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RESUMO_ Morte celular e necrose

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……………​Morte celular e necrose​…………… 
Adrielly Alves Araújo 
 
São causadas por ​lesões letais​,         
ou ​não letais que ultrapassam o ponto             
de retorno​. Pode ou não ​ser precedida             
por degeneração ​ou ir direto para o             
processo de necrose​. 
Alguns tecidos demoram mais       
tempo para entrar em processo de           
necrose e ​apresentar sinais       
macroscópicos como hiperemia devido       
a resposta inflamatória. Os ​sinais         
microscópicos ocorrem devido à queda         
do pH celular e proteases provenientes           
da liberação de enzimas lisossomais e           
aparecem na forma de ​PICNOSE         
CELULAR (a célula fica pequena com           
núcleo bastante basofílico quase       
negro), ​EOSINOFILIA (citoplasma passa       
a corar de rosa forte ocasionado pela             
digestão do RNA citoplasmático), segue         
para ​CARIÓLISE (digestão da       
cromatina, coloração nuclear pálida e         
fraca) e ​CARIORREXIA (fragmentação       
nuclear). 
 
 
http://anatpat.unicamp.br/lamdegn22.html 
 
.​Necrose de coagulação 
Também chamada de ​NECROSE       
ISQUÊMICA é decorrente da       
DEFICIÊNCIA DE OXIGÊNIO -       
rompimento das membranas     
lisossomais que leva a ​quebra das           
proteínas celulares pelas enzimas       
lisossomais formando   
macroscopicamente ​manchas claras     
nos órgãos com ​áreas inflamadas ao           
redor e ​alterações vasculares como         
vasodilatação que causa hiperemia que         
indicam que o animais estava vivo no             
momento no momento de morte         
celular = necrose não autólise pós           
morte​. 
 
 Glomérulo normal 
 
Glomérulo isquêmico 
 
Glomérulo necrótico 
http://anatpat.unicamp.br/lamuro13.html 
 
 
Necrose de caseificação 
Tem ​aparência e consistência de         
QUEIJO RICOTA​, podendo ser de um           
amarelo intenso ou mais brando,         
macroscopicamente​. Ocorre pela     
RESISTÊNCIA de certos     
microrganismos ​À DIGESTÃO     
LISOSSOMAL​, e ​quando as enzimas         
são liberadas acabam matando as         
células saudáveis do organismo ​e não           
os microrganismos​, como o que ocorre           
com o ​Mycobacterium​, causador de         
tuberculose em bovinos, ​fica dentro         
das células e na tentativa de debelar a               
infecção os lisossomos liberam suas         
enzimas que não afetam as bactérias           
mas sim a célula formando caseos nos             
pulmões​, também pode acontecer com         
outros microrganismos como     
Leishmania e fungos​. Como as         
tentativas de debelar a infecção não           
surtem efeito as ​células de defesa se             
fusionam formando super células       
multinucleadas, ​GIGANTÓCITOS​, que     
podem ser vistas microscopicamente. 
 
Áreas ​bem róseas devido às enzimas que, sendo proteínas,                 
são eosinofílicas. 
 
Aspecto de ricota 
 
.​Necrose de liquefação ​. 
Nada mais do que ​pus​, líquida,           
causada pela grande quantidade de         
enzimas lisossomais​. Ocorre no       
cérebro​, quando em outros órgãos é           
chamada de ​abscesso​. ​A fluidez da pus             
depende do tempo de evolução da           
necrose, com o passar do tempo o             
organismo reabsorve a água deixando         
uma consistência mais firme​. Se o           
abscesso for interno e não houver local             
para onde ele possa ser drenado ele é               
encapsulado com tecido conjuntivo na         
tentativa de isolar as células necróticas           
estranhas ao organismo​. 
 
 
 
….. . ​Esteatonecrose ​…. .. 
Necrose do tecido adiposo       
causadas pela ​liberação de enzimas         
pancreáticas na cavidade abdominal ao         
invés de no duodeno formando uma           
GORDURA SECA bem amarelada com         
aspecto macroscópico de cera de vela           
seca​. 
 
... ​Evolução da necrose ​.. 
Após uma lesão a célula passa por: 
1. Inflamação: ​primeira etapa, é a         
limpeza das células mortas. 
2. Regeneração: é o ​caminho ideal         
e ​ocorre sempre que possível​,         
mas ​não em células perenes​.         
Passa pela ​limpeza da área         
necrótica pelo processo de       
inflamação que ​depois é       
substituída por células com       
mesma função das que       
morreram​. 
3. Cicatriz: é o caminho quando a           
regeneração não é possível​. ​Após         
a limpeza de células necróticas         
estranhas ao organismo não é         
possível repovoar aquela área       
com células com as mesmas         
funções de antes então       
preenche-se com tecido     
conjuntivo formando uma     
cicatriz​. 
4. Encistamento ou   
encapsulamento: quando ​nem     
a limpeza das células mortas,         
regeneração ou a cicatrização       
são possíveis​, assim o organismo         
forma uma camada de tecido         
conjuntivo ao redor isolando as         
células estranhas das saudáveis​.  
5. Eliminação: Se esse cisto estiver         
em um local que é possível ser             
eliminado, ok. 
6. Calcificação: ocorre quando ​o       
cisto não pode ser eliminado e,           
para torná-lo ainda mais inerte é           
depositado minerais a fim de         
calcificá-lo​.  
 
.......... ​Gangrena​.......... 
É a ​necrose de extremidades​,         
como ​orelhas, dedos, glândula       
mamária, etc​. Pode ser classificada em           
GANGRENA SECA quando as células         
morrem e descamam ​sem infecção         
bacteriana secundária​; ​GANGRENA     
ÚMIDA quando há infecção bacteriana         
secundária​; ​GANGRENA GASOSA     
quando há infecção por bactérias         
produtoras de gás como as ​Clostridium​. 
A gangrena pode ocorrer por         
hipóxia, geralmente em regiões frias         
devido a exagerada vasoconstrição       
periférica ou, mais comum no Brasil,           
pelo fungo ​Claviceps purpurea cuja         
micotoxina produzida causa Ergot ou         
ergotismo, doença que causa a         
vasoconstrição de extremidades     
levando a gangrena, mais comumente         
da cauda​. 
 
........... ​Apoptose ​…........ 
É um processo ​natural do         
organismo​, ​dependente de ATP​, ​não         
gera autólise ou reação inflamatória​, ou           
seja, ​sem efeitos colaterais​. Mesmo         
sendo um mecanismo fisiológico de         
controle celular ​algumas doenças como         
neoplasias podem induzir a apoptose         
descontrolada das células​. 
A apoptose ​ocorre no       
desenvolvimento embrionário​, por     
exemplo, ​na reabsorção das       
membranas interdigitais​, ​no período       
seco de vacas leiteiras cuja glândula           
mamária reduz de tamanho para         
depois novamente voltar a crescer, nos           
linfonodos pós infecção, metamorfose       
de anfíbios, etc​. 
1. A célula encolhe 
2. Citoplasma se torna mais denso 
3. Sua cromatina fica mais densa 
4. Cariorrexia 
5. Fragmentação da membrana 
6. Fagocitose por macrófagos 
 
 
 
......... ​Alterações ​. ........ 
.... ..​extracelulares ​… ... 
Amiloidose 
É o acúmulo de proteínas         
amiloides no espaço intersticial dos         
órgãos​, como ​fígado, rins, baço e           
coração​, o que ​comprime as células           
podendo levar a morte celular​. 
Microscopicamente aparece como uma       
mancha eosinofílica de proteína​. 
 
Infiltração gordurosa 
Gordura entre as células​, no         
espaço intersticial. 
 
Gota 
Depósito de cristais urato/ácido       
úrico nas ​serosas ou articulações que           
geram reação inflamatórias. 
 
Pseudogota  
Acúmulo de cristais de       
hidroxiapatita​. 
 
Cicatrização 
É a s​ubstituição dotecido         
lesionado por tecido conjuntivo       
vascularizado​. O tecido lesado passa         
por uma inflamação que limpa o local             
da lesão, em seguida os fibroblastos           
produzem o TC que, por fim, é             
neovascularizado. 
Cicatrização de ​1ª intenção é         
rápida e eficiente, e ocorre quando há             
perda mínima de tecido​, as         
extremidades possuem ​bordos     
aproximados, sem infecção e mínimo         
edema​. A formação de ​tecido de           
granulação não é possível de ser           
observada​. 
A ​cicatrização de ​2ª intenção é           
mais demorada​, ocorre ​perda de tecido           
com ou sem infecção​, para         
recuperação tecidual ​se forma um         
tecido de granulação até que se tenha             
a epitelização​. 
 
Há um ​equilíbrio de formação e           
destruição das fibras de colágeno na           
fase de remodelação​, ​quando esse         
equilíbrio não é mantido favorece o           
aparecimento de queloides e cicatrizes         
hipertróficas​. 
A ​presença de corpos estranhos,         
inflamação, desnutrição (baixo     
colágeno), locais de baixa perfusão         
capilar, uso de corticoides, diabetes,         
entre outros, atrasam a cicatrização,         
além disso a cicatrização exagerada e           
demorada pode favorecer infecções       
com formação de granulomas, ocorre         
mais comumente em equinos​.

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