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Doenças Infecciosas do coração Endocardite, Miocardite e Pericardite Acadêmicas: Gabriele da Silva Sousa RGM: 18566413 Gleice Kenia Silva 18263674 Maisa de Castro Abreu 18281958 Sabrina Alves Rabelo 18223605 1 Endocardite Epidemiologia: acomete mais o sexo masculino entre 25 a 83 anos. Fatores de risco: Pacientes com próteses valvares ou defeitos cardíacos, imunossupressores e pessoas idosas. Promove inflamação no endocárdio e nas válvulas cardíacas. Classificação: endocardite infecciosa ou não infecciosa. 2 Fisiopatologia Deformidade ou lesão do endocárdio. Acúmulo de fibrina e plaquetas. Microrganismos infecciosos invadem o coágulo e a lesão endocárdica. Vegetação - aglomeração de plaquetas, fibrina e células sanguíneas infectados. Endocardite infecciosa esquerda - Embolia sistêmica Endocardite infecciosa direita - Embolia pulmonar Manifestações Clínicas Febre Cefaleia Sopro cardíaco Petéquias Nódulos de Osler Lesões de Janewary Manchas de Roth Cardiomegalia Esplenomegalia Taquicardia Estenose ICC AVE Diagnóstico Hemoculturas - vegetação e abcesso Ecocardiografia com Doppler VHS aumentado PCR aumentado Tratamento Farmacológico – Antibioticoterapia Cirúrgico – Desbridamento ou excisão valvar, Desbridamento das vegetações, desbridamento e fechamento de abcesso, fechamento de uma fístula e substituição da valva aórtica ou mitral. Cuidados de enfermagem Monitorar a temperatura do paciente. Avaliar bulhas cardíacas. Examinar diariamente os cateteres centrais. Orientar sobre as restrições de atividades e medicações. Miocardite Promove processo inflamatório no miocárdio. Maior prevalência no sexo masculino, em adultos jovens, sendo uma das principais causas de morte súbita com menos de 40 anos de idade e em crianças. Cooper LT. N Engl J Med 2009 Fisiopatologia Fase aguda (1° ao 4° dia) - presença de viremia, resposta inflamatória como mecanismo de defesa. Fase subaguda (4° ao 14° dia) - desenvolvimento da resposta imune celular. Ocorre maior dano ao músculo cardíaco. Fase crônica (14° ao 90° dia) - deposição intensa de colágeno no interstício miocárdico com fibrose miocárdica evoluindo para dilatação, disfunção e insuficiência cardíaca. Fonte: I Diretriz brasileira de miocardites e pericardites. Manifestações Clínicas Pode ser assintomáticas na fase aguda Fadiga e dispneia Palpitações e dor precordial Taquicardia Morte cardíaca súbita Insuficiência cardíaca congestiva Diagnóstico Ressonância magnética cardíaca (RMC) Hemograma Hemoculturas VHS PCR Ecocardiograma Tratamento Farmacológico: Antibioticoterapia Analgésicos Betabloqueadores IECA/BRA Anticoagulante Corticosteroides Anti-inflamatórios não esteroides (AINES) Não farmacológico: Repouso no leito para diminuir a carga de trabalho cardíaco e lesão miocárdica. Mudança de estilo de vida. Prevenção: vacinas Cuidados de enfermagem Avaliar a resolução da taquicardia e outras manifestações clínicas. Realizar monitoramento cardíaco contínuo. Orientar quanto ao uso de meias compressivas. Realizar exercícios passivos. Pericardite Processo inflamatório que afeta o pericárdio. Idiopáticas - 80% Provenientes de infecções virais, bacteriana, fúngicas, protozoários, tuberculose, doenças autoimunes, pós- trauma, hipersensibilidade, neoplasias, radioterapia, insuficiência renal, uremia, distúrbios metabólicos e IAM. Ainda não se tem nenhum dado oficial no Brasil. E internacionalmente os dados são escassos. O IAM é responsável por 10 a 15% dos casos Estudos de necropsia sugerem que a incidência varia de 1 a 6%. Somente 0,1% dos hospitalizados e 5% dos admitidos nas emergências com dor torácicas são diagnosticados com pericardite. Um estudo observacional no norte da Itália mostrou que a incidência da pericardite aguda foi de 27/100.000. Fisiopatologia Classificação: Aguda, crônica ou recorrente. Acúmulo de líquido no saco pericárdico (derrame). Aumento da pressão sobre o coração. Espessamento e elasticidade diminuída. Manifestações Clínicas Assintomática Dor precordial Febre Taquipneia Dispneia Derrame pericárdico Abafamento das bulhas cardíacas Turgência jugular Leucopenia e Leucocitose. Pulso paradoxal (10mmHg) Atrito pericárdico Diagnóstico Hemoculturas Ecocardiograma ETE e ETT TCC RMC Biopsia do pericárdio Eletrocardiograma Marcadores laboratoriais Radiografia Tratamento Farmacológico : Analgésicos Antibioticoterapia Anti-inflamatórios não esteroides (AINES) – Colchicina Corticosteroides Antivirais Cirúrgico: Pericardiocentese Pericardiectomia Cuidados de enfermagem Orientar em relação as restrições de atividade física. Manter repouso ao leito. Monitorar o paciente no risco de insuficiência cardíaca. Elevar cabeceira do leito em posição Fowler. Monitorar temperatura corporal com intervalos frequentes. Caso Clínico D.A.S, 56 anos, natural de Ituiutaba-MG, reside em Goiânia-GO, dois filhos, todos partos normais, solteira, católica, cuidadora de idosos. Deu entrada nesta unidade hospitalar referindo dor precordial que piora em decúbito e quando tosse, mialgia, fadiga, dor epigástrica, com episódios de náuseas e vômitos, cefaleia, vertigem ao se levantar e lapsos de memória, disgeusia, insônia e fadiga ao despertar. Diz ser etilista há 30 anos, nega tabagismo, uso de drogas ilícitas e alergia medicamentosa. Relata ter Doença Mista do Tecido Conjuntivo, fibromialgia, osteoporose, hipotireoidismo, gastrite crônica e anemia, faz uso de Leflunomida, Hidroxicloroquina, Nifedipina, Carbonato de cálcio, Prednisona, Sulfato Ferroso, Omeprazol, Domperidona e Levotiroxina. Mãe tem HAS, osteoartrose e fibromialgia, pai já falecido era etilista. Já realizou duas cirurgias, uma laqueadura há 35 anos e uma histerectomia total há 11 anos. Alimentação em horários regulares, rica em legumes e frutas, ingesta hídrica aproximadamente de 2l por dia, Eliminações urinárias em torno de seis vezes ao dia, eliminações intestinais diariamente, SIC. Realizou exames laboratoriais que mostrou: Hemácias: 3.80milhões/mm3, Hemoglobina: 11.7g/dl, Leucócitos: 3.000mm3, VHS: 40mm/1h, onde foi evidenciado: inflamação, anemia e leucopenia. SSVV: T: 38°C, FR: 22irpm, FC: 110bpm, PA: 110x70mmHg. Ao exame físico: Orientada em tempo e espaço, deambula sem auxílio, fácies de dor, pálida, mucosas coradas, taquicárdica, taquidispneica sem esforço, tórax sem alterações na inspeção, auscultado atrito pericárdico, dedos das mãos cianóticos, dor a palpação abdominal em hipocôndrio esquerdo, MMII sem alteração. SAE DIAGNÓSTICO: Integridade da membrana mucosa oral prejudicada relacionada a doenças autoimune evidenciado por paladar diminuído. RESULTADOS ESPERADOS: Espera-se recuperação da integridade da mucosa em até 30 dias. INTERVENÇÕES: Avaliar e monitorar a mucosa oral quanto à hidratação, cor, textura, presença de resíduos, infecção utilizando uma lanterna e um levantador lingual regularmente, orientar a ingesta de alimentos frios ou em temperatura ambiente e encaminhar paciente ao serviço de odontologia. SAE DIAGNÓSTICO: Memória prejudicada relacionada a anemia evidenciado por esquecimento persistente. RESULTADOS ESPERADOS: Espera-se recuperação da função cognitiva em até 30 dias. INTERVENÇÕES: Fortalecer a memória do paciente por meio de jogos, orientar a relação da memória prejudicada com a anemia e enfatizar a importância do tratamento medicamentoso e dieta prescrita. SAE DIAGNÓSTICO: Fadiga relacionado a anemia evidenciado por cansaço. RESULTADOS ESPERADOS: Espera-seque a paciente volte a realizar suas atividades rotineiras sem sentir cansada em até 30 dias. INTERVENÇÕES: Auxiliar o paciente a evitar a fadiga planejando períodos frequentes de repouso, encaminhar ao serviço de Nutrição e Dietética. SAE DIAGNÓSTICO: Conforto prejudicado relacionado a sintomas relacionados a doença evidenciado por alteração no sono. RESULTADOS ESPERADOS: Espera-se ausência de desconforto ao paciente em até 24 horas. INTERVENÇÕES: Posicionar a paciente em posição de Fowler para facilitar o conforto utilizando como apoio travesseiros, monitorar sobre o grau de desconforto e dor, orientar a paciente a respeito de sinais e sintomas da doença. Referências Bibliográficas I Diretriz brasileira de miocardites e pericardites. Sociedade Brasileira de Cardiologia, São Paulo, p. 1-45, abr. 2013. HAMMER, Gary D.; MCPHEE, Stephen J. Fisiopatologia da doença: Uma introdução à medicina clínica. Porto Alegre: Artmed, 2016. v. 7. KASPER, Dennis L.; FAUCI, Anthony S. Doenças Infecciosas de Harrison. 2. ed. Porto Alegre: Artmed, 2015. SALGADO, Ângelo A.; LAMAS, Cristiane C.; BÓIA, Márcio N. Endocardite infecciosa: o que mudou na última década?. Revista HUPE, Rio de Janeiro, p. 1-12, 12 ago. 2013. SMELTZER, Suzanne C. Brunner & Suddarth, 12ª edição 1 /4046: Tratado de enfermagem médico-cirúrgica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2014. v. 2.
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