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Ortopedia do Quadril Osteoartrite coxofemoral • Osteoartrose / coxoartrose • Doença degenerativa, com ou sem processo inflamatório, influenciada por fatores mecânicos e bioquímicos. • Incidência > 50% em pacientes idosos Quadro Clínico • Dor : região inguinal e anterior da coxa; piora aos esforços. • Perda funcional: inicia-se com perda da rotação medial. • Rigidez: após inatividade. • Crepitação. • Perda da capacidade de locomoção. • Deformidade: sinal tardio e preditivo de gravidade. • Ansiedade/Depressão. • Fraqueza muscular: por desuso. • Alteração da marcha: casos graves – marcha em Trendelemburg e passos curtos. - DOR: teste de elevação do membro com perna estendida. - PERDA FUNCIONAL: Limitação de rotação média do quadril em flexão de 90º - DEFORMIDADE: articular e comprimento dos membros Exame Físico 1. Primária: idiopática, comum em idosos. 2. Secundária: relacionadas a doenças metabólicas, infecções, alterações reumáticas, traumas prévios... BOMBELLI a. Etiologia: mecânica, metabólica, combinada. b. Morfologia: superoexterna, concêntrica, medial, inferomedial. c. Reação biológica: atrófica, normotrófica, hipertrófica. d. Amplitude de movimento: rígido, hipomóvel, móvel. Classificação RX: - ↓ espaço articular - Osteófitos - Cistos subcondrais - Esclerose subcondral - Erosões, deformidades e subluxação RNM: - Em estágios iniciais - Avaliar lesões de cartilagem Diagnóstico Clínico: o fisioterapia, analgésicos, AINES, perda de peso, atividade física regular. o Infiltrações, se necessário. Tratamento Tratamento • Osteotomias • Profilática – indicada precocemente em pacientes sintomáticos e ainda sem alterações radiográficas para correção dos desvios de eixos articulares. • Terapêutica – indicada em casos sintomáticos e com alterações radiográficas. Modifica o eixo do alinhamento do membro afetado, modificando a distribuição da carga. • Artrodese – dor incapacitante e persistente. • Artroplastia Artoplastia do Quadril Prof. Evandro Claudino de Sá Indicações: • Dor intensa • limitação da ADM (Limitação funcional) • instabilidade ou deformidade do quadril • falhas em cirurgias anteriores • Necrose avascular • Contra - indicações: • infecções recentes ou antigas • dor não muito intensa Artroplastia de Quadril • Par tribológico: Metal-polietileno: historicamente este é o par mais tradicional e também o mais estudado. • Idosos e com demanda funcional mais baixa. • Desgaste com o decorrer dos anos e o modo como o organismo reage ao ser exposto aos micro-fragmentos de plástico resultantes deste desgaste. • Soltura da prótese. • O polietileno é um plástico de alta resistência e atualmente (cross- linked). • Cerâmica-polietileno: é uma alternativa bastante interessante, usada hoje em algumas situações em substituição ao par metal-polietileno. A cerâmica tem uma afinidade maior com a água e permite uma melhor lubrificação e um menor desgaste do polietileno a longo prazo. • Cerâmica-cerâmica: é o par que menos sofre desgaste. Parece ser a opção mais adequada para pacientes jovens e muito ativos. • “squeaking” • Metal-metal: Permite ao paciente retomar sua atividade física plenamente, devido à durabilidade e grande tamanho dos componentes. • Complicações: • Aberração cromossômica • pseudotumorese • alergia a metal • É contra-indicada em mulheres em idade fértil. Estudos clínicos estão em andame Fixação no osso • Cimentadas: são adaptadas ao osso por meio de cimento ósseo, que é um polímero de rápida secagem. São mais indicadas em certas condições ósseas do paciente, como presença de osteoporose importante ou canal femoral muito largo. • Híbridas: têm a parte superior (acetábulo) presa ao osso por “press-fit” (encaixe sob pressão, sem cimento) e a parte inferior cimentada. Atualmente bastante usada, devido aos bons resultados clínicos dos acetábulos não-cimentados e a confiabilidade da cimentação femoral. • Não cimentadas: são próteses feitas de titânio podendo apresentar alguma cobertura osteo- integrável, como a hidroxiapatita. São usadas em pacientes mais jovens, com ossos bem corticalizados. • Híbridas reversas Modelos: • Prótese total de quadril (“clássica”) • É o padrão das artroplastias de quadril. É a mais estudada e a mais tradicional no meio médico. Prótese metafisária • Difere da prótese clássica pela haste femoral, mais curta, que se fixa à região proximal do fêmur (metáfise). Poupa tecido ósseo. Tem pouco tempo de uso e ainda estão em andamento estudos acerca de sua durabilidade a longo prazo. Também pode ser usada com qualquer par tribológico. • Prótese de ressurfacing (recapeamento): Difere das anteriores por poupar o colo femoral e parte da cabeça, na qual a prótese se apóia. Somente disponível no par metal-metal. Ainda se discute muito a respeito da segurança biológica desta prótese, pois os íons metálicos provenientes do desgaste - mesmo que pequeno - se acumulam no organismo e não há dados de longo prazo acerca do efeito deste acúmulo. Hoje teria uma indicação muito restrita. • Prótese tipo hemicap: destinada a substituição de pequenos defeitos articulares, podendo até ser instalada por artroscopia. Pré - Operatório • Avaliação Fisioterápica do Paciente; • Iniciar o treino de marcha com aparelhos de assistência que serão usados após a cirurgia; • Ensinar precauções básicas para mobilização precoce no leito - evitar a flexão e adução excessiva do quadril; • Ensinar exercícios de respiração profunda e tosse para serem iniciados após a cirurgia - prevenir complicações pulmonares; • Ensinar exercícios de bombeamento para o tornozelo. Complicações e precauções • A principal complicação tem sido o afrouxamento dos componentes da prótese - revisão cirúrgica; • Complicações decorrentes do posicionamento no leito; • Evitar a flexão do quadril além de 45° e adução cruzando a linha média; • Evitar com que o paciente incline excessivamente o tronco sobre o membro afetado; • Não permita que o paciente cruze as pernas; • Almofada para abdução por pelo menos 8 a 12 semanas; • Evitar rotação externa excessiva - incisão ântero-lateral; • Evitar rotação interna excessiva - incisão póstero-lateral; • Evitar hiperextensão excessiva - incisão anterior ou ântero-lateral; 1° PO • posição semi-sentada • mudança de decúbito para ambos os lados • exercícios respiratórios • Analgesia • cinesioterapia para as articulações livres • Mobilização passiva 45°de flexão e 20°de flexão (respeitando o limite de dor de cada paciente) • exercícios isométricos para glúteos, quadríceps e IQTs ; em diferentes angulações, progredindo para resistência manual do fisioterapeuta; • Abdução restrita 2° PO • cinesioterapia passiva - abdução do quadril (20°), flexão do quadril (45-60°); • ADM passiva - rotação com ligeira flexão de quadril: • Abordagem postero-lateral: evitar RI • Abordagem Antero-lateral: evitar RE • cinesioterapia ativa assistida – todas as angulação, dentro do limite do paciente, adução do quadril até a linha média; • cinesioterapia ativa livre para quadríceps – beira do leito • Deve sentar fora do leito; 3°PO • cinesioterapia passiva e ativa-assistida de quadril é intensificada de acordo com a resposta do paciente. (adução somente até a linha média) • pode-se iniciar os exercícios ativos. • Inicio do treino de descarga de peso com auxílio locomoção; • ATQ não cimentada: apoio parcial do membro operado após 2 semanas • ATQ cimentada: apoio já no terceiro dia 4°PO - 7°PO • Alta hospitalar - a fisioterapia deve evoluir em uma mesma linha;• A cinesioterapia deve progredir tanto na posição deitada e sentada; • Transferência de peso em ortostatismo • Treino de marcha; • Cimentada, marcha com andador inicialmente e posteriormente deambulação com duas muletas - 30 dias; descarga total de peso por volta da 4° semana; • Não-cimentada, deambula com andador, passando para as muletas sem apoio sobre o lado operado por 2 semanas e na evolução mais 3 semanas com carga parcial (transferência de peso e equilíbrio), sendo que o apoio total somente após 10 semanas
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