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lei 11.105

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FACULDADE UNINASSAU DE NATAL – CAPIM MACIO
DIREITO 4NA
RESUMO DO SEMINÁRIO 
“RECUPERAÇÂO DE EMPRESAS E DIFERENCIAÇÃO COM A CONCORDATA”
DISCIPLINA: RECUPERAÇÃO E FALÊNCIA
DOCENTE: AMANDA CÂMARA
ALUNOS:
MARIA LAÍS
TEREZINHA THALYA
KATARINE PATRÍCIO
DANIELY MEDEIROS
NATHAN PESSOA
NATAL-RN
2019
RECUPERAÇÃO DE EMPRESAS E DIFERENCIAÇÃO COM A CONCORDATA
Este presente trabalho tem a finalidade de abordar tudo sobre a antiga Concordata, com enfoque na Recuperação judicial.
Para iniciarmos nossa pesquisa coletiva fomos em busca de conceitos, exemplos, tudo em relação com o tema acima exposto, para obtermos conhecimento e com o principal objetivo, de compartilhar em sala toda a nossa aprendizagem sobre a Recuperação de Empresas e sua diferenciação com a Concordata, trazendo as atualizações, modificações, e diferenciações entre elas.
No Brasil a concordata até o ano de 2005 servia como um instrumento para evitar a falência. Prevista no Decreto de Lei 7.661/45, que foi revogado pela Lei 11.101/05. Nos dias atuais não é mais possível uma empresa fazer a solicitação do pedido de Concordata. O termo deixou de existir, mas o processo não. Agora, ela recebe o nome de Recuperação Judicial, porém, com diversas modificações.
A concordata (do italiano concordato) apresenta-se no direito como um instituto do direito falimentar mais suave que a falência. Tem o escopo de proteger o crédito do devedor comerciante e a recuperação imediata da situação econômica em que se encontra temporariamente. É uma espécie de acordo que evita a declaração de falência do devedor, mas que, em troca, o obrigam ao pagamento de sua dívida segundo novas condições estipuladas.
Na prática, esse é o primeiro passo a ser seguido na tentativa de salvar uma empresa que está passando por dificuldades financeiras e possivelmente da falência. A ideia principal da Concordata era proporcionar ao empresário uma chance de organizar suas finanças e a tentativa de reerguer o seu negócio, sendo supervisionado através de um comissário nomeado pelo o juiz, que apresenta também a possibilidade deste comissário ser um credor, ele tinha a função de acompanhar todas as ações desenvolvidas pelo empreendedor. 
A lei buscou trazer nesta medida um objetivo, era evitar a falência de um negócio economicamente instável, dando condições de se recuperar, continuar operando e manter os empregos diretos e indiretos que gera.
No exercício da mercancia, a concordata aparecia como um “remédio jurídico-legal” com o intuito de humanizar a execução do devedor comerciante, objetivando sustar a decretação da falência e suas danosas consequências para a empresa e o comércio. 
Com o advento da Nova Lei de Falências, o instituto da Concordata foi extinto, visto que não mais cumpria com sua função ante as modificações ocorridas no cenário econômico e na própria sociedade como um todo, e foi criado o instituto da Recuperação Judicial e Extrajudicial.
Hoje, segundo a Lei de Recuperação de Empresas, a companhia que não pode honrar com seus compromissos, ou seja, que sabe que não vai conseguir pagar todas as suas dívidas, elabora um plano de recuperação, que precisa ser aprovado por seus sócios e credores (que incluem os funcionários). 
Mais o que é a Recuperação Judicial?
Trata-se de um dispositivo legal que visa resolver a situação de insolvência de uma empresa devedora, seja prevenindo e evitando a falência, ou suspendendo tal ação, proporcionando a restauração e a recuperação desta empresa.
A diferença entre as duas é que, na recuperação judicial, é exigido que a empresa apresente um plano de reestruturação, que precisa ser aprovado pelos credores. Na concordata, era concedido alongamento de prazo ou perdão das dívidas sem a participação dos credores.
A Recuperação além de criar novas opções de pagamento, aumentando consequentemente as possibilidades de solução do débito, manteve em seu texto o que era vantajoso no instituto da Concordata, como por exemplo, a dilação do prazo para que os pagamentos sejam efetuados, contudo no tocante a remissão de parcela da dívida não mais consta em seu texto, apesar de poder ser discutida no Plano. Diferentemente da Concordata, que exigia a inexistência de titulo protestado para que fosse concedida, a Lei 11.101/05 retirou tal condicionante, pois submetia o devedor insolvente a uma situação de extrema fragilidade, visto que ficava a mercê da boa-fé de seus credores.
A recuperação judicial diferente da Concordata é mais flexível, deixando a cargo do administrador judicial (pessoa que passa a fiscalizar a empresa em dificuldades em nome da justiça, escolhido pelo o juiz) e o comitê de (credores e empregados), aqueles que diretamente são afetados pelas dificuldades da empresa, através desse primeiro passo dar-se inicio a formulação e a aprovação de um plano de recuperação judicial.
Na antiga concordata, o juiz possuía a autonomia para deferir ou não o pedido, enquanto que na legislação atual quem decide sobre a viabilidade da recuperação são os credores em assembleia, caso haja objeção ao plano de recuperação judicial apresentado.
Ao contrário da concordata, a recuperação judicial pode ser concedida não só para o devedor em estado de crise econômico-financeira com dificuldades temporárias do seu negócio, como também àquele com iliquidez, insolvência ou em situação patrimonial a merecer readequação planejada de sua atividade.
Para se fazer o pedido da Recuperação Judicial a empresa (o empresário) tem que comprovar que o negócio está passando por dificuldades financeiras e que não tem condições de pagar suas dívidas, também, mostrar que tem chances de reerguer sua empresa, tornar a situação viável. 
Poderá requerer o benefício da recuperação judicial o empresário devedor que exerça regularmente as suas atividades há mais de 02 anos, além de atender aos seguintes requisitos: (01) não ser falido e, se o foi, estejam declaradas extintas, por sentença transitada em julgado, a responsabilidade daí decorrentes; (02) não ter, há menos de cinco anos, obtido concessão de recuperação judicial; (03) não ter, há menos de oito anos, obtido concessão de recuperação judicial com base no plano especial, ou seja, tratar-se de microempresa ou empresa de pequeno porte; (04) não ter sido condenado ou não ter, como administrador ou sócio controlador, pessoa condenada por qualquer dos crimes previstos na Lei nº 11.101.
Pode, ainda, postular a recuperação judicial o cônjuge sobrevivente, herdeiros do devedor, inventariante ou sócio remanescente.
Concluímos que a recuperação judicial é um método muito utilizado nos dias atuais pelos empresários e suas empresas, livrando-os da falência iminente, dando soluções para as dívidas, buscando novos caminhos para o seu negócio, reorganizando suas finanças e reerguendo assim as suas empresas. 
Fontes Bibliográficas: 
BEZERRA FILHO, Manoel Justino. Nova Lei de Recuperação de Falências comentadas. 7. Ed. Da Obra Lei de Falências Comentada. São Paulo: RT, 2011. 
COELHO, FABIO ULHOA – Comentários à Lei de Falências e de Recuperação de Empresas – 8 Ed. São Paulo: Ed. Saraiva 2011
REQUIÃO, RUBENS – Curso de Direito Falimentar – vol. 2 – 14 º edição – Ed. Saraiva.
Site de Pesquisa: 
www.significados.com.br
www.normaslegais.com.br
www.novaescola.org.br
www.m.migalhas.com.br

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