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AV 1

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1a Questão
Operação desencadeada pela Polícia Federal quebra o sigilo bancário de uma pessoa suspeita de ¿lavagem de dinheiro¿.
Considerando que o sigilo bancário é um corolário do direito fundamental à privacidade, capitulado no art. 5.º, X, da Constituição
da República, de 1988, tal quebra de sigilo é juridicamente possível?
Não, por ser um direito fundamental, constitucionalmente protegido, o sigilo bancário das pessoas não pode ser quebrado.
Sim, há sempre o interesse maior da Polícia Federal, órgão público, que em suas operações busca a elucidação de desvios,
independente dos motivos que levam ao pedido de quebra.
 Sim, desde que haja fundada suspeita de cometimento de algum ilícito e, ainda, desde que seja autorizado por uma
autoridade judicial, podendo ser autorizado por CPI¿s. Os direitos fundamentais não se prestam a acobertar transações
ilícitas, mas sim a resguardar a intimidade e a vida privada das pessoas.
Não, O desvio de finalidade na utilização dessa garantia constitucional de privacidade, não autoriza a sua quebra pelo Juiz
ou pelas CPI¿s.
Não, o direito fundamental é absoluto, não cabendo ceder em proveito de outro direito fundamental ou sequer do interesse
público.
Respondido em 09/10/2019 16:16:23
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 2a Questão
O valor dos bens constitucionais não possui uma diferença de hierarquia. Não cabe uma solução com o sacrifício de uns em relação
aos outros. Impõe-se o estabelecimento de limites e condicionamentos recíprocos de forma a conseguir uma harmonização entre
esses bens. Trata-se do princípio:
 Princípio da Concordância Prática.
Tal possibilidade inexiste no Direito Pátrio.
Princípio da Ponderação Excludente.
 Princípio da Proporcionalidade em sentido estrito.
Princípio da Necessidade.
Respondido em 09/10/2019 16:17:08
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 3a Questão
¿A interpretação é um processo aberto, no qual estão envolvidos os Poderes Estatais, os órgãos públicos, mas também os cidadãos
e os grupos sociais¿ (Häberle) O princípio hermenêutico da concordância prática ou harmonização deve ser entendido como
aquele que o interprete parte do caso concreto para a norma, e não da Constituição para o problema.
aquele que o intérprete máximo da Constituição, no caso brasileiro o STF, ao concretizar a norma constitucional, será
responsável por estabelecer a força normativa da Constituição, não podendo alterar a repartição de funções
constitucionalmente estabelecidas pelo constituinte originário, como é o caso da separação de poderes, no sentido de
preservação do Estado de Direito.
aquele que consubstancia uma pauta de natureza axiológica que emana diretamente das ideias de justiça, equidade, bom
senso, prudência, moderação, justa medida, proibição de excesso, direito justo e valores afins; precede e condiciona a
positivação jurídica, inclusive de âmbito constitucional; e, ainda, enquanto princípio geral do direito, serve de regra de
interpretação para todo o ordenamento jurídico¿ Trata -se de princípio extremamente importante, especialmente na
situação de colisão entre valores constitucionalizados.
aquele que o interprete da Constituição deve assegurar a mais ampla efetividade social as normas constitucionais. ¿É um
princípio operativo em relação a todas e quaisquer normas constitucionais, e embora a sua origem esteja ligada à tese da
atualidade das normas programáticas, é hoje sobretudo invocado no âmbito dos direitos fundamentais (no caso de dúvidas
deve preferir -se a interpretação que reconheça maior eficácia aos direitos fundamentais).
 aquele que o interprete parte da ideia de unidade da Constituição, os bens jurídicos constitucionalizados deverão coexistir
de forma harmônica na hipótese de eventual conflito ou concorrência entre eles, buscando, assim, evitar o sacrifício (total)
de um princípio em relação a outro em choque. O fundamento da ideia de concordância decorre da inexistência de
hierarquia entre os princípios.
Respondido em 09/10/2019 16:18:46
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 4a Questão
Em seu livro Levando os Direitos a Sério, Ronald Dworkin cita o caso Riggs contra Palmer, em que um jovem matou o próprio avô
para ficar com a herança. O Tribunal de Nova Iorque (em 1889) julga o caso considerando que a legislação do local e da época não
previa o homicídio como causa de exclusão da sucessão. Para solucionar o caso, o Tribunal aplica o princípio, não legislado, do
direito que diz que ninguém pode se beneficiar de sua própria iniquidade ou ilicitude. Assim, o assassino não recebeu sua herança.
Com esse exemplo podemos concluir que a jusfilosofia de Ronald Dworkin, dentre outras coisas, pretende
 argumentar que regras e princípios são normas com características distintas e em certos casos os princípios poderão
justificar de forma mais razoável a decisão judicial, pois a tornam também moralmente aceitável.
Tanto as regras como os princípios são sempre aplicados mediante subsunção.
mostrar como as cortes podem ser ativistas quando decidem com base em princípios e não com base na lei e que decidir
assim fere o estado de direito.
revelar que a responsabilidade sobre o maior ou menor grau de justiça de um ordenamento jurídico é responsabilidade
exclusiva do legislador que deve se esforçar por produzir leis justas.
 defender que regras e princípios são normas jurídicas que possuem as mesmas características e, por isso, ambos podem
ser aplicados livremente pelos tribunais.
Respondido em 09/10/2019 16:20:26
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 5a Questão
A tríade subprincipial da proporcionalidade é composta pelos seguintes subprincípios:
adequação, reserva fática e razoabilidade
adequação meio, necessidade fática e proporcionalidade em sentido amplo
adequação jurídica, necessidade meio e proporcionalidade em sentido amplo
adequação, impositividade e proporcionalidade em sentido estrito
 adequação, necessidade e proporcionalidade em sentido estrito
Respondido em 09/10/2019 16:20:59
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 6a Questão
Quanto ao Princípio da Concordância Prática podemos dizer que:
Impõe-se o estabelecimento de limites e condicionamentos de um lado, com o fim de conseguir uma melhor decisão para
os bens.
O intérprete avalia o grau da lesão imposta ao direito constitucional perdedor, verificando se não há outro meio igualmente
eficaz para satisfazer o princípio vencedor que sacrificasse menos o princípio perdedor.
É o resultado da impossibilidade de se obter concessões recíprocas, ou seja, simplesmente não foi possível alcançar
qualquer tipo de harmonização, tornando-se necessário, então, optar pela aplicação de apenas um enunciado normativo.
 O valor dos bens constitucionais não possui uma diferença de hierarquia. Não cabe uma solução com o sacrifício de uns em
relação aos outros. Impõe-se o estabelecimento de limites e condicionamentos recíprocos.
O juiz deve apreciar a relação entre o fim constitucional e as medidas impostas pelos direitos em tensão, havendo, pois, a
exigibilidade de um em relação às outras.
Respondido em 09/10/2019 16:21:33
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 7a Questão
"(...) Responsabilidade civil de empresa jornalística. Publicação ofensiva. I. Liberdade de informação versus inviolabilidade à vida
privada. Princípio da unidade constitucional. Na temática atinente aos direitos e garantias fundamentais, dois princípios
constitucionais se confrontam e devem ser conciliados. De um lado, a livre expressão da atividade intelectual, artística, científica e
de comunicação, independentemente de censura ou licença, de outro lado, a inviolabilidade da intimidade, da vida privada, da
honra e da imagem das pessoas. Sempre que princípios aparentam colidir, deve o intérprete procurar as reciprocas implicações
existentes entre elesaté chegar a uma inteligência harmoniosa, porquanto, em face do princípio da lealdade constitucional, a
Constituição não; pode estar em conflito consigo mesma, não obstante a diversidade de normas e princípios que contém. Assim, se
ao direito à livre expressão da atividade intelectual e de comunicação contrapõe-se o direito à inviolabilidade da intimidade, da vida
privada, da honra e da imagem, segue-se como consequência lógica que este último condiciona o exercício do primeiro, atuando
como limite estabelecido pela própria Lei Maior para impedir excessos e abusos" (Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, Apelação
Cível n° 760/96 - RJ, 2ª Câmara Cível, rel. Des. SÉRGIO CAVALIERI FILHO). Dessa forma, no caso concreto, ponderou-se que o
princípio da inviolabilidade da vida privada teria maior "peso e importância" do que a liberdade de expressão, para fins de aplicação
da sanção civil. Aplicou-se, assim, a dimensão de peso e importância, apesar de ficar consignado em diversas partes do acórdão,
que se deveria buscar a conciliação dos princípios. Na hipótese, como a conciliação completa não seria possível, tendo em vista que
a matéria já havia sido publicada, condenou-se a Editora Abril S.A. a pagar uma indenização à atriz, pela violação de sua vida
privada. A partir do texto, é correto afirmar que:
O texto invoca como via de solução da controvérsia constitucional, a utilização do princípio da generalidade e abstração,
que permitem ao interprete larga discricionariedade hermenêutica.
O texto deixa claro que foi adotada a interpretação que garantisse a maior eficácia e supremacia de um dos direitos
colidentes;
É nítido no texto o0 reconhecimento pelo interprete da existência de hierarquia entre normas constitucionais, tanto que a
Editora foi condenada a pagar indenização à atriz, pela violação da sua vida privada;
No caso, para a solução da colisão entre os direitos constitucionais mencionados, foi utilizado pelo interprete os meios
tradicionais de interpretação;
 Para equacionar a colisão de direitos fundamentais, bem como para confirmar a validade ou não do ato estatal que tenha
por finalidade restringir direitos fundamentais, a hermenêutica constitucional vem utilizando diversos parâmetros, dentre
os quais se destacam (a) a utilização da regra da proporcionalidade e a necessária ponderação dos interesses envolvidos;
Respondido em 09/10/2019 16:23:30
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 8a Questão
¿Utilizado, de ordinário, para aferir a legitimidade das restrições de direitos ¿ muito embora possa aplicar -se, também, para dizer
do equilíbrio na concessão de poderes, privilégios ou benefícios (...) em essência, consubstancia uma pauta de natureza valorativa
que emana diretamente das ideias de justiça, equidade, bom senso, prudência, moderação, justa medida, proibição de excesso,
direito justo e valores afins; precede e condiciona a positivação jurídica, inclusive a de nível constitucional; e, ainda, enquanto
princípio geral do direito, serve de regra de interpretação para todo o ordenamento jurídico¿. Este texto refere-se a quais princípios
da interpretação constitucional?
 proporcionalidade/razoabilidade;
correção funcional/máxima efetividade;
unidade/força normativa;
elástico/efeito integrador.
eficácia integradora/interpretação conforme a Constituição;
Respondido em 09/10/2019 16:24:29
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