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Modulo 06 - Passo a Passo e Monitoramento do SUAS - APOSTILA

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MATERIAL DIDÁTICO 
 
 
 
 
 
PASSO A PASSO E MONITORAMENTO 
DO SUAS 
 
 
 
 
CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA 
PORTARIA Nº 1.004 DO DIA 17/08/2017 
 
0800 283 8380 
 
www.faculdadeunica.com.br 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
2
 
SUMÁRIO 
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO ..................................................................................... 3 
UNIDADE 2 – INFORMAÇÃO, MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO ........................ 6 
2.1 A GESTÃO DA INFORMAÇÃO ................................................................................... 9 
2.2 O MONITORAMENTO ........................................................................................... 11 
2.3 A AVALIAÇÃO ..................................................................................................... 13 
2.4 A REDE SUAS ................................................................................................... 14 
2.5 SISTEMA DE AUTENTICAÇÃO E AUTORIZAÇÃO (SAA) ............................................. 18 
UNIDADE 3 – AS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS DE ASSISTÊNCIA SOCIAL – 
PASSO A PASSO ..................................................................................................... 22 
3.1 PASSO A PASSO ................................................................................................. 23 
UNIDADE 4 – MONITORAMENTO DO CRAS ......................................................... 38 
4.1 O CRAS ........................................................................................................... 38 
4.2 O MONITORAMENTO DOS CRAS .......................................................................... 42 
UNIDADE 5 – MONITORAMENTO DO CREAS ....................................................... 45 
REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 55 
 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
3
 
UNIDADE 1 – INTRODUÇÃO 
 
O monitoramento do Sistema Único da Assistência Social passa 
necessariamente pela coleta e análise de dados da gestão compartilhada do SUAS, 
os conselhos de Assistência Social, os CRAS e os CREAS, como veremos ao longo 
desta apostila. 
O passo a passo das Conferências Municipais de Assistência Social é importante 
para atender as demandas apresentadas por Conselhos e órgãos gestores municipais 
na realização de suas Conferências, portanto, apresentaremos alguns conceitos 
básicos, reunindo os procedimentos necessários para a realização de uma conferência. 
Os CRAS são os Centros de Referência da Assistência Social que participam 
da proteção social básica e os CREAS, os Centros de Referência Especializada da 
Assistência Social que atendem a proteção social especial. 
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) monitora 
permanentemente a implementação, a execução e os resultados dos seus 
programas, serviços e benefícios. O objetivo desse monitoramento é a obtenção de 
informações que subsidiem tomadas de decisão sobre as políticas públicas 
conduzidas pelo Ministério. Isso permite que ocorram, quando necessário e com 
embasamento, interferências nas estratégias e ações em execução. 
O MDS serve-se de um amplo conjunto de ferramentas informacionais que 
reúnem e processam a principal matéria-prima do trabalho de monitoramento: os 
indicadores e as estatísticas sobre a atuação do Ministério. Essas informações são 
consolidadas, mapeadas, sintetizadas e hierarquizadas, juntamente com dados de 
estudos e pesquisas complementares. 
O processo sistemático de produção e análise de informações sobre uma 
atividade é capaz de identificar situações de alerta e janelas de oportunidades 
relativas aos seus processos e resultados. A partir disso, é possível realizar 
intervenções planejadas, acompanhamento temporal da situação monitorada, 
iniciativas de apoio e a detecção da superação, manutenção ou agravamento da 
situação. 
Esse monitoramento acontece de forma articulada ao trabalho de avaliação, 
subsidiando-o em processos cujos indicadores sinalizem a necessidade de análises 
mais aprofundadas. Em conjunto, as atividades de monitoramento e avaliação 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
4
 
impactam diretamente na elaboração e no aprimoramento das ações e programas e, 
consequentemente, no cumprimento de suas metas. 
Nessa sistemática, a construção de modelos lógicos e de fluxogramas das 
atividades são elementos balizadores, uma vez que mostram claramente os passos 
necessários para a execução das ações, com dados sobre recursos financeiros, 
atividades planejadas e efeitos pretendidos. 
As informações geradas pelo processo de monitoramento do MDS subsidiam, 
ainda, a interação entre gestores federais, estaduais e municipais vinculados à 
atuação do Ministério. São exemplos, a Rede Nacional de Monitoramento da 
Assistência Social (RENMAS), dedicada ao monitoramento das ações de assistência 
social, e o Monitoramento SUAS, voltado ao Sistema Único de Assistência Social 
(SUAS) (BRASIL/MDS, 2011). 
O quadro abaixo representa, de forma clara, o sistema social brasileiro: 
 
 
Esperamos que apreciem o material e busquem nas referências anotadas ao 
final da apostila subsídios para sanar possíveis lacunas que venha surgir ao longo 
dos estudos. 
Ressaltamos que embora a escrita acadêmica tenha como premissa ser 
científica, baseada em normas e padrões da academia, fugiremos um pouco às 
regras para nos aproximarmos de vocês e para que os temas abordados cheguem 
de maneira clara e objetiva, mas não menos científicos. Em segundo lugar, 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
5
 
deixamos claro que este módulo é uma compilação das ideias de vários autores, 
incluindo aqueles que consideramos clássicos, não se tratando, portanto, de uma 
redação original. 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
6
 
UNIDADE 2 – INFORMAÇÃO, MONITORAMENTO E 
AVALIAÇÃO 
 
A qualidade e a transparência na implementação e execução das políticas e 
programas sociais sob responsabilidade do MDS, devem ser compromissos não só 
desse ministério, mas de todos demais órgãos e instâncias públicas. 
Para tanto, há uma unidade específicade avaliação e monitoramento, a 
Secretaria de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI) que tem como principal 
objetivo promover o aperfeiçoamento da gestão das políticas de desenvolvimento 
social e estimular o controle social a partir do acompanhamento e publicização dos 
resultados das pesquisas. Contratar e acompanhar as pesquisas, construir as bases 
de dados com informações acerca de investimentos e beneficiários dos programas, 
além da disseminação de informações e publicações técnicas são funções do SAGI. 
As atividades de avaliação vêm sendo desenvolvidas pela SAGI de forma 
integrada com a participação das secretarias finalísticas – Secretaria Nacional de 
Assistência Social (SNAS), Secretaria Nacional de Renda de Cidadania (SENARC) e 
Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (SESAN) –, às quais se 
soma a Secretaria de Articulação Institucional e Parcerias (SAIP) que completa a 
estrutura do Ministério. 
Em seguida, aprentaremos um esquema simplificado do sistema de 
monitoração e avaliação – SAGI. 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
7
 
Esquema simplificado do Sistema de Monitoramento e avaliação – SAGI 
 
 
Nesse contexto de, digamos, parcerias, encontramos um Guia de 
Metodologias e Instrumentos de Pesquisas de Avaliação de Programas do MDS, 
composto pelas metodologias e instrumentos adotados no processo e que se 
constitui recurso para o aperfeiçoamento da intervenção na realidade do público 
atendido pelos programas do MDS a ser utilizado para consulta por parte dos 
gestores, municiando-os para uma gestão qualificada, e também por pesquisadores, 
no sentido de otimizar os investimentos na área de pesquisa de programas sociais. 
Não é demais relembrar que a Lei Orgânica da Assistência Social (LOAS) 
determina que a assistência social seja organizada em um sistema descentralizado 
e participativo, composto pelo poder público e pela sociedade civil. A IV Conferência 
Nacional de Assistência Social deliberou, então, a implantação do Sistema Único de 
Assistência Social (SUAS). 
O Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), por sua 
vez, implantou o SUAS, que passou a articular os meios, esforços e recursos para a 
execução dos programas, serviços e benefícios socioassistenciais. 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
8
 
O monitoramento permanente de informações referentes ao SUAS é um 
instrumento fundamental para a percepção clara dos serviços de assistência social 
prestados no País, bem como para o aperfeiçoamento constante da Política 
Nacional de Assistência Social (PNAS). 
Esse monitoramento é realizado com base, especialmente, nos dados sobre: 
a gestão compartilhada do Sistema; os conselhos de assistência social, 
responsáveis pelo controle social; os Centros de Referência da Assistência Social 
(CRAS); e os Centros de Referência Especializada da Assistência Social (CREAS). 
Promovido de forma articulada entre o MDS, estados e municípios, o 
Monitoramento do SUAS é desenvolvido e implementado por meio de um processo 
sistemático e informatizado de coleta e análise de informações, que compõem os 
Censos SUAS. Os municípios que possuem CRAS ou CREAS em funcionamento 
respondem aos Censos, independentemente da fonte de financiamento dessas 
instâncias. O processo inclui questionários eletrônicos e um conjunto de ferramentas 
de acesso e visualização das informações validadas. 
As ferramentas informacionais possibilitam o acesso direto, e em diferentes 
formatos, a todos os dados coletados pelo MDS por meio dos Censos SUAS, 
realizados desde 2007 juntos aos CRAS e desde 2008 junto aos CREAS. Essas 
ferramentas são de uso restrito aos gestores federais, do Distrito Federal e 
estaduais do SUAS. 
A Rede Nacional de Monitoramento da Assistência Social (RENMAS) é um 
espaço de interação e cooperação entre gestores federais, estaduais e municipais 
da área de assistência social. O objetivo dessa ferramenta é aprimorar as atividades 
de monitoramento no Brasil, por meio da troca de informações e do aprendizado 
coletivo. 
A RENMAS está focada em três eixos principais: cultura de monitoramento, 
monitoramento para a gestão e tecnologia da informação. Os gestores de 
assistência social que participam da RENMAS têm acesso a chats de mensagens 
simultâneas, fóruns de discussão, notícias, eventos, galeria de fotos, videoaulas e 
outros recursos. Para ter acesso aos tópicos da Rede, é preciso se cadastrar. 
 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
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9
 
2.1 A gestão da informação 
A gestão da informação é um dos instrumentos imprescindíveis para 
consolidação do Sistema Único de Assistência Social e tem como objetivo produzir 
condições estruturais para as operações de gestão, monitoramento e avaliação do 
SUAS, conforme as determinações dessa Norma. Nesse sentido, a Rede SUAS 
compõe uma associação entre a gestão estratégica da política e a Tecnologia da 
Informação. Opera a gestão dos dados e dos fluxos de informação do SUAS com a 
definição de estratégias referentes à produção, armazenamento, organização, 
classificação e disseminação de dados, por meio de componentes de tecnologia de 
informação, obedecendo padrões largamente utilizados. 
Portanto, a gestão da informação, por meio da integração entre ferramentas, 
tecnologias e operação de direitos sociais, torna-se um produtivo componente para: 
a definição do conteúdo das políticas sociais, monitoramento e avaliação da oferta e 
da demanda de serviços públicos essenciais como os de assistência social. 
Os aplicativos da Rede SUAS possibilitam ainda, uma nova lógica para a 
gestão e para a oferta dos serviços socioassistenciais no Brasil, visto que os 
sistemas procuram abarcar todas as áreas concernentes à gestão, ao financiamento 
e ao controle social da política, dando suporte aos seus novos dispositivos e 
procedimentos. 
Assim como há os aplicativos da Rede SUAS, que são ferramentas de 
gestão, que orientam todos no processo de organização do SUAS, há outros 
sistemas também de extrema importância desenvolvidos pelo MDS, tais como o 
Cadastro Único, sistema e base de dados relacionados à operacionalização do 
Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada. 
Tendo como norte a descentralização e os pactos firmados com os estados, 
nesse contexto faz-se fundamental o papel de cada estado como ente ativo na 
relação com os municípios no acompanhamento do preenchimento, na capacitação 
e no apoio à operação dos sistemas. A alimentação dos sistemas nacionais de 
informações do SUAS constitui obrigação institucional de todos os entes federados, 
devendo os gestores responsabilizar-se pelas qualidade e fidedignidades das 
informações neles inseridas. 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ouutilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
10
 
Os Sistemas que compõe a Rede SUAS, são: 
1. Sistemas de autenticação e autorização para o controle de acesso de 
usuários aos aplicativos da REDE SUAS; 
2. Cadastro Nacional do SUAS que tem como objetivo coletar, processar e 
gerir dados sobre a rede socioassistencial, órgãos governamentais, conselhos, 
fundos, trabalhadores do SUAS e outros dados cadastrais necessários a gestão do 
sistema; 
3. Cadastro Nacional de Entidades Privadas que tem como objetivo coletar, 
processar e gerir dados sobre a rede socioassistencial privada; 
4. Sistemas de controle e acompanhamento do Certificado de Entidades 
Beneficentes de Assistência Social – CEBAS que operacionalizam a emissão dos 
certificados, controle dos processos e outras atividades relacionadas ao CEBAS; 
5. Sistemas de acompanhamento da frequência dos usuários aos programas 
e serviços de convivência e fortalecimento de vínculos; 
6. Sistemas de apoio às ações de acompanhamento familiar e à gestão 
integrada de serviços e benefícios; 
7. Sistemas para notificações compulsórias no âmbito da Vigilância Social; 
8. Sistemas de controle e acompanhamento da gestão, voltados ao 
planejamento e prestação de contas; 
9. Sistemas financeiros e orçamentários que automatizam os processos de 
financiamento dos convênios, serviços, projetos, programas e benefícios; 
10. Sistemas específicos para de coleta de dados para o monitoramento. 
 
Para ter acesso aos sistemas da Rede SUAS, cada gestor, profissional ou 
conselheiros utiliza login e senha individual controlado por um sistema de 
autenticação e autorização. O acesso a todos os sistemas dar-se-á por meio deste 
único login e senha. 
Essa forma de autenticação e autorização permitirá a descentralização dos 
processos de criação e gestão de usuários dos sistemas pelos gestores e conselhos 
dos estados, municípios, permitindo aos mesmos controlar a liberação e bloqueio de 
acesso, assim como a atribuição de perfis para os distintos usuários. 
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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Para atender essa descentralização, existem alguns papéis centrais que 
atuam como gestores locais dos sistemas, são eles: no órgão gestor, o 
Administrador titular do órgão e adjunto, e no conselho, o Administrador titular do 
conselho e adjunto, cujo os papéis e responsabilidades estão definidos na portaria 
da rede SUAS. 
Constituem responsabilidades dos gestores e usuários dos sistemas, dentre 
outras coisas, zelar pela integridade, fidedignidade, confidencialidade e 
disponibilidade dos dados, informações contidas nos sistemas; além da guarda e 
bom uso da senha que lhe é imputada. As informações declaradas pelos agentes 
públicos nos sistemas de informação do SUAS possuem Fé Pública, e a inserção de 
informações inverídicas sujeita o respectivo informante a responsabilização 
administrativa e demais sansões legais cabíveis. 
 
2.2 O Monitoramento 
O monitoramento consiste no acompanhamento contínuo, cotidiano, por parte 
de gestores e gerentes, do desenvolvimento dos serviços, programas e benefícios 
em relação ao cumprimento de seus objetivos e metas. É uma função inerente à 
gestão, devendo ser capaz de prover informações que permitam a adoção de 
medidas corretivas para melhorar a qualidade, eficiência e eficácia dos serviços, 
programas e benefícios. É realizado por meio da captura de informações e produção 
regular de indicadores. Pode estar baseado na captura de informações in loco, em 
dados coletados por sistema de informações gerenciais, ou ainda, em sistemas que 
coletam informações específicas para os objetivos do monitoramento. 
De maneira geral, indicadores de monitoramento visam mensurar as 
seguintes dimensões: 
a) estrutura ou insumos; 
b) processos ou atividades; 
c) produtos ou resultados. 
Alguns indicadores de resultados permitem a elaboração de juízos sobre a 
eficácia, ao passo que juízos sobre a qualidade e a eficiência dependem, 
geralmente, de uma análise global das relações estabelecidas entre as três 
dimensões. 
 
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12
 
Para o monitoramento do SUAS em âmbito nacional, as principais fontes de 
informação são: 
a) o Censo SUAS; 
b) os sistemas de informações gerenciais que integram a Rede SUAS. 
Assegurar a resposta anual aos formulários eletrônicos do Censo SUAS, assim 
como a alimentação periódica dos sistemas de informações gerenciais da Rede 
SUAS constitui obrigação dos gestores da assistência social. Os indicadores de 
monitoramento gerados em âmbito nacional, para o conjunto do país, para cada 
estado, e para cada município, serão baseados, prioritariamente, nas informações 
declaradas nos sistemas eletrônicos. 
O modelo nacional de monitoramento do SUAS deve conter um conjunto 
mínimo de indicadores pactuados entre os gestores federal, estaduais e municipais, 
que permitam acompanhar a qualidade e o volume de oferta dos serviços de 
Proteção Social Básica e de Proteção Social Especial, assim como o desempenho 
da gestão federal, estadual e municipal. Da mesma forma, devem ser construídos 
indicadores nacionais para monitoramento do Benefício de Prestação Continuada e 
para monitoramento do funcionamento dos Conselhos. 
O monitoramento do SUAS em âmbito estadual deve conjugar a captura e 
verificação de informações in loco e a utilização de dados secundários, fornecidos 
pelos indicadores do sistema nacional de monitoramento do SUAS ou provenientes 
de seus próprios sistemas de informação. 
O monitoramento do SUAS em âmbito municipal deve basear-se, 
prioritariamente, na captura e verificação de informações in loco, junto às unidades 
da rede socioassistencial pública e conveniada. 
Para a realização do monitoramento, é necessário a estruturação de áreas e 
definição de responsabilidades e competências nos órgãos gestores e, em especial, 
nas secretarias municipais de assistência social que sejam responsáveis pelo 
monitoramento da rede de serviços estatal e privada vinculadas ao SUAS. 
A atividade de monitoramento, particularmente no que concerne à 
mensuração e acompanhamento da qualidade e do volume dos serviços ofertados, 
deve ocorrer de forma integrada com a Vigilância Social, a quem compete 
acompanhar a observância dos padrões de qualidade na oferta dos serviços 
 
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socioassistencias e analisar a adequação entre a oferta de serviços e as 
necessidades de proteção social da população. 
 
2.3 A Avaliação 
Diversas práticas e métodos de avaliação podem ser percebidos e relatados 
no contexto de implementação das ações de assistência social, pode-se afirmar que 
recentemente, avaliações internase externas – mais especificamente na esfera 
federal – têm sido utilizadas para analisar a conjuntura em que o sistema está 
inserido, corrigir possíveis desvios, ratificar opções e acertos. 
Práticas de avaliação interna, seja pelo órgão gestor da assistência social, 
seja pela instância de controle social ou pelos órgãos de controle interno, têm se 
multiplicado ao longo da implantação do SUAS. Ressalta-se que estas constituem 
notáveis experiências de avaliação consumadas principalmente em publicações do 
MDS, nas Conferências de Assistência Social e na divulgação dos resultados das 
auditorias da Controladoria Geral da União (CGU). 
Neste caso, as Conferências de Assistência Social são os principais espaços 
de avaliação das ações do SUAS, por contar com a participação de todos atores da 
política, cabendo a elas deliberar e apontar os rumos prováveis e necessários ao 
Sistema. Outro aspecto importante é que a avaliação como função do controle social 
no exercício da cogestão da política de assistência social está presente no texto da 
LOAS em seu art. 18, incisos VI e X, sendo competência dos Conselhos de 
Assistência Social. Deste modo, os Conselhos possuem a atribuição de avaliar 
continuamente as ações de assistência social juntamente com os gestores dessa 
política. 
A avaliação externa também tem permeado o cenário da política de 
assistência social, sobretudo, com a Pesquisa de Informações Básicas Municipais 
(MUNIC), Suplemento de Assistência Social realizada em 2005 e 2009 pelo IBGE e 
com o Estudo Fotografia da Assistência Social na perspectiva do SUAS, realizado 
em 2005 pelo Centro de Estudos das Desigualdades Socioterritoriais (CEDEST / 
PUC-SP). Estas pesquisas e estudos permitem hoje identificar a organização das 
prefeituras quanto aos aspectos da assistência social relacionados ao quadro 
 
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funcional, estrutura e órgãos, conselhos, planos, fundos de assistência social e a 
oferta de serviços à população. 
Importantes instrumentos de Monitoramento dos serviços socioassistenciais 
têm sido desenvolvidos no âmbito do SUAS, cabe mencionar aqui algumas 
ferramentas como Censo SUAS, SISJOVEM e SISPETI desenvolvidas pela 
Secretaria Nacional de Assistência Social (SNAS) conjuntamente com a Secretaria 
Nacional de Avaliação e Gestão da Informação (SAGI). Estas ferramentas são 
alimentadas por municípios e estados e têm propiciado ao SUAS observar a 
execução das ações e apontar para os aperfeiçoamentos necessários com base em 
avaliações e pactuações realizadas entre os três entes (BRASIL, 2010). 
São muitos os incrementos técnicos e institucionais que vêm sendo exigido 
para a consolidação do SUAS. Construir e consolidar um sistema único 
descentralizado e participativo sob comando único e integrado em todo território 
nacional apontou a necessidade de aprimorar a informação. 
A gestão da informação, nesse sentido, se consolida como um instrumento 
privilegiado para o alcance desses objetivos na NOB/SUAS, conforme Tapajós: 
 
A gestão da informação é desempenhada pelo processamento de dados 
provenientes de múltiplas fontes, mais frequentemente acionada a partir de 
um conjunto de aparatos tecnológicos de grande monta e complexidade, de 
forma a poder gerar informação relevante e útil para o tempo e 
necessidades da gestão” (TAPAJÓS, 2007, p.1). 
 
2.4 A Rede SUAS 
A associação da Política de Assistência Social com a tecnologia e a gestão da 
informação se constitui em condição essencial para o SUAS. Essencial enquanto 
mediação indispensável na ação decisória e estratégica da operacionalização da 
política. 
Isso ocorre na medida em que tal associação consolida mecanismos para 
selecionar informações relevantes, definir os melhores processos, agilizar 
procedimentos e fluxos, facilitando a tomada de decisões e o controle público e 
social de toda operação que envolve a política (BRASIL, 2009). 
Reconhecidamente como um instrumento de gestão pela NOB/SUAS, a 
Gestão da Informação requisitou projeto de um Sistema Nacional de Informação de 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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alcance para todos os setores da Política de Assistência Social, designado 
RedeSuas. 
A Rede SUAS é a forma de operacionalização da gestão da informação, 
sendo suporte fundamental para o monitoramento e a avaliação de programas, 
serviços, projetos e benefícios de Assistência Social, contemplando gestores, 
profissionais, conselheiros, entidades, usuários e sociedade civil. Chama-se sistema 
por conta da condição interativa e da perspectiva de rede com subsistemas 
dinamicamente inter-relacionados. 
Vale dizer que, a Rede SUAS não se resume à informatização e/ou à 
instalação de aplicativos e ferramentas computacionais, mas afirma-se como uma 
cultura a ser disseminada na gestão e no controle social. 
A Rede SUAS está organizada em três tipos de transações. 
 
1)Financeiras 
• SISFAF – Sistema de Transferência Fundo a Fundo – informa o repasse 
fundo a fundo. 
• SIAORC – Sistema de Acompanhamento Orçamentário do SUAS – 
acompanhamento orçamentário. 
• SISCON – Sistema de Gestão de Convênios – gestão de convênios 
esperados pelo FNAS. 
 
2)Suporte Gerencial 
• SUASweb – informação da Assistência Social registra os Planos de estados 
e de municípios e demonstrativos de execução físico-financeira. 
• SIGSUAS – Sistema de Gestão do SUAS – relatório de gestão (informações 
de serviços). 
• GEOSUAS – Sistema de Georreferenciamento e Geoprocessamento do 
Suas – territorialização da informação. 
• CADSUAS – Cadastro Nacional do Sistema Único de Assistência Social – 
dados da rede socioassistencial estatal e privada e de seus trabalhadores. 
 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
16
 
3)Controle Social 
• INFOSUAS – Sistema de Informação de Repasses de Recursos – Sistema 
de consultas sobre repasses financeiros do FNAS auxiliado pelo GEOSUAS. 
• SICNASweb – Sistema de Informação do Conselho Nacional de Assistência 
Social – ferramenta da gestão dos conselhos. 
Entre os subsistemas descritos acima, detalharemos mais o SICNAS. Esta 
opção se justifica por se tratar de um subsistema que foi projetado para facilitar o dia 
a dia das operações que cercam o Conselho Nacional de Assistência Social, assim 
como entidades e órgãos a este ligados. 
O Sistema de Informações do Conselho Nacional de Assistência Social 
(SICNAS), iniciado em junho de 2006, tem como foco a rede socioassitencial, as 
organizações e as entidades beneficentes de Assistência Social. 
São finalidades do SICNAS: 
• Inscrever e cadastrar entidades para fornecer documentos como 
certificados, certidões, entre outros; 
• Facilitar o trabalho interno do conselho, tramitando processos e documentos, 
publicando decisões do plenário aos interessados; 
• Facilitar o controle social sobre estes procedimentos e aGestão de eventos 
e conferências. 
O SICNAS funciona através da internet e intranet. Viabiliza: 
a) o pedido e a emissão de registro e o certificado para a entidade; 
b) o pedido e a emissão de outros documentos e serviços e a visualização de 
relatório; 
c) a manutenção de informações básicas através da própria entidade; 
d) a comunicação entre o CadSuas (informações da entidade/ conselhos e a 
manutenção dessas informações); 
e) a comunicação entre o Sipar (documentos referentes ao protocolo geral do 
MDS); 
f ) a gestão de eventos e conferências; 
g) a ágil tramitação de processo de documentos; e, 
h) a emissão, para o público geral, das decisões de reuniões do plenário, 
como atas e outros documentos. 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
17
 
O SICNAS ainda se integra a outros dois sistemas: 
• CADSUAS – responsável pelo cadastro da Rede SUAS, que comporta todas 
as informações cadastrais e gerenciais de entidades que prestam serviços 
socioassistenciais; 
• SAA – Sistema de Autenticação e Autorização, responsável pelo controle de 
acesso e perfis de usuários de todas as aplicações do MDS. 
Desse modo, constitui-se num instrumento de mudança do processo de 
trabalho do CNAS, da equipe da Secretaria-Executiva e dos conselheiros, pois: 
a) agiliza e automatiza o processo de trabalho interno do CNAS, referente a 
protocolo, cadastro, análise, publicação, votos dos conselheiros e julgamento de 
processos; e, 
b) permite o acesso a todos, por meio da internet. Portanto, o SICNAS é um 
instrumento essencial de informação e de acompanhamento pela sociedade das 
ações do CNAS. 
 
CADÚNICO 
O Cadastro Único, criado em 2001, é um instrumento de vigilância social, de 
identificação de vulnerabilidades e de potencialidades das famílias. 
Por meio deste é realizada a seleção dos beneficiários de alguns programas 
do Governo Federal, como por exemplo, o Programa Bolsa Família. 
Tem o papel de marcador estratégico que orienta a prioridade de oferta das 
ações de governo na saúde, educação, trabalho e renda, habitação, segurança 
alimentar e Assistência Social. 
Preste atenção! 
• A gestão do CadÚnico é feita de forma conjunta pelo município e pelo 
Governo Federal. 
• A coleta de dados é feita pelos municípios. 
• As informações coletadas no CadÚnico são: 
a) composição familiar; 
b) situação do domicílio; 
c) situação de trabalho infantil, entre outros; 
d) escolaridade dos membros da família; e 
 
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
18
 
e) renda e consumo da família. 
Após a coleta de dados, os cidadãos cadastrados recebem o Número de 
Identificação Social (NIS), gerado pelo Governo Federal. 
Dado a sua finalidade de cadastramento único da população em situação de 
pobreza, é um importante instrumento de apoio à gestão dos programas de 
desenvolvimento social. 
Outra importância do CadÚnico é favorecer a intersetorialidade – essa 
ferramenta tem a capacidade de diálogo, integração e cooperação entre diferentes 
programas e políticas públicas focadas no mesmo território ou público alvo. 
No âmbito federal, o Cadastro Único atende a programas de distintos 
ministérios, pois a proposta de compartilhamento das informações que orienta a 
utilização deste cadastro pode, de forma semelhante, ser reproduzida nas 
secretarias municipais e estaduais. 
Desse modo, o Governo Federal, estados e municípios partilham 
responsabilidades e atribuições, visando atender às premissas do pacto federativo. 
Em síntese, pode-se afirmar que o CadÚnico se caracteriza como importante 
ferramenta por: 
a) facilitar a identificação da população de baixa renda; e, 
b) contribuir na avaliação da eficácia dos programas de redução da pobreza 
gerando uma base comum de dados que permite o acompanhamento das famílias 
atendidas pelos programas de forma a unificar os registros, evitar sua multiplicidade 
e ainda, permitir o acompanhamento da gestão dos benefícios concedidos. 
 
2.5 Sistema de Autenticação e Autorização (SAA) 
A principal finalidade do Sistema de Autenticação e Autorização (SAA) é dar 
suporte à operação e à gestão dos sistemas da Rede SUAS, com segurança, 
contemplando todos os tipos de acessos. 
São exigências do Sistema: 
• Para realizar o cadastro, é necessário que a pessoa esteja cadastrada no 
CadSUAS; 
• O acesso aos aplicativos da Rede SUAS será administrado de forma 
descentralizada, de competência do gestor em cada esfera de governo. 
 
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19
 
Conceitos básicos das funcionalidades do SAA 
Usuário do sistema: são agentes externos ao sistema que usufruem da 
tecnologia para realizar determinado trabalho. Podem ser desde os usuários comuns 
do sistema até administradores, programadores ou analistas de sistemas. 
Perfil: não é o mesmo que cargo ou função, mas sim ao grupo de tarefas 
realizadas pelo usuário. Relaciona o usuário a um conjunto de privilégios 
necessários para execução de atividades. 
Permissão: nível de acesso aos sistemas da Rede Suas. 
Administrador: é o principal usuário em cada esfera de governo, responsável 
por delegar acessos e perfis de usuário, sendo assim responsável pelas informações 
inseridas nos sistemas da Rede SUAS. 
 
Tipos/Níveis de Acesso 
Administrador Federal: usuários do MDS responsáveis por administrar o 
sistema de acesso, sendo os responsáveis por administrar o acesso dos 
administradores titular e adjunto dos estados, municípios e do Distrito Federal. 
Acesso ilimitado aos sistemas da Rede SUAS. 
Administrador Titular Órgão Gestor: é o Secretário de Assistência Social no 
âmbito dos Estados, Municípios e Distrito Federal. Caberá ao Administrador Titular 
gerir o acesso do administrador adjunto e de outros usuários, na forma da portaria nº 
15 de 17 de dezembro de 2010. Acesso avançado aos sistemas da Rede SUAS em 
sua esfera de governo; nos Estados, Municípios e Distrito Federal em que a 
presidência dos Conselhos de Assistência Social for exercida pelo Secretário de 
Assistência Social, caberá ao seu Substituto exercer a função de Administrador 
titular. 
Administrador Adjunto Órgão Gestor: Os servidores públicos, empregados 
públicos e temporários, conforme a Lei nº 8.745, de 9 de Dezembro de 1993. Acesso 
avançado aos sistemas da Rede SUAS em sua esfera de governo. 
 
Administrador Titular Conselho: Nos Conselhos de Assistência Social, o 
seu Presidente; caberá ao seu vice-presidente a função de titular quando a 
presidência for exercida pelo Secretário de Assistência Social e este optar por 
 
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recuperação dedados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
20
 
exercer a referida função no âmbito da Secretária de Assistência Social. Acesso 
avançado aos sistemas da Rede SUAS em sua esfera de governo. 
Administrador Adjunto Conselho: Vice-Presidente ou Secretário Executivo 
do conselho. Acesso avançado aos sistemas da Rede SUAS em sua esfera de 
governo. 
Usuários: No âmbito dos Estados, Municípios e Distrito Federal, os 
servidores públicos, empregados públicos e temporários, conforme a Lei nº 8.745, 
de 9 de Dezembro de 1993. No âmbito dos Conselhos de Assistência o Social 
Secretário-Executivo e os Conselheiros, durante a sua legislatura. Acesso limitado 
aos sistemas da Rede SUAS, conforme permissão concedida pelo administrador 
titular ou adjunto. 
Processo de cadastramento: 
1 - A Rede SUAS encaminhará por e-mail ao Administrador Titular, a 
instrução com o link para: 
� Confirmação dos dados e habilitação da senha; 
� Aceite do termo de responsabilidade; 
� Indicação do Administrador Adjunto. 
2 - O Administrador Titular então indicará o Administrador Adjunto. 
3 - Após a indicação, o Administrador Adjunto, receberá por e-mail a instrução 
com o link para: 
� Confirmação dos dados e habilitação da senha; 
� Aceite do termo de responsabilidade; 
� Cadastramento dos usuários para os sistemas. 
 
4 - O Administrador Titular e o Administrador Adjunto poderão cadastrar os 
demais usuários. 
5 - O Usuário receberá por e-mail, a instrução com o link para: 
� Confirmação dos dados e habilitação da senha; 
� Aceite do termo de responsabilidade. 
 
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
21
 
Número de Administrador Titular/Adjunto por Unidade da Federação: 
De acordo com a Nova Política de Acessos, a gestão de cada estado e 
município será efetuada pelo administrador titular e limitada ao máximo de 01 (um) 
ATIVO por Órgão Gestor para acesso ao sistema e ao máximo 01 (um) ATIVO por 
Conselho para acesso ao sistema. A gestão de cada estado e município poderá ser 
efetuada também pelo administrador adjunto e limitada ao máximo 01 (um) ATIVO 
por Órgão Gestor para acesso ao sistema e ao máximo 01 (um) ATIVO por 
Conselho para acesso ao sistema (BRASIL, 2007). 
 
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22
 
UNIDADE 3 – AS CONFERÊNCIAS MUNICIPAIS DE 
ASSISTÊNCIA SOCIAL – PASSO A PASSO 
 
Vamos começar definindo as Conferências de políticas públicas como 
espaços amplos e democráticos de discussão e articulação coletivas em torno de 
propostas e estratégias de organização. Sua principal característica é reunir 
governo, sociedade civil organizada e cidadãos comuns, para debater e decidir as 
prioridades nas políticas públicas nos próximos anos. 
Na medida em que os diversos segmentos envolvidos com o assunto em questão 
participam do debate promovido numa Conferência, pode-se estabelecer um pacto para 
alcançar determinadas metas e prioridades, além de abrir um espaço importante de 
troca de experiências, tendo em vista o fortalecimento da política pública junto aos 
poderes executivo e legislativo como um todo. 
São realizadas Conferências em âmbito Municipal, Estadual e Federal. A 
realização de uma Conferência não é algo isolado, mas é parte de um processo amplo 
de diálogo e democratização da gestão pública. 
E as Conferências de Assistência Social? 
Essas se constituem em espaços de caráter propositivo e deliberativo que 
oportunizam o debate e avaliação da política de assistência social e a proposição de 
novas diretrizes, no sentido de consolidar e ampliar os direitos socioassistenciais dos 
seus usuários. 
São espaços de debate coletivo que devem oportunizar uma participação social 
mais representativa, assegurando momentos para discussão e avaliação das ações 
governamentais e das ações desenvolvidas por meio de convênios, e também, para a 
eleição de prioridades políticas para os respectivos níveis de governo e para as 
diferentes organizações da sociedade civil que representam os usuários, trabalhadores 
e as entidades de assistência social. 
Desde sua criação, o CNAS já realizou Conferências Nacionais com os seguintes 
temas: 
� I Conferência Nacional de Assistência Social foi realizada no período de 20 a 
23 de novembro de 1995, com o tema geral: “A Assistência Social como um 
direito do cidadão e dever do Estado”. 
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
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23
 
� II Conferência foi realizada no período 9 a 12 de dezembro de 1997, tema 
geral: “O Sistema Descentralizado e Participativo da Assistência Social - 
Construindo a Inclusão - Universalizando Direitos”. 
� III Conferência, realizada no período de 4 a 7 de dezembro de 2001, teve 
como tema geral: “Política de Assistência Social: Uma trajetória de Avanços e 
Desafios”. 
� IV Conferência, realizada no período de 7 a 10 de dezembro de 2003, e o 
tema geral: “Assistência Social como Política de Inclusão: Uma Nova Agenda 
para a Cidadania - LOAS 10 anos”. 
� V Conferência foi realizada no período de 5 a 8 de dezembro de 2005, com o 
tema geral “SUAS – PLANO 10: Estratégias e Metas para Implementação da 
Política Nacional de Assistência Social”. 
� VI Conferência, realizada no período de 14 a 17 de dezembro de 2007, com o 
tema geral: “Compromissos e Responsabilidades para Assegurar Proteção 
Social pelo Sistema Único da Assistência Social -SUAS”. 
� VII Conferência aconteceu entre os dias 30 de novembro e 03 de dezembro 
de 2008 com o tema “Participação e controle social no SUAS”. 
� VIII Conferência Nacional de Assistência Social aconteceu entre os dias 07 e 
10 de dezembro de 2011 e tratará sobre os avanços na consolidação do 
Sistema Único de Assistência Social - SUAS com a valorização dos 
trabalhadores e a qualificação da gestão, dos serviços, programas, projetos e 
benefícios. 
 
3.1 Passo a passo 
O passo a passo para realização das Conferências Municipais é informação 
importante para os gestores e organizadores a nível municipal, a saber: 
 
ETAPAS DESCRIÇÃO SUMÁRIA DAS ETAPAS 
1ª Preparando a Conferência 
de Assistência Social 
Realizar a convocação por meio do decreto; 
Quem organiza; 
Buscar subsídios para o planejamento e realização das 
conferências; 
Mobilizar e quantificar a participação nas conferências; 
Divulgar os eventos de mobilização e a conferência. 
2ª Os procedimentos para 
realizar a conferência 
O tempo ideal; 
Como deve ser o credenciamento; 
 
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24
 
Organizar a abertura oficial; 
Definir a função doRegimento Interno na Conferência. 
Definir: 
Apresentações culturais – o que considerar; 
Os painéis – como devem ser; 
Grupos de trabalho – para quê; 
Plenária final da conferência; 
Quem são os participantes; 
Quem pode ser delegado; 
Quem são observadores e convidados; 
Quem poderá ser eleito para conferência estadual e como 
será o processo de eleição; 
Definir moções; 
A importância de avaliar a conferência. 
3ª Relatório final da 
conferência 
Elaboração 
Encaminhamento 
 
1ª Etapa - Preparando a Conferência de Assistência Social. 
1 - Como deve ser realizada a convocação da Conferência? 
O Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, em observância à 
lei de criação do Conselho, convoca a Conferência em conjunto com o Prefeito, por 
meio de legislação específica. 
O Decreto de Convocação (modelo abaixo) deve conter seu objetivo, o 
município e a data da realização da Conferência, quem é o responsável financeiro 
pelo evento, devendo ser publicado no Diário Oficial e/ou jornal de maior circulação 
no município. Esse deve ser amplamente divulgado nos meios de comunicação 
local, como: rádio, jornais, faixas, cartazes, carro de som e outros disponíveis. 
 
 
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25
 
Minuta do Decreto de Convocação 
 
DECRETO Nº_______, de_______ de ______ 
Convoca a ______Conferência Municipal de Assistência Social. 
O Prefeito Municipal de __________________, em conjunto com o 
Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social, no uso de suas 
atribuições e, considerando a necessidade de avaliar e propor diretrizes 
para a implementação da Política de Assistência Social no Município, 
DECRETA: 
Art. 1º Fica convocada a ______ Conferência Municipal de 
Assistência Social, a ser realizada no(s) dia(s)_______de ___________ 
de ____, tendo como tema central: “Participação e Controle Social no 
SUAS”. 
Art. 2º As despesas decorrentes da aplicação deste Decreto, 
correrão por conta de dotação própria do orçamento do órgão gestor 
municipal de assistência social. 
Art. 3º Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação. 
 
__________________,_________de_______________de______. 
Prefeito de _____________________________________ 
Presidente do Conselho Municipal de Assistência Social 
 
2 - Quem organiza a Conferência? 
Para organizar uma Conferência em âmbito municipal, é necessário constituir 
uma Comissão Organizadora, que deverá ser paritária, ou seja, com representantes 
do governo e da sociedade civil (representantes de usuários e/ou organizações de 
usuários; entidades de assistência social; entidades que representam trabalhadores 
da área). Ressalta-se a importância da designação de equipe técnica pelo órgão 
gestor, visando a operacionalização da Conferência, juntamente com o Conselho. 
A Comissão Organizadora poderá dividir-se em grupos para realizar tarefas, 
bem como contar com apoio de técnicos e assessorias. 
As principais atribuições da Comissão Organizadora são: 
 
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26
 
a) elaborar o orçamento; 
b) propor estratégias de mobilização (eventos preparatórios à participação na 
conferência) e divulgação; 
c) definir o local para a realização da Conferência; 
d) preparar a programação; 
e) definir os palestrantes; 
f) construir a minuta do Regimento Interno; 
g) programar apresentações culturais (opcional); 
h) prever a acessibilidade das pessoas com deficiência, conforme orientação 
do CNAS (Informe CNAS nº 001/2009); 
i) consolidar o Relatório Final e encaminhá-lo ao Conselho Estadual de 
Assistência Social – CEAS. 
 
3- Onde buscar subsídios para o planejamento e realização das 
Conferências? 
É essencial para o alcance dos objetivos que a Comissão Organizadora faça 
reuniões periódicas. 
As reuniões devem ter como base as orientações enviadas pelo CNAS e 
CEAS para a preparação da etapa da mobilização; e as deliberações das últimas 
Conferências (Nacional, Estadual e Municipal) para a organização geral da 
Conferência (programação, credenciamento, mesa de abertura, painéis, trabalhos 
em grupo, consolidação das propostas e Plenária Final). 
É fundamental que fique devidamente registrado, em Ata, as decisões da 
Comissão Organizadora e o responsável por cada ação. 
As orientações gerais sobre o processo de Conferências estão disponíveis na 
página eletrônica do CNAS www.mds.gov.br/cnas/vii-conferencia-nacional. Assim 
sendo, sugere-se consulta periódica. 
O Conselho Estadual de Assistência Social disponibilizará orientações 
específicas para a realização das conferências em seu âmbito de atuação. Nesse 
sentido, os Conselhos municipais devem estar em contato permanente para acesso 
às informações. 
 
 
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27
 
4- Como mobilizar e qualificar a participação nas Conferências? 
Em geral, os diversos sujeitos e organizações que participam das 
Conferências têm acesso diferenciado às informações. Para que todos possam se 
articular e se preparar igualmente para as discussões, o processo de mobilização 
deve levar em conta a capacitação dos participantes. Essa pode ser realizada por 
meio de reuniões, encontros, palestras, debates públicos, pré-conferências 
temáticas, e outros eventos preparatórios. 
Cada Município organizará, conforme suas características, eventos 
preparatórios para debater a temática da Conferência e seu significado, tendo em 
vista a mobilização de todos os segmentos a serem representados nas Conferências 
(usuários, trabalhadores do setor, entidades de assistência social e representantes 
governamentais). 
Para a mobilização, os Municípios podem utilizar-se dos serviços já existentes 
nas unidades públicas da Assistência Social, como CRAS, CREAS, entidades de 
assistência social, bem como outros espaços ou serviços, que reúnem os usuários 
da Assistência Social e suas famílias, a exemplo dos grupos de beneficiários do 
Programa Bolsa Família e do Benefício de Prestação Continuada, Pró-Jovem, 
famílias de adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas e 
movimentos organizados de usuários, entre outros. 
Tais mobilizações terão o intuito de identificar as necessidades relacionadas à 
política de assistência social nos territórios, indicar propostas para o 
aperfeiçoamento das ações do SUAS, além dos entraves que dificultam a 
participação dos usuários nos Conselhos e Conferências. 
É fundamental que as discussões tenham como referência as ementas de 
cada subtema e os resultados esperados apresentados anteriormente nessas 
orientações. 
A metodologia a ser utilizada para realizar tal levantamento deverá ser 
criada/escolhida pelo próprio Município, levando-se em consideração a necessidade 
de abranger os três segmentos que representam a sociedade civil nos espaços de 
controle social. Os eventos de mobilização devempautar as demandas dos 
usuários, além das questões abaixo elencadas: 
a) importância da participação e do controle social no SUAS; 
 
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28
 
b) significado, formas de participação do usuário e o seu lugar político no 
SUAS, ou seja, sua participação na avaliação dos serviços, programas, projetos e 
benefícios socioassistenciais e nos espaços de deliberação da política – Conselhos 
e Conferências; 
c) identificação das formas de organização dos usuários com vistas a sua 
inserção nesses espaços; 
d) estratégias para participação qualificada nos Conselhos e Conferências e 
discussão de sua representação e representatividade nas demais esferas; 
e) elaboração de propostas para ampliação da participação dos usuários nos 
Conselhos e Conferências; 
f) papel dos trabalhadores do SUAS em relação ao protagonismo dos 
usuários; 
g) contribuição das metodologias de trabalho para o reconhecimento público 
da legitimidade do protagonismo dos usuários e na identificação de suas 
necessidades sociais e potencialidades, visando sua emancipação; 
h) perfil do usuário da assistência social, como sujeito de direitos, nos dias de 
hoje. 
É importante que o gestor da Assistência Social disponibilize informações 
sobre a assistência social, constantes no Sistema RedeSUAS, CadÚnico e outros 
cadastros municipais, relacionando os números de beneficiários e recursos de cada 
programa, além do orçamento público da assistência social, visando qualificar os 
debates dos eventos de mobilização e da Conferência. 
Os resultados dos eventos de mobilização devem ser registrados e 
encaminhados ao Conselho Municipal. Esse deve sistematizar as informações e 
apresentá-las na Conferência municipal. 
 
5- Como divulgar os eventos de mobilização e a conferência? 
Como estratégia para garantir a participação popular, e visando um amplo 
debate sobre a Política de Assistência Social no Município, é importante divulgar os 
eventos de mobilização e a Conferência nos meios de comunicação disponíveis, tais 
como rádio, jornais locais, carro de som, faixas, cartazes, internet e avisos nos locais 
de uso público. 
 
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
29
 
É fundamental encaminhar convite às entidades de assistência social que 
atuam no município; às organizações dos usuários e de trabalhadores da área; aos 
órgãos gestores das demais políticas públicas, bem como aos representantes da 
Câmara de Vereadores, do Ministério Público, do Poder Judiciário, dentre outras 
autoridades locais. 
 
2ª Etapa: Realizando a Conferência de Assistência Social – dos 
procedimentos. 
1. Qual o tempo ideal para a realização da Conferência? 
Sugere-se que os trabalhos da Conferência sejam realizados em no mínimo 
dois dias, sendo que a abertura poderá ser realizada na noite anterior ao início dos 
trabalhos. 
Importante definir os dias da semana para a sua realização, considerando a 
disponibilidade dos usuários, assegurando assim a sua participação nesse 
importante evento de deliberação. 
 
2. Como deve ser o credenciamento? 
O credenciamento deve ser realizado no espaço da Conferência, sendo os 
participantes devidamente identificados. A ficha de credenciamento deve conter os 
dados de identificação do participante e sua representação. Modelo abaixo: 
 
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recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
30
 
 
 
Identificação, no verso do crachá, de qual grupo de trabalho que o 
participante irá compor. 
O crachá é um instrumento a ser utilizado nas votações dos Delegados 
durante as Plenárias. É importante que esses sejam impressos em cores e ou 
formatos diferentes para distinguir os delegados, dos observadores e demais 
participantes da conferência. Não sendo possível a impressão com cores e ou 
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
31
 
formatos diferenciadas, sugere-se que o mesmo seja entregue somente aos 
participantes credenciados como delegados. 
Material da conferência - poderão ser entregue aos participantes: 
- Programação da conferência; Regimento Interno; Ficha para avaliação do 
evento; papéis para anotações; caneta; textos de apoio; cópia das Deliberações da 
Conferência municipal anterior, dos Direitos Socioassistenciais, da Carta Nacional 
dos Direitos Socioassistenciais da VI Conferência Nacional; entre outros 
documentos considerados importantes pela Comissão Organizadora. 
 
3. Como organizar a Abertura Oficial? 
A Mesa de Abertura da conferência deve ser composta pelo Presidente do 
Conselho Municipal de Assistência Social, Prefeito, Gestor Municipal da política de 
assistência social e um representante de usuários da assistência social. Outras 
autoridades também podem ser convidadas para compor a Mesa, quando estiverem 
presentes, as quais destacamos: o Coordenador do Fórum de Assistência Social 
(caso o município tenha), um representante da Câmara Municipal, autoridades do 
Governo Estadual, Federal, representantes do CEAS e CNAS, entre outros. O tempo 
da Mesa de Abertura não deve se estender, sob pena de comprometer o andamento 
dos trabalhos da conferência. 
Deve-se definir, anteriormente, a ordem das falas, considerando que o 
presidente do CMAS deve ser a última autoridade a falar. Essa ordem justifica-se 
por ser esse o anfitrião da Conferência e, ainda, porque após seu pronunciamento, 
esse decretará o início da mesma. 
É fundamental produzir e divulgar um diagnóstico do que foi realizado a partir 
da Conferência anterior, com uma avaliação dos encaminhamentos dados em 
relação às diretrizes indicadas. A prestação de contas possibilita identificar avanços 
e desafios para o fortalecimento do SUAS no Município. 
 
4- Qual a função do Regimento Interno na Conferência de Assistência Social? 
O Regimento Interno é um conjunto de normas que regem o funcionamento 
da Conferência. Esse deve dispor sobre o tema, objetivo, local, data, critérios para o 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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credenciamento, a dinâmica dos painéis, dos trabalhos em grupo, dos debates, das 
moções, da votação de propostas, da eleição dos delegados e do Relatório Final. 
A leitura e aprovação do Regimento Interno deverão ser realizadasantes do 
início dos trabalhos. Cabe à Plenária fazer os destaques que julgar necessários e 
após discussão, o Regimento Interno deve ser colocado em regime de votação para 
aprovação dos delegados. 
Durante a Conferência, os participantes devem estar atentos para garantir o 
cumprimento do Regimento Interno. Sempre que necessário podem ser levantadas 
questões de ordem para cumpri-lo. 
 
5- O que deve ser considerado para as apresentações culturais? 
A Conferência pode dedicar espaço para apresentações culturais na 
programação, de forma a valorizar a cultura local e oportunizar a divulgação de 
trabalhos artísticos realizados por usuários. 
As apresentações culturais devem ser breves, de forma a não prejudicar a 
programação. 
 
6 - Como devem ser realizados os Painéis? 
Os painéis têm como objetivo subsidiar o debate nos grupo de trabalho, que 
devem ser acompanhados de debate. Destaca-se a importância de observar o 
tempo significativo para os debates. 
O tempo máximo destinado às intervenções de cada participante no debate 
deve estar previsto no Regimento Interno. 
 
7 - Para que são realizados grupos de trabalho? 
Os Grupos de Trabalho são realizados para garantir o aprofundamento da 
discussão do temário da Conferência e dos painéis. Cada grupo contará, no mínimo, 
com um coordenador e um relator dos trabalhos. 
Seus integrantes terão como competência elaborar proposições que visem 
implementar a política de assistência social, sendo que tais propostas, 
posteriormente, serão apresentadas e votadas na Plenária Final da Conferência. 
 
Todos os direitos são reservados ao Grupo Prominas, de acordo com a convenção internacional de 
direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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Os relatores dos Grupos devem ser orientados, pela Comissão Organizadora, 
quanto à elaboração do relatório a ser apresentado para apreciação da Plenária 
Final. 
 
8 – O que é Plenária Final da Conferência Municipal? 
É um espaço que tem caráter deliberativo, constituído pelos delegados, 
devidamente credenciados, com competência para discutir, modificar, aprovar ou 
rejeitar as propostas consolidadas nos grupos de trabalho, além das moções 
encaminhadas pelos participantes. Nesse espaço são eleitos os delegados para 
participar da Conferência Estadual de Assistência Social. 
As propostas dos grupos de trabalho e moções devem ser lidas, assegurando 
aos participantes a apresentação de destaques, para posteriormente serem 
colocadas em votação. 
Os procedimentos de votação das propostas dos grupos, das moções, bem 
como a eleição dos Delegados para a Conferência Estadual, deverão estar previstos 
no Regimento Interno da Conferência, lembrando que após o início do regime de 
votação, fica vetado qualquer destaque ou questão de ordem. 
 
9 - Quem participa da Conferência Municipal de Assistência Social? 
Todos os cidadãos podem participar das conferências municipais, desde que 
devidamente credenciados, na condição de: 
Delegados, com direito a voz e voto. Convidados e observadores, com direito 
a voz. 
Ressaltamos que o CMAS tem autonomia para definir número de 
participantes, bem como a forma de escolha dos delegados, convidados e 
observadores na Conferência Municipal de Assistência Social. 
 
10 - Quem pode ser delegado em uma conferência municipal? 
� Representantes governamentais; 
� Representantes da sociedade civil, dentre os segmentos: 
a) entidades de assistência social; 
b) entidades de trabalhadores da Assistência Social; 
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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c) usuários e organizações de usuários. 
Os conselheiros (titulares e suplentes) do Conselho Municipal de Assistência 
Social são delegados natos; 
 
11 - Quem são os convidados e observadores? 
Representantes das Universidades, do Poder Legislativo Federal, Estadual e 
Municipal, do Judiciário, do Ministério Público, dos Conselhos de Políticas Públicas e 
de Direitos; Pessoas que defendem a Política de Assistência Social. 
Cabe aos CMAS definirem quem serão os sujeitos sociais a serem 
convidados. 
 
12 - Quem poderá ser eleito delegado para a conferência estadual? 
Seguindo o princípio da paridade, os delegados e os respectivos suplentes - 
representantes do governo e da sociedade civil - serão em igual número. 
O(s) Delegado(s) governamental(is) deverá(ão) ser indicados(s) entre os 
gestores e técnicos do órgão gestor municipal de Assistência Social. 
No caso dos Delegados da sociedade civil, que envolve os três segmentos 
(usuários, trabalhadores e entidades de assistência social), a Plenária das 
Conferências deve assegurar a representação de 1/3 de usuários. Nesse sentido, é 
importante observar o que estabelece a Resolução do CNAS nº 24/06, ou seja, para 
a escolha dos delegados representantes de usuários pode-se eleger pessoas que 
estejam numa organização juridicamente constituída ou usuários que participam 
regularmente de serviços, programas e atividades desenvolvidas nos CRAS, 
CREAS, em outras unidades de execução da Política de Assistência Social ou 
movimentos de usuários. Exemplos: grupos de beneficiários do Programa Bolsa 
Família e do Benefício de Prestação Continuada, Pró-Jovem, famílias de 
adolescentes em cumprimento de medidas socioeducativas, entre outros. 
É importante que os Delegados sejam eleitos entre seus pares. 
Outro aspecto a ser observado refere-se ao processo de escolha dos 
delegados eleitos nas Conferências Municipais. Por exemplo: um município de 
pequeno porte, que tem direito a eleger apenas dois delegados para a Conferência 
Estadual, deve priorizar que a representação da sociedade civil seja realizada por 
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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meio de um usuário. Quando um município tiver direito a eleger quatro delegados 
representantes da sociedade civil, deve escolher dois representantes dos usuários, 
um dos trabalhadores da área e um representante das entidades de assistência 
social. 
 
13 - Como deve ser o processo de eleição de delegados para a Conferência 
Estadual? 
O Regimento Interno da Conferência deverá estabelecer a data e horário para 
o credenciamento dos candidatos a delegado para a Conferência Estadual de 
Assistência Social (em momento distinto ao do credenciamento dos participantes), 
bem como definirá os critérios para a candidatura e quais os documentos que os 
candidatos deverão apresentar no momento do credenciamento. Esclarecemos que 
é a Plenária que elege os delegados para a Conferência Estadual de Assistência 
Social, dentre os que efetuaram o credenciamento para tal, respeitando-se a 
paridade e a quantidade estabelecidas pelo CEAS. 
A identificação do participante no credenciamento será a referência para a 
candidatura do Delegado para a Conferência Estadual. Caso a representação do 
delegado não esteja de acordo com os critérios estabelecidos no Regimento Interno, 
o mesmo poderá ser impedido de concorrer a delegadopara a Conferência Estadual 
e dessa para a Nacional. 
14 - O que são Moções? 
As moções dizem respeito a outros assuntos não referentes à política de 
assistência social, sendo submetidas à Plenária Final para apreciação. Após 
aprovação, deverá ser encaminhada à instância devida. As moções podem ser de 
repúdio, indignação, apoio, congratulação ou recomendação. 
O Regimento Interno da Conferência deve estabelecer o número mínimo de 
assinaturas para que a coordenação da Mesa da Plenária Final coloque a moção em 
votação. 
15- Por que é importante avaliar a Conferência? 
É importante que os participantes da Conferência avaliem a organização e a 
condução desse evento, assim como apresente, sugestões que venham contribuir 
nos próximos eventos: 
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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Modelo de Ficha de Avaliação 
1. Credenciamento: ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular 
2. Painel I: ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular 
3. Painel II: ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular 
4. Trabalhos em Grupos: ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular 
5. Organização Geral do Evento: ( ) Excelente ( ) Bom ( ) Regular 
6. Sugestões / Críticas / Elogios 
 
A Comissão Organizadora deve pautar a avaliação da Conferência na 
Reunião Ordinária do Conselho Municipal, após a realização da Conferência. 
 
3ª Etapa – Do Relatório Final da Conferência Municipal de Assistência Social. 
1- Elaboração do Relatório Final. 
O Relatório deve ser elaborado conforme o roteiro proposto pelo Conselho 
Estadual. 
2 - Encaminhamento do Relatório Final da Conferência. 
O Relatório Final da Conferência Municipal deve ser enviado ao Conselho 
Estadual de Assistência Social, IMPRETERIVELMENTE, até a data que este 
estabelecer, para a consolidação das propostas deliberadas nos municípios e 
subsídio para o debate na Conferência Estadual. No Relatório Final deve constar 
também a relação dos Delegados eleitos e seus respectivos Suplentes. 
Devem ser empenhados esforços que visem inovar nas estratégias de 
incentivo de efetiva participação popular, bem como a inerente qualificação da 
participação dos usuários à assistência social. Como já dito, as Conferências, devem 
ser espaços exemplares de participação popular, de modo a qualificar e aproximar 
suas deliberações das reais necessidades da população. 
O salto qualitativo das Conferências de Assistência Social sucessivas se dará, 
sobretudo, pelas formas de participação e o acesso que as mesmas alcançarem, 
sempre priorizando a participação dos usuários, anteriormente mobilizados em 
âmbito local. Essa participação efetiva deve ser um empenho dos trabalhadores e 
entidades de assistência social. Neste sentido, recomenda-se que os Municípios, por 
meio de seus gestores da assistência social, viabilizem o financiamento para a 
efetiva participação dos usuários. Sendo assim, recomenda-se: priorizar a 
participação dos usuários; garantir condições objetivas para a participação dos 
 
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eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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Delegados municipais nas Conferências Estaduais; garantir condições objetivas para 
a participação do representante do município como delegado na Conferência 
Nacional de Assistência Social (BRASIL/CNAS/INFORME 003/09). 
 
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UNIDADE 4 – MONITORAMENTO DO CRAS 
 
4.1 O CRAS 
O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) é uma unidade pública 
estatal localizada em áreas com maiores índices de vulnerabilidade e risco social, 
destinada ao atendimento socioassistencial das famílias. Ele é o principal 
equipamento de desenvolvimento dos serviços socioassistenciais da proteção social 
básica e constitui espaço de concretização dos direitos socioassistenciais nos 
territórios, materializando a política de assistência social. 
O CRAS é o lugar que possibilita, na maioria das vezes, o primeiro acesso 
das famílias aos direitos socioassistenciais e, portanto, à proteção social. Estrutura-
se, assim, como porta de entrada unificada dos usuários da política de assistência 
social para a rede de proteção básica e referência para encaminhamentos à 
proteção especial. 
O CRAS é a unidade local de um sistema, o Sistema Único de Assistência 
Social (SUAS), e desempenha papel estratégico no território onde se situa ao 
constituir a principal estrutura física local, cujo espaço é compatível com o trabalho 
social realizado com famílias que vivem na sua área de abrangência. Ele conta com 
uma equipe profissional de referência, conforme veremos mais adiante. 
Nessa perspectiva, o CRAS efetiva a referência e a contra-referência do 
usuário na rede socioassistencial do SUAS. A função da referência e contra-
referência supõe processar, no âmbito do SUAS, as demandas oriundas das 
situações de vulnerabilidade e risco social detectadas no território, visando garantir 
ao usuário o acesso a renda, serviços, projetos e programas – conforme a 
complexidade da demanda – tanto na rede socioassistencial da área de abrangência 
do CRAS, como na rede de proteção especial de média e alta complexidade do 
município, na rede estadual ou regional, bem como o acesso a outras políticas 
setoriais. 
 
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direitos autorais. Nenhuma parte deste material pode ser reproduzida ou utilizada, seja por meios 
eletrônicos ou mecânicos, inclusive fotocópias ou gravações, ou, por sistemas de armazenagem e 
recuperação de dados – sem o consentimento por escrito do Grupo Prominas. 
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O Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) é: 
� a unidade pública estatal responsável pela oferta de serviços continuados de proteção 
social básica de assistência social às famílias, grupos e indivíduos em situação de 
vulnerabilidade social; 
� a unidade efetivadora da referência e contra-referência do usuário na rede 
socioassistencial do SUAS e unidade de referência para os serviços das demais 
políticas públicas; 
� a “porta de entrada” dos usuários à rede de proteção social básica do SUAS; 
� a unidade que organiza a vigilância social em sua área de abrangência; 
� uma unidade pública que concretiza o direito socioassistencial quanto à garantia de 
acesso a serviços de proteção social básica com matricialidade sociofamiliar e ênfase 
no território de referência; 
� um equipamento onde são necessariamente ofertados os serviços e ações do 
Programa de Atenção Integral à Família (PAIF) e onde podem ser prestados outros 
serviços, projetos, programas e benefícios de proteção social básica relativos às 
seguranças de rendimento, autonomia, acolhida, convívio ou vivência familiar e 
comunitária e de sobrevivência a riscos circunstanciais. 
 
A existência do CRAS está estritamente vinculada ao funcionamento do 
Programa de Atenção Integral à Família (PAIF), ou seja, à implementação de um 
serviço que

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