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Trabalho de antroplogia de parentesco

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1.0 Objetivos 
1.1 Geral 
Identificar a relação que existe entre o parentesco e a fixação da residência.
1.2 Específicos 
Definir parentesco e residência na visão antropológica
Estabelecer os parâmetros da Acão parental na residência
Indicar os tipos de sociedade e sua dinâmica 
2.0 Metodologias 
Pesquisa bibliográfica que consiste na recolha, leitura e interpretação de informação. Feita com base em obras, livros manuais, artigos e outros recursos literários que possam ajudar o pesquisador na compilação e formação de um conhecimento cientifico.(PILLET 1986).
3.0 Introdução 
O presente debruça sobre o parentesco e a residência, mas principalmente sobre a relação existente entre os dois campos. Onde poderemos desenvolver os conceitos de parentesco e seus domínios ou, também podemos chama-los de características. Estes são as que nos fazem identificar o tipo de sociedade de uma região, que esta por sua vez determina o tipo de residência observada num espaço. Existem vários tipos de sociedades, mas as mais vulgares são as matrilineares e as patrilineiares que quando influenciam na residências viram patrilocalidades e matrilocalidades respectivamente, olhando para a sua influencia na residência numa visão antropológica.
4.0 Conceitos 
4.1 Parentesco
 É uma relação humana universal com base biológica e com variações nos significados socioculturais particulares. Este pode ser visto como uma referência para o posicionamento social, isto é, em todas as sociedades humanas os indivíduos adquirem os primeiros elementos do seu estatuto e da sua identidade social através do parentesco ( Ghasarian, 1999).
A antropologia sociocultural tem considerado durante muito tempo o estudo da família e do parentesco como seu património indiscutivel (Salazar, 1995: 46).
Para a antropologia social britânica tanto a tribo, como o clã, a linhagem ou a família são grupos de filiação corporativos que organizam a vida politica à margem do Estado, um conjunto de direitos e de obrigações morais aos quais não é possível subtraimo-nos (Fortes 1969: 242).
Para antropologia estrutural francesa a lógica de um sistema de parentesco descansa na aliança e na reciprocidade. A função do parentesco é a de regular as formas de intercâmbio entre os grupos humanos, dai que o casamento seja uma instituição de aliança fundamental entre os grupos humanos (ex. o casamento como intercâmbio de mulheres). Assim com base na teoria da aliança o parentesco satisfará mais necessidades económicas que sociais. 
É este um tema clássico em antropologia, o parentesco é de grande importância na vida quotidiana. Questões como os divórcios, que nos parecem tão modernos, são muito antigas noutras culturas (concedido à petição dos dois), ou também o aborto, que noutras é admitido como algo normal. Também o tema das relações sexuais fora do matrimónio, que apenas são proibidas num 5% das culturas, e noutras é permitido, mas com certas condições. O parentesco é o sentido sociocultural dos laços de sangue, tem uma base biológica, mas precisa de uma interpretação e reconhecimento social (ex. o caso dos pais adotivos). O parentesco é um tipo de relação social pautada. As funções que satisfazem o parentesco são: económicas (subsistência e controlo do sistema de reprodução), psicológicas (seguridade emocional), sociais e económicas (regulamentar as formas de intercâmbio, organizar os casamentos), etc.
4.2 Os parentes biológicos ou “cognados” 
São definidos pelas relações genealógicas (ex. irmão da mãe) de filiação. Os parentes afins ou “agnados” são aqueles que se obtêm por vínculos como o casamento, portanto podem incluir elementos para além dos esposos (pais dos esposos, irmãos, grupos de parentesco etc.).
4.3 Os termos de parentesco 
São as palavras para definir parentes numa língua particular, e isto é uma construção social (EX. em muitas sociedades a mesma palavra designa opai e o irmão da mãe).
4.4 O parentesco bilateral 
É uma relação genealógica estabelecida através dos homem e das mulheres, isto é, os tios por via materna ou paterna são o mesmo tipo de parentes (ex. Portugal, Espanha).
Os membros de um grupo de parentesco podem ter obrigações comuns para com os vinculados, por exemplo: vingar a morte (ex. na Polinésia).
5.0 Dominios do parentesco na visao da antropologia
5.1 Parentesco e filiação 
Dois indivíduos são parentes se um descende do outro (laços de filiação directa) ou se ambos descendem ou afirmam descender dum (ou duma) antepassado(a) comum. Neste caso, o parentesco entre os dois indivíduos -- quer seja real (quer dizer, que o laço social que se estabelece assenta num laço biológico de consanguinidade) ou fictício (dizem-se parentes, consideram-se e comportam-se como tal mesmo se, de facto, nenhum laço de consanguinidade existe entre um e outro) -- é determinado pelo facto de provirem – ou afirmarem provir -- de uma mesma filiação.
Assim sendo, esta pode ser real ou mais ou menos fictícia. Finalmente, a filiação, a um certo nível, pode ser mítica e existir apenas na consciência dos homens, mas isso é o essencial, na medida em que determina e exprime um certo tipo de comportamento efectivo: por exemplo, entre todos aqueles que de perto ou de longe afirmam compartilhar a mesma filiação existem formas de solidariedade (entreajuda, cooperação ritual, etc.), mais ou menos institucionalizadas, que constituem outros tantos factos sociais, observáveis por quem está de fora e que são testemunho da realidade objectiva de um conjunto composto de indivíduos e de grupos que podem não ser biologicamente aparentados, mas que nem por isso deixam de constituir uma sociedade estruturada com base no modelo e expressa na linguagem do parentesco.
5.2 Parentesco e consanguinidade
O parentesco é, pois, uma relação social; nunca coincide completamente com a consanguinidade, quer dizer, com o parentesco biológico. Se o parentesco fosse considerado no seu sentido biológico, cada indivíduo teria, efectivamente, um número muito elevado de parentes. No fundo, e desde que se rebuscasse suficientemente longe, todos os membros de uma dada sociedade (sobretudo quando pequenas) seriam, pois, parentes. Assim diluído, indiferenciado e generalizado, o parentesco não poderia ser uma base de classificação dos indivíduos no seio de grupos de parentesco diferentes e até opostos e, consequentemente, não poderia ser um princípio de organização social. Para que o parentesco possa ... ser um princípio lógico de classificação é necessário que nem todos os consanguíneos sejam reconhecidos como tal; que certas categorias destes sejam excluídas do parentesco:
Quer porque se considere apenas uma linha de ascendência com a exclusão das outras (filiação unilinear em linha paterna ou materna).
Quer porque se considerem as duas linhas, mas atribuindo-lhes funções distintas (dupla filiação unilinear),
Quer, enfim, porque se reconhece ao mesmo tempo o parentesco do lado paterno e do lado materno (filiação indiferenciada ou bilateral ou, então, cognática), tratando-os de modo idêntico, mas, neste caso, o parentesco já não tem uma função claramente distintiva o os grupos sociais já não se distinguem em função de uma filiação específica mas em função de outros critérios que não os do parentesco: comunidade de residência, de posse de terra ou de funcionamento socioeconómico, por exemplo.
Convém notar, no entanto, que não existe filiação unilinear pura: todas as sociedades admitem em certo modo o parentesco nas duas linhas; mas, em regime de filiação unilinear, a tónica é posta numa das duas linhas, de modo que, neste aspecto, a extensão do parentesco é muito mais importante: há um maior número de parentes que são conhecidos como tal, porque o parentesco transmite-se de geração em geração, ao passo que do outro lado vai caindo no esquecimento.
O parentesco do lado não predominante influi, além disso, no estatuto dos indivíduos (herança de bens, transmissão de funções, ou ainda, valorização ou desvalorização do estatutodos filhos, em função do estatuto do cônjuge que não transmite o parentesco).
Alguns autores preferem, nestas condições, falar de sociedade "com predominância patrilinear" ou de sociedades "com predominância matrilinear".
5.3 Parentesco e alianças matrimoniais
Enquanto os anglo-saxões distinguem os parentes por filiação (Kins) dos parentes por casamento ou por alianças matrimoniais (affines); os franceses, pelo contrário, utilizam unicamente o termo "parentes", não esclarecendo de qual das duas categorias se trata. É, de facto, evidente que não se pode separar a filiação das alianças matrimoniais. Cl.
Lévi-Strauss, especialmente, demonstrou que o parentesco constitui um sistema organizado em redor duma "estrutura mínima" ou "átomo de parentesco", de que as alianças matrimoniais são, do mesmo modo que a filiação, um dado imediato. Com efeito, todas as sociedades conhecem a proibição do incesto. Esta proibição não é mais do que o inverso negativo duma exigência positiva, duma prescrição universal: é preciso procurar mulheres fora do grupo dos parentes.
Como frisa Lévi-Strauss (cf. Anthropologie structurale, cap. II), a proibição do incesto "significa que, na sociedade humana, um homem não pode obter uma mulher senão doutro homem que lhe cede uma filha ou uma irmã" (p. 56).
O parentesco por alianças matrimoniais é, portanto, um elemento exterior que se enxerta no parentesco propriamente dito. É parte integrante do que se chama, geralmente, sistema de parentesco ou, se se quiser recorrer à perspectiva estrutural delineada por Cl. Lévi-Strauss, "sistema de parentesco-alianças", entendendo-se que, sempre que se fala de "parentesco" em geral, se incluem quer as relações de filiação (/19) (relativas a um ascendente comum) quer as relações de alianças matrimoniais (geradas pela necessidade de casamento fora do grupo de filiação).
Por outras palavras, um grupo de filiação não pode existir e perpetuar-se a menos que entre em alianças matrimoniais com outros grupos de filiação que lhe forneçam as reprodutoras (as esposas). Neste sentido, o parentesco, na acepção escrita do termo (laços de filiação), é função do parentesco por alianças matrimoniais.
Para simplificar ao máximo, pode-se dizer que a filiação é o princípio de constituição e de organização interna de cada grupo de parentesco, enquanto as alianças (o parentesco por alianças matrimoniais) são o princípio da organização das relações externas entre os diferentes grupos, constrangidos a estabelecer relações necessárias de troca matrimonial por força da exogamia.
Nestas condições, é fácil compreender que "os laços estabelecidos sobre a dupla noção parentesco-alianças são os laços-tipo e fornecem modelos para a interpretação de todas as relações sociais" (P. Mercier). Parentesco (/20) por filiação e parentesco por alianças matrimoniais fornecem, pois, modelos , princípios de organização e de expressão simbólica aos participantes na vida social, por um lado, e, por outro, modelos e princípios de interpretação aos teóricos autóctones, assim como ao investigador. Há interesse em se dedicar à análise do sistema de parentesco sob um triplo aspecto:
Como expressão directa de certas relações sociais (em especial, as relações entre parentes),
Como modo de expressão metafórica das relações sociais (por exemplo, políticas) directamente decalcadas sobre as relações de parentesco,
Como modo de formulação e de interpretação ideológica mais ou menos consciente de relações cuja natureza real nem sempre corresponde à linguagem (utilizada) para as descrever e explicar (por exemplo, as relações de produção).
6.0 Regras da residencia 
Para que se possa compreender adiversidade de grupos domesticos e pelas diferentes ideologias de filiacao, deve analisar- se o padrao de residencia adaptado apos o casamento. Actualmente os antropologos concordam que e este padrao que determina as regras de filiacao.
Segundo (Harris 1980 pag꞉278), as principais regras de fixação da residência são as seguintes꞉ a Neolocalidade o casal recém formado fixa a residência separado tanto dos parentes da mulher assim como do marido. Bilocalidades alternam a residência entre os parentes de ambos, passando uma parte do ano com o grupo de parentes do marido e outra com o grupo da esposa. Ambilocalidade são casais que fixam a sua residência junto a residência dos parentes do marido outros junto da mulher. Patrilocalidade a residência e fixada junto a residência do pai do marido. Matrilocalidade a residência e fixada junto do tio materno da mulher.
 Segundo Murdock 1949 e Narroll 1973, defendem que a residencia pos- casamento influencia a filiação porque determinam quem entra, sai, ou permanece em determinado grupo domestico. O grupo domestico e constituído por um grupos de parentes, criado pela deslocação de pessoas apos o casamento, por sua vez o movimento de pessoas e influenciado pelas condições demográficas, tecnológicas, demográficas, económicas e ecológicas que sustentam as sociedades. As condições politico- económicas também contribuem contribuem grandemente para um outro tipo de filiação e de residência.
Murdock ainda afirma que a a causa da Patrilocalidade e a esmagadora maioria das sociedades conhecidas possui formas de residências centradas no homem, cerca de 71% das 1179 classificadas por Murdock em 1967 no seu Ethnographic Atlas são patrilocais ou virilocais. Na mesma amostra, o numero de sociedades que possuem grupos de parentesco patrilineiares ultrapassa os da matrilineiares cerca de (558 contra 164). Portanto,n Patrilocalidade e Matrilinidade representam o modo estatisticamente mais vulgar das sociedades domesticas. E predominante em sociedades agrícolas de arado e animais de tração, ou pastoris nómadas, porem pode também existir em sociedades que vivem da horticultura de queimada segundo ( Divale 1974) 
7.0 Conclusão 
Findo o trabvalho conclui- se que nas sociedades pre estatais o predominio da patrilocalidade significa que a cooperaacao entre homens e mais importante do que entre as mulheres. Os homens monopolizam as armas de guerra, caca, assim como o controlo politico- economico. Provavelmente a razao para esta aptidao masculina para o combate corpo a corpo e na reduzida mobilidade das mulheres durante os meses de gravidez e amamentacao . promovendo a estrutura domestica a volta de um nucleo formado por pais, irmaos e filhos, a patrilocalidade favorece a cooperação militar entre os homens que cresceram juntos, e evita que pais e filhos se possam defrontar por pertencerem a aldeias diferentes.
8.0 Referencias bibliograficas 
AUGÉ, M.. Os Domínios do Parentesco: filiação, aliança matrimonial, residência. Lisboa, Edições 70, 2003, pp 11 – 66.
BATALHA, Luis. Breve análise do parentesco como forma de organização social. Lisboa:Universidade Técnica de Lisboa - Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas, 1995.
GEFFRAY, Christian. Nem pai nem mãe. Crítica do parentesco: o caso macua. Maputo, Ndjira. 2000, pp.17-40 e 151-157.
GRANJO, Paulo. Lobolo em Maputo: Um velho idioma para novas vivências conjugais. Porto, Campo das Letras, 2005.
NUNES, Adérito Sedas. Questões preliminares sobre as Ciências Sociais. Lisboa, Editorial Presença, 2005, pp.17-41.
PINTO, José Madureira e SILVA, Augusto Santos. Uma visão global sobre as Ciências Sociais. In: PINTO, José Madureira e SILVA, Augusto Santos (orgs.). Metodologia das Ciências Sociais. Porto, Afrontamento,1986, pp.11-27.
SANTOS, Eduardo dos. Elementos de Etnologia Africana. Lisboa, Castelo Branco, 1969,pp.247-260 e 269-315.

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