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INSTITUTO FEDERAL DO MARANHÃO – CAMPUS BURITICUPU LICENCIATURA EM MATEMÁTICA – 8º Período Disciplina: Física Experimental Profº(a).: Dayvison Maia LEANDRO MARQUES DA SILVA RELATÓRIO EXPERIMENTAL: VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO EM FUNÇÃO DA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA BURITICUPU – MA 06/2018 LEANDRO MARQUES DA SILVA RELATÓRIO EXPERIMENTAL: VARIAÇÃO DE COMPRIMENTO EM FUNÇÃO DA VARIAÇÃO DE TEMPERATURA Trabalho apresentado como parte da exigência da disciplina Física Experimental ao professor Dayvison Maia. BURITICUPU – MA 06/2018 RESUMO O presente relatório tem como objetivo relatar como se deu o experimento com o dilatômetro ocorrido em 29/05/2018 no laboratório de física do Instituto Federal do Maranhão – IFMA. O experimento se deu com a utilização do dilatômetro e do medidor de dilatação, dentre outros. O objetivo do experimento era verificar a relação de proporcionalidade entre o aumento de temperatura e o aumento da variação do comprimento de determinado material. Palavras-chave: Dilatômetro, Dilatação, Temperatura, Comprimento. INTRODUÇÃO Quando um corpo é submetido à variação de temperatura, ele sofre variações nas suas dimensões. Quando a variação ocorre em apenas uma dimensão será denominado variação, ou dilatação linear. Ao longo do experimento, foram coletados alguns dados que podem nos ajudar a entender a relação de proporcionalidade entre a variação de temperatura e a variação de comprimento de um material. Os dados obtidos podem variar um pouco dependendo de alguns fatores como o ambiente, por exemplo, sem comprometer a confiabilidade do experimento. REFERENCIAL TEÓRICO DILATAÇÃO LINEAR A dilatação linear é caracterizada pelo aumento do comprimento de um corpo ao ser submetido a um aumento de temperatura. A dilatação linear ocorre quando um corpo sofre aumento em sua temperatura e, consequentemente, há aumento na distância entre dois pontos em seu interior. São exemplos desse fenômeno o aumento do comprimento de uma barra, o aumento do raio de uma esfera e o aumento da diagonal de um quadrado ou de um cubo. Para fazer uma análise da dilatação linear, tomemos como exemplo uma barra. Seu comprimento inicial é L0 para uma temperatura Ti. A temperatura é elevada e atinge um valor T, o que causa um aumento da barra para um tamanho L. A variação da temperatura é calculada pela diferença entre a temperatura final e a inicial: ΔT = Tf - Ti Da mesma forma, podemos calcular a variação de comprimento causada por essa variação da temperatura: ΔL = L – L0 Como vimos, a dilatação linear sofrida pela barra é proporcional ao aumento de temperatura, de forma que quanto maior for esse aumento, maior será a dilatação. Ela também depende do comprimento inicial e do material que constitui a barra, uma vez que cada material apresenta um comportamento diferente ao ser submetido a variações de temperatura. Observando essas relações, obtemos uma relação matemática para calcular a dilatação, que é chamada de Lei da dilatação linear: Δ L = α . L0 . Δ T A letra grega α representa o coeficiente de dilatação linear do material que constitui a barra e assume um valor específico para cada tipo de material. Sua unidade de medida é o grau Celsius recíproco (ºC-1). Observe na tabela a seguir o valor do coeficiente de dilatação linear de algumas substâncias: Material α (10-6) ºC-1 Aço 11 Alumínio 24 Chumbo 29 Ferro 12 Vidro comum 9 Concreto 10 Outro 14 Prata 19 Zinco 64 Gráfico da dilatação linear A dilatação linear pode ser representada por um gráfico do comprimento em função da temperatura do corpo, observe: Gráfico da dilatação térmica linear que demonstra a variação de comprimento em função da variação de temperatura. O ângulo φ pode ser relacionado com a lei da dilatação linear: Δ L = α . L0 . Δ T e ΔL = α . L0 Δ T O coeficiente angular da reta é dado por: tg φ = ΔL Δ T Comparando com a expressão anterior, temos: tg φ = α . L0 A reta que representa a dilatação linear não pode passar pelo ponto zero, uma vez que o comprimento inicial não pode ser nulo. A dilatação de um corpo ocorre quando ele é submetido a uma fonte de calor, que causa aumento na sua agitação molecular. Como as moléculas passam a ocupar um espaço maior, o resultado macroscópico é o aumento do comprimento do corpo. O oposto da dilatação também pode ocorrer, se um corpo for submetido a uma redução de temperatura, seu comprimento também será reduzido. Isso acontece porque há diminuição da agitação molecular, e as moléculas que constituem o corpo aproximam-se, causando a contração do comprimento. As consequências das variações de temperatura são sentidas principalmente por grandes obras da construção civil. Por isso, sempre que uma ponte, viaduto ou prédio forem construídos, a dilatação dos corpos deverá ser considerada. Para que a dilatação não cause destruição, os engenheiros utilizam as juntas de dilatação, que constituem um pequeno espaço entre blocos de concreto ou ferro que é preenchido no caso de aumento de temperatura, o que impede danos às construções. MATERIAIS UTILIZADOS 01 dilatômetro com base principal; Medidor de dilatação; div: centésimo de milímetro; escala milimetrada; guia com mufa; guia de saída e sapatas niveladoras. 01 corpo de prova em latão; 01 conexão rápida de saída; 01 conexão de entrada; 01 medidor de temperatura; 01 batente móvel fim de curso; 01 pano de limpeza; 01 fonte de calor; 01 garrafa térmica com água quente; 01 funil; 01 balde vazio; 01 recipiente com água fria. PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL Montar o equipamento como na imagem: Com guia com mufa na marca dos 50 mm verifique se o batente móvel fim de curso está tocando na ponteira do medidor de dilatação; Determine o comprimento inicial do corpo de prova; Anote a temperatura inicial do sistema. Fazendo circular água a diferentes temperaturas pelo interior do corpo de prova verifique a validade da seguinte afirmação: “A variação do comprimento sofrida por um material é diretamente proporcional a sua variação de temperatura, isto é: ΔL a ΔC”. RESULTADO E DISCUSSÃO Os resultados obtidos ao longo do experimento podem ser observados abaixo: Alteração no comprimento do latão por variação de temperatura Comprimento inicial do corpo de prova L0 = 410 milímetros Temperatura inicial Ꝋ0 do sistema 24° C Tabela 1: Resultados obtidos A variação de comprimento foi de 6 milímetros. Determinação do coeficiente de dilatação linear do latão. Comprimento inicial do corpo de prova L0 = 410 milímetros Temperatura inicial Ꝋ0 do sistema 24° C L sofrido pelo corpo de prova 5,9 milímetros Tabela 2: Resultados obtidos Determinação do coeficiente de dilatação linear do ferro. Comprimento inicial do corpo de prova L0 = 410 milímetros Temperatura inicial Ꝋ0 do sistema 24° C Temperaturas nos pontos de entrada e saída do vapor após o equilíbrio térmico 98° C L sofrido pelo corpo de prova 5,9 milímetros Tabela 3: Resultados obtidos Analisando os dados da tabela 3 percebemos que o coeficiente de dilatação para o ferro é menor do que para outros metais. Determinação do coeficiente de dilatação linear do cobre. Comprimento inicial do corpo de prova L0 = 410 milímetros Temperatura inicial Ꝋ0 do sistema 24° C Temperaturas nos pontos de entrada e saída do vapor após o equilíbrio térmico 98° C L sofrido pelo corpo de prova 5,5 milímetros Tabela 4: Resultados obtidos CONCLUSÃO O experimento ora realizado serviu para verificar a relação de proporcionalidade entre o aumento de temperatura e o aumento da variação do comprimento de determinado material. Pudemos perceber, na prática que a dilatação linear ocorre quando um corpo sofre aumento em sua temperatura e, consequentemente, há aumento na distância entre dois pontosem seu interior. Findo o experimento resta-nos somente concluir que a experiência foi exitosa e satisfatória. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/fisica/dilatacao-linear.htm (acesso em 01/06/2018) https://www.sofisica.com.br/conteudos/Termologia/Dilatacao/linear.php (acesso em 01/06/2018) https://www.infoescola.com/fisica/dilatacao-linear/ (acesso em 01/06/2018)