiposo; até a sexta década de vida; – Queda da massa óssea; – Líquido extracelular permanece o mesmo, porém o intracelular diminui. – Homens: diminuição dos cabelos embranquecimento e rugas; – Mulheres: embranquecimento dos cabelos e rugas; Ambos os sexos: - Atrofia da gordura corporal, contornos do corpo apresentam uma aparência óssea, aprofundamento dos espaços ocos intercostais e supra claviculares, das órbitas e das axilas. – As orelhas ficam prolongadas, queixo duplo e os olhos empapuçados representam a perda da elasticidade do tecido do corpo. Queixo Duplo orelhas prolongadas, olhos empapuçados EPIDERME • Tempo de turgor aumentado em 50%; • Junção derme epiderme mais delgada; • Queda de 10 a 20% por década dos melanócitos, queda da fotoproteção; • Células de Langerhans diminuem 40%, produzindo resposta de hipersensibilidade tardia; • Diminuição da Pró vitamina D3. DERME • Queda de 20% da espessura; • Diminuição da celularidade; • Diminuição microvasculatura alterando a termorregulação; • Queda de 50% mastócitos com consequente reação de hipersensibilidade imediata. Principais consequências das alterações da pele provocadas pelo processo de envelhecimento: • Prejuízo na cicatrização; • Diminuição na tensão da pele; • Diminuição da capacidade proliferativa; • Susceptibilidade a lesões por Pressão (LPP); • Diminuição da microvasculatura; • Diminuição na percepção sensorial; • Susceptibilidade a infecções. COMPOSIÇÃO E FORMA DO CORPO Estatura: a partir dos 40 anos cerca de 01 cm por década devido: dos arcos dos pés; das curvaturas da coluna e do diâmetro da caixa torácica Desidratação dos discos intervertebrais. Nariz e pavilhão auditivo: continuam a crescer. Tecido adiposo no tronco e nos membros. Geral do nº de células, levando a uma perda de água e potássio. PELE E ANEXOS: PERDA DA ELASTICIDADE da espessura da pele e do subcutâneo = rugas. Pele mais sensível a pequenos traumas (equimoses com manchas vermelhas). É comum a queratose seborreica. das atividades das glândulas sudoríparas e sebáceas = pele seca e áspera sujeitas a infecções e + sensíveis às variações de temperatura. Equimose – Rugas - Queratose PELE E ANEXOS: PERDA DA ELASTICIDADE EDEMA DA PÁLPEBRA INFERIOR (herniação de gordura + retenção de líquido) PRESENÇA DE MANCHA SENIL (marrons, lisas e achatadas) = alterações dos melanócitos. dos pelos no corpo. Exceção: narinas, orelhas e sobrancelhas nos homens; mento e lábio superior nas mulheres. Alterações na Audição • Diminuição da habilidade de ouvir frequências mais altas resultante da degeneração de células dos órgãos e dos sentidos, causando dificuldade de ouvir vozes femininas ou de crianças, conversas telefônicas e televisão. Alterações no Paladar • Alterações e mudanças degenerativas nas células, não há alterações no número de papilas gustativas. • Ligeira diminuição da capacidade de detectar o gosto salgado. Alterações no Olfato • Redução da capacidade discriminatória para diferentes odores e redução do muco. Alterações na Visão • Redução diâmetro pupilar; • Reação pupilar à luz mais lenta; • Redução gordura retro-ocular; • Disfunção dos músculos extra- oculares. Alterações geram quadro de declínio nos seguintes aspectos: • Redução da capacidade de acomodação; • Diminuição de acuidade visual com pouco contraste; • Queda da adaptação a ambientes escuros; • Queda da tolerância ao brilho; • Rebaixamento da discriminação das cores; • Queda da capacidade de leitura; • Queda do campo visual atencional (percepção de estímulos). Alterações na Composição Orgânica • Aumento da gordura corporal, diminuição da massa muscular magra, mudança no metabolismo do hormônio do crescimento. • Diminui o gasto de energia diária, água corporal, encolhe órgãos (altura e o peso). • Com exceção da próstata, coração e pulmão, os demais órgãos internos diminuem de tamanho com a progressão do envelhecimento. Alterações no Sistema Cardiovascular • Idoso: coração fica menos responsivo produzindo um declínio da função de receptores, dependendo do enchimento ventricular (pré-carga). • Frequência cardíaca diminui com a idade. • O relaxamento ventricular fica mais dependente de oxigênio e energia. • Diminuição da pressão parcial de oxigênio prolonga o relaxamento, aumentando a pressão diastólica ocasionando congestão pulmonar e disfunção diastólica. Alterações do Sistema Respiratório Ocorrem várias modificações estruturais no tórax levando a redução na atividade respiratória. – A calcificação da cartilagem costal toma a traquéia e a cadeia de costelas mais rígidas; – O diâmetro ântero-posterior do tórax aumenta (cifose); – Os músculos torácicos estão mais fracos; Alterações do Sistema Respiratório – Queda do reflexo da tosse e reflexos laríngeos; – Queda no número de alvéolos, mais distendidos devido a perda de elasticidade; – Os pulmões tomam-se mais rígidos e menores; – Essas modificações causam menor expansão pulmonar, dificuldade para expelir corpos estranhos ou acumular secreção. Alterações no Sistema Renal • No período de 25 a 85 anos, aproximadamente 40% do néfrons ficam escleróticos, o restante sofre hipertrofia. • Atrofia da arteríola aferente e eferente e redução das células tubulares, provocando um fluxo plasmático renal diminuído em 50%. • Declínio na taxa de filtração glomerular de 45% superior a 80 anos. Creatinina sérica não é marcadorde função renal • O sistema renal tem a função de diminuição da habilidade de conservar Na+ e excretar de H+, além de diminuir a capacidade de regular fluido e balanço ácido básico. • Diminui a capacidade de concentração renal, produção e excreção de ADH, alteração nos receptores. • O sistema renal também modifica a produção e função do ANP. Alterações no Trato Urinário Inferior • Aumento da quantidade de colágeno e diminuição da distensibilidade, causando prejuízo no enchimento vesical: Hiperplasia prostática piora enchimento da bexiga apresentam aumento da próstata Atrofia a vulva, diminuição de gordura subcutânea, dos pelos e achatamento dos grandes lábios Alterações no Trato Urinário Inferior Devido a diminuição do crescimento do tecido renal e a aterosclerose, essas modificações podem ter um efeito profundo sobre a função renal e queda da função renal; – A frequência urinária, a urgência para urinar acompanham as modificações na bexiga; – O esvaziamento da bexiga é mais difícil podendo resultar na retenção de grandes volumes de urina; Alterações do Trato Gastrintestinal Alterações do Trato Gastrintestinal – Perda dos dentes devido aos maus tratos; – As sensações do paladar tomam-se menor agudas; – Queda na produção da saliva e maior viscosidade; – Queda da motilidade esofágica, o esôfago torna- se mais dilatado e o esvaziamento é mais lento. Alterações do Trato Gastrintestinal – Estômago tem queda da motilidade, a mucosa gástrica se atrofia e apresenta queda nas secreções gástricas; – A ptialina salivar é diminuída, interferindo na decomposição dos amidos; – A deglutição esta mais lentifica devido as mudanças no mecanismo da deglutição; Alterações do Trato Gastrintestinal – Intestino delgado e grosso: atrofia e menos células presentes na superfície absorvente das paredes intestinais; – O intestino grosso tem redução nas secreções mucosas e na elasticidade da parede retal; Alterações no Sistema Hepatobiliar • Diminuição do número e peso total de hepatócitos; • Síntese proteica permanece preservada; • Proliferação do ducto biliar; • Diminuição do fluxo sanguíneo hepático, e sistema retículo- endotelial, da síntese do colesterol e da produção da bile. Alterações no Sistema Nervoso Central - O cérebro torna-se atrófico com sulcos e ventrículos alargados - Substancial perda neuronal – 10% aos 75 anos - O peso do cérebro diminui com as idade, assim como o seu volume, 5% aos 70 anos e 20% aos 90 anos - Diminuição da liberação de neurotransmissores Alterações no Sistema Nervoso Central - Presbiopia - Pupilas mióticas, lentidão no reflexo motor. - Presbiacusia - Paladar diminuído - Olfato diminuído - Reflexo de tosse diminuído - Bradicinética - Perda de equilíbrio - Reflexo – diminuição das fibras de condução nervosa - Tremor senil ou tremor essencial benigno – movimentos de precisão - Sono - Repouso Alterações no Sistema Nervoso Central • Memória - Memória episódica - Memória semântica - Memória de procedimentos (estresse, depressão, ansiedade, fármacos, noites mal dormidas, cansaço e traumas) Esquecimento benigno no idoso MEEM Alterações referentes ao sistema nervoso central: • Declínio no controle postural/sensação tátil/sensação vibratória; • Sabor, cheiro, apetite e sede afetados; • Diminuição: acuidade visual / noção de profundidade / sensibilidade aos sons diferentes/ propriocepção; • Dificuldade de adaptação em ambientes diferentes, risco de delirium e quedas. Alterações no Sistema Imune • A imunossenescência implica no declínio da competência imune que acompanha o envelhecimento. • Ocorre o aumento da suscetibilidade a infecções, de auto anticorpos e imunoglobulina monoclonal e tumorigênese. Alterações no Sistema Hematológico • Aumento pequeno de hemoglobina em resposta à queda da Pressão atmosférica; • Queda progressiva das reservas hematopoiéticas; • Aumento da suscetibilidade à anemia no stress fisiológico. Alterações no Sistema Osteomioarticular SE O TEMPO ENVELHECER O SEU CORPO MAS NÃO ENVELHECER A SUA EMOÇÃO, VOCÊ SERÁ SEMPRE FELIZ. (Augusto Cury)
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