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As hemoglobinas humanas, com padrão de herança definido geneticamente, apresentam variações polimórficas características dentro de nossa população, na dependência dos grupos raciais que formam cada região. Aparecem sob a forma de variantes de hemoglobinas ou talassemias, sendo mais frequentes no Brasil os tipos variantes S e C e as talassemias alfa e beta, todas na forma heterozigota (LEONEL et al., 2000). FONTE: LEONEL, G. Guilherme et al. Hemoglobinas anormais e dificuldade diagnóstica. Rev. Bras. Hematol. Hemoter. n. 22, v. 3, 2000. Diante do exposto, disserte sobre a hemoglobina. A hemoglobina é uma proteína presente nas células vermelhas do sangue (eritrócitos) e desempenha um papel fundamental no transporte de oxigênio dos pulmões para os tecidos do corpo e no transporte de dióxido de carbono dos tecidos de volta para os pulmões, onde é eliminado. A hemoglobina é essencial para a capacidade do sangue de transportar gases respiratórios, o que é vital para o funcionamento adequado de todos os órgãos e tecidos do corpo. A hemoglobina é uma molécula complexa composta por quatro subunidades. Em seres humanos, essas subunidades são compostas por duas cadeias alfa-globina e duas cadeias beta-globina. A composição específica das subunidades de hemoglobina permite que ela se ligue ao oxigênio em locais com alta concentração de oxigênio, como os pulmões, e depois libere o oxigênio nos tecidos que têm baixa concentração de oxigênio. No contexto das variações genéticas da hemoglobina mencionadas no seu texto, as variantes S e C são exemplos de hemoglobinas anormais que resultam de mutações genéticas nas cadeias beta- globina. A variante S é associada à anemia falciforme, uma doença genética hereditária que causa a formação de glóbulos vermelhos em forma de foice e pode levar a complicações de saúde significativas. A variante C está associada à doença de células C, outra condição hereditária que afeta a forma dos glóbulos vermelhos, embora geralmente seja menos grave do que a anemia falciforme. As talassemias alfa e beta são distúrbios hereditários que afetam a produção das cadeias de globina na hemoglobina. As talassemias alfa resultam em uma redução das cadeias alfa-globina, enquanto as talassemias beta envolvem uma redução das cadeias beta-globina. Essas alterações na produção de globinas afetam a estrutura e a função da hemoglobina, levando a diferentes tipos de talassemias, como a talassemia alfa maior, talassemia beta maior e outros. É importante destacar que essas variações polimórficas nas hemoglobinas e as talassemias são heranças genéticas que podem ser transmitidas de geração em geração e, em alguns casos, resultar em distúrbios hematológicos significativos. O estudo e o diagnóstico preciso dessas condições são essenciais para o manejo clínico adequado e o aconselhamento genético, especialmente em regiões onde essas variantes são mais prevalentes, como mencionado no seu texto em relação à população brasileira.
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