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RESUMO_ Peritonite infecciosa felina

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---------​Peritonite infecciosa felina​--------- 
Adrielly Alves Araújo 
 
Também chamada de ​VASCULITE       
CORONAVIRAL FELINA​, é uma ​doença         
infectocontagiosa ​SISTÊMICA   
caracterizada por ​VASCULITE     
IMUNOMEDIADA E INFLAMAÇÃO     
PIOGRANULOMATOSA​. 
Essa doença é ​causada por uma           
forma mutante do coronavírus felino​, e           
assim como a maioria das doenças           
tende a ser ​mais agressiva, até fatal,             
em animais jovens, devido a sua           
deficiência imunitária​. 
 
---------- ​Etiologia ​---------- 
É causada pelo o ​VÍRUS DA           
PERITONITE INFECCIOSA FELINA     
(FIPV)​, um ​RNA vírus de fita simples             
ENVELOPADO​, porém mesmo sendo       
envelopado ​pode permanecer viável no         
ambiente por até 7 semanas mesmo           
que não em matéria orgânica​. O FIPV             
causa ​quadros mais sistêmicos ou         
contrário de seu precursor que tem           
tropismo por células do intestino​. 
Os ​felídeos em geral são         
suscetíveis​, porém ​gatos domésticos       
jovens, idosos e/ou submetidos a         
aglomerações, são os em maior risco           
de contrair a doença​. As principais           
raças acometidas são os ​PERSAS,         
BENGAL E SAGRADO DA BIRMÂNIA​.  
Sua ​TRANSMISSÃO se dá por         
contato com as ​FEZES principalmente,         
mas também pode ser por secreções           
orofaríngeas, lambeduras e uso       
coletivo de fômites, como bebedouros         
e comedouros​. 
Após a infecção ​nem todos os           
animais adoecem​, ​podem evoluir de         
formas diferentes frente ao vírus​: 
Portador transitório: se ​infecta e         
excreta o vírus até produzir Ac o             
suficiente para debelar a infecção         
criando ​RESISTÊNCIA​; Porém ​com o         
passar do tempo seus títulos de Ac             
caem até serem ​pouco detectados em           
exames sorológicos e voltam a ​deixar o             
animal suscetível​. 
Portador vitalício: ​se infecta e não           
consegue debelar a infecção       
excretando o vírus continuamente       
pelas fezes​. Esses ​podem ser         
assintomáticos ou ficarem doentes       
apresentado diarreia crônica​. As       
fêmeas, ainda, podem infectar os         
filhotes no período neonatal por meio           
das lambeduras​. 
 
--------- ​Patogenia​--------- 
Forma úmida ou efusiva:       
deposição de imunocomplexos leva a         
lesões vasculares (vasculite) com       
consequente aumento da     
permeabilidade vascular =     
extravasamento de líquido para       
cavidade abdominal e/ou torácica​. Essa         
vasculite imunomediada pode ainda       
levar a ​necrose dos vasos levando a             
atração de granulócitos​. 
Forma seca ou não efusiva:         
inflamação piogranulomatosa tecidual​,     
principalmente de ​olhos, fígado, rins e           
cérebro​, que decorre da tentativa de           
debelar a infecção, ​formando-se       
granulomas com intuito de isolar os           
agentes infecciosos do resto do         
organismo​, pode causar ​necrose       
tecidual e, dependo do órgão/tecido         
acometido gera diferentes sinais​. 
 
Qual das duas PIFs o gato vai ter               
depende da sua resposta imune,         
aqueles que possuem ​FORTE       
RESPOSTA IMUNE HUMORAL E       
CELULAR debelam a infecção e não           
adoecem​, os que possuem ​RESPOSTA         
CELULAR E HUMORAL MEDIANA       
desenvolvem a ​PIF NÃO EFUSIVA​, já os             
que possuem ​BOA RESPOSTA       
HUMORAL e não celular desenvolvem         
a​ PIF EFUSIVA​. 
 
-----------​Clínica ​----------- 
A ​PIF efusiva é mais aguda​,           
apresenta ​febre não responsiva a         
antimicrobianos​, ​diarreia crônica​,     
anorexia​, ​perda de peso​, ​vômitos​,         
efusão abdominal/torácica​, ​dispneia,     
desidratação e mucosas hipocoradas       
ou ictéricas​. ​Ao levantar o animal segurando-o pelo               
tórax ele volta a respirar melhor já que o líquido do abdômen                       
não mais comprime o diafragma.  
A ​PIF não efusiva possui curso           
mais lento e ​seus sinais vão depender             
de onde são formados os granulomas​:           
febre, pleurite, pneumonia, perda de         
peso crônica, polidipsia, poliúria,       
hepatomegalia icterícia, sinais     
neurológicos como paresia dos       
posteriores, convulsões, ataxia,     
mudanças comportamentais, nistagmo     
(olhos tremendo), sinais oculares como         
uveíte anterior exsudativa, hifema       
(acúmulo de sangue na câmara         
anterior do olho), precipitados       
fibrinosos, coriorretinite, lesões     
cutâneas como nódulos múltiplos,       
flebite (inflamação de pequenos vasos         
superficiais) dérmica piogranulomatosa     
necrosante e fragilidade dérmica​. 
 
-------​Diagnóstico ​------- 
Na patologia clínica se tem         
anemia leve a moderada (​tem lesão vascular =               
pode ser que perda sangue ​), ​leucocitose por             
neutrofilia (​principalmente nas fases de início das lesões               
e necroses = inflamação = vasculite ​), ​linfopenia e               
trombocitopenia (​quando há exaustão do SI e das               
plaquetas tentando reparar as lesões vasculares​),           
hiperproteinemia por   
hipergamaglobulinemia (​Ig e pela desidratação         
causada pelos vômitos e diarreia ​). A ​bioquímica             
varia dependendo do órgão afetado​. 
Quando o animal apresenta       
sinais neurológicos, se faz análise do           
líquor que, ​pode ou não estar alterado             
em animais infectados​, apresentando       
infiltrado de neutrófilos, linfócitos e         
macrófagos além de alta concentração         
proteica​. 
O ​líquido peritoneal/pleural pode       
ser analisado sendo um ​EXSUDATO         
AMARELO CLARO A AMARELO OURO​,         
OPACO E VISCOSO CONTENDO       
FIBRINA (​quanto mais viscoso mais         
proteínas​), ​se possui células de defesa           
como neutrófilos, linfócitos e       
macrófagos (quanto mais células mais         
amarelado​) e ​se sua concentração de           
proteínas é maior que a proteína sérica             
(mexe com a pressão oncótica)​. 
Técnicas de imagem como       
ULTRASSONOGRAFIA E RADIOGRAFIA     
podem ​auxiliar no diagnóstico       
observando-se os locais de efusão, se           
existem órgãos aumentados e       
linfonodos comprometidos. 
Cuidado com a sorologia!       
PRESENÇA DE ANTICORPOS NÃO       
INDICA A DOENÇA ASSIM COMO A           
FALTA DELES NÃO INDICA NEGATIVO         
uma vez que podem ocorrer reações           
cruzadas​. Porém mesmo assim a         
sorologia ​é útil para detectar a           
presença do vírus e fazer adequada           
segregação de animais​. 
Nos testes moleculares pode-se       
fazer ​RT-PCR, nested-PCR é mais         
utilizada em pesquisas. 
Pode-se fazer ainda, ​biópsia e         
necrópsia​ das lesões. 
O vírus pode ser detectado         
também por ​imunofluorescência direta       
ou imunohistoquímica​. 
O diagnóstico diferencial se dá         
pela ​exclusão de toxoplasmose (por         
causa dos sinais oculares), infecções         
fúngicas (lesões cutâneas), neoplasias e         
retroviroses como FIV e FeLV​. 
 
-------- ​Tratamento ​-------- 
É sintomático, não existindo       
nenhum protocolo que cure de fato a             
doença​. 
 
-- ​Profilaxia e controle​-- 
Desinfecção de tudo que pode         
ser um fômite​, gaiolas, bebedouros,         
comedouros, caixas coletivas, etc;       
Isolamento dos animais infectados​;       
Vacinação que é indicada para animais           
a serem introduzidos em locais de           
aglomerações como abrigos e gatis,porém com eficácia de apenas 70%.

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