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Hemoglobinopatias são distúrbios na estrutura/morfologia do eritrócito (Ex.: HbS) ou na síntese [alterações nas ptns/globulinas – Hb – (Ex.: Talassemias)] Hemoglobinopatia é o termo oferecido para qualquer distúrbio que ocorre sobre a proteína hemoglobina, ou seja, qualquer doença oriundo da síntese ou da estrutura das cadeias de globina, que compreendem a hemoglobina, são conhecidas como hemoglobinopatias. Ambos vão comprometer as funções de oxigenação e/ou provocar manifestações em órgãos correlacionados as céls que contêm Hm/Eri (Ex.: MO, Baço, Fígado). São possíveis de encontrar uma série de patologias importantes, uma série de doenças importante, no entanto, todas elas estão pautadas, estão sobre a base de dois conceitos genéticos. ou uma hemoglobinopatia ocorre por deficiência na estrutura da cadeia propriamente dita ou ela ocorre por conta da diminuição na síntese dessas cadeias. Página 1 de Génetica Hemoglobina é a principal proteína presente nas hemácias ou eritrócitos. Essa hemoglobina desempenha a função de carrear elementos químicos, sobretudo, o oxigênio molecular aos tecidos e fazer a troca, a retirada de metabólitos da respiração, oferecendo portanto oxigênio, que vai ser importante para respiração celular. A hemoglobina, quanto proteína, é um polipeptídio formado por quatro cadeias ou quatro tipos diferentes de polipeptídios, sendo dois deles no indivíduo adulto e saudável formados por cadeias alfa e dois deles sendo formado por cadeias Beta. para melhorar para você, a hemoglobina, a chamada hemoglobina presente em indivíduos saudáveis e adultos é compreendida por uma estrutura proteica, um tetrâmero que compreendem quatro cadeias, sendo duas delas alfa e duas delas Beta. A Hb “normal” (HbA) é composta por 02 cadeias proteicas [globulinas α e β – α2β2] e um grupamento HEME central. Obs¹.: Cada cadeia de globulina recebe 01 átomo de O2 e muda conformação espacial da molécula. Obs².: HbF possui a (↑) afinidade para O2 dentre todos os tipos de Hb. Existem diferentes tipos de Hb, cada uma observada em um período de desenvolvimento do organismo humano (Ex.: HbF, HbA2) Existem diferentes tipos de Hb, cada uma observada em um período de desenvolvimento do organismo humano (Ex.: HbF, HbA2) As cadeias (Ex.: pontuais, deleções, inserções) → ausência, alterações de estruturas e/ou funções. As cadeias (globulinas) α e β são codificadas nos cromossomos 16 (α) e 11(β). “Mutações” Página 2 de Génetica (Ex.: pontuais, deleções, inserções) → ausência, alterações de estruturas e/ou funções. Na vida intrauterina, 02 cadeias ɀ e ε formam Hg Gower 1 Na vida intrauterina, 02 cadeias ɀ e α formam Hg Gower 2 Na vida intrauterina, 02 cadeias ɀ e ϒ formam Hg Portland Na vida intrauterina, 02 cadeias ϒ são associadas a 02 cadeias α formam Hg FETAL (HbF) Vida intrauterina Obs.: alguns tipos de Hb (HbS) possuem “resistência natural” a infecção pelo parasita causador de malária (P. falciparum). Genética da Hb (Ex.: pontuais, deleções, inserções) → ausência, alterações de estruturas e/ou funções. Cada indivíduo normal possui 02 genes que codificam a cadeia α (α1 e α2) Após nascimento as cadeias β substituem as ϒ para formar HbA Indivíduos adultos normais ainda possuem HbA2 → composta por cadeias α e δ As cadeias (globulinas) α e β são codificadas nos cromossomos 16 (α) e 11(β). “Mutações” Página 3 de Génetica Hemoglobinopatias são produzidas em virtude de anomalias estruturais no Eri por (↓) e/ou ausência na produção de uma ou mais cadeias de Hb. As razões para estes distúrbios são inúmeras (deleções, mudanças de fase, etc) resultando em tipos de Hb diferentes (Ex.: Hb E). Tendo isso em mente voltamos ao conceito de hemoglobinopatia. Uma hemoglobinopatia de causa estrutural implica dizer que os genes que codificam para as cadeias alfa e beta estão presentes estão ativos e transcricionais, isso implica dizer que os polipeptídios, ou seja, as cadeias de proteínas serão formadas, no entanto, existe algum defeito, alguma base genética mutacional, que faz com que uma das duas cadeias ou alfa, mas, principalmente, a cadeia Beta seja instável, essa cadeia instável, essa mudança na estrutura conformacional na estrutura propriamente dita da hemoglobina acaba por lesar esse eritrócito e conduzir esse individual ao seu sintoma principal, que é uma anemia hemolítica crônica, que não se cura, que não se resolve através de alimentação. Indivíduos portadores: (HTZs) apresentam traço falcêmico. Indivíduos acometidos: possuem uma HbA2B2 instável na forma desoxigenada (85% SatO2) que se precipitam → Anemia hemolítica crônica e Icterícia. A Anemia falciforme é uma hemoglobinopatia (HAR) de “cunho” estrutural (cadeia β) produzindo uma estrutura instável de Hm em “forma de foice” (HbS) → precipitam-se. Página 4 de Génetica Obs.: A deposição dos agregados pode levar a oclusão de pequenos vasos → infarto. Um exemplo ou o exemplo mais clássico de hemoglobinopatia de cadeia estrutural é a anemia falciforme, cuja doença é classificada ou atribuída a um afoiçamento das hemácias, que se implica dizer as hemácias de indivíduos adultos e saudáveis têm uma morfologia bicôncava semelhante a uma bala soft, onde o meio, o cerne de toda a estrutura da hemácia, do eritrócito tem duas concavidades, cada uma delas acaba por formar um tipo de morfologia, acaba por traduzir uma estrutura discóide com duas concavidade centrais, estrutura bicôncava da hemácia, sendo assim, todos os indivíduos que são portador, ou melhor dizendo, o indivíduo que é acometido por anemia falciforme tem uma base mutacional que implica numa estrutura da cadeia Beta instável, veja bem, os genes que codificam para as cadeias estão intactos, estão perfeitos, por assim dizer, e eles de fato são ativos, eles codificam para proteínas da cadeia beta, no entanto, essa proteína tem uma mutação pontual a troca de um aminoácido, essa troca de aminoácido acaba instabilizando a estrutura da cadeia beta, que acaba se colapsando sobre si mesmo. O que é isso? acaba resultando em num afoiçamento da hemácia, que no indivíduo adulto é bicôncava, mas no indivíduo que é acometido ela acaba tendo o formato de foice, falciforme, que indica isso, formato de foice. Essas hemácias afoiçadas acabam por ser menos solúveis e se precipitar nos vasos sanguíneos, obstruindo, sobretudo, os capilares dos indivíduos acometidos, produzindo em graus ou escalas mais graves obstruções desses capilares e, naturalmente, enfartamento dos tecidos, que são irrigados por esses capilares. então existem uma série de outras doenças, cuja base é uma base estrutural, Ou seja, a cadeia de globina é formada, no entanto, a estrutura dessa cadeia é uma estrutura alterada, é uma estrutura mutada. α A outra base da genética de hemoglobinopatias está sobre um caráter sintético. O que isso implica dizer? Que as cadeias predominantes, ou melhor, os genes que codificam para essas cadeias estão alterados e isso acaba culminando na diminuição na produção das cadeias. A hemoglobina do indivíduo adulto e saudável é formada por cadeias alfa e cadeias Beta, as doenças produzidas por diminuição na síntese tanto da cadeia Alfa, quanto da cadeia Beta são chamadas de talassemias alfa e beta, em detrimento de qual cadeia está atrapalhada, se a cadeia Alfa ou se a cadeia Beta. Como tudo isso está sobre o controle genético basta que os genes de cadeia Alfa codificam para os peptídeos da cadeia alfa, o gene da cadeia Beta codifica para os peptídeos da cadeia Beta. Alterações, mutações, perdas que envolvem a diminuição ou, simplesmente, a extinção dessas cadeias resultam em talassemias, se forem na cadeia alfa, talassemia alfa se forem na cadeia Beta, talassemia Beta. A herança genética em cada um desses indivíduos acaba por performar, acaba por traduzir os diferentes graus de talassemianos indivíduos. por exemplo o indivíduo com talassemia alfa pode ser um indivíduo chamado de portador silencioso, que é aquele que apresenta uma perda funcional ou estrutural de um dos quatro genes que codificam para cadeia Alfa. os indivíduos chamados de traços talassemicos Alfa apresentam duas perdas, duas perdas na cadeia Alfa ou no genes que codificam a cadeia Alfa, indivíduos que apresentam três ou quatro perdas são indivíduos mais gravemente acometidos, perder três em quatro genes codificam o indivíduo e acabam fazendo com que ele tenha um tipo de doença chamada de doença da hemoglobina h e o indivíduo que apresenta total deleção estrutural ou funcional dos genes da cadeia Alfa, são aqueles que apresentam uma doença que é incompatível com a vida, chamada de hidropsia fetal, onde o indivíduo não nasce. Talassemias α (HAR) ocorrem em indivíduos que apresentam deleções nos genes (04) que codificam as cadeias da globulina α → início da vida intrauterina. Página 5 de Génetica As Talassemias β (HAR) são anemias mais graves (major, intermediária e minor) que as Tα e envolvem a necessidade de transfusões sanguíneas* e Transplante de MO. Ou seja, hemoglobinopatias tem duas bases genéticas ou ela é estrutural ou ela de cunho sintético. Dentro da estrutural falhas não estão produzidas nos genes, mas sim na estrutura codificada por esses genes. Nas de cunho sintético, as talassemias são divididas em alfa e em beta e elas estão diretamente associadas a uma redução da formação de cadeias alfa e beta, diminuição nas cadeias alfa levam a talassemia alfa e diminuição ou ausência das cadeias Beta levam a talassemia Beta. Página 6 de Génetica
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