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Infeções Materno-fetais Colonização por Streptococcus grupo B na gravidez Márcia Cardoso Ribeiro | P8OBSTETRÍCIA IDENTIFICAÇÃO Bactérias, Cocos Gram Positivos Catalase Negativos Aeróbios ou Anaeróbios Facultativos β-hemólise Grupo B de Lancefield 9 serotipos (polissacarídeos capsulares específicos (Ia, Ib, II a VIII)) Crescimento fácil em meio enriquecidoIDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS 1887 – Isolado pela primeira vez (Nocard e Mollerau) 1920 – Reconhecido como causa de mastite bovina 1933 – Referido por Lancefield na sua classificação taxonómica 1935 – Identificado em culturas vaginais por Lancefield e Hare 1938 – Identificado como causador de sépsis puerperal (Fry) 1970 – Reconhecido como principal agente patogénico de sépsis neonatal (mortalidade 20-50%) 1980 – Demonstrada eficácia da antibioprofilaxia intra-parto na prevenção da doença neo-natal 1990 – Adopção da profilaxia em muitos países com a redução em 50-80% da doença neonatal precoce por SGB IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA O SGB coloniza o trato gastro-intestinal inferior e daí dissemina para o trato génito-urinário. Prevalência de colonização vaginal em mulheres grávidas seja de 10 a 30%, a mesma que em mulheres não grávidas (variável). O estado de colonização pode ser intermitente, transitório ou persistente (colonização crónica). 5 serótipos predominantes no trato genital inferior: Ia-38%; Ib-11%; II-7%; III-26% e V-18%. CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA IDENTIFICAÇÃO COLONIZAÇÃO Infeção do trato urinário (ITU) Doença Invasiva •Endocardite •Meningite •Bacteriémia •Pneumonia •Artrite • Infeção Tecidos Moles HISTÓRIA COLONIZAÇÃO IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS ADULTO DM HIV Neoplasia Assintomática (>) ITU (2-4%) Corioamniotite (15%) Endometrite (16%) Aborto espontâneo Rotura prematura de membranas Parto pré-termo Recém-nascido de baixo peso Infeção intra-uterina com consequências fetais HISTÓRIA COLONIZAÇÃO IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS GRÁVIDA HISTÓRIA COLONIZAÇÃO IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CRIANÇA Bacteriúria para SGB durante a gravidez Trabalho de parto pré- termo Rotura prolongada de membranas (≥18horas) Febre materna intraparto (≥38ºC) Gestação anterior com doença neonatal por SGB Colonização materna elevada Baixo nível de anticorpos maternos circulantes Idade materna inferior a 20 anos Comorbilidades (DM) Nº companheiros sexuais, tabagismo, etnia hispânica Procedimentos obstétricos? IDENTIFICAÇÃO COLONIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA FATORES DE RISCO ↑ 6,5 X Evolução da incidência de doença neonatal precoce e tardia por SGB (1990-2008). Fonte: www.cdc.gov./abcs IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS FATORES DE RISCO HISTÓRIA COLONIZAÇÃO EVOLUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA FATORES DE RISCO EVOLUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES COLONIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS RASTREIO Grávidas 35-37 semanas de gestação Zaragatoa vaginal e retal Grávidas com RN anterior com infeção por SGB Grávidas com bacteriúria a SGB IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA COLONIZAÇÃO EVOLUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES RASTREIO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS FATORES DE RISCO COLHEITA Técnica da Colheita Incubação por 18-24h a 35-37ºC a ar ambiente ou em 5% CO2 Uso de um meio de cultura seletivo para Streptococcus (ex: Todd-Hewitt) com suplemento de antibiótico No caso de grávidas alérgicas à penicilina pedir teste de sensibilidade aos antibióticos alternativos Especificar o pedido de cultura para o SGB nas requisições laboratoriais Envio em meio de transporte não nutritivo (ex: Amies ou Stuart’s) Te st e s R áp id o s D ia g n ó st ic o DNA NAAT IDENTIFICAÇÃO CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA COLONIZAÇÃO EVOLUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES RASTREIO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS FATORES DE RISCO COLHEITA Processamento da Colheita CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA COLONIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS RASTREIO COLHEITA FATORES DE RISCO EVOLUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES PROFILAXIA IDENTIFICAÇÃO Rastreio com cultura positiva durante a atual gravidez (exceto se cesariana eletiva, na ausência de trabalho de parto ou rotura de membranas); Culturas negativas para SGB realizadas por colheita vaginal e retal entre as 35 e 37 semanas de gestação (independentemente dos fatores de risco intraparto); Recém-nascido anterior com doença neo- natal invasiva por SGB; Gravidez anterior com cultura positiva para SGB (exceto se cultura positiva novamente durante a atual gestação); Bacteriúria (em qualquer concentração) por SGB durante a atual gravidez; Cesariana eletiva, previamente ao trabalho de parto ou à rotura de membranas (inde- pendentemente do estado de colonização materna). Estado de colonização desconhecido para SGB* e presença de um ou mais fatores de risco: CARACTERÍSTICAS HISTÓRIA COLONIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS RASTREIO COLHEITA FATORES DE RISCO EVOLUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES PROFILAXIA IDENTIFICAÇÃO Via intra-venosa 4h antes do parto Suspender após o parto na mulher assintomática HISTÓRIA COLONIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS FATORES DE RISCO COLHEITA PROFILAXIA EVOLUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES RASTREIO TRATAMENTO CARACTERÍSTICAS IDENTIFICAÇÃO ITU (sintomática ou assintomática) na gravidez Mulher sintomática pós-parto com prévia infeção intra-amniótica ou com sépsis puerperal Sépsis neo-natal ou suspeita de corioamniotite COLONIZAÇÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS FATORES DE RISCO EVOLUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES PROFILAXIA TRATAMENTO RASTREIO COLHEITA O FUTURO… HISTÓRIA CARACTERÍSTICAS IDENTIFICAÇÃO O teste ideal - Kit - Simples - Resultado em menos de 30 min - Sensibilidade e especificidade 90% - Capacidade de detetar resistência à clindamicina e eritromicina Vacinas - Imunização materna - Passagem transplacentares de anticorpos IgG protetores - Estudos em curso… MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS FATORES DE RISCO EVOLUÇÃO DAS RECOMENDAÇÕES RASTREIO TRATAMENTO O FUTURO… COLHEITA PROFILAXIA REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COLONIZAÇÃO POR SGB HISTÓRIA CARACTERÍSTICAS IDENTIFICAÇÃO − Almeida, A., Agro, J., & Ferreira, L. (2003). Estreptococo Beta Hemolítico do Grupo B - Protocolo de Rastreio e Prevenção de Doença Perinatal. Consensos em Neonatologia, 191-197. − Areal, A., Moreira, M., Nunes, S., Faustino, M. A., Cardoso, L., & Sá, C. (2008). Determinantes da colonização materna e da infecção neonatal por Streptococcus do grupo B. Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa, 72-79. − Direção-Geral da Saúde. (2011). Exames laboratoriais na Gravidez de Baixo Risco, 37/2011. Norma da Direção-Geral da Saúde, 1-10. − Moreira, M., Lemos, S., Neto, S., & Oliveira, M. (2013). Prevenção da doença neonatal precoce por Streptococcus do grupo B no século XXI: do passado ao futuro. Acta Obstétrica e Ginecológica Portuguesa, 180-189. − Nunes, J. (2010). Infeção ginecológica na grávida: rastreio, diagnóstico, implicações clínicas e tratamento. Em L. Mendes da Graça, Medicina Materno-Fetal (pp. 178-179). Lisboa : Lidel. − Pinto, L., & Passos, F. (2010). Infecciologia na gravidez. Em L. Mendes da Graça, Medicina Materno- Fetal (pp. 488-489). Lisboa: Lidel.
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