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1 
 
 
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ – UNESA 
CURSO SUPERIOR TECNÓLOGICO EM SEGURANÇA PÚBLICA – CSTSP 
 
 
AUTOR: GUSTAVO HENRIQUE DANTAS 
 
 
O USO DIFERENCIADO DA FORÇA EM ABORDAGEM POLICIAL 
 
 
Artigo a ser apresentado à Banca do Exame do 
Curso Superior de Tecnólogo em Segurança 
Pública da Universidade Estácio de Sá – 
CSTSP/UNESA, como requisito para 
aprovação na disciplina de TCC em Segurança 
Pública. 
 
 
Orientador: prof. PAULO JORGE DOS 
SANTOS FLEURY 
 
 
 
NATAL – RN 
ABRIL de 2019 
 
 2 
 
O USO DIFERENCIADO DA FORÇA EM ABORDAGEM POLICIAL 
THE DIFFERENTIAL USE OF STRENGTH IN POLICE APPROACH 
 
 
 
 
GUSTAVO HENRIQUE DANTAS 
 
Prof. PAULO JORGE DOS SANTOS FLEURY 
 
 
 
 
RESUMO 
 
 
O presente artigo tem como objetivo central, debater de maneira conceitual sobre o uso 
diferenciado da força em abordagens pessoais realizadas pela polícia. Foi possível inferir 
que apesar de todo cidadão ter o direito de ir e vir sem ser molestado, este benefício não 
tem garantia absoluta. Mas, por outro lado, o responsável pela aplicação da lei em prol da 
coletividade e de acordo com a legislação vigente, poderá realizar busca pessoal em 
qualquer do povo que se encontre em fundada suspeita. e utilizando-se do poder de polícia 
e observando aos princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, moderação e 
conveniência. Deverá a autoridade policial utilizar o uso diferenciado da força nas 
intervenções durante sua atuação. No caso de haver resistência e agressões em desfavor 
da abordagem, utilizando os meios necessários e estabelecendo formas de conter o 
abordado, afim de dominá-lo. 
A justificativa para a escolha do tema paira sobre sua contemporaneidade, bem como na 
expectativa de contribuir para o âmbito acadêmico dos cursos de formação das policias 
do Brasil. O método de pesquisa empreendido segue natureza qualitativa, com pesquisa 
do tipo bibliográfica. 
 
 
 
 
Palavras-chave: uso da força; abordagens policiais; segurança pública. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 3 
 
ABSTRACT 
 
 
The main objective of this article is to discuss conceptually the differential use of force 
in personal approaches by the police. It was possible to infer that although every citizen 
has the right to come and go without being disturbed, this benefit does not guarantee 
citizens the full immunity to transit without being searched. But, on the other hand, the 
person responsible for law enforcement for the benefit of the community and in 
accordance with current legislation, may conduct a personal search in any of the people 
who are in a suspect. and using police power and observing the principles of legality, 
necessity, proportionality, moderation and convenience. The police authority should use 
the differentiated use of force in the interventions during its performance. In case there is 
resistance and aggression against the approach, using the necessary means and 
establishing ways to contain the approach, in order to dominate it. 
The justification for choosing the theme hovers about its contemporaneity, as well as the 
expectation of contributing to the academic scope of the police training courses in Brazil. 
The research method used is qualitative, with bibliographic research. 
 
 
 
Keywords: use of force; police approaches; public security. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 4 
 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
 É bem verdade que todo cidadão tem o direito de ir e vir sem ser molestado, 
(disposto no Art. 5, inc. XV da Constituição Federal de 88, no qual menciona ser livre a 
locomoção no território nacional em tempo de paz, podendo qualquer pessoa, nos 
termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair com seus bens. ), todavia, não garante 
ao cidadão plena imunidade a ponto de não poder ser abordado ou revistado pela 
autoridade policial quando necessário. 
 Por outro lado, o responsável pela aplicação da lei em prol da coletividade e de 
acordo com a legislação vigente poderá realizar busca pessoal em qualquer do povo que 
se encontre em fundada suspeita. A 'fundada suspeita', prevista no art. 244 do CPP, não 
pode apoiar-se em parâmetros unicamente subjetivos, exigindo elementos concretos que 
justifiquem a necessidade da revista, por causa do constrangimento que causa no 
cidadão. Se por exemplo, dois indivíduos em uma motocicleta utilizando casacos em 
um local com alto índices de crimes cometidos com armas de fogo, por elementos com 
essas características, diante disso esses dois estão em fundada suspeita e poderão ser 
abordados. 
 Também o ‘poder de polícia’, deve ser observado como um conjunto de ações 
limitadoras dos direitos individuais que autoriza a intervenção do estado, executada por 
intermédio de seus agentes, em interesse da coletividade. São atos administrativo, 
discricionário, auto executório e coercitivo. Isso Significa que a abordagem é realizada 
de oficio. Conforme disposto no Art. 78 do Código Tributário Nacional - Lei 5172/66. 
 Muito se tem discutido, acerca do uso diferenciado da força nas intervenções 
policiais durante sua atuação. No caso de haver resistência e agressões em desfavor da 
abordagem de várias formas e graus de intensidades, o aplicador da lei utilizará os meios 
necessários estabelecendo formas de conter o abordado, afim de dominá-lo. Para lidar 
com essas situações foram definidos os níveis de uso da força. 
 A PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 
2010 (A), Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança 
Pública. Além disso, define os níveis de força e a relação de causa e efeito, para avaliação 
de risco e tomada da decisão adequada para fazer cessar a agressão de acordo com a 
reação do abordado. como por exemplo, as resistências passivas, resistências ativas com 
agressões físicas e letais, entre outras promovidas pelo infrator. No qual poderão ser 
utilizados pelo policial, desde a presença policial e a verbalização, o controle de contato 
físico e o uso dos EMPO (Equipamento de Menor Potencial ofensivo), até o uso letal da 
arma de fogo. Isso tudo com o objetivo de cessar uma injusta agressão sofrida pelo agente 
de segurança. 
 
 
 
 
 
 
 5 
 
 
 
 Em consequência disso, para não haver excessos no uso da força por parte dos 
agentes de segurança pública, a portaria 4.226/10 é taxativa em seu anexo 1, 2. Aodizer 
que deverá ser obedecido aos princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, 
moderação e conveniência. A inobservância desses princípios poderá causar processos 
judiciais e penas por excessos cometidos e responsabilização aos envolvidos em alguma 
intervenção equivocada. O parágrafo único do artigo 23 do Código Penal Brasileiro é 
muito claro ao dizer que “O agente, em qualquer hipótese responderá pelo excesso 
doloso ou culposo”, ou seja, responderá pelo crime, mesmo nos casos de estado de 
necessidade, legítima defesa ou em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício 
regular de direito. 
 Segundo as doutrinas reproduzida pela SENASP (secretaria nacional de segurança 
pública) no curso de polícia comunitária CONSEG (Conselhos Comunitários de 
Segurança), ao analisar que antigamente a maioria dos problemas de segurança pública 
eram resolvidos na força, legado deixado por uma sociedade patriarcal e autoritária, 
agravado pela falta de estrutura das forças policiais. ‘’ todo o uso diferenciado da força 
era resolvido na base do Revólver’’. No entanto, com as mudanças nos costumes da 
sociedade observou-se a necessidade de um novo modelo de policiamento e técnicas e 
táticas de aproximação, policia e população, afim de unifica-los na luta e prevenção contra 
a criminalidade. No qual conforme disposto na constituição federal de 1988 no 
Art. 144. A segurança pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é 
exercida para a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 6 
 
 
2. DESENVOLVIMENTO 
 
 
2.1. Direito de ir e vir dos cidadãos. 
 Conforme Jean Ri vero "A liberdade de locomoção é o poder de 
autodeterminação, no qual o homem escolhe seus comportamentos pessoais". Esse 
direito surgiu com a Magna Carta de 1215, produzida pelos nobres ingleses contra o rei 
João Sem Terra, com o intuito de acabar com as arbitrariedades dos reis absolutistas. 
que em seu artigo 39 proclamava: "Nenhum homem livre será preso, aprisionado ou 
privado de uma propriedade, ou tornado fora-da-lei, ou exilado, ou de maneira alguma 
destruído, nem agiremos contra ele ou mandaremos alguém contra ele, a não ser por 
julgamento legal dos seus pares, ou pela lei da terra.". Desde então, esse modelo vem 
sendo adotado pelos Estados Democráticos de Direito. 
 Com passar dos tempos na Declaração Universal dos Diretos Humanos, adotada 
e proclamada pela resolução 217 A (III) da Assembleia Geral das Nações Unidas em 10 
de dezembro de 1948. E foi acrescentado em seu artigo 13 a seguinte legenda, “toda 
pessoa tem direito à liberdade de locomoção e residência dentro das fronteiras de cada 
Estado”. Diante disso nasce então para os países membros da ONU (Organização da 
Nações Unida). o direito de ir e vir em seus territórios. 
 Todavia, apesar do brasil ser membro da ONU e ter aderido a DUDH em 1948, 
só foi acrescentado no texto constitucional o direito de ir e vir, Em 1988 quando o Brasil 
promulga a Constituição Cidadã, que vigora atualmente. E dessa forma agregou 
diversas liberdades, como a liberdade de locomoção, de pensamento, de opinião, de 
religião, de consciência e artística. Quanto à primeira delas encontra-se acolhida no art. 
5, XV da CF de 88, no qual diz “É livre a locomoção no território nacional em tempo 
de paz, podendo qualquer pessoa, nos termos da lei, nele entrar, permanecer ou dele sair 
com seus bens”. Convém lembrar que, quando o direito de liberdade for violado ou 
ameaçado, o cidadão poderá dispor do Habeas Corpus, instrumento jurídico utilizado 
para proteger o direito de ir e vir. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 7 
 
 
 
2.2. Restrições ao Direito à Liberdade de Locomoção. 
 
 No entanto, apesar de fundamental, o direito de ir e vir não é um direito absoluto 
e pode ser suprimido em determinadas situações, observadas nos princípios da lei. São 
delimitações previstas na legislação brasileira para que se restrinja a ação do Estado em 
determinadas circunstâncias. Por exemplo na busca pessoal, utilizada para fins 
preventivos ou repressivos, que visa a procura de produtos de crimes, objetos ilícitos ou 
lícitos que possam ser utilizados para pratica de crimes que estejam de posse de um 
abordado em posição suspeita. Será realizado no corpo, nas vestimentas e pertences 
dele, observando todos os aspectos legais necessários, a busca poderá ser realizada 
independente de mandado judicial, desde que haja fundada suspeita, (ART 244 DO 
CODIGO DE PROCESSO PENAL BRASILEIRO). 
 
Alguns aspectos deverão ser analisados através da atitude do cidadão e o ambiente onde 
ele está localizado. Como por exemplo: 
- Ser flagrado cometendo o delito; 
- Mesmas características física e de vestimentas usada por autor de infrações; 
- Comportamento suspeito (tenção, nervosismo, aceleração dos passos, mudança 
brusca de direção); 
- Envoltórios observáveis na cintura ou em outras partes do corpo; 
- Individuo parado em local ermo ou de grande incidência de criminalidade; 
- Pessoa portando objeto duvidoso; 
- Elemento que tenta se evadir de um bloqueio policial, entre outros. 
 
 2.3. Aspectos legais 
 
 Os agentes de segurança devem estar preparados tática e tecnicamente para 
realização de busca em pessoas, para que não haja arbitrariedades ou discriminações. A 
simples ação de abordar e efetuar a busca pessoal está condicionada a existência de 
indícios que configurem a ‘fundada suspeita’, requisito fundamental e indispensável 
para a realização do procedimento. O código de processo penal prever que: art. 244 – 
A busca pessoal independerá de mandado judicial, no caso de prisão ou quando houver 
fundada suspeita de que a pessoa esteja de posse de arma proibida ou de objetos que 
constituam corpo de delito, ou quando a medida for determinada em busca domiciliar. 
E também o artigo 292 do CPP, dispõe que caberá ao abordado cumprir as ordens 
emanadas pelo policial, sob pena de incorrer no crime de desobediência, previsto no 
artigo 330 do código penal (CP). 
 
 Outro aspecto legal que deve ser utilizando pelo aplicador da lei é o ‘poder de 
polícia’ que é inerente ao seu cargo, conforme disposto no artigo 78 do código tributário 
brasileiro, é uma faculdade que dispõe a administração pública para o controle dos 
direitos e das liberdades das pessoas, pautando-se nos ideais do bem comum. 
 
 
 
 
 
 8 
 
 
2.4. Atributos do poder de polícia 
 
1) Discricionariedade: compete ao policial decidir e julgar quanto a atividade 
policiada, segundo critérios de convivência, oportunidade e justiça, inclusive 
qual atitude de polícia a ser imposta, tudo nos limites da lei. 
 
2) Auto executoriedade: é a atuação policial sem precisar de previa aprovação ou 
autorização do poder judiciário para ser realizado. 
 
3) Coercibilidade: é a atuação de polícia inevitável, exigindo-se o emprego da 
força para realiza-lo. Entretanto não pode ser confundido pelo arbítrio, 
caracterizado pela violência e pelo excesso. 
 
2.5. Modelos de atuação do poder de polícia 
 
1) Ordem policial: principio pelo qual o estado determina restrições as pessoas, 
para que não se pratique tudo aquilo que possa prejudicaro bem comum ou 
deixar de fazer algo que poderia evitar prejuízo público. 
 
2) Consentimento de polícia: fiscalização feita pelo estado, conciliando o 
interesse particular com o interesse público. É uma licença que vincula um 
direito ou autorização revogável a qualquer momento dependendo das 
circunstâncias adotadas. 
 
3) Fiscalização de polícia: é a averiguação de oficio ou determinada, do 
cumprimento das ordens e concessão de polícia. Tem dupla finalidade, a 
preservação e a repressão das infrações. Quando a fiscalização de policia é 
exercida em matéria de ordem pública, recebe o nome de policiamento. 
 
4) Sanção policial: é a intervenção punitiva do estado para reprimir a infração. 
Tratando-se de ofensa à ordem pública o interesse da coletividade se 
sobressai sobre o privado. 
 
 É importante lembrar que as buscas pessoais são realizadas em prol de um bem 
comum e interesse da coletividade, ainda que possa causar eventuais constrangimentos 
de caráter individual. É importante que a restrição dos direitos individuais se dê o 
mínimo possível, ou seja, no limite do que possa ser considerado necessário e razoável, 
para que não possa ser interpretada como excesso e abuso de autoridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 9 
 
 
 
2.6 Ocasiões que o policial deverá utilizar o uso diferenciado da força 
 
 Quando em uma abordagem um elemento resistir a busca mediante agressão 
física ou grave ameaça, ele estará incorrendo no crime de resistência, previsto no artigo 
329 do CP. Neste caso o policial usará a força adequada para vencer a resistência ou se 
defender conforme previsão legal. 
 
 Rover (2000) lembra que: “Os Estados não negam a sua responsabilidade na 
proteção do direito à vida, Liberdade e segurança pessoal quando autorizam aos seus 
encarregados de aplicação da lei a utilização da força e arma de fogo quando necessário”. 
O trabalho do agente de segurança pública é complicado, tendo em vista que é legal a 
utilização da força em abordagens para conter resistências ou para própria defesa do 
policial. Porém, isso só será possível se estiver esgotada todas as possibilidades de 
negociação, persuasão e mediação de conflitos. 
 Conforme FARIA (1999) ‘’Os órgãos de segurança pública existem para servir à 
sociedade e para proteger os seus direitos mais fundamentais’’. 
 Já Cerqueira (1994, p. 1) acrescenta essa ideia ao relatar que: “O sistema de justiça 
criminal, no qual se inclui a polícia, atua fundamentalmente para garantir os direitos 
humanos, em sentido estrito, e, portanto, a lógica de uso da força para conter a violência 
é perfeitamente compreensível”. 
 
2.7. Legislação Internacional 
 
 O Código de Conduta para os Encarregados pela aplicação da Lei - CCEAL É o 
código adotado por intermédio da resolução 34/169 da Assembleia Geral das Nações 
Unidas, em 17 de dezembro de 1979. É um instrumento internacional, com o objetivo de 
orientar os Estados membros quanto à conduta dos agentes de segurança pública. 
ARTIGO 3.º ‘’Os funcionários responsáveis pela aplicação da lei só podem empregar a 
força quando tal se afigure estritamente necessário e na medida exigida para o 
cumprimento do seu dever’’. 
O código objetiva sensibilizar os integrantes das organizações responsáveis pela 
aplicação da lei, para a enorme responsabilidade que os Estados os confiam na utilização 
da força. 
 
 Convenção contra a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou 
degradante – ONU. Adotada pelo Resolução 39/46, da Assembleia Geral das Nações 
Unidas, em 10/12/1984 – ratificada pelo Brasil em 28/09/1989. Os Estados reconhecem 
em comum acordo os direitos que assistem da dignidade à pessoa humana de acordo com 
os princípios escolhidos na Carta das Nações Unidas levando em consideração a proteção 
de todas as pessoas contra a tortura e outros tratamentos degradantes, cruéis e desumanos, 
que estabelecem na presente convenção a luta contrastais intervenções em todo o mundo. 
 
 
 
 
 
 
 10 
 
 
 O Princípios Básicos sobre o Uso da Força e Armas de Fogo – PBUFAF É o 
segundo instrumento internacional mais importante sobre o uso da força e arma de fogo. 
Esses princípios foram adotados no oitavo congresso das Nações Unidas sobre a 
“Prevenção do Crime e o Tratamento dos Infratores”, realizado em Havana, Cuba, de 27 
de agosto a 7 de setembro de 1990. 
 Os princípios dos PBUFAF concordão com a importância e complexidade do 
trabalho dos agentes de segurança pública, além de destacar um papel inerente na 
proteção da vida, liberdade e segurança de todas as pessoas. Orienta para à importante da 
preservação da ordem pública e paz social, bem como da relevância das qualificações e 
treinamentos das condutas dos encarregados da aplicação da lei. 
 
2.8. Legislação Nacional 
 
 A Constituição da República Federativa de 1988, no art. 144, estabelece que a 
“Segurança Pública, dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para 
a preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”, por 
intermédio de vários órgãos dos Órgãos de Segurança. (grifo nosso). 
 
 Pode ser observado no Código Penal as justificativas ou causas de exclusão da 
antijuridicidade elencada no artigo 23, ou seja, estado de necessidade, legítima defesa, 
estrito cumprimento do dever legal e exercício regular de direito. 
 
 O Código de Processo Penal contém em seu conteúdo dois artigos que permitem 
o emprego de força pelos agentes de segurança pública no seu estrito cumprimento do 
dever legal, são eles: Art. 284. ‘’Não será permitido o emprego de força, salvo a 
indispensável no caso de resistência ou tentativa de fuga do preso’’. Art. 293. ‘’Se o 
executor do mandado verificar, com segurança, que o réu entrou ou se encontra em 
alguma casa, o morador será intimado a entregá-lo, à vista da ordem de prisão. Se não for 
obedecido imediatamente, o executor convocará duas testemunhas e, sendo dia, entrará à 
força na casa, arrombando as portas, se preciso; sendo noite, o executor, depois da 
intimação ao morador, se não for atendido, fará guardar todas as saídas, tornando a casa 
incomunicável, e logo que amanheça, arrombará as portas e efetuará a prisão’’. 
 
 A Portaria Interministerial nº 4.226, de 31 de dezembro de 2010, estabelece as 
diretrizes sobre uso da força pelos agentes de segurança pública. 
 
 O uso legítimo da força não se confunde com truculência, conforme Balestreri: 
‘’A fronteira entre a força e a violência é delimitada, no campo formal, pela lei, no campo 
racional pela necessidade técnica e, no campo moral, pelo antagonismo que deve reger a 
metodologia de agentes de segurança pública e criminosos’’. (Balestreri, Direitos 
Humanos: coisa de Polícia). 
 
 
 
 
 
 
 
 11 
 
 
 Conforme ROVER 2000, p. 274. “A segurança pública não é uma profissão em 
que se possa realizar medidas padronizadas para problemas padronizados que ocorrem 
em intervalos constantes.” isso quer dizer que para cada reação de um abordado haverá 
uma ação diferente do policial, porém está ação não segue um padrão sistemático, (como 
uma receita de bolo), no qual poderá ser totalmente modificadoem fração de segundos 
conforme a necessidade e a reação do abordado. 
 
 
 
(imagem retirada do Google imagens sobre uso diferenciado da força) 
 
 O modelo apresentado é um gráfico em forma de pirâmides com degraus em seis 
níveis, representados por cores. De um lado esquerdo há a percepção do agente de 
segurança pública em relação à atitude do suspeito. Do outro lado direito, as respostas de 
acordo com as reações de forças possíveis em relação à atitude do suspeito. Na prática, 
sua resposta como agente aplicador da lei será regulada pela reação do suspeito. Ele 
decide o que quer de você, e, com suas próprias ações ou pelo modo como se comporta, 
esse elemento justificará a utilização de certo nível de força pelo agente de segurança 
pública, empregando apenas a força necessária para controlá-lo. 
 
 
 
 12 
 
COMPORTAMENTO DO SUSPEITO AÇÃO POLICIAL 
NORMALIDADE: indicativo de atividade 
criminosa. 
PRESENÇA POLICIAL: policiamento 
ostensivo em locais de grande índice de 
criminalidade. 
COOPERATIVO: Ao receber voz de 
prisão, o suspeito é solicito, segue as 
orientações, e está cooperando. 
VERBALIZAÇÃO POLICIAL: comando 
verbal, identificação de uma infração 
penal, orientações verbais, avaliação, 
posicionamento, decisão por prisão, 
procedimentos cabíveis. 
RESISTENCIA PASSIVA: resiste a 
prisão, não coopera e nem acata as ordens, 
resistência verbal, foge da polícia. 
CONTROLE DE CONTATO: comando 
verbal, persuasão verbal, técnicas de mão 
livre, decide sobre a prisão, técnica de 
distração, contenção e condução pacifica. 
RESISTENCIA ATIVA: ameaça 
desarmada, resistência e agressão física, 
luta corporal. 
CONTROLE FISICO: comando verbal, 
uso de técnicas de defesa pessoal, cave de 
articulação, chave de pescoço, ponto de 
pressão, imobilização e condução. 
AGREÇÃO NÃO LETAL: ameaça 
desarmada, agressão física, ameaça com 
pedaço de madeira, pedra e outros objetos 
lesivos. 
TECNICAS DEFENSIVAS NÃO 
LETAIS: comando verbal, uso do EMPO 
(equipamento de menor potencial 
ofensivo). Exemplo: bastão, gás CS, GÁS 
OC, disparo com munição elastômero, 
disparo com a TESER, ENTRE OUTROS. 
AGREÇÃO LETAL: ameaça portando 
arma letal, tais como: arma de fogo, arma 
branca. 
FORÇA LETAL: comando verbal, mão na 
arma, sacar, apontar e disparo letal. 
 
 Esse modelo foi baseado em REMSBERG, sabendo que um “modelo de uso da 
força” é um recurso visual, destinado a auxiliar na conceituação, planejamento, 
treinamento e comunicação dos critérios sobre o uso da força pelos policiais. 
 
 
 13 
 
 
 2.9. Princípios básicos sobre o uso da força 
 Os Princípios sobre o Uso da Força e Armas de Fogo pelos Funcionários 
Responsáveis pela Aplicação da Lei, adotados por consenso em 7 de setembro de 1990 
por ocasião do Oitavo Congresso das Nações Unidas sobre a Prevenção do Crime e o 
Tratamento dos Delinquentes, entre outras recomendações, no item 2 do Preâmbulo 
salientamos. 
Em resposta a essas recomendações, o Brasil editou, em dezembro de 2010, a PORTARIA 
INTERMINISTERIAL Nº 4.226, que Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força pelos 
Agentes de Segurança Pública, no qual deve ser norteado pela preservação da vida, da 
integridade física e da dignidade de todas as pessoas envolvidas em uma intervenção e, 
ainda, pelos princípios essenciais relacionados seguir: 
 
 
(imagem retirada do Google imagens sobre uso diferenciado da força) 
 
PRINCÍPIO DA LEGALIDADE: 
 É a utilização de força para a execução de um objetivo legal e nos limites da lei. 
Este princípio deve ser entendido sob os aspectos do Resultado, tendo que ser justificada 
a motivação para todas as intervenções policiais. Deste modo, a lei protege o resultado da 
ação agente de segurança pública. (Interpretação dos Princípios 5 do PBUFAF). 
 
 14 
 
 Exemplo: O princípio da legalidade não está presente se o agente de segurança 
pública usa de força física e violência para extrair a confissão de uma pessoa. A tortura é 
vedada em qualquer situação e protegida pelos direitos humanos e na Convenção contra 
a tortura e outros tratamentos ou penas cruéis, desumanas ou degradante – ONU. Por 
outro lado, considera-se que os meios e métodos utilizados pelo agente de segurança 
pública devem ser legais, ou seja, em conformidade com as normas nacionais e 
internacionais. Conforme artigo 1º do CEAL, os policiais não cumprem o princípio da 
legalidade se durante o serviço, usarem armas e munições não autorizadas pela 
Instituição, tais como armas sem registro ou com numeração raspada, dentre outras. 
 
PRINCÍPIO DA NECESSIDADE: 
 É o uso de força em um nível mais auto conforme Interpretação do princípio 4 do 
PBUFAF, informa que determinado nível de força só pode ser empregado quando outros 
níveis de menor intensidade não forem suficientes para atingir os objetivos legais 
pretendidos. Como por Exemplo, se um agente de segurança pública utilizando da força 
potencialmente letal (disparo de arma de fogo), para defender a sua vida ou de um terceiro 
que se encontra em perigo iminente de morte, provocado por um infrator, ele estará 
fundamentado pelo estado de necessidade, isso sempre em que outros meios não tenham 
sido suficientes para impedir a agressão. 
 
PRINCIPIO DA PROPORCIONALIDADE: 
 É o nível de força utilizado pelo agente de segurança pública, no qual deve ser 
conciliável, com a gravidade da ameaça representada pela ação do infrator, e com o 
objetivo legal pretendido. Essa Gravidade para ser ponderada, deverão ser considerados, 
entre outros aspectos, a potencialidade, a periculosidade e a forma de agir do agressor, e 
também a hostilidade do ambiente e os meios disponíveis ao agente de segurança pública 
no momento da ocorrência. 
 
 
 
 
 
 
 15 
 
 De acordo com a evolução da ameaça o agente de segurança pública readequará 
o nível de força a ser utilizado, tornando o proporcional às ações do infrator, o que confere 
uma característica dinâmica a este princípio. Exemplo: uma ação não é considerada 
proporcional quando um agente de segurança pública, efetua um disparo letal na cabeça 
de um suspeito que estará reagindo passivamente a abordagem, apenas com gestos e 
ameaças contra o policial. Neste caso, a verbalização e/ou controle de contato 
corresponderão ao nível de força indicada proporcionalmente. Objetivo Legal consiste 
em identificar se o resultado da ação policial está pautado na lei. Visa à proteção da vida, 
integridade física e patrimônio das pessoas; além da manutenção da ordem pública e a 
restauração da paz social. (Interpretação do princípio 5 “a” dos PBUFAF). 
 
 PRINCÍPIO DA MODERAÇÃO 
 É o emprego de força pelos agentes de segurança pública que deverá ser medido, 
com o objetivode reduzir possíveis efeitos negativos decorrentes de uma abordagem 
policial. O nível de força utilizado pelo agente de segurança pública na intervenção deverá 
ter a intensidade e a duração suficientes para conter a agressão. Este princípio visa evitar 
o excesso no uso de força. Considera-se imoderada a ação do agente de segurança pública 
que após cessada ou reduzida a agressão, continua empregando o mesmo nível de força. 
Exemplo: O agente de segurança pública que continua apertando o pescoço do agressor, 
mesmo quando ele já estiver caído ao solo imobilizado ou algemado, sem qualquer outro 
tipo de reação, ou persistir no uso do bastão, gás /agente químico. (Interpretação do 
princípio 5 “a” dos PBUFAF). 
 
 
 PRINCÍPIO CONVENIÊNCIA 
 O princípio da conveniência diz respeito à oportunidade e à aceitação de uma ação 
do agente de segurança pública em um determinado contexto, ainda que estejam presentes 
os demais princípios. As consequências do uso de força serão avaliadas de maneira 
dinâmica, pois se estas forem consideradas mais graves do que a ameaça sofrida pelas 
pessoas, será recomendável aos agentes de segurança pública reverem o nível de força 
utilizado. É adequado reavaliar os procedimentos táticos empregados, inclusive 
considerar a possibilidade de abster-se do uso de força. 
 
 16 
 
 A força não será empregada quando houver possibilidade de ocasionar danos de 
maior relevância em relação aos objetivos legais pretendidos. Exemplo: Não é adequado 
ao agente de segurança pública repelir os disparos de um agressor em uma área com 
grande movimentação de público devido à possibilidade de se vitimar outras pessoas, 
mesmo que estejam sendo observados os princípios da legalidade, necessidade e 
proporcionalidade naquela ação. (interpretação da portaria 4.226/10 anexo 2. princípio da 
conveniência). 
 
2.10. Novo modelo de polícia 
 O processo de construção da segurança pública passa pela reunião dos esforços 
de toda a comunidade. Desde os cidadãos e as cidadãs, associações comunitárias, 
organizações não-governamentais, passando por pesquisadores, estudiosos, profissionais 
e órgãos municipais, estaduais, distritais e federais, parceiros essenciais nesta empreitada. 
As instituições de segurança estatais concentram parte importante das iniciativas 
públicas, contudo estão distantes de representarem a solução de todos os problemas. 
Pensar a polícia como panaceia em segurança é conduzir equivocadamente as discussões, 
resultando em soluções paliativas. Entretanto, tratar de inovações organizacionais para as 
agências policiais é uma vertente necessária da construção da segurança. Neste sentido, 
insere-se a presente publicação, que busca contribuir com o processo de formação e 
aperfeiçoamento dos operadores de segurança pública por meio da filosofia de Polícia 
Comunitária. (interpretação da aula 4, Curso Polícia Comunitária - conseg, produzido 
pela senasp). 
 
 2.11. A Emergência de Novos Modelos Do livro Policiamento Comunitário e 
o Controle sobre a Polícia 
 As atuais reformas na área policial estão fundadas na premissa de que a eficácia 
de uma política de prevenção do crime e produção de segurança está relacionada à 
existência de uma relação sólida e positiva entre a polícia e a sociedade. Fórmulas 
tradicionais como sofisticação tecnológica, agressividade nas ruas e rapidez no 
atendimento de chamadas do 190 se revelam limitadas na inibição do crime, quando não 
contribuem para acirrar os níveis de tensão e descrença entre policiais e cidadãos. 
 
 
 
 17 
 
 Mais além, a enorme desproporção entre os recursos humanos e materiais 
disponíveis e o volume de problemas, forçou a polícia a buscar fórmulas alternativas 
capazes de maximizar o seu potencial de intervenção. Isto significa o reconhecimento de 
que a gestão da segurança não é responsabilidade exclusiva da polícia, mas da sociedade 
como um todo. Trabalha-se hoje no sentido de se identificar à natureza dessas tarefas e 
de se realizar as mudanças operacionais e organizacionais para que a polícia as 
desempenhe de maneira eficaz. Essas ideias se inserem nos conceitos de “policiamento 
comunitário” e “policiamento orientado ao problema”. O policiamento comunitário 
(principal abordagem neste documento) expressa uma filosofia operacional orientada à 
divisão de responsabilidades entre a polícia e cidadãos no planejamento e na 
implementação das políticas públicas de segurança. O conceito revela a consciência de 
que a construção de uma relação sólida e construtiva com a sociedade pressupõe um 
empenho da polícia em adequar as suas estratégias e prioridades às expectativas e 
necessidades locais. Se não houver uma disposição da polícia de pelo menos tolerar a 
influência do público sobre suas operações, o policiamento comunitário será percebido 
como “relações públicas” e a distância entre a polícia e o público será cada vez maior. 
(interpretação da aula 2, Curso Polícia Comunitária - conseg, produzido pela senasp). 
 
 
 2.12. A Importância da Polícia 
 De acordo com a doutrina de polícia comunitária, A importância da polícia pode 
ser resumida na célebre afirmativa de Honoré de Balzac: “os governos passam, as 
sociedades morrem, a polícia é eterna”. Na verdade, não há sociedade nem Estado 
dissociados de polícia, pois, pelas suas próprias origens, ela emana da organização social, 
sendo essencial à sua manutenção. Desde que o homem concebeu a ideia de Governo ou 
de um poder que suplantasse a dos indivíduos, para promover o bem-estar e a segurança 
dos grupos sociais, a atividade de polícia surgiu como decorrência natural. O 
Desembargador Antônio de Paula 3, entende que a Polícia pode ser definida como a 
organização destinada a prevenir e reprimir delitos, garantindo assim a ordem pública, a 
liberdade e a segurança individual. Afirma ser a Polícia a manifestação mais perfeita do 
poder público inerente ao Estado, cujo fim é assegurar a própria estabilidade e proteger a 
ordem social. 
 
 
 
 
 
 
 18 
 
3. CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
 O objetivo do presente artigo é de conscientizar os cidadãos sobre um pouco do 
trabalho da polícia, e que em uma abordagem a restrição temporária de um direito 
constitucional, como o de locomoção, se dá em prol de uma coletividade, com o intuito 
de prevenir que crimes a contenção futuramente e acabem com a tranquilidade e a ordem 
pública da sociedade. 
E também alertar a os agentes de segurança pública para a importância de se qualificar e 
está bem instruído sobre as condutas certas a serem tomadas em determinadas 
ocorrências, sempre pautar-se nas doutrinas e princípios norteadores das legislações, para 
que em suas ações não existam arbitrariedades, truculência ou excessos, e com isso possa 
cumprir seu principal papel diante da população que é a preservação e a manutenção da 
ordem pública. 
 
 Diante disso as autoridades responsáveis pela segurança pública e seus órgãos de 
segurança, devem investir mais em marketing institucional, com o objetivo de 
conscientizar e instruir a população, sobre os direitos e deveres que a legislação Brasileira 
garante, mas também sobre modos de comportamento a serem tomadosquando diante de 
ações legais policiais a serviço do cidadão. Com por exemplo, propagandas educativas, 
panfletagens em residências, palestras em escolas e empresas, programas de televisão, 
entre outros. 
 
 E dessa forma quebrar a barreira que existe entre a sociedade e polícia, unindo-os 
com o objetivo de lutar contra a criminalidade, até mesmo uma simples denúncia feita 
pela população ou uma atitude solidaria do policial, contribuirá para a harmonia e um 
trabalho em equipe, no qual só quem ganha é a sociedade e quem perde são os bandidos. 
Conforme disposto na constituição federal de 1988 no Art. 144. A segurança pública, 
dever do Estado, direito e responsabilidade de todos, é exercida para a preservação da 
ordem pública e da incolumidade das pessoas. 
 
 
 
 
 19 
 
4. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS 
 
. Art. 5, inc. XV da Constituição Federal de 1988. 
 
. "A 'fundada suspeita', prevista no art. 244 do CPP 
 
. Art. 78 do Código Tributário Nacional - Lei 5172/1966. 
 
. PORTARIA INTERMINISTERIAL Nº 4.226, DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010 (A), 
que Estabelece Diretrizes sobre o Uso da Força pelos Agentes de Segurança Pública. 
 
. portaria 4.226/2010 anexo1, 2. princípios da legalidade, necessidade, proporcionalidade, 
moderação e conveniência. 
 
. parágrafo único do artigo 23 do Código Penal Brasileiro(7\12\1940) 
 
. produzido pela senasp, Curso Polícia Comunitária - conseg pr 
www.conseg.pr.gov.br/arquivos2/File/material.../PoliciaComunitaria_completo.pdf, 
(08\02\2008). 
 
. caput do artigo 144 da constituição federal de 1988 
 
Liberdade de Locomoção (art. 5º, XV) - Jusbrasil 
https://beacarrdoso.jusbrasil.com.br/artigos/419590479/... 
Disponível em: http:https://beacarrdoso.jusbrasil.com.br/artigos/419590479/liberdade-de-
locomocao-art-5-xv 
 
.https://www.migalhas.com.br/Quentes/17,MI221792,91041-
Magna+Carta+completa+800+anos 
 
.https://www.ohchr.org/EN/UDHR/Documents/UDHR_Translations/por.pdf 
. Código Penal, DECRETO-LEI Nº 2.8848, (7/12/1940) 
. Código de Processo Penal, DECRETO-LEI Nº 3.689 DE 1941 
 
 
 
 20 
 
. Princípios Básicos sobre o Uso da Força e da Arma de Fogo – PBUFAF, 
pfdc.pgr.mpf.mp.br/...e.../principios_basicos_arma_fogo_funcionarios_1990.pdf 
 
. Código de Conduta para os Encarregados pela Aplicação da Lei, 
http://www.dhnet.org.br/direitos/sip/onu/ajus/prev18.htm 
 
. Convenção Contra a Tortura e Outros Tratamentos ou Penas Cruéis, desumanas ou 
degradante, http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/1990-1994/D0040.htm 
 
. Material Didático do Curso EAD/SENASP – Uso Diferenciado da Força, 
https://www.justica.gov.br/Acesso/auditorias/arquivos_auditoria/secretaria-nacional-de-
seguranca-publica_senasp/relat-auditoria-2015-senasp.pdf 
 
. (imagens retiradas do Google imagens sobre o uso diferenciado da força) 
https://www.google.com/search?biw=1366&bih=657&tbm=isch&sa=1&ei=Lj-
uXJzWFvLZ5OUP_9KUqA0&q=uso+diferenciado+da+for%C3%A7a&oq=uso+difere
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.1..gws-wiz-img.....0..0i67j0i5i30.CqRuWqeIkeY#imgrc=-spEupKuwq3vcM: 
 
.(Balestreri, Direitos Humanos: coisa de Polícia) 
(http://www.dhnet.org.br/educar/balestreri/php/dh4.html) 
 
.http://www.tjmt.jus.br/INTRANET.ARQ/CMS/GrupoPaginas/105/988/Multiplicador_P
ol%C3%ADcia_Comunit%C3%A1ria.pdf. (modelo de polícia comunitária SENASP). 
. Honoré de Balzac, https://kdfrases.com/frase/126595 
 
. O Desembargador Antônio de Paula 3, Teorias Sobre Policia Comunitária - 
pt.scribd.com. 
. ROVER 2000, p. 274. 
. FARIA (1999) 
. CERQUEIRA (1994, p. 1)

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